Adriana Lessa Cardoso, Lígia Maria Ávila Chiarelli
{"title":"O EFEITO DEVASTADOR DA PANDEMIA PARA AS MULHERES E A INFLUÊNCIA NAS CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO","authors":"Adriana Lessa Cardoso, Lígia Maria Ávila Chiarelli","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2036","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2036","url":null,"abstract":"O presente artigo busca compreender importantes consequências da pandemia sobre a vida e o trabalho das mulheres, sugerindo apontamentos que se identifiquem com as necessidades de mudança social e com as novas questões que devem ser tratadas pelos movimentos sociais e na academia, no que diz respeito às políticas públicas direcionadas ao trabalho das mulheres. O referencial teórico utilizado para reflexão e análise tem como princípio o paradigma feminista crítico-dialético da divisão sexual do trabalho, visando à eliminação das hierarquias e acúmulo de tarefas. Utilizou-se revisão bibliográfica e documental como metodologia. Assim, conclui-se que a pandemia tem um efeito devastador para a vida da população em geral, mas as mulheres, em que se considere o recorte de raça e classe, ainda são as mais prejudicadas devido à cultura patriarcal e sexista fundamentadora do capitalismo. Neste sentido, aponta-se para a necessidade de atualizar, definir novas pautas e fomentar o protagonismo das mulheres na transformação social.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124101624","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"EDUCAÇÃO PARA AS MULHERES","authors":"Stéfani Oliveira Verona","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2059","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2059","url":null,"abstract":"Este trabalho tem como tema a educação feminina nos Estados Unidos, com a finalidade de entender as transformações sociais posteriores à Revolução Americana que tornaram possível a disseminação das academias femininas. O recorte faz parte de uma pesquisa de mestrado e tem como objetivo entender o cenário de mudanças no país após as Guerras de Independência para entender a adaptação no discurso com relação à mulher, que a encaixou em um papel republicano específico após a “descolonização”. Parto desta perspectiva para entender a formação das primeiras academias femininas durante o início do século XIX através de duas abordagens amplamente discutidas na época: por um lado como forma de questionar as ideias de igualdade e autonomia da Revolução Americana e, por outro, como forma de desenvolver uma educação “adequada” às mulheres republicanas virtuosas, que, segundo os homens, exerciam papel seu cívico sendo as educadoras de seus filhos. A metodologia utilizada é a revisão bibliográfica de autores que tratam da educação nos Estados Unidos e a convergência com os Estudos de Gênero, partindo principalmente da ideia de “representação social”. Percebo que nos Estados Unidos as práticas de escrita e leitura e os ideais da independência transformaram o cenário da educação das mulheres, ainda que o maior acesso à educação estivesse primordialmente ligado à sua preparação para exercer certo papel social. O sucesso das academias serviu para atestar a capacidade racional das mulheres e foi através destes espaços que mais delas começaram a questionar sua dependência dos homens.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127612636","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luciano Pereira dos Santos, José Alves Lagôa Júnior
{"title":"O EFEITO DA AUSÊNCIA DE DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADES NA ESCOLA","authors":"Luciano Pereira dos Santos, José Alves Lagôa Júnior","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2070","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2070","url":null,"abstract":"Este trabalho tem como pretensão a reflexão sobre a ausência de discussões sobre gênero e sexualidades na escola e seus efeitos na produção e manutenção da LGBTfobia no ambiente escolar, tendo como foco as percepções de estudantes da EJA de uma escola pública de Pelotas/ RS. Os dados foram produzidos por meio da aplicação de questionários e a análise pautou-se na análise temática de conteúdo. Os resultados apontam desconhecimentos sobre o assunto e detecta a forte presença da LGBTfobia no espaço escolar. Destaca-se que tais resultados foram aferidos em período anterior a pandemia de COVID-19. A população LGBTQIA+ é um dos grupos mais afetados pelo período pandêmico onde pode ser observado aumento no índice de violência contra as sexualidades dissidentes, cerceamento do acesso à atendimento de saúde, desemprego, insegurança alimentar, dentre outros. Conclui-se que o agravamento da rejeição à diversidade sexual no ambiente escolar é um dos efeitos da ausência de discussões sobre essas temáticas na grade curricular. Defende-se que é de fundamental importância a inserção das temáticas de gênero e sexualidades na grade curricular da formação inicial docente e cursos de formação continuada que promovam inclusão, entendimento e respeito às diferentes identidades sexuais e de gênero na escola. ","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134320856","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
José Rodolfo Silva, Iuli Do Carmo Melo, A. Ferrari
{"title":"O QUE É POSSÍVEL APRENDER ASSISTINDO SÉRIES","authors":"José Rodolfo Silva, Iuli Do Carmo Melo, A. Ferrari","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2064","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2064","url":null,"abstract":"As pedagogias culturais oportunizam um olhar diferenciado para educação prezando pelas múltiplas formas de ser, estar, ensinar e aprender dos sujeitos. Valendo-nos dessa possibilidade e apoiados na perspectiva pós-estruturalista, o presente artigo tem como objetivo refletir sobre a série Anne with E. Uma produção que, baseada no livro de Anne de Green Gables, que traz elementos discursivos e cenográficos, para se pensar as relações de gênero e explorar as potencialidades das pedagogias culturais. Desse modo, quando questionamos o que é possível aprender assistindo séries? Nos concentrando na representação de feminilidade expressa na personagem Anne, analisamos de que forma como os modos de endereçamento[1], da produção podem afetar masculinidades e feminilidades educando para possibilidades de desconstrução de aspectos agressivos referente a masculinidades e submissão de feminilidades atribuídos como naturais de caráter essencialista produzindo circunstâncias de violência e discriminação. Portanto, nos concentramos na representação de feminilidade expressa por Anne. \u0000","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"494 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116200502","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"DESCOLONIZAR O SABER DESDE UMA PEDAGOGIA FEMINISTA DECOLONIAL","authors":"Luciana Alves Dombkowitsch, Márcia Alves Da Silva","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2041","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2041","url":null,"abstract":"Grada Kilomba diz que o colonialismo é uma ferida que nunca foi tratada. Uma ferida que dói sempre, por vezes infecta, e outras vezes sangra. Esse texto tem como ponto de partida pensar como a educação na América Latina se forja, fundada em uma episteme hegemonicamente eurocêntrica do saber tida como universal. Se propõe a problematizar a educação formal/informal, constituída a partir de um sistema mundo moderno colonial, segundo o qual, as relações de colonialidade são fundantes da modernidade. Essa proposta busca pensar a descolonização do saber como uma forma de resistência e insurgência em face das condições impostas pela colonialidade do poder. Como forma de resistência, busca alternativas em uma pedagogia feminista decolonial. Tal proposta se justifica, pela urgência de uma pedagogia feminista decolonial que transforme o modelo tradicional de educação, rompendo com a lógica universal do conhecimento moderno/colonial que articula as mais diversas formas de opressão, dentre elas, as de classe, raça e gênero. A pesquisa propõe então, um diálogo entre as teorias feministas decolonial e as teorias fundantes da interseccionalidade, tendo por base os diversos marcadores sociais da diferença. Esse estudo propõe através desta metodologia, buscar romper com esse conhecimento eurocentrado que se tornou hegemônico, e eliminar o sistema que alimenta diversas opressões, especialmente nos povos do Sul global, a partir de uma episteme que retroalimenta a colonialidade do poder e, consequentemente, a colonialidade de gênero. Contra a colonialidade do saber é urgente uma estratégia de decolonialidade da educação, como a única forma de romper-se com o monismo científico. A partir de uma epistemologia do sul global será possível romper com a geopolítica que impõe o eurocentrismo como a única e dominante ideologia, episteme, epistemologia e metodologia do conhecimento.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"123 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114211110","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gustavo Pires Ibeiro, Rafaela Soares Villar, Pamela Oliveira Rosa, Augusto Imanishi Bonavita, Aline Patrícia Neves, Roberto Heiden, Hudson De Carvalho
{"title":"POSITHIVES","authors":"Gustavo Pires Ibeiro, Rafaela Soares Villar, Pamela Oliveira Rosa, Augusto Imanishi Bonavita, Aline Patrícia Neves, Roberto Heiden, Hudson De Carvalho","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2071","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2071","url":null,"abstract":"Subsidiados por um processo de pesquisa cartográfico, narramos, neste manuscrito, os fluxos afetivo-relacionais e algumas descobertas didático-pedagógicas, artísticas, científicas, filosóficas e subjetivas que tem arquitetado o coletivo acadêmico antissorofóbico positHIVes. Este se consolida como um espaço de reflexões, produções e artivismos sobre a complexidade que engendra o HIV e a AIDS a partir de ações de ensino, pesquisa e extensão vinculadas ao curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas. Essa consolidação tem sido ancorada em processos marcados por exercícios pós-disciplinares de ensino e aprendizagem, como, por exemplo, a criação de dramaturgias autoficcionais agenciadas pelo analisador-tema do grupo, cujas performances têm possibilitado leituras baseadas tanto na subjetividade dos participantes quanto em registros históricos e biopsicossociais que constituem o complexo HIV/AIDS. Tais práticas têm potencializado relações mais horizontais entre docentes e discentes, um fazer teórico que explicita a dialética entre saberes tipicamente acadêmicos (alta teoria) como outros ora classificados como baixa teoria, resultando em um movimento engajado e socialmente referenciado. Ainda, nossa trajetória tem sido marcada pela descoberta de referenciais relacionados à pedagogia radical, ao materialismo queer/cuir/kuir, na teoria queer/cuir/kuir, assim como inspirada no percurso de artistas, intelectuais e coletivos que militam sobre a questão do HIV/AIDS. Por fim, este manuscrito deve ser compreendido como uma abertura de processo, vislumbramos horizontes e alternativas, sem pretensão em esgotar nossas temáticas.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"86 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132751414","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Victória Mello Fernandes, Isabella Almeida dos Santos
{"title":"A PANDEMIA COMO CRISE CAPITALISTA","authors":"Victória Mello Fernandes, Isabella Almeida dos Santos","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2039","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2039","url":null,"abstract":"A presente pesquisa qualitativa tem um alcance exploratório, com o objetivo de pensar a crise humanitária e sanitária causada pela pandemia da Covid-19 como uma expressão das relações da colonialidade capitalista moderna. O sistema de acumulação capitalista se baseia em relações de produção que necessitam da exploração de alguns sujeitos para sua subsistência. Nesse sentido, busca-se articular as análises, aos apontamentos que \"economia solidária feminista\" indica, ou seja, a necessidade de pensar formas alternativas de produção não predatórias, que valorizem os sujeitos das relações trabalhistas, assim como evidenciem a exclusão das mulheres do campo econômico. Parte-se do entendimento do sistema colonial-moderno como um padrão de poder de subalternização e dominação de alguns sujeitos, marcados historicamente por classificações como raça e gênero, que durante a pandemia foram as pessoas mais atingidas no Brasil. Traz-se ao corpus do trabalho dados de agências estatais e institutos de pesquisa, assim como notícias veiculadas em jornais nacionais para análise, as quais apontam um efeito das políticas públicas e vulnerabilidade econômica e social de mulheres negras durante o ano de 2020. Identifica-se que os efeitos da pandemia não são apenas consequências de políticas atuais, como a má assistência social, o baixo valor de auxílio emergencial e o possível superfaturamento de vacinas, mas também são resultados de uma sequência de decisões estatais como a precarização do trabalho.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114365384","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"NARRATIVAS DE MULHERES E CIÊNCIA","authors":"Giovana Fagundes Luczinski, Camila Peixoto Farias","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2016","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2016","url":null,"abstract":"A pandemia de covid-19 evidencia muitos desafios, entre eles o de sustentar e fortalecer, no âmbito científico, a possibilidade de construção de saberes a partir de uma perspectiva situada e comprometida socialmente. O contexto pandêmico não pode ser narrado a partir de uma perspectiva generalista, sob o risco de silenciar a pluralidade de vozes que o constituem. Tendo este parâmetro para nosso fazer na universidade, o presente texto visa discutir a prática de pesquisa feita por e com mulheres, problematizando os lugares destinados a elas/nós segundo a lógica dos regimes de poder como o cisheteropatriarcado e o racismo. Para isso, partimos de um breve recorte histórico a fim de marcar um lugar epistemológico no âmbito científico e explicitar, a partir daí um modo de pesquisar situado e comprometido com a transformação da sociedade em que vivemos. Nesse sentido, apresentamos as ações do projeto de pesquisa “Agora é que são elas: a pandemia de Covid 19 contada por mulheres”, sob nossa coordenação. O projeto está alicerçado no diálogo entre duas perspectivas teóricas distintas, a Psicanálise e a Psicologia Fenomenológico-existencial em leituras críticas e contemporâneas que se desafiam e se complementam ao interrogar um fenômeno de interesse em comum. Um terceiro âmbito de saberes vem compor essa triangulação teórico-metodológica: as Teorias Feministas. A investigação empreendida busca que as narrativas das mulheres sejam incluídas nas discussões sobre a pandemia a partir de uma perspectiva interseccional e que as produções científicas sobre esse fenômeno possam ser corporificadas, plurais e situadas, como procuraremos mostrar a partir de alguns recortes de dados já analisados. Por fim, destacamos a importância de que as mulheres protagonizem a produção de conhecimento sobre si mesmas e que as análises cientificas sejam efetivamente interseccionais.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116125608","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gabriela Pecantet Siqueira, Newan Acacio Oliveira de Souza, Martha Rodrigues Ferreira, Louise Prado Alfonso
{"title":"“MEU CORPO, MEU TERRITÓRIO”","authors":"Gabriela Pecantet Siqueira, Newan Acacio Oliveira de Souza, Martha Rodrigues Ferreira, Louise Prado Alfonso","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2068","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2068","url":null,"abstract":"O pensamento descolonial envolve ser epistemicamente desobediente e se manifesta nas mentes e corpos de grupos e comunidades – como mulheres, pessoas LGBTQIA+, moradores/as/us de bairros periféricos, pessoas de Religiões de Matrizes Africanas, trabalhadoras/es/us sexuais – que têm suas existências e suas formas de fazer-cidade constantemente interpeladas por processos de invisibilização, bem como seus patrimônios deslegitimados por narrativas brancas, cisheteronormativas e eurocêntricas. Porém, estes grupos utilizam de diversas ferramentas para reivindicar seu direito à cidade. A exposição digital “Patrimônios Invisibilizados: Para além dos Casarões, Quindins e Charqueadas”, desenvolvida pelo projeto de pesquisa “Margens: grupos em processos de exclusão e suas formas de habitar Pelotas”, foi lançada durante as comemorações do Dia do Patrimônio da cidade de Pelotas/RS em agosto de 2020 com a proposta de apresentar a cidade e seus patrimônios para além dos casarões, charqueadas e dos doces finos, tendo como foco promover patrimônios relevantes para várias comunidades. Nesta escrita apresentamos uma discussão, a partir do conceito de desobediência epistêmica de Walter Mignolo, acerca de algumas das produções artísticas e participações de artistas que apresentaram seus trabalhos na exposição digital, nas quais expressaram suas perspectivas sobre patrimônio e relações com a cidade. Nosso objetivo foi compreender como essas obras se revelaram enquanto importantes ferramentas contra a exclusão social, elitismo, misoginia, machismo, LGBTQIA+fobia, para a resistência de sociabilidades e vivências não-hegemônicas na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"56 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122185235","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"EDUCAÇÃO, LUTAS, DESAFIOS E VIVÊNCIAS","authors":"Antonia Nilene Portela de Sousa","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2042","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2042","url":null,"abstract":"Este artigo tem como base estudos do feminismo para compreender a situação da mulher na sociedade contemporânea. Utilizando figuras emblemáticas do município de Tianguá (CE) a pesquisa destaca mulheres que de alguma forma interfeririam no processo de dominação do patriarcado em sua comunidade, rompendo barreiras, desconstruindo estereótipos. Para fortalecer esse estudo, trabalhamos alguns conceitos e ideias de Biroli[1], Ferguson e MCnally[2], Tiburi[3], Del Re[4]. A partir dessas leituras, foi possível estabelecer conexões do passado com o presente e visualizar como comportamentos sociais das décadas de 40 à 80 ainda são presentes nos dias atuais. A nossa discussão reforça a tese de que o machismo é estrutural, perigoso e se alastra ao longo dos séculos nas diferentes civilizações. Essa postura de dominação exercida por homens, se materializa diariamente nos diferentes espaços. Por mais que os movimentos feministas tenham entrado em evidência nas últimas décadas, às lutas por igualdade de gênero são constantes, um trabalho árduo exercido do Ocidente ao Oriente. Salientamos que, esses comportamentos ditados pelas sociedades se construíram sob o prisma do patriarcado, levando a crer que o homem é um ser dotado de qualidades das quais a mulher não possui, é a inferiorizarão do gênero feminino. O que para muitos pode parecer extremismo, mas o que acontece de fato é uma luta contínua pela sobrevivência e o direito de ser o que quiser. Nesse estudo, prezamos pelo uso de uma metodologia bibliográfica para identificar o quanto a sociedade contemporânea tem se mostrado retrógrada e machista, isso são posturas arcaicas ainda exercidas no século XXI, resquícios de uma cultura desigual, que coloca o homem em posição de superioridade, deixando a mulher no plano de fundo, limitadas aos lares, a criação dos filhos, cuidados com a casa, longe da visibilidade social.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"69 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125041642","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}