Hélen Rejane Silva Maciel Diogo, Tatiana De Mello Ribeiro
{"title":"NEGROS (IN)DÓCEIS","authors":"Hélen Rejane Silva Maciel Diogo, Tatiana De Mello Ribeiro","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2027","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2027","url":null,"abstract":"A escrita apresenta os movimentos de pesquisa acerca dos corpos que habitam as prisões, a partir de uma perspectiva teórico crítica desenvolvida pela autora Juliana Borges e pelo autor Michel Foucault. Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa na qual buscamos responder a seguinte questão: quais são os corpos, que habitam as prisões brasileiras? Nesse sentido, designamos os corpos negros como sujeitos (in)dóceis, submetidos as práticas de controle, de vigilância e de repressão, com intuito de abolir a sua representação simbólica e física, entendidas como princípios da colonialidade do poder, a qual se vale da observação e vigilância para ‘educar’ e enquadrar os corpos negros na norma. Além disso, problematizamos os altos índices de encarceramento das mulheres negras, principalmente como outro modo de aprisionamento que consolida cotidianamente o racismo e as práticas de opressão e violência contra as mulheres. Tendo assim, a sua liberdade inviabilizada e cerceada em prol de uma dinâmica colonial, a qual justifica a preferência por determinados corpos na posição de dominados, a partir de um sistema que age de modo a legitimar o poder disciplinar.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"524 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127059186","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"CONSTRUÇÕES DA IDENTIDADE LÉSBICA","authors":"Camila Palhares Barbosa","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2078","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2078","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar diferentes discursos teóricos que se propõe a identificar e descrever a formação da identidade lésbica, a partir de autoras relacionadas a temática, como Monique Wittig, Judith Butler, Adrienne Rich, entre outras. Para tanto, propomos uma retomada das principais narrativas da experiência subjetiva do lesbianismo, a saber, do lesbianismo político ou lesbianismo radical, do pós-modernismo e outras contribuições que visam uma posição epistemológica para o conhecimento e experiência lésbica. Além disso, demonstraremos como o aporte teórico do lesbianismo traz uma perspectiva e contribuição importante para os temas do feminismo, de gênero, sexualidade, performatividade e de políticas identitárias. O método proposto se dará pela revisão bibliográfica das principais contribuições teóricas que versam sobre a identidade lésbica, buscando organizá-las nas três linhas de argumentação mencionadas acima, versando sobre sua formação política, social e subjetiva.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"90 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124155208","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mario Augusto Lana Novais, João Luis Pereira Ourique
{"title":"NO FUNDO DE UM POÇO VAZIO","authors":"Mario Augusto Lana Novais, João Luis Pereira Ourique","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2077","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2077","url":null,"abstract":"Esse trabalho foi realizado no âmbito do Projeto de Pesquisa Amores Expressos: Identidades Ocultas (UFPel). Na investigação do projeto, elenca-se algumas representações de identidades às margens e/ou fragmentadas, na literatura contemporânea, restringindo-se às personagens produzidas no projeto literário Amores Expressos, idealizado pela Companhia das Letras em 2007. Uma dessas personagens é Cleo, uma mulher trans, protagonista do romance de Terron, Do Fundo Do poço se Vê a Lua[1], objeto analítico desse artigo. Para a análise dela considerou-se perspectivas formuladas a partir da teoria da Literatura e Crítica Social. É importante, ainda, uma abordagem a partir da Teoria Queer. Foi realizada, portanto, uma revisão bibliográfica iniciada a partir da obra de David Willian Foster. Compreende-se aqui que a Teoria Queer foi a vertente mais viável para atingir o objetivo dessa produção, que é a construção de uma reflexão sobre a condição de solidão da personagem Cleo. Durante essa análise, entende-se que a personagem é atravessada pelas estruturas do machismo e da transfobia, braços fortes do patriarcado no controle dos corpos. Cleo acaba, invariavelmente, empreendendo em uma busca solitária por sua identidade. Imersa em sua fragmentação, suas escolhas acabam levando-a para descaminhos entre a “fama” e o abuso de seu corpo no submundo da dança do ventre, na Cidade do Cairo, local onde é violentada e morta por mãos dos homens. Essa Análise se encaminha, ainda, à possibilidade de se traçar uma comparação interartística. Conclui-se que Terron tece em sua obra um enredo que se aproxima de paradigmas de representação arraigados nos conceitos da década de 80. Ao se realizar o confronto dessa obra com produções mais recentes, no contemporâneo, percebe-se mudanças nos paradigmas de representação de personagens LGBTQIA+ em nossa cultura. \u0000","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124598806","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Míriam Cristiane Alves, Ademiel Sant'anna Junior, Cecília Maria Izidoro Pinto
{"title":"CONVERSAÇÕES ATREVIVIDAS POR MULHERES PRETAS","authors":"Míriam Cristiane Alves, Ademiel Sant'anna Junior, Cecília Maria Izidoro Pinto","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2020","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2020","url":null,"abstract":"O presente ensaio tem como objetivo problematizar a construção de uma Clínica Política Feminista Antirracista a partir da enunciação de conversações escrevividas e atrevividas em oralitura por mulheres pretas amefricanas, docentes universitárias, na cena da COVID-19. Apostamos na trama, na trança, no entrelaçamento de conceitos como conversação, escrevivência, atrevivência e oralitura enquanto gestos-conceitos-metodológicos tanto para a construção teórica do ensaio, quanto para inscrever pistas de uma Clínica Política Feminista Antirracista. As conversações escrevividas e atrevividas em oralitura partem de narrativas de duas mulheres pretas que responderam ao questionário on-line de uma pesquisa maior. Tais narrativas foram ficcionadas, friccionadas e performadas em cenas que operam na tensão entre imaginários racistas e sexistas universalizantes e na criação de novos imaginários sobre a existencialidade de mulheres pretas amefricanas, docentes universitárias. Um futuro indizível está à frente de cada mulher, no entanto, sabem que não estão sozinhas. O que é produzido no coletivo - no quilombo virtual -, reverbera na casa, no trabalho e as pessoas vão reagindo às emergências. Nas experiências da vida cotidiana, com todas as suas dúvidas, preocupações, medos, histórias, amores e afetos, mulheres pretas amefricanas transitam e em conversação transformam em palavras, em poesia, em linguagem, em ideias, em revolução seus devires. Seria esta uma pista para uma Clínica Política Feminista Antirracista? ","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124854502","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Eduarda Martins Malüe, Mariana Da Costa Castro, Isabella Strelow Fonseca, Ana Laura Sica Cruzeiro Szortyka
{"title":"USO DE PRESERVATIVO EM JOVENS DE 18 A 24 ANOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19","authors":"Eduarda Martins Malüe, Mariana Da Costa Castro, Isabella Strelow Fonseca, Ana Laura Sica Cruzeiro Szortyka","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2067","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2067","url":null,"abstract":"A fase do desenvolvimento da juventude tem como marcadores a formação da identidade, desenvolvimento de autonomia e responsabilidade, bem como a experimentação sexual. Assim, tem-se como objetivo avaliar dados preliminares acerca da não utilização de preservativos em jovens de 18 a 24 anos, ambientados no contexto da pandemia de COVID-19. A definição adotada para identificar comportamentos sexuais menos protegidos foi de pelo menos uma relação sem o uso de preservativo, entre as últimas três relações sexuais, levando em consideração as ações de prevenção combinada. Para a presente pesquisa, foi conduzido um estudo transversal através de um questionário online auto aplicado disponível no Google Forms, divulgado em plataformas virtuais e redes sociais. A aplicação do questionário foi precedida pelo preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os dados referentes às variáveis foram submetidos a uma análise bivariada no software STATA 15.0. No total, foram entrevistados 472 jovens de 18 a 24 anos. Dos entrevistados, 72,9% eram do sexo feminino, 30,5% tinham de 21 a 22 anos, 73,3% pertencia a classe econômica A e 79,9% se auto declararam brancos. Acerca do não uso de preservativos, 40,7% dos jovens tiveram este comportamento durante o período de pandemia de COVID-19. Estiveram associados ao comportamento sexual menos protegido o sexo feminino (p=0,032), a orientação sexual heterossexual (p=0,001) e estar em um relacionamento estável (0,008). É imprescindível que as ações dos serviços de saúde invistam em intervenções voltadas à educação para a saúde com a população de jovens, para aumentar a distribuição de preservativos e o acesso à informação.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116445452","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"PARA LER (PO)ETICAMENTE O IMAGINÁRIO OCEÂNICO","authors":"L. Lins, K. Gadelha, Lúcia Anello","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2069","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2069","url":null,"abstract":"fundada em e circunscrita a um exercício performativo de uma suposta neutralidade da linguagem científica, a Oceanografia, inserida no que se tem chamado de Ciências do Mar, tem se mostrado, apesar de insurgências contra-hegemônicas, fixada aos pilares onto-epistemológicos da modernidade, (re)produzindo e fazendo reproduzir, em sua formação acadêmico-profissional, discursos e condutas que perpetuam e fortalecem as estruturas colonizadas e colonizadoras do Mundo Ordenado, silenciando outras narrativas. dado que essa configuração tem se mostrado, além de fechada em si mesma, insuficiente em responder questões mais complexas, (me) proponho a pensar, aqui, a partir de posicionamentos críticos situados, normativo-dissidentes, feministas, queer/cuír, antirracistas, anticapitalistas, ambientalistas, de(s)coloniais, mas principalmente pela poética negra feminista, para além de um diálogo (que sempre-já ocorre) entre o campo e as ditas Ciências Humanas e Sociais, de outro modo, especulando a propósito da (ao mesmo tempo que busco rasgar e encontrar as aberturas para a) possibilidade de uma relação implicada nos/com os ambientes aquáticos, costeiros, oceânicos, mergulhando, para isso, nas ficções do imaginário coletivo esvaziado de outras componentes que não as concepções estruturantes desse arquivo oceânico, tomando como proposição (po)ética a rota (de fuga) de uma oceanologia do mundo implicado, que busca se posicionar de modo a não repetir as configurações fractais da violência colonial/racial/capital constituintes próprias do sistema do Mundo Ordenado.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125358675","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O (DES)AMPARO ÀS MULHERES NEGRAS EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA NA CIDADE DO RIO GRANDE-RS","authors":"Rosélia De Morais Falcão, Rita De Araujo Neves","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.1921","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.1921","url":null,"abstract":"O texto é extrato de um estudo sobre o acesso das mulheres negras aos mecanismos de proteção às mulheres em situação de violência na cidade do Rio Grande-RS. A pesquisa integra tema mais abrangente dos Diretos Humanos de pessoas historicamente subalternizadas e dá-se sob o aporte teórico das epistemologias descoloniais, notadamente do feminismo negro, a partir de estudiosas negras como Lélia Gonzalez, Vilma Piedade, Sueli e Suelaine Carneiro, Angela Davis, além de Carla Akotirene e Kimberle Crenshaw, nas suas construções para o conceito de Interseccionalidade e respectivas implicações, eleito como a lente ocular para nossas análises. Para isso, desenvolvemos pesquisa empírica quali-quantitativa dos dados de raça e classe social dos atendimentos realizados pela Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres naquela cidade, bem como das atividades realizadas junto a grupamentos de mulheres nos seus bairros, além de uma entrevista semiestruturada com a então coordenadora, sobre a violência de gênero e doméstica, no período de 2015 a 2020. A partir dos dados encontrados, diagnosticamos esse (des)amparo e problematizamos como as políticas públicas brasileiras voltadas para o enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres as tem alcançado, ou não, além de observar a (in)ocorrência de forma equânime no universo de mulheres riograndinas. Na investigação que correspondeu a recorte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da Graduação em Direito da Universidade Federal do Rio Grande - FURG, a partir dos dados analisados, concluímos que as mulheres negras daquela cidade praticamente não acessam o atendimento disponibilizado pelo município.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"222 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132118155","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"MULHERES NEGRAS","authors":"Janaize Batalha Neves, Adriana De Souza Gomes, Márcio Rodrigo Vale Caetano","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.1920","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.1920","url":null,"abstract":"O presente trabalho, tem como objetivo fazer uma reflexão acerca das dores que trazem as mulheres negras, dores estas sentidas por parte de nós, que somos atravessadas pelo racismo e pelo sexismo, pelas tentativas de silenciamento, pela solidão que acomete a mulher negra, a luta que é sobreviver em uma sociedade hegemônica. Iremos refletir sobre o atual conceito que, a intelectual, antirracista e feminista Vilma Piedade nos apresenta: a Dororidade. Conceito este, que carrega toda a força e todas as dores que vivenciamos em nossas trajetórias individuais de mulheres negras. “Sororidade, etimologicamente falando, vem de sóror-irmãs. Dororidade, vem de dor, palavra sofrimento. Seja físico. Moral. Emocional. Mas qual o significadoda dor? Aqui tá no conceito”, contextualiza Vilma Piedade, abordagem de um tema urgente e um conceito necessário. Usando o movimento de pensar a investigação, atuando como um agente transformador, este artigo traz um debate nos eixos raça e gênero, com uma discussão crítica o artigo abordará intersecções que permitirá uma compreensão nas relações de sexismo e racismo. Evidenciando como metodologia a Escrevivência de Conceição Evaristo, trazendo diálogos e questionamentos, reverberando assim a importância de reconhecer as especificidades das mulheres negras enquanto sujeitos pertencentes a esta sociedade racista e sexista. As Escrevivências são narrativas construídas através do lugar de fala e a escrita propriamente dita na primeira pessoa, uma metodologia que utiliza da experiência da autora para narrar as experiências de outras tantas mulheres. Numa perspectiva mais ampla, espera-se que o resultado deste artigo possa subsidiar outros estudos, corroborar na construção do pensamento decolonial. O artigo discute as opressões enfrentadas por nós mulheres negras. Analisando as diversas violências vivenciadas e trazendo o feminismo negro aliado com o conceito de dororidade, resultando numa compreensão e fortalecimento das lutas, combatendo as opressões e dores que algumas mulheres negras trazem consigo.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129518931","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}