Eliada Mayara Cardoso da Silva Alves, Dulce Mari Da Silva Voss, Maria Cecilia Lorea Leite
{"title":"AS CICATRIZES FALAM","authors":"Eliada Mayara Cardoso da Silva Alves, Dulce Mari Da Silva Voss, Maria Cecilia Lorea Leite","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.4057","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.4057","url":null,"abstract":"Neste texto, propõe-se uma discussão acerca do crescimento das violências contra as mulheres e dos feminicídios, no contexto da pandemia da Covid-19, a partir de uma perspectiva que entrecruza os conceitos da decolonialidade e da interseccionalidade no estudo realizado. A análise é feita com base em dados quanti-qualitativos extraídos do site do Jornal Correio Braziliense que constituem uma prática discursiva das contingências em que as violências acontecem. Constata-se que, a violência de gênero, associada às desigualdades étnico-raciais, sexistas e de classe social, intensificam os dispositivos de captura dos corpos e existências mais vulnerabilizadas neste contexto pandêmico. O poder de vida e de morte é impresso e disseminado sobre os corpos, não apenas de forma deliberada e pelo uso da violência extrema, mas também pelas inúmeras formas de produzir saberes, relações e percepções em torno da vida de mulheres, práticas coloniais, nas quais distintas categorias se tornam invisíveis em muitas análises, pois essas não priorizam as relações interseccionais de poder. Mulheres negras, pobres, trans e periféricas são as mais atingidas, tanto pela violência psicológica, física, sexual e os feminicídios, como também pela violência institucional, uma vez que, não estão sendo oferecidas políticas públicas que garantam a elas condições de manter seu sustento e de seus familiares, nestes tempos pandêmicos. Assim, as desigualdades sociais associadas às desigualdades nas relações de gênero, historicamente marcadas pela herança cultural colonial, patriarcal e heteronormativa, indicam o agravamento das injustiças. ","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127913285","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ENTREVISTA A JULIA MELGARES","authors":"Sabina Sebasti, Marcio Caetano","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2063","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2063","url":null,"abstract":"Nas regiões de fronteira as relações sociais se estabelecem na dinâmica dos fluxos migratórios, atravessadas pela condição de configurar uma demarcação geopolítica entre dois Estados, caracterizadas pelas inter-relações entre cidadãos, migrantes, estrangeiros, radicados ou em trânsito, que permanentemente integram as populações sobre uma ou outra margem. Tal como acontece em outras regiões fronteiriças sul-americanas, na área que abrange às cidades limítrofes de Río Branco (Uruguay) e Jaguarão (Brasil), área foco deste estudo, as mulheres desenvolvem estratégias de sobrevivência que implicam cruzar o território em forma frequente. Uma parte significativa da população feminina se converte em transfronteiriça, opta pela birresidencialidade ou binacionalidade. O presente artigo pretende iniciar uma linha de investigação e discussão sobre as condições de vida das mulheres em uma região destas características. O método utilizado foi uma entrevista em profundidade realizada, em setembro de 2021, a Julia Melgares, política, ativista social e vereadora. As respostas concedidas pela entrevistada resultaram reveladoras da conjuntura social e econômica que define à condição da mulher nesta região de fronteira. Na biografia e na voz de Julia foi possível analisar como as habilidades das mulheres, para estabelecer vínculos relacionais, repercutiam nas suas situações de vida em uma região com escasso desenvolvimento humano, afetada pela falta de acesso aos serviços básicos do Estado, assim como também conhecer os desafios políticos da luta feminista local e como se articulam nas ações das organizações e movimentos sociais.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"296 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115232394","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Viviane Costa Rodrigues, Georgina Helena Lima Nunes
{"title":"MULHERES NEGRAS E SAÚDE MENTAL","authors":"Viviane Costa Rodrigues, Georgina Helena Lima Nunes","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2012","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2012","url":null,"abstract":"Este artigo é parte de uma pesquisa de doutoramento em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Federal de Pelotas. Ao investigar de que forma o racismo institucional impacta sobre o tratamento do adoecimento mental de mulheres negras no âmbito dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no município de Pelotas/RS, está sendo realizada uma abordagem metodológica de cunho qualitativo através de uma pesquisa participante, alinhada ao prisma de um trabalho que se projeta na ação coletiva e na dinâmica da atuação social. No qual, a pesquisadora irá propor aos/às participantes, arte-educadores/as e mulheres negras, respectivamente, trabalhadores/as dos serviços e usuárias/os, tonificarem um debate imperativo ante as relações sociais em que todos/as estão envolvidos. Tendo em vista, o racismo institucional praticado em serviços de saúde no âmbito do SUS estar incorporado na rotina de trabalho como uma prática respaldada por uma ideologia racista de cunho cultural e social. Interessa-nos ampliar a discussão sobre raça e gênero no contexto de saúde mental para compreender como tais categorias subalternizam as mulheres negras nesses espaços. Apesar de estarem na intersecção de múltiplas opressões, reforçamos que essas mulheres demonstram um ativismo histórico quanto à atuação social, política e intelectual moldadas por suas experiências e saberes compartilhados na coletividade, mas que não podem ser essencializados para que elas não sejam negligenciadas pela superficialidade e inferioridade, impostas pelo patriarcado. E para que possam requisitar seus direitos a partir de sua participação na formação social do Brasil é imprescindível considerá-las na sua pluralidade. Portanto, compreende-se que discutir o racismo em suas diferentes configurações, pela perspectiva de uma prática antirracista no campo da saúde, poderá produzir um amplo debate sobre as desigualdades sociorraciais também no âmbito acadêmico.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122047940","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Simone Teixeira Barrios, Georgina Helena Lima Nunes
{"title":"A ESCOLA COMO ESPAÇO DA (IN) DIFERENÇA?","authors":"Simone Teixeira Barrios, Georgina Helena Lima Nunes","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2004","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2004","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo, fazer uma discussão com alguns/mas autores/as que trabalham com as categorias de gênero, raça e deficiência, de forma a refletir sobre a escola enquanto possibilidade de concretizar-se como espaço de respeito às diferenças. Sob esse direcionamento, o trabalho se remete a uma proposta de pesquisa acadêmica em construção, cuja presença da mulher negra com deficiência na escola ao ser campo de estudo, possa favorecer práxis sociais que possibilitem refazer percursos que se oponham àqueles que sustentam a colonização das mentes e de corpos fora do padrão hegemônico. O texto apresentado traz uma análise interseccionada dos demarcadores de gênero, raça, deficiência e também de geração. Neste sentido, procura-se compreender como as opressões interseccionadas podem ser observadas de modo a engendrar sentimentos de acolhimento, contrários, portanto, aos de preconceitos e discriminações de qualquer natureza. Sabemos que, a escola e a sociedade, estão sustentadas em uma perspectiva hegemônica que confere “normalidade” e “poder” àqueles/as representados/as pela masculinidade, supremacia branca e hierarquias sócio-econômicas. Tal concepção aponta a memória e a história da civilização sob a égide do colonizador ou de uma colonização que se perpetua sob a forma de colonialidade[1]. Defendemos[2] nessa escrita, que a escola pode ser um espaço fundamental e transformador de relações sociais pautadas em intolerâncias, por isso, violentas. Cabe ressaltar, que a problematização proposta decorre de uma experiência concreta que irá balizar uma investigação de doutoramento, com isso, abre-se a oportunidade de dialogar com a literatura existente e anunciar outras possibilidades de compreensão e mudança no que diz respeito às atitudes políticas, pedagógicas e epistêmicas que se contrapõem ao machismo, capacitismo e racismo.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"74 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117176450","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"GÊNERO, EDUCAÇÃO E ARTES VISUAIS","authors":"Fabiana Lopes de Souza, Maria Cecília Lorea Leite","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2065","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2065","url":null,"abstract":"Considera-se que os assuntos sobre as questões relativas a corpo e sexualidade não são muito comuns no currículo escolar, seja pela omissão das/os gestoras/es ou até mesmo pela opção e/ou receio das/os próprias/os docentes. Assim, o presente texto, a partir de uma revisão bibliográfica, objetiva refletir sobre como alguns acontecimentos de censura em nosso país, nos últimos anos, e os documentos curriculares oficiais que excluem as abordagens sobre gênero, podem repercutir nas experiências sociais e culturais, direcionando as práticas curriculares na atualidade. Desse modo, são utilizados alguns aportes teóricos de autoras/es que discutem sobre gênero, diversidade e desigualdade, tais como: Biroli[1]; Lins, Machado e Escoura[2]. Além destes referenciais teóricos, apresenta-se ainda uma discussão sobre os episódios de censura ocorridos nos últimos anos, tanto nas Artes Visuais quanto na Educação. O primeiro episódio foi o fechamento da exposição Queermuseu, no Santander Cultural, em Porto Alegre, no ano de 2017; e o segundo se deve à censura do livro em quadrinhos da Marvel “Vingadores - A Cruzada das crianças” na Bienal do Livro do Rio, em 2019. Ademais, observa-se o fato de que assuntos sobre as questões de gênero não são mencionados no documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O estudo evidencia a relevância de um mundo mais plural. Para tanto é necessário a desconstrução dos pensamentos generificados que ainda se fazem presentes nas abordagens teóricas, e até mesmo nas práticas pedagógicas e curriculares das escolas.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126347300","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A ATUAÇÃO DAS MULHERES DO NORTE NA LUTA PELA TERRA","authors":"Carina Alves Torres, Laylson Mota Machaddo","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2055","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2055","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem por objetivo apresentar a atuação de mulheres indígenas Apinajés e de uma liderança ribeirinha na luta pela terra, buscando destacar a luta da mulher em territórios tradicionais enfatizando as ações femininas desenvolvidas nas comunidades que ocupam, e os processos de resistência enfrentados por elas. As comunidades em estudo situam-se na região Norte do Brasil, tratando-se especificamente do estado do Tocantins. Desse modo, busca-se apresentar como lideranças femininas apinajés desenvolveram práticas educativas em suas comunidades, com atuações voltadas para a prevenção da Covid-19, segurança alimentar e outras demandas territoriais. É notório que as mulheres, passaram a ocupar a função de lideranças em suas comunidades com mais recorrência, delineando mudanças estruturais na questão de gênero, nesse sentido, analisamos essas concepções a partir de duas perspectivas culturais, através da educação não formal, por entender que nessas comunidades os conhecimentos e saberes são perpetuados pela oralidade e práticas do cotidiano. Da mesma forma, que destacamos o processo político e educativo dos movimentos sociais, como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), imprimem sentidos e significados de luta e resistências por territórios em disputa, como a população ribeirinha do Acampamento Coragem enfrenta atualmente, tendo na representação da comunidade uma mulher, negra, ribeirinha e pescadora a atuação nos processos de permanência na terra. Por meio disso, este trabalho enfatiza a atuação de mulheres em diferentes contextos, seja na luta pela terra, nas ações voltadas para a prevenção da COVID -19, e nos processos educativos protagonizados por elas. Com isso, a atuação dessas mulheres destaca o protagonismo de mulheres indígenas e ribeirinhas na luta pela terra e em seus processos de resistência.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130217707","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ENSINO DE DANÇAS DE SALÃO","authors":"Robson Teixeira Porto","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2074","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2074","url":null,"abstract":"A pesquisa se insere no campo do ensino de danças de salão e tem como objetivo discutir proposições didático-pedagógicas que não estejam centradas em binarismo de gênero, sob uma perspectiva de uma pedagogia queer. As concepções tradicionais de dança de salão, muitas vezes objetificam o corpo feminino e ditam padrões de movimentos com base em papéis de gênero, assim como determinam que a condução deve ser monopólio dos homens, cabendo às mulheres apenas o papel passivo de seguir o condutor. Entretanto, a problematização destas questões sob uma perspectiva contemporânea, corrobora para uma educação inclusiva de pessoas não heterossexuais e com identidades de gênero não binárias, que geralmente são excluídas da comunidade das danças de salão. Esta investigação tem uma abordagem qualitativa e se configura como uma pesquisa-ação[1]. O trabalho consiste em um recorte da pesquisa que desenvolvo no doutorado, com base na minha práxis, enquanto professor de dança em diferentes contextos educacionais. Este artigo possibilitou perceber os limites e as potencialidades das estratégias de ensino que desenvolvo nas aulas. Além disso, o diálogo com as teorias queer possibilitou questionar padrões heteronormativos da dança de salão tradicional, principalmente quanto aos estereótipos de gênero. Além de denunciar propostas heteronormativas e patriarcais de dança de salão, buscou-se com este trabalho compartilhar possíveis estratégias de ensino inclusivas quanto às questões de gênero e diversidade.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133514886","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Flavia De Souza, Janaína Corso, Helena Diefenthaeler Christ
{"title":"PRÁTICAS PSICOSSOCIAIS EM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA","authors":"Ana Flavia De Souza, Janaína Corso, Helena Diefenthaeler Christ","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2060","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2060","url":null,"abstract":"A violência intrafamiliar e doméstica é um problema de saúde pública mundial, interferindo negativamente na vida das pessoas. Intervenções voltadas às pessoas em situação de violência são importantes, pois possibilitam reflexões e possíveis modificações da experiência vivenciada. Assim, no presente trabalho buscamos refletir sobre práticas interventivas, de cunho psicossocial, voltadas para pessoas em situação de violência doméstica e intrafamiliar desenvolvidas em estágio curricular de psicologia, além disso, abordaremos sobre como as práticas do local se desenvolveram durante a pandemia de COVID-19. Utilizamos do relato de experiência como metodologia de estudo. As práticas de estágio ocorreram junto ao “Projeto Integrado de Atendimento às Famílias Vítimas de Violência Intrafamiliar” vinculado a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, Campus de Frederico Westphalen/RS. Tais práticas propiciam que pessoas envolvidas em situação de violência intrafamiliar e doméstica sejam acolhidas e possam passar a compreender o que vivenciaram. Passaram pelo projeto 538 pessoas nos anos de 2018 e 2019 e não houve registro de feminicídio. Durante a pandemia, foi possível fortalecer a rede para que pudesse assistir aos usuários. Consideramos que práticas interventivas no campo da psicologia direcionadas às pessoas em situação de violência doméstica e intrafamiliar são relevantes e devem ser melhor debatidas no campo acadêmico e em práticas interventivas, além disso, a igualdade de direitos para os gêneros contribui para a diminuição da violência doméstica, também, em períodos de emergências, como durante a pandemia, a violência se intensifica. A prática de estágio propiciou crescimento e aprendizados profissionais que ainda perpassam os espaços ocupados pelas autoras.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122649897","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Hélen De Oliveira Soares Jardim, Dulce Mari Da Silva Voss
{"title":"COSMOPOLÍTICA SOLIDÁRIA","authors":"Hélen De Oliveira Soares Jardim, Dulce Mari Da Silva Voss","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2023","url":null,"abstract":"A escrita busca tornar visível o invisível, modos próprios de existir, lutar pela vida e manter as origens ancestrais africanas nas culturas afro-brasileiras. O estudo decorre de uma pesquisa descritiva, cujos dados foram extraídos das postagens feitas numa rede social pelo Ilê de Oxum Panda Miré Fraternidade Ogum Beira Mar, terreiro localizado na cidade de Bagé (RS, Brasil). E, a partir da análise dos dados coletados, move-se o pensamento em torno do cotidiano desta comunidade, seus saberes e fazeres, compreendendo-os como elementos que indicam a criação de modos próprios de existir em desvios às necropolíticas de morte geradas pela pandemia do COVID-19 que afeta de modo ainda mais perverso as comunidades periféricas, ao agravar as desigualdades sociais, diante do crescimento do desemprego, da fome e da pobreza. Ao protagonizar ações solidárias, a comunidade do terreiro demonstra lealdade aos princípios éticos e políticos de uma filosofia de vida afro, concebida nos processos comunitários. Marcas simbólicas e culturais engendradas no cotidiano que evidenciam uma cosmopolítica solidária. Com isso, ao praticar a religiosidade e a solidariedade, não só em suas ritualísticas, mas também na ajuda mútua que oferece as demais pessoas das periferias, nestes cruéis tempos pandêmicos, reafirma laços e afetos comunitários, sinais de afirmação e autoafirmação da vida. Artes de resistir e existir em que se criam elos entre o passado e o presente ao resgatar saberes e modos de vida relegados ao senso comum, menosprezados na interpretação acadêmica, mas intensos nos movimentos cotidianos que contém em si o germe de uma vida coletiva mais plural e mais bela.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125312341","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"DE(S)COLONIZAR O PENSAMENTO EM TEMPOS DE PANDEMIA","authors":"Hudson De Carvalho","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2080","DOIUrl":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2080","url":null,"abstract":"O primeiro número da D`GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero tem por meta criar um espaço de difusão e defesa de saberes científicos, artísticos e filosóficos socialmente referenciados, produzidos a partir de investigações sobre a diversidade humana, enfaticamente sobre questões de gênero e de sexualidade, sob as perspectivas dos feminismos críticos, de(s)coloniais e interseccional. Neste primeiro número (edição especial de abertura), são apresentados os artigos que sistematizaram as apresentações que ocorreram no III Simpósio de Gênero e Diversidade da Universidade Federal de Pelotas, realizado pelo D`GENERUS: Núcleo de Estudos Feministas e de Gênero entre os dias 10 e 12 de novembro de 2021 de forma remota. O evento teve como tema “de(s)colonizar o pensamento em tempos de pandemia” e foi organizado em seis grupos de trabalho que articularam questões de gênero e diversidade com as áreas de Educação, Direitos Humanos, Raça, Saúde, Mídias e Artes e, Pensamento Filosófico. Em nome da equipe editorial gostaria de agradecer a todes que contribuíram para que esse número fosse possível: que felicidade existir com vocês!","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121039365","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}