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Abstract
Considera-se que os assuntos sobre as questões relativas a corpo e sexualidade não são muito comuns no currículo escolar, seja pela omissão das/os gestoras/es ou até mesmo pela opção e/ou receio das/os próprias/os docentes. Assim, o presente texto, a partir de uma revisão bibliográfica, objetiva refletir sobre como alguns acontecimentos de censura em nosso país, nos últimos anos, e os documentos curriculares oficiais que excluem as abordagens sobre gênero, podem repercutir nas experiências sociais e culturais, direcionando as práticas curriculares na atualidade. Desse modo, são utilizados alguns aportes teóricos de autoras/es que discutem sobre gênero, diversidade e desigualdade, tais como: Biroli[1]; Lins, Machado e Escoura[2]. Além destes referenciais teóricos, apresenta-se ainda uma discussão sobre os episódios de censura ocorridos nos últimos anos, tanto nas Artes Visuais quanto na Educação. O primeiro episódio foi o fechamento da exposição Queermuseu, no Santander Cultural, em Porto Alegre, no ano de 2017; e o segundo se deve à censura do livro em quadrinhos da Marvel “Vingadores - A Cruzada das crianças” na Bienal do Livro do Rio, em 2019. Ademais, observa-se o fato de que assuntos sobre as questões de gênero não são mencionados no documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O estudo evidencia a relevância de um mundo mais plural. Para tanto é necessário a desconstrução dos pensamentos generificados que ainda se fazem presentes nas abordagens teóricas, e até mesmo nas práticas pedagógicas e curriculares das escolas.