MULHERES NEGRAS E SAÚDE MENTAL

Viviane Costa Rodrigues, Georgina Helena Lima Nunes
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Abstract

Este artigo é parte de uma pesquisa de doutoramento em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Federal de Pelotas. Ao investigar de que forma o racismo institucional impacta sobre o tratamento do adoecimento mental de mulheres negras no âmbito dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no município de Pelotas/RS, está sendo realizada uma abordagem metodológica de cunho qualitativo através de uma pesquisa participante, alinhada ao prisma de um trabalho que se projeta na ação coletiva e na dinâmica da atuação social. No qual, a pesquisadora irá propor aos/às participantes, arte-educadores/as e mulheres negras, respectivamente, trabalhadores/as dos serviços e usuárias/os, tonificarem um debate imperativo ante as relações sociais em que todos/as estão envolvidos. Tendo em vista, o racismo institucional praticado em serviços de saúde no âmbito do SUS estar incorporado na rotina de trabalho como uma prática respaldada por uma ideologia racista de cunho cultural e social. Interessa-nos ampliar a discussão sobre raça e gênero no contexto de saúde mental para compreender como tais categorias subalternizam as mulheres negras nesses espaços. Apesar de estarem na intersecção de múltiplas opressões, reforçamos que essas mulheres demonstram um ativismo histórico quanto à atuação social, política e intelectual moldadas por suas experiências e saberes compartilhados na coletividade, mas que não podem ser essencializados para que elas não sejam negligenciadas pela superficialidade e inferioridade, impostas pelo patriarcado. E para que possam requisitar seus direitos a partir de sua participação na formação social do Brasil é imprescindível considerá-las na sua pluralidade. Portanto, compreende-se que discutir o racismo em suas diferentes configurações, pela perspectiva de uma prática antirracista no campo da saúde, poderá produzir um amplo debate sobre as desigualdades sociorraciais também no âmbito acadêmico.
黑人妇女与心理健康
本文是佩洛塔斯联邦大学教育研究生项目教育博士研究的一部分。种族主义制度如何影响的研究在治疗精神adoecimento下的黑人女性的县(帽)、心理中心来到/ RS,正在进行一个系统性方法通过定性研究的参与者,也是棱镜的设计工作,在集体行动和社会的动态性能。在这个过程中,研究人员将向参与者、艺术教育家和黑人女性、服务工作者和用户提出一场势在必行的辩论,讨论每个人都参与的社会关系。考虑到这一点,单一卫生系统保健服务中的制度性种族主义作为一种文化和社会种族主义意识形态支持的做法,已纳入日常工作。我们感兴趣的是在心理健康的背景下扩大关于种族和性别的讨论,以了解这些类别如何在这些空间中从属黑人女性。酣睡的结合在多重压迫,支撑这些女性展示一个历史性活动多在表现社会、政治和知识具有自身的经验和知识共享在族中,但不能essencializados让他们不被忽视的肤浅和自卑感,对呼啸山庄。为了使他们能够从参与巴西社会形态中要求自己的权利,必须考虑到他们的多元性。因此,可以理解的是,从卫生领域反种族主义做法的角度讨论不同背景下的种族主义,也可以在学术领域引发关于社会种族不平等的广泛辩论。
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