{"title":"性别、教育和视觉艺术","authors":"Fabiana Lopes de Souza, Maria Cecília Lorea Leite","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2065","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Considera-se que os assuntos sobre as questões relativas a corpo e sexualidade não são muito comuns no currículo escolar, seja pela omissão das/os gestoras/es ou até mesmo pela opção e/ou receio das/os próprias/os docentes. Assim, o presente texto, a partir de uma revisão bibliográfica, objetiva refletir sobre como alguns acontecimentos de censura em nosso país, nos últimos anos, e os documentos curriculares oficiais que excluem as abordagens sobre gênero, podem repercutir nas experiências sociais e culturais, direcionando as práticas curriculares na atualidade. Desse modo, são utilizados alguns aportes teóricos de autoras/es que discutem sobre gênero, diversidade e desigualdade, tais como: Biroli[1]; Lins, Machado e Escoura[2]. Além destes referenciais teóricos, apresenta-se ainda uma discussão sobre os episódios de censura ocorridos nos últimos anos, tanto nas Artes Visuais quanto na Educação. O primeiro episódio foi o fechamento da exposição Queermuseu, no Santander Cultural, em Porto Alegre, no ano de 2017; e o segundo se deve à censura do livro em quadrinhos da Marvel “Vingadores - A Cruzada das crianças” na Bienal do Livro do Rio, em 2019. Ademais, observa-se o fato de que assuntos sobre as questões de gênero não são mencionados no documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O estudo evidencia a relevância de um mundo mais plural. Para tanto é necessário a desconstrução dos pensamentos generificados que ainda se fazem presentes nas abordagens teóricas, e até mesmo nas práticas pedagógicas e curriculares das escolas.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"GÊNERO, EDUCAÇÃO E ARTES VISUAIS\",\"authors\":\"Fabiana Lopes de Souza, Maria Cecília Lorea Leite\",\"doi\":\"10.15210/dg-revista.v1i1.2065\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Considera-se que os assuntos sobre as questões relativas a corpo e sexualidade não são muito comuns no currículo escolar, seja pela omissão das/os gestoras/es ou até mesmo pela opção e/ou receio das/os próprias/os docentes. Assim, o presente texto, a partir de uma revisão bibliográfica, objetiva refletir sobre como alguns acontecimentos de censura em nosso país, nos últimos anos, e os documentos curriculares oficiais que excluem as abordagens sobre gênero, podem repercutir nas experiências sociais e culturais, direcionando as práticas curriculares na atualidade. Desse modo, são utilizados alguns aportes teóricos de autoras/es que discutem sobre gênero, diversidade e desigualdade, tais como: Biroli[1]; Lins, Machado e Escoura[2]. Além destes referenciais teóricos, apresenta-se ainda uma discussão sobre os episódios de censura ocorridos nos últimos anos, tanto nas Artes Visuais quanto na Educação. O primeiro episódio foi o fechamento da exposição Queermuseu, no Santander Cultural, em Porto Alegre, no ano de 2017; e o segundo se deve à censura do livro em quadrinhos da Marvel “Vingadores - A Cruzada das crianças” na Bienal do Livro do Rio, em 2019. Ademais, observa-se o fato de que assuntos sobre as questões de gênero não são mencionados no documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O estudo evidencia a relevância de um mundo mais plural. Para tanto é necessário a desconstrução dos pensamentos generificados que ainda se fazem presentes nas abordagens teóricas, e até mesmo nas práticas pedagógicas e curriculares das escolas.\",\"PeriodicalId\":178694,\"journal\":{\"name\":\"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero\",\"volume\":\"15 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-09-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2065\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2065","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Considera-se que os assuntos sobre as questões relativas a corpo e sexualidade não são muito comuns no currículo escolar, seja pela omissão das/os gestoras/es ou até mesmo pela opção e/ou receio das/os próprias/os docentes. Assim, o presente texto, a partir de uma revisão bibliográfica, objetiva refletir sobre como alguns acontecimentos de censura em nosso país, nos últimos anos, e os documentos curriculares oficiais que excluem as abordagens sobre gênero, podem repercutir nas experiências sociais e culturais, direcionando as práticas curriculares na atualidade. Desse modo, são utilizados alguns aportes teóricos de autoras/es que discutem sobre gênero, diversidade e desigualdade, tais como: Biroli[1]; Lins, Machado e Escoura[2]. Além destes referenciais teóricos, apresenta-se ainda uma discussão sobre os episódios de censura ocorridos nos últimos anos, tanto nas Artes Visuais quanto na Educação. O primeiro episódio foi o fechamento da exposição Queermuseu, no Santander Cultural, em Porto Alegre, no ano de 2017; e o segundo se deve à censura do livro em quadrinhos da Marvel “Vingadores - A Cruzada das crianças” na Bienal do Livro do Rio, em 2019. Ademais, observa-se o fato de que assuntos sobre as questões de gênero não são mencionados no documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O estudo evidencia a relevância de um mundo mais plural. Para tanto é necessário a desconstrução dos pensamentos generificados que ainda se fazem presentes nas abordagens teóricas, e até mesmo nas práticas pedagógicas e curriculares das escolas.