Míriam Cristiane Alves, Ademiel Sant'anna Junior, Cecília Maria Izidoro Pinto
{"title":"CONVERSAÇÕES ATREVIVIDAS POR MULHERES PRETAS","authors":"Míriam Cristiane Alves, Ademiel Sant'anna Junior, Cecília Maria Izidoro Pinto","doi":"10.15210/dg-revista.v1i1.2020","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente ensaio tem como objetivo problematizar a construção de uma Clínica Política Feminista Antirracista a partir da enunciação de conversações escrevividas e atrevividas em oralitura por mulheres pretas amefricanas, docentes universitárias, na cena da COVID-19. Apostamos na trama, na trança, no entrelaçamento de conceitos como conversação, escrevivência, atrevivência e oralitura enquanto gestos-conceitos-metodológicos tanto para a construção teórica do ensaio, quanto para inscrever pistas de uma Clínica Política Feminista Antirracista. As conversações escrevividas e atrevividas em oralitura partem de narrativas de duas mulheres pretas que responderam ao questionário on-line de uma pesquisa maior. Tais narrativas foram ficcionadas, friccionadas e performadas em cenas que operam na tensão entre imaginários racistas e sexistas universalizantes e na criação de novos imaginários sobre a existencialidade de mulheres pretas amefricanas, docentes universitárias. Um futuro indizível está à frente de cada mulher, no entanto, sabem que não estão sozinhas. O que é produzido no coletivo - no quilombo virtual -, reverbera na casa, no trabalho e as pessoas vão reagindo às emergências. Nas experiências da vida cotidiana, com todas as suas dúvidas, preocupações, medos, histórias, amores e afetos, mulheres pretas amefricanas transitam e em conversação transformam em palavras, em poesia, em linguagem, em ideias, em revolução seus devires. Seria esta uma pista para uma Clínica Política Feminista Antirracista? ","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2020","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O presente ensaio tem como objetivo problematizar a construção de uma Clínica Política Feminista Antirracista a partir da enunciação de conversações escrevividas e atrevividas em oralitura por mulheres pretas amefricanas, docentes universitárias, na cena da COVID-19. Apostamos na trama, na trança, no entrelaçamento de conceitos como conversação, escrevivência, atrevivência e oralitura enquanto gestos-conceitos-metodológicos tanto para a construção teórica do ensaio, quanto para inscrever pistas de uma Clínica Política Feminista Antirracista. As conversações escrevividas e atrevividas em oralitura partem de narrativas de duas mulheres pretas que responderam ao questionário on-line de uma pesquisa maior. Tais narrativas foram ficcionadas, friccionadas e performadas em cenas que operam na tensão entre imaginários racistas e sexistas universalizantes e na criação de novos imaginários sobre a existencialidade de mulheres pretas amefricanas, docentes universitárias. Um futuro indizível está à frente de cada mulher, no entanto, sabem que não estão sozinhas. O que é produzido no coletivo - no quilombo virtual -, reverbera na casa, no trabalho e as pessoas vão reagindo às emergências. Nas experiências da vida cotidiana, com todas as suas dúvidas, preocupações, medos, histórias, amores e afetos, mulheres pretas amefricanas transitam e em conversação transformam em palavras, em poesia, em linguagem, em ideias, em revolução seus devires. Seria esta uma pista para uma Clínica Política Feminista Antirracista?