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Aqui tá no conceito”, contextualiza Vilma Piedade, abordagem de um tema urgente e um conceito necessário. Usando o movimento de pensar a investigação, atuando como um agente transformador, este artigo traz um debate nos eixos raça e gênero, com uma discussão crítica o artigo abordará intersecções que permitirá uma compreensão nas relações de sexismo e racismo. Evidenciando como metodologia a Escrevivência de Conceição Evaristo, trazendo diálogos e questionamentos, reverberando assim a importância de reconhecer as especificidades das mulheres negras enquanto sujeitos pertencentes a esta sociedade racista e sexista. As Escrevivências são narrativas construídas através do lugar de fala e a escrita propriamente dita na primeira pessoa, uma metodologia que utiliza da experiência da autora para narrar as experiências de outras tantas mulheres. Numa perspectiva mais ampla, espera-se que o resultado deste artigo possa subsidiar outros estudos, corroborar na construção do pensamento decolonial. O artigo discute as opressões enfrentadas por nós mulheres negras. Analisando as diversas violências vivenciadas e trazendo o feminismo negro aliado com o conceito de dororidade, resultando numa compreensão e fortalecimento das lutas, combatendo as opressões e dores que algumas mulheres negras trazem consigo.","PeriodicalId":178694,"journal":{"name":"D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"MULHERES NEGRAS\",\"authors\":\"Janaize Batalha Neves, Adriana De Souza Gomes, Márcio Rodrigo Vale Caetano\",\"doi\":\"10.15210/dg-revista.v1i1.1920\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente trabalho, tem como objetivo fazer uma reflexão acerca das dores que trazem as mulheres negras, dores estas sentidas por parte de nós, que somos atravessadas pelo racismo e pelo sexismo, pelas tentativas de silenciamento, pela solidão que acomete a mulher negra, a luta que é sobreviver em uma sociedade hegemônica. 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O presente trabalho, tem como objetivo fazer uma reflexão acerca das dores que trazem as mulheres negras, dores estas sentidas por parte de nós, que somos atravessadas pelo racismo e pelo sexismo, pelas tentativas de silenciamento, pela solidão que acomete a mulher negra, a luta que é sobreviver em uma sociedade hegemônica. Iremos refletir sobre o atual conceito que, a intelectual, antirracista e feminista Vilma Piedade nos apresenta: a Dororidade. Conceito este, que carrega toda a força e todas as dores que vivenciamos em nossas trajetórias individuais de mulheres negras. “Sororidade, etimologicamente falando, vem de sóror-irmãs. Dororidade, vem de dor, palavra sofrimento. Seja físico. Moral. Emocional. Mas qual o significadoda dor? Aqui tá no conceito”, contextualiza Vilma Piedade, abordagem de um tema urgente e um conceito necessário. Usando o movimento de pensar a investigação, atuando como um agente transformador, este artigo traz um debate nos eixos raça e gênero, com uma discussão crítica o artigo abordará intersecções que permitirá uma compreensão nas relações de sexismo e racismo. Evidenciando como metodologia a Escrevivência de Conceição Evaristo, trazendo diálogos e questionamentos, reverberando assim a importância de reconhecer as especificidades das mulheres negras enquanto sujeitos pertencentes a esta sociedade racista e sexista. As Escrevivências são narrativas construídas através do lugar de fala e a escrita propriamente dita na primeira pessoa, uma metodologia que utiliza da experiência da autora para narrar as experiências de outras tantas mulheres. Numa perspectiva mais ampla, espera-se que o resultado deste artigo possa subsidiar outros estudos, corroborar na construção do pensamento decolonial. O artigo discute as opressões enfrentadas por nós mulheres negras. Analisando as diversas violências vivenciadas e trazendo o feminismo negro aliado com o conceito de dororidade, resultando numa compreensão e fortalecimento das lutas, combatendo as opressões e dores que algumas mulheres negras trazem consigo.