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Abstract
Este trabalho tem como tema a educação feminina nos Estados Unidos, com a finalidade de entender as transformações sociais posteriores à Revolução Americana que tornaram possível a disseminação das academias femininas. O recorte faz parte de uma pesquisa de mestrado e tem como objetivo entender o cenário de mudanças no país após as Guerras de Independência para entender a adaptação no discurso com relação à mulher, que a encaixou em um papel republicano específico após a “descolonização”. Parto desta perspectiva para entender a formação das primeiras academias femininas durante o início do século XIX através de duas abordagens amplamente discutidas na época: por um lado como forma de questionar as ideias de igualdade e autonomia da Revolução Americana e, por outro, como forma de desenvolver uma educação “adequada” às mulheres republicanas virtuosas, que, segundo os homens, exerciam papel seu cívico sendo as educadoras de seus filhos. A metodologia utilizada é a revisão bibliográfica de autores que tratam da educação nos Estados Unidos e a convergência com os Estudos de Gênero, partindo principalmente da ideia de “representação social”. Percebo que nos Estados Unidos as práticas de escrita e leitura e os ideais da independência transformaram o cenário da educação das mulheres, ainda que o maior acesso à educação estivesse primordialmente ligado à sua preparação para exercer certo papel social. O sucesso das academias serviu para atestar a capacidade racional das mulheres e foi através destes espaços que mais delas começaram a questionar sua dependência dos homens.