Natalia Gil Prado, Filipi Vassilas Grigorini, Juliana Florenzano Martorelli
{"title":"FIBROSE CÍSTICA: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EM ADULTOS E CRIANÇAS NÃO DIAGNOSTICADAS NO PERÍODO PRÉ-NATAL","authors":"Natalia Gil Prado, Filipi Vassilas Grigorini, Juliana Florenzano Martorelli","doi":"10.5585/comamedvg.2022.14","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.14","url":null,"abstract":"Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença hereditária autossômica recessiva, causada por mutações no gene CFTR (Regulador de Condutância Transmembrana da Fibrose Cística), altamente expresso no epitélio dos ductos pancreáticos, epitélio intestinal e pulmonar, tecidos reprodutivos e células neuronais do hipotálamo. A doença pulmonar é a principal responsável pelos casos de morbimortalidade. O diagnóstico é realizado através da triagem neonatal e teste do suor, porém, crianças e adultos não diagnosticados no período neonatal, dependem do conhecimento dos médicos para alguns sintomas como, bronquiectasias, infecções do trato respiratório recorrentes, pólipos nasais, infertilidade masculina e hipertensão portal. Objetivos: Descrever a fisiopatologia e métodos para diagnóstico, e ressaltar a importância do conhecimento prévio de médicos e outros profissionais da saúde para um diagnóstico diferencial em crianças e adultos não diagnosticados no período neonatal. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura consultando as seguintes bases de dados: PubMed, Scielo, Jornal Brasileiro de Pneumologia, Registro Brasileiro de Fibrose Cística, além de textos e diretrizes de referência na área estudada. Foram utilizados os descritores: fibrose cística \"AND\" fisiopatologia e “fibrose cística” AND “diagnóstico”. Resultados: A FC é causada por mutações no gene CFTR, uma proteína transmembrana, um canal direto de transporte de íons cloreto, atuando como regulador de condutância transmembrana devido ação inibitória em canais de sódio epiteliais (ENaC) e regulação da secreção de bicarbonato. A ausência do CFTR leva a redução da secreção de cloreto e bicarbonato e hiperativação do ENaC levando ao aumento da captação de sódio e água para o interior das células que produzem as secreções como muco e suor. O desequilíbrio na concentração desses íons acarreta na produção de um muco muito espesso e altas concentrações de sal no suor. As mutações podem reduzir a quantidade de canais de cloreto, a função dos canais ou ambos, levando a uma variedade de fenótipos que ocorrem através de diferentes mecanismos celulares. O diagnóstico é definido pela associação de uma suspeita clínica através da triagem neonatal, antecedentes familiares ou sintomas clínicos característicos, associado ao teste de suor alterado e/ou identificação de variantes patológicas do gene CFTR. A triagem neonatal tem contribuído significativamente para o diagnóstico precoce. Contudo, sintomas respiratórios persistentes, seguido do déficit no crescimento e desnutrição são os sintomas principais para diagnóstico. Além da triagem neonatal, o teste do suor é o considerado padrão-ouro para diagnóstico. Conclusão: Por ser uma doença rara com manifestações clínicas inespecíficas, muitas vezes irreversíveis no sistema respiratório, metabólico e trato gastrointestinal, é fundamental o conhecimento da fisiopatologia para um diagnóstico e manejo clínico correto dos pacientes afetados pela doença. Palavras-chave:","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133361778","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
João Gabriel Bertucci Lima, Ayres Fernando Rodrigues, R. L. Marcos
{"title":"OSTEOMIELITE CRÔNICA EM OSSOS LONGOS: UMA REVISÃO","authors":"João Gabriel Bertucci Lima, Ayres Fernando Rodrigues, R. L. Marcos","doi":"10.5585/comamedvg.2022.20","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.20","url":null,"abstract":"Introdução: A osteomielite crônica (OC) é uma condição clínica de elevada morbidade apesar da baixa taxa de mortalidade. Os pacientes comumente cursam com infecções reincidentes e baixa resposta aos tratamentos. A longo prazo a doença afeta sua qualidade de vida e onera o sistema de saúde. Devido a esse quadro, a osteomielite é um desafio do ponto de vista de compreensão da patogenia e de escolha da estratégia de tratamento. Objetivo: Revisar os aspectos da OC a fim de elucidar os conceitos já estabelecidos em literatura e identificar possíveis lacunas que abram perspectivas a novos estudos. Materiais e métodos: Houve um levantamento nas bases de dados PubMed, Lilacs e Cochrane Library com o descritor: Osteomielite crônica somados aos termos curso clínico, diagnóstico e tratamento. Resultados: A OC pode ser organizada por definição, classificação, patogenia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. Quanto à classificação, Cierny et al considera o padrão do acometimento ósseo de acordo com a etiologia e as condições do hospedeiro. Essa classificação estabelece as diretrizes para o tratamento. Já a identificação do agente etiológico permite prever o comportamento de bactérias na formação do biofilme e compreender fenômenos de recidiva de infecções e resistência aos antibióticos. Na osteomielite crônica o patógeno mais comum é o Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Com relação ao quadro clínico da doença, normalmente os pacientes possuem histórico de infecção prévia local ou sistêmica. As manifestações específicas podem incluir dor local profunda, calor, edema e eritema cutâneo, além de sintomas gerais, como inapetência e febre. Ferida cirúrgica secretiva purulenta ou formação de fístulas cutâneas também são achados bastante sugestivos. Exames laboratoriais relevantes incluem hemograma, pois a leucocitose é o principal marcador de infecções agudas. Na OC, os valores celulares do leucograma podem ser normais. Os marcadores inflamatórios como a velocidade de hemossedimentação e a proteína C reativa sérica se elevam na fase aguda de infecção e tendem a se normalizar após tratamento cirúrgico. Um novo pico no valor da PCR três dias após a manipulação cirúrgica ou introdução da antibioticoterapia é sugestivo de reinfecção ou falha do tratamento. O tratamento da OC deve ser multifásico e envolver a compensação clínica do paciente, tratamento medicamentoso com antibioticoterapia e abordagem cirúrgica. O uso dos antibióticos pode ser feito de forma sistêmica, seja como profilaxia ou tratamento; na solução de irrigação, a ser usada em limpeza cirúrgica; e em dispositivo a ser introduzido no paciente durante o procedimento cirúrgico. Conclusão: O tema OC tem apresentado novas atualizações na literatura o que favorece o entendimento dos fenômenos patogênicos assim como novas técnicas e opções de tratamento cirúrgico. Isso permite estabelecer estratégias promissoras de tratamento combinado que mostram resultados satisfatórios em diversos cen","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128994481","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Artur Nogueira Matos Alencar, Rafael Del Bel Sonoda, Renato de Lima Rozenowicz, Juliana Cristina Marinheiro, Heloísa Rosa
{"title":"O PAPEL DO MICROBIOMA NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE MAMA: UMA ASSOCIAÇÃO POSSÍVEL?","authors":"Artur Nogueira Matos Alencar, Rafael Del Bel Sonoda, Renato de Lima Rozenowicz, Juliana Cristina Marinheiro, Heloísa Rosa","doi":"10.5585/comamedvg.2022.23","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.23","url":null,"abstract":"Introdução: A microbiota humana é formada por microrganismos comensais e os genes que eles expressam são conhecidos por microbioma. A microbiota intestinal (MI) participa de processos fisiológicos e sua composição pode ser modulada por fatores modificáveis e não modificáveis como genética, dieta, tabagismo e consumo de álcool; seu desequilíbrio (disbiose) pode levar a várias doenças, entre elas o câncer. Estudos recentes mostram a relação entre a composição da MI no metabolismo dos estrogênios e seu possível envolvimento com o câncer de mama, que é o tipo de câncer mais incidente entre mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o Brasil, estimam-se 66.280 novos casos de câncer de mama, para cada ano do triênio 2020-2022. Objetivo: Revisar a literatura acerca da possível associação entre o microbioma/MI no desenvolvimento do câncer de mama. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa utilizando-se artigos científicos publicados na base de dados Medline/Pubmed, buscados a partir das palavras-chave \"breast cancer AND microbiome\", no dia 28/01/2022. Para a pesquisa, foram aplicados os seguintes filtros: livros e documentos, ensaio clínico, ensaio clínico randomizado, meta-análise, revisão sistemática e revisão, no período de 10 anos. Dentre os 156 artigos encontrados, foram mantidos para análise aqueles cujo título contém as palavras “microbiome” e/ou “microbiota” e “breast cancer”, somando um total de 28 artigos. Resultados: Os 26 de 28 artigos analisados sugerem que a MI influência nos níveis de estrogênios circulantes e excretados. Estrogênios endógenos (estradiol, estrona e estriol), seus metabólitos e estrogênios exógenos são relevantes para a carcinogênese do tecido mamário. No fígado, são conjugados a partir de reações de glicuronidação e sulfonação e posteriormente secretados no intestino através da bile. Hipotetiza-se que o estroboloma (conjunto de genes de bactérias entéricas cujos produtos são capazes de metabolizar os estrogênios) module o metabolismo do hormônio devido a atividade beta-glicuronidase exibida por bactérias como Escherichia coli, Bacteroides, Bifidobacterium e Citrobacter. Sendo assim, na disbiose, sugere-se que um estroboloma enriquecido com tais bactérias favorece a desconjugação e o consequente aumento nos níveis de estrogênios livres circulantes via reabsorção entero-hepática. Ao se ligar no receptor de estrogênio no tecido mamário, o estrogênio estimula a proliferação celular, favorecendo a iniciação e a promoção do câncer. Conclusão: Novos estudos devem ser realizados para comprovar a associação entre o microbioma e a constituição da MI no desenvolvimento do câncer de mama. A descoberta poderá auxiliar na elaboração de novas recomendações e diretrizes para a prática clínica, além de melhorar a abordagem quanto à prevenção e prognóstico do câncer de mama, diminuindo o número de mortes associadas à doença. Palavras-chave: microbiota; estrogênios; neoplasia da mama.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121753589","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
T. A. Ferreira, Ester Sapuppo Rodrigues, Rafaela Alves Justino, Isabela Polo Martines, Leandro Nobeschi
{"title":"DEPRESSÃO, ANSIEDADE, DISTÚRBIOS DO SONO E SUAS ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS DURANTE A PANDEMIA COVID-19","authors":"T. A. Ferreira, Ester Sapuppo Rodrigues, Rafaela Alves Justino, Isabela Polo Martines, Leandro Nobeschi","doi":"10.5585/comamedvg.2022.19","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.19","url":null,"abstract":"Introdução: Evidências relataram que há uma relação entre o isolamento social induzido pela pandemia provocada pelo COVID-19 e o aumento no número de casos de ansiedade, depressão e problemas do sono, com prevalência maior no sexo feminino e em adultos jovens. Tal relação é bastante preocupante, já que os transtornos mentais tendem a piorar e auxiliar os fatores de risco para doenças crônicas e virais. Outro aspecto a ser ressaltado é a dificuldade que o processo de luto traz a essas condições, uma vez que despedir-se de parentes, amigos ou conhecidos que faleceram por COVID-19 não é possível, exacerba o quadro da tristeza excessiva. A depressão, ansiedade e problemas no sono são manifestações perceptíveis, e notáveis pelos pacientes acometidos. Objetivo: Revisar a literatura sobre ansiedade e depressão desenvolvidas por pacientes com COVID-19, correlacionando-as com as alterações do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos científicos. Foram analisados os estudos publicados originalmente na língua portuguesa, entre março de 2020 até março de 2021 tendo como referência as bases de dados Scielo. Os desfechos selecionados foram: aumento de transtornos como ansiedade e depressão em pacientes com COVID-19 e alterações neurológicas causadas pelos transtornos. Resultados e discussão: Existem diversas hipóteses neurobiológicas para o desenvolvimento da depressão. No que diz respeito ao vírus SARS-COV-2, chama atenção a hiperativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA). Em grande parte dos pacientes depressivos, o eixo HHA é encontrado hiperativo. Durante a infecção do vírus, ocorre a ativação de inúmeras células do sistema imune, e consequentemente liberação de muitas citocinas pró-inflamatórias. Essas citocinas agem diretamente no eixo HHA, estimulando-o. Além disso, fatores externos como o estresse causado pela pandemia, quarentena e distanciamento social culminam ainda mais para a hiperativação do eixo neuroendócrino e desenvolvimento da depressão e ansiedade. Cerca de 43,5% dos brasileiros relataram início de problemas de sono e outros 48,0% problema de sono preexistente agravado. Os estressores identificados são veiculação de fake news, notícias alarmantes e excesso de tempo dedicado às notícias sobre a pandemia, além de falta de alimentos, recursos financeiros e de medicação para outras doenças. Entre os adultos jovens, a necessidade de permanecer on-line, a utilização de ambiente virtual para estudo/trabalho, podem contribuir para o maior abalo à saúde emocional neste grupo. Conclusão: Esta revisão confirma que o número de pessoas infectadas com COVID-19 que desenvolveram transtornos mentais aumentou durante o período da pandemia, em virtude de distúrbios neuro, imuno e endocrinológico. Palavras-chave: COVID-19; saúde mental; eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"62 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115989109","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Luiza Gonçalves Soares, Amanda Karolyne Godoi da Silva, Fernando Korn Malerbi
{"title":"SAÚDE OCULAR DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNINOVE EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19","authors":"Ana Luiza Gonçalves Soares, Amanda Karolyne Godoi da Silva, Fernando Korn Malerbi","doi":"10.5585/comamedvg.2022.18","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.18","url":null,"abstract":"de novas tecnologias interativas como tablets, leitores eletrônicos e smartphones, e seu uso vem crescendo de forma exponencial. Devido à sua alta eficiência e aplicações variadas, associado a grande necessidade de interação entre a população, o uso dessas ferramentas proliferou e se tornou inevitável em instalações de recreação, residências, locais de trabalho e estudos. Com o surgimento da pandemia do Coronavírus e sua forma rápida de contágio, houve a necessidade de isolamento social, e a população - das crianças que frequentam o primeiro ano da escola até idosos que trabalham ativamente – se viu sob a necessidade de se readequar às medidas de controle, sendo necessário maior utilização destes dispositivos, agora de dentro das suas próprias residências. Dessa forma, com o aumento do tempo de exposição às telas, há a possibilidade de impacto na saúde ocular, gerando alterações reversíveis ou não no campo de visão e acuidade visual, além de sintomas como: olhos irritados, olhos secos, astenopia, visão turva, hiperemia conjuntival, fotofobia, lentificação em mudança de foco, lacrimejamento e cefaleia, que compõem a Síndrome da Fadiga Visual ao Computador (SFVC). Além disso, a emissão de luz azul por esses aparelhos interfere no ciclo circadiano, alterando a qualidade do sono, consolidação no aprendizado, rendimento durante as aulas e demais atividades diárias, além de mudanças no humor. Dentre todas pessoas expostas ao maior tempo de tela, iremos retratar as possíveis consequências geradas aos estudantes de medicina da Universidade Nove de Julho do 1º ao 8º semestre, os quais passaram por uma rotina densa de conteúdo teórico sob a forma de Ensino à Distância (EaD), usando integralmente as plataformas digitais desde março de 2020 e permanecendo assim até dezembro do mesmo ano. O presente estudo tem como objetivo avaliar os possíveis efeitos que o tempo aumentado de exposição às telas dos dispositivos eletrônicos podem causar à saúde ocular desses estudantes, por meio da aplicação de um questionário via Google Forms. Objetivos: Avaliar, através do questionário proposto, o possível impacto da maior exposição a telas sobre a saúde ocular dos estudantes da Medicina Nove de Julho, em tempos de pandemia do COVID-19. Além disso, alertar os estudantes a cuidarem da saúde ocular contra a exposição às telas eletrônicas. Materiais e métodos: Será um estudo do tipo Transversal enviado um questionário via Google Forms para os estudantes de Medicina da Universidade Nove de Julho do 1º ao 9º semestre. Resultados: Um total de 110 estudantes de medicina da UNINOVE de todos os campi responderam à pesquisa; 90% destes tinham idade entre 17 e 30 anos; 69,1% dos participantes eram do sexo feminino. Cerca de 3⁄4 relataram uso de tela por mais de 4 horas diárias, sendo que 28,2% relataram uso por mais de 8 horas por dia; 94% relataram que o tempo dedicado a atividades na tela aumentou com o advento da pandemia. A grande maioria dos participantes ( 79%) notou uma piora s","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132169536","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pedro Nakamura Mazakina, Mariana Roberta Sangaletti, Felipe Faria Molinar, Jullia Pereira Pontes, Rafael Souza Gozi, Israel dos Reis dos Santos
{"title":"A INCIDÊNCIA DO PNEUMOTÓRAX EM PACIENTES ACOMETIDOS PELA COVID 19","authors":"Pedro Nakamura Mazakina, Mariana Roberta Sangaletti, Felipe Faria Molinar, Jullia Pereira Pontes, Rafael Souza Gozi, Israel dos Reis dos Santos","doi":"10.5585/comamedvg.2022.21","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.21","url":null,"abstract":"Introdução: A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) é uma infecção respiratória aguda causada pelo vírus SARS-CoV-2. Os primeiros registros da doença foram notificados à OMS, na China em dezembro de 2019, a qual tem como principal forma de transmissão a inalação de gotículas ou aerossóis de pessoas infectadas. O pneumotórax é uma patologia que se caracteriza pela presença de ar na cavidade pleural, podendo ser classificado como adquirido ou espontâneo. Na COVID 19 o pneumotórax observado em alguns casos, é o espontâneo secundário, isso se explica pois esse tipo específico é ocasionado por uma doença pulmonar prévia. Considera-se que o pneumotórax ocasionado pela COVID 19, se desenvolve pelas lesões císticas pulmonares, acompanhada da perda de complacência pulmonar, acarretada pelas áreas de fibrose que a doença causa. Alguns estudos relatam que o pneumotórax é uma rara complicação na COVID-19, ocorrendo em 1-2% dos pacientes com a doença. Já outros artigos associaram o pneumotórax como uma complicação comum nos casos em que os pacientes são gravemente acometidos pelo coronavírus. Objetivos: Determinar a epidemiologia e incidência do pneumotórax em pacientes internados com COVID- 19. Metodologia: Foram selecionados artigos das bases de dados Scielo e Pubmed. Os critérios de inclusão estabelecidos foram incluir os artigos encontrados nas pesquisas que estejam disponíveis por completo online, em língua inglesa e língua portuguesa, que foram publicados entre dezembro de 2019 a dezembro de 2021, com exceção de um artigo de 2006, que foi utilizado para a explicação do pneumotórax. Os critérios de exclusão foram excluir os artigos sobre COVID-19 que não tinham relação com o pneumotórax, fisiopatologia e epidemiologia. Resultado: Nove artigos científicos foram selecionados e analisados para extrair dados sobre epidemiologia e fisiopatologia de COVID-19 até o momento presente, assim como para determinar os principais riscos e consequências do desenvolvimento de pneumotórax na presença do vírus. Desses nove artigos, 6 falam sobre pneumotórax na COVID-19, 2 sobre fisiopatologia e epidemiologia da COVID-19 e 1 sobre fisiopatologia do pneumotórax. Conclusão: Conclui-se que a maioria dos casos de pneumotórax em pacientes internados por Covid-19 geralmente ocorre por uma complicação devido à intubação prolongada e de alta pressão ou iatrogenia da técnica. Porém, existem relatos que evidenciaram que em raras vezes o pneumotórax pode ser desenvolvido através da fisiopatologia da Covid - 19. Palavras-chave: Coronavírus; complicações; intubação; pneumotórax.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130499563","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Livia Naomi Tamoki, Bruna Calixto de Jesus, Gabriel Meleiro da Silva, Allan Luís Barboza Atum, José Antônio Silva Júnior
{"title":"EXPOSIÇÃO PRÉ-NATAL AO ÁLCOOL ALTERA A EXPRESSÃO MIOCÁRDICA DE GENES DE METABOLISMO CELULAR EM CAMUNDONGOS","authors":"Livia Naomi Tamoki, Bruna Calixto de Jesus, Gabriel Meleiro da Silva, Allan Luís Barboza Atum, José Antônio Silva Júnior","doi":"10.5585/comamedvg.2022.13","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.13","url":null,"abstract":"Introdução: Os efeitos do consumo de álcool durante o período gestacional ainda não são bem compreendidos, mas é sabido que pode levar a alterações celulares importantes modificando o desenvolvimento fetal. Estima-se que 20% das gestantes consumam álcool durante toda a gestação, mesmo que em pequenas doses. O impacto potencial da Exposição Pré-natal ao Álcool (EPA) varia consideravelmente entre os indivíduos, podendo levar a alterações morfológicas como defeitos congênitos no coração. Entretanto, muitas dessas alterações ocorrem silenciosamente podendo, ao longo da vida, predispor o indivíduo às doenças crônicas, como a hipertrofia cardíaca. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o impacto da EPA em relação ao metabolismo celular e sobrevivência de cardiomiócitos, analisando a expressão de RNA mensageiro. Materiais e Métodos: Utilizando camundongos isogênicos C57Bl/6 expostos ao álcool durante a gestação, na proporção 10% (v/v), diluídos em água de consumo, analisamos a expressão de genes participantes das vias de transdução de sinal relacionadas à angiogênese e metabolismo celular em amostras de ventrículo esquerdo (LV) por qPCR. Resultados: Identificamos alterações significativas na expressão de todos os 9 genes analisados no grupo EPA, com redução de 66,4% na expressão de RNAm do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e aumento de 154,45% de RNAm do gene da proteína desacopladora 2 (UCP2) em relação ao controle. Conclusão: Assim, concluímos que a agressão mediada pelo álcool no miocárdio dos animais do grupo EPA pode modular vias de angiogênese e metabolismo celular. Palavras-chave: exposição pré-natal ao álcool; expressão gênica; coração; transdução de sinal; UCP-2; angiogênese.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114141581","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Paula Ferrari Martins, Giovanna Brandão Eliseu Rezende, Verônica Paduam, Lucas Antonio Mendo Zanco, Maria Aparecida Dalboni, Benedito Jorge Pereira
{"title":"ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA RENAL CRÔNICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19","authors":"Ana Paula Ferrari Martins, Giovanna Brandão Eliseu Rezende, Verônica Paduam, Lucas Antonio Mendo Zanco, Maria Aparecida Dalboni, Benedito Jorge Pereira","doi":"10.5585/comamedvg.2022.17","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.17","url":null,"abstract":"Introdução: a doença renal crônica (DRC) consiste na perda progressiva e irreversível da função dos rins e é um problema de saúde pública em todo o mundo. Apesar de silenciosa, a DRC é uma doença que pode ser rastreada e com isso tratada precocemente. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) organiza o Dia Mundial do Rim (DMR) no Brasil, na segunda quinta-feira de março todos os anos. Em 2020 o tema escolhido foi ‘’Saúde dos Rins Para Todos’’. Nesta campanha, foram realizadas atividades de triagem dos pacientes com fatores de risco para DRC e orientações para um estilo de vida mais saudável. Objetivos: descrever a presença de fatores de risco para DRC em voluntários participantes da campanha realizada no DMR, e relacionar esses fatores de risco com a presença de possíveis doenças que predispõem a DRC. Materiais e Métodos: foi realizado um mutirão pela Liga de Nefrologia da UNINOVE no ambulatório da Vergueiro no DMR de 2020, antes das medidas de quarentena da pandemia de COVID-19, com a participação de alunos dos cursos de medicina e enfermagem. Os atendimentos ocorreram durante dois turnos de uma hora e meia. Foram realizadas medidas antropométricas, aferição de PA, glicemia capilar, análise da urina e avaliação da acuidade visual. Foram preenchidos formulários sobre hábitos de vida, antecedentes pessoais e familiares. Em seguida foi feita a avaliação dos resultados e orientação em relação aos fatores de risco identificados. As alterações foram detectadas e encaminhadas para o ambulatório da Uninove. Os resultados foram descritos em média e porcentagem. Resultados: foram atendidos 60 voluntários, 51,6% eram brancos; 9,7% pretos; 37,1% pardos e 1,6% eram amarelos. 61,7% do sexo feminino e 38,3% masculino. Tinham em média: IMC de 26,7±5,8, circunferência abdominal 88,9±16 cm; PAS 116±12,7 mmHg; PAD 78,9±12,2 mmHg; FC 70±9,1 bpm e glicemia capilar 96,1±34,4mg/dl. Entre os fatores de risco: 13,6% eram hipertensos (HA), 10% diabéticos (DM), 6,8% doença cardiovascular (DCV), 5% usavam AINES. Tinham história prévia de litíase renal: 21,7%; infecção urinária: 21,7%; e nenhum paciente referiu ter doença renal. Hábitos de vida: 11,7% tabagistas, 15,3% etilistas e 60% sedentários. Antecedentes familiares: 65% referiram HA; 51,7% DCV; 57,6% DM; 15,3% doença renal e 22,4% litíase renal. Avaliação oftalmológica: 25,4% tiveram redução da acuidade visual. Na aferição de PA: 13,6% estavam hipertensos. Na avaliação da Glicemia Capilar: 34,4% tiveram valores maiores que 140 mg/l Análise da urina: 16,1% hematúria, 3,6% proteinúria e 0,6% glicosúria. Conclusão: nessa campanha, foram identificados fatores de risco para a DRC como HA e DM. A partir dos atendimentos, foi realizado o encaminhamento e o pedido de exames como ureia e creatinina para os pacientes que demonstraram necessidade, a fim de proporcionar o rastreio da doença renal no ambulatório e evitar complicações futuras. Palavras Chaves: doença renal crônica, hipertensão, diabetes, campanha.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129424245","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Taís Hoffmeister Arruda, Larissa Fantinati Zaia, R. Jorge
{"title":"RELAÇÃO DO POTENCIAL ANALGÉSICO DA BETA - ENDORFINA COMPARADA COM O USO DE OPIÓIDES","authors":"Taís Hoffmeister Arruda, Larissa Fantinati Zaia, R. Jorge","doi":"10.5585/comamedvg.2022.27","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.27","url":null,"abstract":"Introdução: Beta-endorfina é um hormônio peptídeo opióide endógeno muito importante para diversos sistemas, como cardiovascular, respiratório, reprodutor e imune. Ela é secretada primariamente pela glândula hipófise anterior, durante situações de estresse e eventos dolorosos. O peptídeo atinge a circulação sanguínea e interage com receptores opióides específicos no corpo, principalmente os Mu-receptores, causando analgesia por inibir a ação do sistema somatossensorial, regulando a nocicepção corporal e agindo como “analgésico endógeno”. Como a beta-endorfina é sintetizada frente a situações de estresse, o exercício físico é um dos principais estímulos para a sua produção. Diante disso, o trabalho foi idealizado a fim de identificar as oscilações dos níveis plasmáticos de beta endorfina de acordo com o tipo, intensidade e duração dos exercícios, bem como comparar seu potencial analgésico com o de opióides. Objetivo: Identificar o potencial analgésico da beta endorfina comparada com o uso de outros opióides exógenos, principalmente a morfina. Relacioná-la com tipo, intensidade e duração do exercício físico e sobre treinamento. Materiais e métodos: A pesquisa foi desenvolvida com base na pergunta: “Há oscilação dos níveis plasmáticos de beta-endorfina em relação à intensidade, tipo e duração do exercício físico para a promoção da analgesia?” e \"Há relação entre a beta endorfina e o uso de opióides, como por exemplo a morfina?”. Foram usados bancos de dados em medicina tais como PUBMed e Scielo, além de revistas acadêmicas para aprofundamento da pesquisa. Resultados: Como a beta-endorfina é produzida frente a situações de estresse, qualquer tipo de atividade física que leve a um gasto energético significativo, seja ele aeróbio ou anaeróbio, promoverá a secreção desta. Sua secreção é volume/intensidade dependente e induz o aumento significativo nos seus níveis plasmáticos após uma hora de exercícios, podendo sofrer queda no treinamento excessivo. Além disso, seu potencial analgésico é 20 a 33 vezes maior comparado com o de opióides exógenos, podendo sobrepô-los em alguns casos e em outros apenas complementá-los. Somado ao alto potencial analgésico da beta endorfina, ela também atua diminuindo o limiar de dor, promovendo um aumento na tolerância desta. Conclusão: O exercício físico, seja ele aeróbio ou anaeróbio, é de suma importância no papel analgésico da beta-endorfina, uma vez que é o principal estímulo para a produção desse hormônio e por aumentar a tolerância à dor. Os efeitos promovidos pelo hormônio podem ser sentidos até uma ou duas horas do início de sua liberação. Além disso, a beta-endorfina é capaz de se modular e sobrepor à morfina, no entanto, ainda faltam dados suficientes para calcular a concentração necessária do peptídeo endógeno para a promoção de analgesia semelhante ou superior à da morfina. Palavras chaves: beta-endorfina; exercício; analgesia; opióides.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"69 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134475046","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rita de Cássia Lompa Juelg, Paula Myllena, P. Ikeda, Verônica Campos Resende, Sandra Obikawa Kyosen
{"title":"ÓXIDO NÍTRICO COMO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO PULMONAR EM NEONATOS","authors":"Rita de Cássia Lompa Juelg, Paula Myllena, P. Ikeda, Verônica Campos Resende, Sandra Obikawa Kyosen","doi":"10.5585/comamedvg.2022.22","DOIUrl":"https://doi.org/10.5585/comamedvg.2022.22","url":null,"abstract":"Introdução: A hipertensão pulmonar em recém-nascido é um problema comum com característica e mortalidade significativas e limita a quantidade de sangue que vai para os pulmões. O uso de óxido nítrico (NO) é um vasodilatador que relaxa o músculo liso e eleva os níveis de oxigênio no sangue, sendo uma opção de tratamento para essa patologia. É necessário analisar as condições dessa utilização. Foi observado que o tratamento não inclui pacientes com hérnia diafragmática bem como reduz o uso de oxigenação por membrana extracorporal (ECMO) em pacientes que fizeram o tratamento. Objetivo: Esse artigo de revisão objetiva analisar a viabilidade de conduzir o uso do óxido nítrico no tratamento da hipertensão pulmonar em neonatos, avaliando os resultados, os efeitos e o perfil de segurança. Método: Este artigo é uma revisão bibliográfica de caráter analítico. Foi utilizado como base de dados para pesquisa os periódicos indexados no PubMed e os descritores pesquisados no DeCS para refinar a busca foram: Nitric Oxide; pulmonary hypertension; neonates. Os critérios de inclusão utilizados foram artigos que dissertam sobre o uso do NO como tratamento da hipertensão pulmonar em neonatos, publicados entre 2011 e 2021. Os critérios de exclusão foram por não abranger completamente o assunto proposto. Conforme esses critérios, foram selecionados 9 artigos para a realização dessa redação. Desenvolvimento: A utilização do óxido nítrico não causa sequelas no neurodesenvolvimento, mas dosagem baixas podem desempenhar toxicidade celular. Além disso, o NO reduz a necessidade de uso de ECMO, visto que essa possui muitas complicações e é uma vantagem no tratamento não a utilizar. As complicações incluem: hipotensão, metemoglobinemia, vasoespasmo pulmonar e piora da insuficiência cardíaca. O uso do NO também reduz os gastos hospitalares, tanto evitando o uso de ECMO, quanto diminuindo o tempo de internação do paciente. Conclusão: Em virtude do que foi mencionado, a inalação de óxido nítrico pode melhorar significativamente a oxigenação e evitar a progressão para gravidade do quadro clínico, sendo reconhecido como terapia eficaz para bebês a termo e a curto prazo com insuficiência respiratória hipóxica, com exceção daqueles com hérnia diafragmática. Ao atuar como um vasodilatador endógeno, ele encurta o tempo de tratamento, já que aumenta o suprimento de oxigênio e reduz a pressão da artéria pulmonar. Palavras-chave: óxido nítrico; hipertensão pulmonar; recém-nascido.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124992975","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}