Ana Paula Ferrari Martins, Giovanna Brandão Eliseu Rezende, Verônica Paduam, Lucas Antonio Mendo Zanco, Maria Aparecida Dalboni, Benedito Jorge Pereira
{"title":"COVID-19大流行期间慢性肾脏疾病危险因素分析","authors":"Ana Paula Ferrari Martins, Giovanna Brandão Eliseu Rezende, Verônica Paduam, Lucas Antonio Mendo Zanco, Maria Aparecida Dalboni, Benedito Jorge Pereira","doi":"10.5585/comamedvg.2022.17","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: a doença renal crônica (DRC) consiste na perda progressiva e irreversível da função dos rins e é um problema de saúde pública em todo o mundo. Apesar de silenciosa, a DRC é uma doença que pode ser rastreada e com isso tratada precocemente. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) organiza o Dia Mundial do Rim (DMR) no Brasil, na segunda quinta-feira de março todos os anos. Em 2020 o tema escolhido foi ‘’Saúde dos Rins Para Todos’’. Nesta campanha, foram realizadas atividades de triagem dos pacientes com fatores de risco para DRC e orientações para um estilo de vida mais saudável. Objetivos: descrever a presença de fatores de risco para DRC em voluntários participantes da campanha realizada no DMR, e relacionar esses fatores de risco com a presença de possíveis doenças que predispõem a DRC. Materiais e Métodos: foi realizado um mutirão pela Liga de Nefrologia da UNINOVE no ambulatório da Vergueiro no DMR de 2020, antes das medidas de quarentena da pandemia de COVID-19, com a participação de alunos dos cursos de medicina e enfermagem. Os atendimentos ocorreram durante dois turnos de uma hora e meia. Foram realizadas medidas antropométricas, aferição de PA, glicemia capilar, análise da urina e avaliação da acuidade visual. Foram preenchidos formulários sobre hábitos de vida, antecedentes pessoais e familiares. Em seguida foi feita a avaliação dos resultados e orientação em relação aos fatores de risco identificados. As alterações foram detectadas e encaminhadas para o ambulatório da Uninove. Os resultados foram descritos em média e porcentagem. Resultados: foram atendidos 60 voluntários, 51,6% eram brancos; 9,7% pretos; 37,1% pardos e 1,6% eram amarelos. 61,7% do sexo feminino e 38,3% masculino. Tinham em média: IMC de 26,7±5,8, circunferência abdominal 88,9±16 cm; PAS 116±12,7 mmHg; PAD 78,9±12,2 mmHg; FC 70±9,1 bpm e glicemia capilar 96,1±34,4mg/dl. Entre os fatores de risco: 13,6% eram hipertensos (HA), 10% diabéticos (DM), 6,8% doença cardiovascular (DCV), 5% usavam AINES. Tinham história prévia de litíase renal: 21,7%; infecção urinária: 21,7%; e nenhum paciente referiu ter doença renal. Hábitos de vida: 11,7% tabagistas, 15,3% etilistas e 60% sedentários. Antecedentes familiares: 65% referiram HA; 51,7% DCV; 57,6% DM; 15,3% doença renal e 22,4% litíase renal. Avaliação oftalmológica: 25,4% tiveram redução da acuidade visual. Na aferição de PA: 13,6% estavam hipertensos. Na avaliação da Glicemia Capilar: 34,4% tiveram valores maiores que 140 mg/l Análise da urina: 16,1% hematúria, 3,6% proteinúria e 0,6% glicosúria. Conclusão: nessa campanha, foram identificados fatores de risco para a DRC como HA e DM. A partir dos atendimentos, foi realizado o encaminhamento e o pedido de exames como ureia e creatinina para os pacientes que demonstraram necessidade, a fim de proporcionar o rastreio da doença renal no ambulatório e evitar complicações futuras. Palavras Chaves: doença renal crônica, hipertensão, diabetes, campanha.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA RENAL CRÔNICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19\",\"authors\":\"Ana Paula Ferrari Martins, Giovanna Brandão Eliseu Rezende, Verônica Paduam, Lucas Antonio Mendo Zanco, Maria Aparecida Dalboni, Benedito Jorge Pereira\",\"doi\":\"10.5585/comamedvg.2022.17\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: a doença renal crônica (DRC) consiste na perda progressiva e irreversível da função dos rins e é um problema de saúde pública em todo o mundo. Apesar de silenciosa, a DRC é uma doença que pode ser rastreada e com isso tratada precocemente. 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ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA RENAL CRÔNICA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
Introdução: a doença renal crônica (DRC) consiste na perda progressiva e irreversível da função dos rins e é um problema de saúde pública em todo o mundo. Apesar de silenciosa, a DRC é uma doença que pode ser rastreada e com isso tratada precocemente. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) organiza o Dia Mundial do Rim (DMR) no Brasil, na segunda quinta-feira de março todos os anos. Em 2020 o tema escolhido foi ‘’Saúde dos Rins Para Todos’’. Nesta campanha, foram realizadas atividades de triagem dos pacientes com fatores de risco para DRC e orientações para um estilo de vida mais saudável. Objetivos: descrever a presença de fatores de risco para DRC em voluntários participantes da campanha realizada no DMR, e relacionar esses fatores de risco com a presença de possíveis doenças que predispõem a DRC. Materiais e Métodos: foi realizado um mutirão pela Liga de Nefrologia da UNINOVE no ambulatório da Vergueiro no DMR de 2020, antes das medidas de quarentena da pandemia de COVID-19, com a participação de alunos dos cursos de medicina e enfermagem. Os atendimentos ocorreram durante dois turnos de uma hora e meia. Foram realizadas medidas antropométricas, aferição de PA, glicemia capilar, análise da urina e avaliação da acuidade visual. Foram preenchidos formulários sobre hábitos de vida, antecedentes pessoais e familiares. Em seguida foi feita a avaliação dos resultados e orientação em relação aos fatores de risco identificados. As alterações foram detectadas e encaminhadas para o ambulatório da Uninove. Os resultados foram descritos em média e porcentagem. Resultados: foram atendidos 60 voluntários, 51,6% eram brancos; 9,7% pretos; 37,1% pardos e 1,6% eram amarelos. 61,7% do sexo feminino e 38,3% masculino. Tinham em média: IMC de 26,7±5,8, circunferência abdominal 88,9±16 cm; PAS 116±12,7 mmHg; PAD 78,9±12,2 mmHg; FC 70±9,1 bpm e glicemia capilar 96,1±34,4mg/dl. Entre os fatores de risco: 13,6% eram hipertensos (HA), 10% diabéticos (DM), 6,8% doença cardiovascular (DCV), 5% usavam AINES. Tinham história prévia de litíase renal: 21,7%; infecção urinária: 21,7%; e nenhum paciente referiu ter doença renal. Hábitos de vida: 11,7% tabagistas, 15,3% etilistas e 60% sedentários. Antecedentes familiares: 65% referiram HA; 51,7% DCV; 57,6% DM; 15,3% doença renal e 22,4% litíase renal. Avaliação oftalmológica: 25,4% tiveram redução da acuidade visual. Na aferição de PA: 13,6% estavam hipertensos. Na avaliação da Glicemia Capilar: 34,4% tiveram valores maiores que 140 mg/l Análise da urina: 16,1% hematúria, 3,6% proteinúria e 0,6% glicosúria. Conclusão: nessa campanha, foram identificados fatores de risco para a DRC como HA e DM. A partir dos atendimentos, foi realizado o encaminhamento e o pedido de exames como ureia e creatinina para os pacientes que demonstraram necessidade, a fim de proporcionar o rastreio da doença renal no ambulatório e evitar complicações futuras. Palavras Chaves: doença renal crônica, hipertensão, diabetes, campanha.