Ana Luiza Gonçalves Soares, Amanda Karolyne Godoi da Silva, Fernando Korn Malerbi
{"title":"COVID-19大流行时期UNINOVE医学院学生的眼睛健康","authors":"Ana Luiza Gonçalves Soares, Amanda Karolyne Godoi da Silva, Fernando Korn Malerbi","doi":"10.5585/comamedvg.2022.18","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"de novas tecnologias interativas como tablets, leitores eletrônicos e smartphones, e seu uso vem crescendo de forma exponencial. Devido à sua alta eficiência e aplicações variadas, associado a grande necessidade de interação entre a população, o uso dessas ferramentas proliferou e se tornou inevitável em instalações de recreação, residências, locais de trabalho e estudos. Com o surgimento da pandemia do Coronavírus e sua forma rápida de contágio, houve a necessidade de isolamento social, e a população - das crianças que frequentam o primeiro ano da escola até idosos que trabalham ativamente – se viu sob a necessidade de se readequar às medidas de controle, sendo necessário maior utilização destes dispositivos, agora de dentro das suas próprias residências. Dessa forma, com o aumento do tempo de exposição às telas, há a possibilidade de impacto na saúde ocular, gerando alterações reversíveis ou não no campo de visão e acuidade visual, além de sintomas como: olhos irritados, olhos secos, astenopia, visão turva, hiperemia conjuntival, fotofobia, lentificação em mudança de foco, lacrimejamento e cefaleia, que compõem a Síndrome da Fadiga Visual ao Computador (SFVC). Além disso, a emissão de luz azul por esses aparelhos interfere no ciclo circadiano, alterando a qualidade do sono, consolidação no aprendizado, rendimento durante as aulas e demais atividades diárias, além de mudanças no humor. Dentre todas pessoas expostas ao maior tempo de tela, iremos retratar as possíveis consequências geradas aos estudantes de medicina da Universidade Nove de Julho do 1º ao 8º semestre, os quais passaram por uma rotina densa de conteúdo teórico sob a forma de Ensino à Distância (EaD), usando integralmente as plataformas digitais desde março de 2020 e permanecendo assim até dezembro do mesmo ano. O presente estudo tem como objetivo avaliar os possíveis efeitos que o tempo aumentado de exposição às telas dos dispositivos eletrônicos podem causar à saúde ocular desses estudantes, por meio da aplicação de um questionário via Google Forms. Objetivos: Avaliar, através do questionário proposto, o possível impacto da maior exposição a telas sobre a saúde ocular dos estudantes da Medicina Nove de Julho, em tempos de pandemia do COVID-19. Além disso, alertar os estudantes a cuidarem da saúde ocular contra a exposição às telas eletrônicas. Materiais e métodos: Será um estudo do tipo Transversal enviado um questionário via Google Forms para os estudantes de Medicina da Universidade Nove de Julho do 1º ao 9º semestre. Resultados: Um total de 110 estudantes de medicina da UNINOVE de todos os campi responderam à pesquisa; 90% destes tinham idade entre 17 e 30 anos; 69,1% dos participantes eram do sexo feminino. Cerca de 3⁄4 relataram uso de tela por mais de 4 horas diárias, sendo que 28,2% relataram uso por mais de 8 horas por dia; 94% relataram que o tempo dedicado a atividades na tela aumentou com o advento da pandemia. A grande maioria dos participantes ( 79%) notou uma piora significativa da visão durante a pandemia. Entre os sintomas relatados, os mais relevantes foram: cefaleia (74,1%), fadiga ocular (62,5%) e dor/ardência dos olhos (51%). Dos 110 alunos, apenas 23,6 % realizaram repouso da tela. O uso de aparelhos eletrônicos em ambiente escuro foi reportado por 90% dos participantes. Metade dos participantes negou ter ido à consulta oftalmológica anual. Conclusão: O presente estudo evidenciou que a pandemia de Coronavírus provocou aumento do tempo de uso de dispositivos com tela entre os estudantes de medicina da Universidade Nove de Julho. Foi observado aumento nas taxas reportadas de sintomas oculares relacionados à Síndrome da Fadiga Visual ao Computador na amostra estudada. Tais resultados evidenciam a importância da educação e conscientização quanto a hábitos saudáveis em relação à saúde ocular, e enfatizam a relevância da atenção oftalmológica a estudantes que passam muitas horas em frente a telas eletrônicas. Palavras-chave: Síndrome da visão computacional; ergonomia; Síndrome do olho seco; estilo de vida.","PeriodicalId":374989,"journal":{"name":"Anais do Congresso Médico Acadêmico da Universidade Nove de Julho","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"SAÚDE OCULAR DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNINOVE EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19\",\"authors\":\"Ana Luiza Gonçalves Soares, Amanda Karolyne Godoi da Silva, Fernando Korn Malerbi\",\"doi\":\"10.5585/comamedvg.2022.18\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"de novas tecnologias interativas como tablets, leitores eletrônicos e smartphones, e seu uso vem crescendo de forma exponencial. 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SAÚDE OCULAR DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNINOVE EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19
de novas tecnologias interativas como tablets, leitores eletrônicos e smartphones, e seu uso vem crescendo de forma exponencial. Devido à sua alta eficiência e aplicações variadas, associado a grande necessidade de interação entre a população, o uso dessas ferramentas proliferou e se tornou inevitável em instalações de recreação, residências, locais de trabalho e estudos. Com o surgimento da pandemia do Coronavírus e sua forma rápida de contágio, houve a necessidade de isolamento social, e a população - das crianças que frequentam o primeiro ano da escola até idosos que trabalham ativamente – se viu sob a necessidade de se readequar às medidas de controle, sendo necessário maior utilização destes dispositivos, agora de dentro das suas próprias residências. Dessa forma, com o aumento do tempo de exposição às telas, há a possibilidade de impacto na saúde ocular, gerando alterações reversíveis ou não no campo de visão e acuidade visual, além de sintomas como: olhos irritados, olhos secos, astenopia, visão turva, hiperemia conjuntival, fotofobia, lentificação em mudança de foco, lacrimejamento e cefaleia, que compõem a Síndrome da Fadiga Visual ao Computador (SFVC). Além disso, a emissão de luz azul por esses aparelhos interfere no ciclo circadiano, alterando a qualidade do sono, consolidação no aprendizado, rendimento durante as aulas e demais atividades diárias, além de mudanças no humor. Dentre todas pessoas expostas ao maior tempo de tela, iremos retratar as possíveis consequências geradas aos estudantes de medicina da Universidade Nove de Julho do 1º ao 8º semestre, os quais passaram por uma rotina densa de conteúdo teórico sob a forma de Ensino à Distância (EaD), usando integralmente as plataformas digitais desde março de 2020 e permanecendo assim até dezembro do mesmo ano. O presente estudo tem como objetivo avaliar os possíveis efeitos que o tempo aumentado de exposição às telas dos dispositivos eletrônicos podem causar à saúde ocular desses estudantes, por meio da aplicação de um questionário via Google Forms. Objetivos: Avaliar, através do questionário proposto, o possível impacto da maior exposição a telas sobre a saúde ocular dos estudantes da Medicina Nove de Julho, em tempos de pandemia do COVID-19. Além disso, alertar os estudantes a cuidarem da saúde ocular contra a exposição às telas eletrônicas. Materiais e métodos: Será um estudo do tipo Transversal enviado um questionário via Google Forms para os estudantes de Medicina da Universidade Nove de Julho do 1º ao 9º semestre. Resultados: Um total de 110 estudantes de medicina da UNINOVE de todos os campi responderam à pesquisa; 90% destes tinham idade entre 17 e 30 anos; 69,1% dos participantes eram do sexo feminino. Cerca de 3⁄4 relataram uso de tela por mais de 4 horas diárias, sendo que 28,2% relataram uso por mais de 8 horas por dia; 94% relataram que o tempo dedicado a atividades na tela aumentou com o advento da pandemia. A grande maioria dos participantes ( 79%) notou uma piora significativa da visão durante a pandemia. Entre os sintomas relatados, os mais relevantes foram: cefaleia (74,1%), fadiga ocular (62,5%) e dor/ardência dos olhos (51%). Dos 110 alunos, apenas 23,6 % realizaram repouso da tela. O uso de aparelhos eletrônicos em ambiente escuro foi reportado por 90% dos participantes. Metade dos participantes negou ter ido à consulta oftalmológica anual. Conclusão: O presente estudo evidenciou que a pandemia de Coronavírus provocou aumento do tempo de uso de dispositivos com tela entre os estudantes de medicina da Universidade Nove de Julho. Foi observado aumento nas taxas reportadas de sintomas oculares relacionados à Síndrome da Fadiga Visual ao Computador na amostra estudada. Tais resultados evidenciam a importância da educação e conscientização quanto a hábitos saudáveis em relação à saúde ocular, e enfatizam a relevância da atenção oftalmológica a estudantes que passam muitas horas em frente a telas eletrônicas. Palavras-chave: Síndrome da visão computacional; ergonomia; Síndrome do olho seco; estilo de vida.