Bianca Aparecida Siqueira, Ketlyn Oliveira Bredariol, Jéssica Paula Martins, Laís Chiavegato, Tais Mendes Camargo, Andréa de Melo Alexandre Fraga, Fernando Augusto Lima Marson
{"title":"OR-37 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS DEVIDO A SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE CAUSADA PELA INFECÇÃO PELO VÍRUS INFLUENZA A E B NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: UM ESTUDO OBSERVACIONAL","authors":"Bianca Aparecida Siqueira, Ketlyn Oliveira Bredariol, Jéssica Paula Martins, Laís Chiavegato, Tais Mendes Camargo, Andréa de Melo Alexandre Fraga, Fernando Augusto Lima Marson","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103912","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103912","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A pandemia da COVID-19 causou um impacto negativo nos sistemas de saúde do mundo e, dentre eles, o Brasil foi um dos mais afetados. Concomitantemente, no Brasil, foi vivenciada a infecção pelo vírus influenza A e B que culminou com desafios adicionais ao sistema de saúde já sobrecarregado pela pandemia.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Descrever o epidemiológico dos pacientes hospitalizados decorrente da infecção pelo vírus influenza A e B durante a pandemia da COVID-19 e associar esse perfil com a propensão ao óbito.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Os dados epidemiológicos dos pacientes foram coletados a partir do OpenDataSUS. Os pacientes foram agrupados de acordo com o tipo de vírus influenza (A e B) e os marcadores foram utilizados como preditores para o risco de óbito.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Foram notificados 22.067 casos de infeção pelo vírus influenza, sendo 20.330 (92,1%) do tipo A. Houve predomínio do sexo feminino e de pessoas da raça branca. Adultos e idosos foram mais propensos a infecção viral. Os sinais e sintomas clínicos mais frequentes foram os de origem respiratória. Um total de 12.224 (55,4%) indivíduos apresentavam pelo menos uma comorbidade, dentre elas, as mais frequentes foram cardiomiopatia e diabetes mellitus. A UTI foi utilizada em 6.277 (28,4%) dos sujeitos sendo que a maioria deles necessitou de suporte ventilatório (59,2%). O óbito foi descrito em 3.212 (14,6%) casos sendo o maior risco associado à presença do vírus influenza A versus B [OR = 2,03 (IC95% = 1,70-2,42)]. Marcadores como idade avançada, ser autodeclarado como preto, miscigenado ou indígena, sinais e sintomas clínicos [e.g. dispneia, desconforto respiratório, saturação periférica de oxigênio < 95% e fadiga/astenia], comorbidades [e.g. doença respiratória crônica, cardiomiopatia, diabetes mellitus, doença neurológica ou hepática], necessidade de UTI e de suporte ventilatório invasivo e não invasivo foram mais comuns no grupo de pacientes que evoluíram para o óbito.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Pacientes hospitalizados devido a infeção pelo vírus influenza foram majoritariamente mulheres brancas com idade acima de 25 anos. Apresentaram, frequentemente, sintomas respiratórios e comorbidades prévias, com taxa de mortalidade de 14,7%. O maior risco de óbito foi associado ao tipo A do vírus com a necessidade de UTI e de suporte ventilatório. Outros fatores foram associados a maior predisposição ao óbito, com destaque para a idade avançada, presença de sintomas e sinais clínicos respiratórios e comorbidades específicas.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103912"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142571917","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Carolina Lazari, Miriã Virginio dos Santos, Celso Granato, Sonia Regina Silva Siciliano
{"title":"OR-26 - AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ANALÍTICO DE TESTES RÁPIDOS IMUNOCROMATOGRÁFICOS PARA PESQUISA DO ANTÍGENO NS1 DO VÍRUS DA DENGUE","authors":"Carolina Lazari, Miriã Virginio dos Santos, Celso Granato, Sonia Regina Silva Siciliano","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103901","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103901","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A dengue é a arbovirose urbana de maior incidência e um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O agente causador da doença, membro da família Flaviviridae, é um vírus RNA classificado em quatro sorotipos (DENV 1 a 4). Os anticorpos produzidos durante a infecção conferem imunidade somente contra o sorotipo infectante e proteção parcial e temporária contra os outros três. O antígeno NS1 é uma das proteínas não estruturais do vírus, provavelmente envolvida em sua replicação. A maior parte da produção dessa proteína é secretada pela célula infectada na forma de um hexadímero solúvel. Sua alta concentração no soro dos pacientes nos primeiros 05 dias após o surgimento dos sintomas torna este antígeno um importante marcador para o diagnóstico precoce de dengue. Para sua detecção, um dos métodos utilizados é a imunocromatografia, caracterizada por manuseio simples e resultados rápidos.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Avaliar o desempenho analítico de 04 diferentes marcas de testes rápidos imunocromatográficos para a pesquisa de antígeno NS1 do vírus da dengue.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Foram analisadas, utilizando 04 diferentes marcas (A, B, C e D) de teste rápido imunocromatográfico (TRI), 50 amostras de soro com resultados de pesquisa de antígeno NS1 de DENV previamente conhecidos por meio de método imunoenzimático. Os TRI foram processados conforme as instruções dos respectivos fabricantes. Os resultados obtidos foram comparados com os da metodologia de referência para cálculo da sensibilidade (S) e da especificidade (E) de cada marca.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>As marcas de TRI testadas tiveram o seguinte desempenho: marca A, S = 88% e E = 100%; marca B, S = 100% e E = 100%; marca C, S = 100% e E = 91%; e marca D, S = 95% e E = 100%.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Das 04 marcas avaliadas, 03 atenderam os requisitos de desempenho (S ≥ 95% e E ≥ 90%) definidos pelo Ministério da Saúde na nota técnica 16/2024. Embora possam ter acurácia inferior ao da metodologia imunoenzimática, os TRI para pesquisa de antígeno NS1 de DENV podem ser úteis para o diagnóstico precoce de dengue em momento epidêmicos, quando utilizados na janela adequada de tempo de evolução da doença.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103901"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142571922","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"EP-021 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL ENTRE 2012 E 2022","authors":"Arthur Mota Pinheiro, Beatriz de Morais Pereira","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103951","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103951","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A Doença de Chagas (DC) é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, transmitido ao homem pelo contato com as fezes contaminadas de insetos triatomíneos, popularmente conhecidos como “barbeiros”. Considerando que sua epidemiologia é diretamente relacionada a condições socioeconômicas locais, torna-se importante a elaboração de um estudo detalhado acerca da distribuição dessa doença na população brasileira.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Analisar o perfil epidemiológico da DC nas 5 macrorregiões brasileiras entre 2012 e 2022.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Estudo epidemiológico descritivo retrospectivo com base em dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN/DATASUS). Incluíram-se os casos confirmados de DC entre 2012 e 2022 no Brasil. As variáveis utilizadas foram ano do diagnóstico, sexo, região de notificação, modo provável de infecção e evolução.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>No período analisado, foram confirmados 3.219 casos de DC, sendo 1.732 homens (53,8%) e 1.487 mulheres (46,2%). Em relação às regiões de notificação, houve um predomínio na região Norte, com 3.068 casos (95,3%), seguida pelas regiões Nordeste, com 108 casos (3,4%), Sudeste com 20 (0,6%), Centro-Oeste com 14 (0,4%) e Sul com 9 (0,3%). Quanto aos modos prováveis de infecção, destaca-se o oral, com 2.625 casos (81,5%), seguido pelo vetorial com 226 (7%), vertical com 14 (0,4%) e acidental com 8 (0,3%), além dos 8 modos classificadas como “outro” (0,3%) e dos 338 ignorados (10,5%). Por fim, a evolução é marcada por 2.817 vivos (87,5%), tendo 40 óbitos pelo agravo notificado (1,2%) e 8 óbitos por outra causa associada (0,3%), além de 354 casos ignorados (11%).</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>A maioria dos casos de DC envolvem indivíduos do sexo masculino da região Norte do Brasil, principalmente pela transmissão oral, o que pode sugerir que essa parcela populacional é menos esclarecida em relação à importância de se higienizar os alimentos antes de ingerí-los ou que possui menos condições econômicas de comprar alimentos previamente higienizados. Já o baixo índice de óbitos deve ter relação com uma subnotificação elevada, visto que a DC é uma doença grave que não apresenta baixa morbi-mortalidade. Ainda, levando em conta as condições socioeconômicas de grande parte dos brasileiros, especialmente da região Norte, um possível raciocínio de conscientização populacional e busca por tratamento precoce como justificativa para tal número tende a ser descartado.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103951"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142571984","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Patrícia Marteleto Scanavez, Rodrigo de Carvalho Santana, Fernando Bellissimo-Rodrigues, Felipe Santos De Carvalho
{"title":"OR-55 - REINFECÇÃO PELA MESMA LINHAGEM DE SARS-COV-2 (P1) EM UM PACIENTE COM SIDA - UM RELATO DE CASO","authors":"Patrícia Marteleto Scanavez, Rodrigo de Carvalho Santana, Fernando Bellissimo-Rodrigues, Felipe Santos De Carvalho","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103930","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103930","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>Sabemos que imunossuprimidos têm maior risco de desenvolvimento de formas graves de COVID-19, o que impacta na população PVHIV, em especial em SIDA ou naqueles sem tratamento. Também sabemos que essa população tem maiores chances de desenvolvimento de comorbidades, algumas relacionadas ao aumento desse risco. Reinfecções em COVID-19 são bem descritas, mas ainda temos discrepâncias epidemiológicas do perfil delas, em especial em PVHIV.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>O objetivo é do relato é documentar um caso de reinfecção por SARS-CoV-2 em PVHIV pela mesma linhagem viral e através disso reiterar a importância de traçar o perfil de reinfecções nessa população para desenvolvimento de políticas públicas de saúde, visando atenuar o curso e morbimortalidade destas doenças e otimizar as medidas de prevenção.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Foi realizado o relato de caso através de dados clínicos de prontuário e sequenciamento de nova geração dos RT-PCRs realizados no paciente, além de revisão de literatura.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Masculino, 26 anos, PVHIV por transmissão vertical em SIDA, tratamento irregular, histórico de diversas infecções oportunistas (criptosporidíase, pneumocistose, CMV), DRC em TSR-HD devido GESF por HIV; apresentou quadro de infecção por SARS-CoV-2 em março/2021 pela variante P1 (gamma- identificada por sequenciamento de nova geração), quadro leve com sintomas como ageusia, mialgia, anosmia e tosse iniciados 5 dias antes da coleta RT-PCR COVID. Apresentou melhora clínica e após 6 meses, dentre outras intercorrências não relacionadas ao episódio, reinfecção por COVID19; novamente quadro brando, com tosse e coriza em setembro/2021, confirmado novamente P1.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>A ausência de um consenso sobre a definição de reinfecção em nível mundial traz diferentes resultados sobre a frequência dessas em estudos que temos sobre o tema, inclusive alguns autores questionam a diferença entre eliminação de partículas virais (viral shedding) e nova infecção. Em especial em imunossuprimidos, esse questionamento é bastante válido, devido aos relatos de PCRs persistentemente positivos. No caso supracitado, o intervalo foi de 6 meses e o paciente teve melhora clínica e um novo episódio cronologicamente estabelecido, seguindo os critérios de reinfecção do CDC e ECDC. Destaca-se a importância da reinfecção ter sido pela mesma linhagem viral, ressaltando a necessidade de mais estudos de reinfecção por COVID-19 em PVHIV, visto o maior risco de COVID-19 grave na população em SIDA, naqueles sem tratamento do HIV ou naqueles com diversas comorbidades associadas.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103930"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142572698","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Alexia Martines V. Silva, Joyce Karolina D. Melo, Ellyda Etheline Torres Noronha, Dhelio Batista Pereira, Mariana Pinheiro A. Vasconcelos
{"title":"EP-001 - DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS EM PACIENTES INTERNADOS COM METAEMOGLOBINEMIA","authors":"Alexia Martines V. Silva, Joyce Karolina D. Melo, Ellyda Etheline Torres Noronha, Dhelio Batista Pereira, Mariana Pinheiro A. Vasconcelos","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103932","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103932","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A malária é uma das doenças infecto-parasitárias de maior importância no mundo. A metahemoglobinemia é uma das principais complicações relacionada a terapêutica medicamentosa para o P. vivax com derivados 8-aminoquinolinas, como primaquina e tafenoquina. O acesso a métodos diagnósticos nem sempre estão disponíveis, o que se faz necessário suspeita clínica.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Descrever as características clínicas em pacientes internados com metaemoglobinemia.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Foram atendidas 4.541 pessoas com malária no hospital Cemetron, em Porto Velho, entre os anos de 2019 e 2023, e apenas 60 destes pacientes apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de metahemoglobinemia. Foram avaliados dados clínicos e laboratoriais durante toda a internação. Aprovação CEP/CEPEM (CAAE 68890523.4.0000.0011).</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Dos 4.541 indivíduos internados, 60 tiveram diagnóstico de metahemoglobinemia (1,3%). Dos 60 com diagnóstico de metahemoglobinemia, a média de idade foi de 33 anos, sendo 36 (60%) do sexo masculino. Todos foram internados já com complicações da terapeutica, sendo os seguintes esquemas: 43 (71,6%) primaquina 7 dias, 10 (16,6%) primaquina 14 dias, 1 (1,6%) tafenoquina, 1 (1,6%) primaquina semanal e 5 (8,3%) sem informação. Em 58,4% dos casos, houve necessidade de interromper teraperutica e 3,3% teve esquema modificado. Dos indivíduos que tiveram avaliação da metemoglobina (metaHb), 65,2% apresentaram valor > 10. Dos sintomas apresentados, 42 (70%) tinham dispneia, 28 (46,6%) cefaleia, 27 (45%) fraqueza, 21 (35%) cianose, 19 (31,6%) vômito. Com relação a oximetria, os valores variaram de 65-93%, sendo que 39 (65%) indivíduos receberam suplementação de O², sendo 19 (49%) por máscara de alto fluxo, 11 (28%) por cateter nasal, 8 (20,5%) por máscara de Venturi e 1 (2,5%) por ventilação mecânica. O tempo médio de internação foi de 6,1 dias, e não foi registrado nenhum óbito.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Encontramos uma baixa prevalência de metahemoglobinemia com necessidade de internação, porém 65% dos que internaram tiveram necessidade de suplementação de O<sub>2</sub>, inclusive com ventilação mecânica. É uma complicação que diagnosticada precocemente e com a interrupção ou modificação do esquema para semanal, pode modificar desfecho, como vimos em outro estudo do nosso grupo com acompanhamento ambulatorial.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103932"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142572699","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Isadora Pereira do Nascimento, Kamilla Villa Brocca, Sara de Lima Bento, Larissa Moço Bravin
{"title":"EP-007 - ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA VACINAÇÃO DE HEPATITE B EM RECÉM NASCIDOS NO BRASIL DURANTE OS ANOS DE 2017 A 2022","authors":"Isadora Pereira do Nascimento, Kamilla Villa Brocca, Sara de Lima Bento, Larissa Moço Bravin","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103937","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103937","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A vacina de Hepatite B é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no calendário de vacinação infantil e é uma medida essencial para proteger contra a doença, potencialmente fatal, ela é indicada para esquema de vacinação em primeira dose o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade, podendo ser administrada até 30 dias após o nascimento. Embora tenha demonstrado ser altamente segura e eficaz, a implementação de programas de vacinação enfrenta desafios, a falta de acesso a serviços de saúde e conscientização da importância da vacinação podem dificultar a cobertura vacinal.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Descrever a cobertura vacinal de Hepatite B em crianças com até 30 dais de vida entre os anos de 2017 e 2022 nas diferentes regiões do país.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Estudo ecológico realizado a partir dos dados secundários do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) situados no DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde). Foram coletadas informações da taxa de cobertura vacinal por região do país dos anos de 2017 a 2022. A análise estatística descritiva foi realizada no Microsoft Excel através do cálculo da diferença de frequência percentual por região de notificação.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Observou-se que nenhuma das regiões do país atendeu a meta de cobertura vacinal de 95% para a dose de hepatite B infantil antes dos primeiros 30 dias de vida. No entanto, a região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de cobertura vacinal (85,3%) e a região Sul a menor cobertura (75,6%). O ano de 2020 apresentou menor taxa de cobertura, com apenas 70% dos nascidos vivos vacinados. A queda da cobertura vacinal não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Desde 2013, o Brasil não atinge a meta de primeira dose de Hepatite B. Entre as causas do baixo índice de adesão vacinal, estão a falta de campanhas que conscientizem sobre a importância da vacina, movimentos ideológicos anti-vacinais, escassez de postos vacinais e horários de funcionamento limitados das unidades de saúde.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Através dos dados, observou-se uma manutenção das baixas taxas de cobertura vacinal ao longo dos anos, revelando uma carência na imunização das novas gerações. Isso reflete de forma negativa na saúde pública, com possibilidade de aumento no número de casos/ano de Hepatite B, colocando em risco o plano de erradicação das doenças infecciosas.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103937"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142572063","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
William Kazunori Sekiguchi, Adriana S.G.K. Magri, Raquel K.D.L. Ito, Odeli N.E. Sejas, Karim Y. Ibrahim, Edson Abdala, Patricia R. Bonazzi
{"title":"OR-45 - MYCOBACTERIUM KANSASII EM PACIENTES COM CÂNCER: SÉRIE COM 15 CASOS","authors":"William Kazunori Sekiguchi, Adriana S.G.K. Magri, Raquel K.D.L. Ito, Odeli N.E. Sejas, Karim Y. Ibrahim, Edson Abdala, Patricia R. Bonazzi","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103920","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103920","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div><em>Mycobacterium kansasii</em> é considerada uma das Micobactérias não tuberculosas (MNT) mais patogênicas e a segunda espécie mais descrita na América do Sul. Casos têm sido descritos em pacientes oncológicos, mas fatores de risco, apresentação clínica e evolução da doença não estão bem estabelecidos na literatura.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Descrever a epidemiologia, apresentação clínica e evolução dos casos de M. kansasii em pacientes com câncer.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Estudo retrospectivo, em que foram identificados pacientes, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, com cultura para MNT positiva, realizada no período de janeiro de 2011 a setembro de 2023. Dentre estas, os casos de M. kansasii foram selecionados e classificados de acordo com o critério diagnóstico da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA). As variáveis avaliadas foram: idade, sexo, doença oncológica, sítio de infecção, comorbidades, tratamento e evolução.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Sessenta e sete pacientes com cultura positiva para MNT foram identificados. M. kansasii foi a espécie mais comum, com 19 casos (28%), seguida por M. gordonae (13 casos: 19%). Quatro casos de M. kansasii não fecharam critério para infecção. Foram avaliados, 15 pacientes. A média de idade foi 61 anos e 60% foram homens. Doença pulmonar foi a apresentação clínica mais comum (11 casos), com o agente identificado em 2 amostras de escarro ou uma, de lavado broncoalveolar. Em 1 paciente, houve o crescimento de M. kansasii em cultura de sangue e linfonodo. Onze ocorreram em pacientes com tumor sólido (73%) e 4 em oncohematológicos. Câncer de laringe foi a neoplasia mais frequente, com 3 casos (20%). Tabagismo esteve presente em 10 pacientes (67%) e etilismo, em 4 (27%). Seis pacientes não foram tratados, mas 3 destes, foram diagnosticados “post-mortem”. Outros 6, foram tratados com 4 drogas. Óbito ocorreu em 75% dos pacientes oncohematológicos e 18% dos tumores sólidos.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Em nossa série, M. kansasii foi a MNT mais prevalente. Fatores de risco descritos na literatura como: tabagismo, etilismo, tuberculose prévia, câncer de laringe e esôfago, foram encontrados. Doença disseminada foi incomum e ocorreu em paciente com neoplasia hematológica. A mortalidade é elevada e o diagnóstico foi “post-mortem” em 3 casos, reforçando a importância da suspeita clínica e do aprimoramento dos métodos diagnósticos.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103920"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142572790","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luiz Fernando B. Grell Moraes, Leonardo Sena Fessori, Gisele Cristina Gosuen, Ricardo Sobhie Diaz, Paulo R. Abrão Ferreira
{"title":"EP-039 - SOROPREVALÊNCIA DE DENGUE UTILIZANDO TESTE RÁPIDO EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO","authors":"Luiz Fernando B. Grell Moraes, Leonardo Sena Fessori, Gisele Cristina Gosuen, Ricardo Sobhie Diaz, Paulo R. Abrão Ferreira","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103969","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103969","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A dengue é uma doença muito presente nas Américas, incluindo o Brasil. O quadro clínico pode variar de assintomático até sintomas graves com risco de morte. Não há dados precisos sobre a prevalência de dengue em pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) no Brasil. Considerando as novas vacinas contra a dengue, é importante identificar populações prioritárias para a imunização.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Verificar a soroprevalência de dengue em PVHA no Município de São Paulo/SP.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Entre setembro de 2020 e maio de 2021 foram selecionados 240 voluntários que atendiam aos seguintes critérios de inclusão: idade acima de 18 anos; soropositividade documentada para infecção por HIV-1. Os critérios de exclusão foram: vacinação prévia contra a dengue e idade acima de 60 anos. Os testes rápidos OnSite Duo Dengue Ag-IgG/IgM CTK Biotech foram aplicados.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>85 (35,56%) dos voluntários são do sexo feminino, 185 (77,41%) encontram-se entre a faixa etária de 40 a 59 anos, 45 (18,83%) ingressaram no ensino superior (completo ou incompleto), 99 (41,42%) é procedente da região Sul e 126 (52,72%) possuem a cor da pele preta/parda. 80 (33,47%) apresentam etilismo/ex-etilismo, 10 (4,18%) doença renal crônica e 8 (3,35%) doença cardiovascular. 233 (97,49%) possuíam carga viral indetectável no momento da aplicação do teste e 6 (2,5%) carga viral detectável. 12,55% apresentaram sorologia positiva para dengue. A prevalência de PVHA que apresentaram coinfecção encontrada foi calculada da seguinte forma: P = 30/239*100. A análise bivariada dos dados sociodemográficos e da sorologia de dengue demonstra que somente a “cor de pele: parda” apresenta tendência para ser estatisticamente significativa, com p = 0,084. Do total de participantes com “cor de pele: parda”, 83 (82,18%) apresentaram sorologia negativa para dengue e 18 (17,82%) apresentaram sorologia positiva (OR 2,011). O resultado da análise bivariada das comorbidades e dengue mostrou que a variável “cardiovascular” foi a única com significância estatística, apresentando um p = 0,001. Do total de pessoas com esta comorbidade, 4 (50%) apresentaram resultado positivo (OR 7,885). Apenas 3 (30%) dos indivíduos com “doença renal crônica” apresentaram resultado positivo para coinfecção com p = 0,089 e 6 (7,5%) dos “etilistas/ex etilistas”, com p = 0,094.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>A investigação encontrou uma soroprevalência de dengue em PVHA em São Paulo/SP, Brasil, de 12,55% entre setembro/2020 e maio/2021. Observamos que PVHA pardas tem maior prevalência de dengue.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103969"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142572849","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Danielle R. Miyazawa Ferreira, Giovanna Pais G. Esteves, Melissa Caroline G. Prestes, Ana Sofia Vilas Boas Simões, Victoria Davanço, Gabriela Valente R. Watanabe, Tatiane Selister Barbosa, Jaqueline Dario Capobiango
{"title":"OR-13 - ANÁLISE DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE ADOECERAM APÓS A VACINAÇÃO PARA COVID-19","authors":"Danielle R. Miyazawa Ferreira, Giovanna Pais G. Esteves, Melissa Caroline G. Prestes, Ana Sofia Vilas Boas Simões, Victoria Davanço, Gabriela Valente R. Watanabe, Tatiane Selister Barbosa, Jaqueline Dario Capobiango","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103890","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103890","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>Profissionais de saúde têm alta exposição ao SARS-CoV-2, portanto, o Ministério da Saúde (MS) preconiza uma dose de reforço anual da vacina para profissionais vacinados com esquema completo para COVID-19. Porém, ainda não está claro o tempo de proteção da vacina para os diversos profissionais.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Avaliar o perfil de adoecimento de profissionais de saúde com o decorrer do tempo após a vacinação para COVID-19.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Coorte retrospectiva que analisou profissionais de saúde com sintomas respiratórios atendidos em um ambulatório de um hospital terciário, entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021. A amostra incluiu profissionais com esquema vacinal completo ou incompleto para COVID-19 e que apresentaram testes de detecção viral positivos (PCR ou antígeno) para SARS-CoV-2 na evolução, até 31 de dezembro de 2023. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética (parecer: 4.084.024).</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>De 2.312 profissionais atendidos, 1.013 foram incluídos, sendo 71,2% mulheres. A mediana de idade foi 44 anos (20 - 88). Receberam esquema vacinal completo 92,3%. Os profissionais com idade maior ou igual a 60 anos tiveram mais esquema incompleto, em comparação com aqueles com idade inferior a 60 anos. Do total, 67,6% negaram ter comorbidades, 9,9% apresentam hipertensão arterial, 7,0% obesidade e 3,9% asma. 453 pacientes positivaram após a segunda dose e 634 após a terceira. A mediana de tempo para adoecer após a terceira dose foi de 207 dias em profissionais com mais de 60 anos e de 161 dias para o grupo com menos de 60 anos. A mediana para a positividade após a segunda dose da vacina foi de 139 dias (primeiro e terceiro quartil em 94 e 196 dias, respectivamente). Após a terceira dose, a mediana para positividade foi 176 dias (primeiro quartil em 95 e terceiro em 281 dias). Portanto, com 3 doses houve aumento de tempo de proteção de 37 dias em relação a 2 doses. Considerando os pacientes que tomaram a terceira dose em um período de até 281 dias, a vacina foi 70% mais protetora em homens com comorbidades, sendo que mulheres com comorbidades tiveram 2,5 vezes mais chance de adoecer em comparação aos homens.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Os profissionais de saúde apresentaram elevada adesão ao esquema vacinal completo. O tempo de positividade após a vacinação corroborou com a recomendação de doses com intervalo de 6 meses. No entanto, é importante continuar monitorando e analisando esses profissionais para melhor compreensão da eficácia das vacinas e implementação de políticas de vacinação direcionadas aos grupos especiais.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103890"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142572279","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sebastião Pires Ferreira Filho, Rafael Dezen Gaiolla, Wagner José Sousa Carvalho, Marjorie de Assis Golim, Carlos Magno Castelo Branco Fortalez, Daniela Anderson da Silva, Aline Márcia Marques Braz, Rosana Maria Barreto Colichi
{"title":"EP-031 - INVESTIGAÇÃO E DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE LATENTE EM PACIENTES COM LINFOMAS.","authors":"Sebastião Pires Ferreira Filho, Rafael Dezen Gaiolla, Wagner José Sousa Carvalho, Marjorie de Assis Golim, Carlos Magno Castelo Branco Fortalez, Daniela Anderson da Silva, Aline Márcia Marques Braz, Rosana Maria Barreto Colichi","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103961","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.103961","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A tuberculose pulmonar, considerada como doença negligenciada, sempre foi um problema de saúde pública. Em 2022, no mundo, cerca de 1,3 milhões de pessoas morreram por tuberculose e 10,6 milhões de novos casos surgiram naquele ano. No Brasil, foram identificados 80.012 casos novos de TB em 20231. Dependendo de características específicas, um paciente pode desenvolver a doença (tuberculose em atividade) ou manter-se na forma latente (ILTB). Apesar de os doentes com linfoma fazerem parte da lista nacional de pacientes que devem ser investigados para ILTB, essa não é a realidade para a maioria deles, ainda que tenham maiores chances de desenvolver a doença e evoluírem para óbito.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>identificar a prevalência de ILTB em pacientes com linfoma.</div></div><div><h3>Método</h3><div>Estudo prospectivo e descritivo, com coleta de dados sociodemográficos em um hospital universitário, terciário, localizado no interior do estado de São Paulo, de pacientes maiores de 18 anos com linfoma e dosando o IGRA no sangue. Estatísticas descritivas foram utilizadas para avaliar as características gerais dos participantes.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Foram recrutados 132 pacientes, com idade média de 57 anos, sendo a maioria composta por homens (54,5%), brancos (68,9%), casados (59,8%), com filhos (76,5%) e renda familiar de até R$ 5.000 (71,2%). Entre os participantes, 25% eram fumantes ou ex-fumantes. A prevalência de ILTB foi de 20,5%, sendo uma maior porcentagem entre homens (66,7%) e não fumantes (81,5%).</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>A prevalência de ILTB foi considerada alta nessa população e não há literatura que demonstre essa realidade em outros países. Por se tratar de uma doença prevalente e com chances de complicações como óbito, políticas públicas devem ser estimuladas para o rastreio de ILTB e o tratamento adequado, tanto no serviço público quanto na rede privada de saúde.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 103961"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142572284","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}