{"title":"O vitalismo crítico de Georges Canguilhem","authors":"Caio Souto","doi":"10.32334/oqnfp.2021n48a714","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2021n48a714","url":null,"abstract":"A tese defendida neste artigo é a de que a filosofia que Georges Canguilhem passa a desenvolver durante a década de 1940, sobretudo depois da publicação de sua tese em medicina O normal e o patológico, pode ser denominada como um vitalismo crítico. Propomos rastrear algumas das referências utilizadas por Canguilhem na formulação dessa filosofia, bem como afastar algumas leituras que o aproximariam da fenomenologia e do existencialismo, visando demonstrar que uma de suas principais preocupações era a de reformular o estatuto filosófico do homem para além de toda forma de humanismo.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44490986","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O prazer estético: Schopenhauer entre o dito e o não dito","authors":"D. Moraes","doi":"10.32334/oqnfp.2021n48a776","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2021n48a776","url":null,"abstract":"A Estética de Schopenhauer, ou melhor dizendo, Metafísica do Belo, é bem conhecida pela estranha afirmação segundo a qual o prazer estético deve ser compreendido e até mesmo possibilitado exclusivamente sob a condição de um estado de contemplação isento de vontade. Além do fato de isso significar uma espécie de sentimento absolutamente intelectual, surpreendentemente, ainda é um acontecimento pelo qual um mero instrumento de conhecimento deve superar seu senhor – a vontade – de tal maneira que se torna capaz de se libertar para conhecer objetos supostamente sem interesse algum para a vontade. Este artigo pode desafiar essa teoria a fim de dar sentido ao que Schopenhauer poderia querer dizer com isso.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47527553","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O pé de Frenhofer: ichnografia e diagrama na Belle Noiseuse de Balzac","authors":"L. Takayama","doi":"10.32334/oqnfp.2021n48a812","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2021n48a812","url":null,"abstract":"Pretende-se fazer uma breve análise da novela A obra-prima ignorada de Balzac, buscando abordar o “fracasso’ ou o “sucesso” de Catherine Lescault – quadro do pintor Frenhofer, personagem central da obra –, à luz dos conceitos de ichnografia e de diagrama, tal como elaborados pelos filósofos Michel Serres e Gilles Deleuze, respectivamente.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45818229","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Foucault, o Totalitarismo e o Racismo de Estado","authors":"Helton Adverse","doi":"10.32334/oqnfp.2021n48a746","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2021n48a746","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo consiste em examinar em que medida a genealogia do poder foucaultiana esclarece alguns aspectos do fenômeno totalitário, em especial, o racismo. Para isso, será preciso se concentrar sobre o curso ministrado por Foucault no Collège de France em 1976, intitulado Em defesa da sociedade. Neste curso, Foucault leva a cabo uma genealogia do racismo de Estado que permite compreender os regimes totalitários como a forma paroxística do poder disciplinar e do biopoder, ao mesmo tempo em que realizam a fusão entre soberania e biopolítica.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42474025","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A ideologia de Piketty","authors":"Julio Tomé","doi":"10.32334/oqnfp.2021n48a763","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2021n48a763","url":null,"abstract":"Resenha do livro: \u0000PIKETTY, Thomas. Capital et Idéologie. Paris: Seuil, 2019, pp. 1324 (edição digital). ","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47060258","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Reapropriação do tempo e do eu na carta 1 de Sêneca","authors":"A. Alonso","doi":"10.32334/oqnfp.2021n48a718","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2021n48a718","url":null,"abstract":"Sêneca compõe suas Cartas a Lucílio no final de sua vida. Nas 124 cartas que nos chegaram, ele trata de diferentes temas, a maioria dos quais tem uma conexão substancial com os dramas existenciais de todo homem, de modo que nós poderíamos reconhecer a condição humana como o tópico principal das cartas. A breve carta de abertura trata da economia do tempo. Sêneca explica que o tempo é nossa mais valiosa mercadoria e mostra os diferentes modos pelos quais somos destituídos de sua posse. Usando uma série de imperativos, como o faria um médico em uma receita, ele incita seu pupilo a assumir o controle do tempo de que ele tem sido privado. Neste artigo, analiso a primeira carta e mostro como Sêneca considera o tempo a matéria mais essencial de uma transformação filosófica da vida humana. Defendo que nessa carta ele constitui um plano da cura filosófica de Lucílio através da recuperação do tempo perdido e que, de acordo com sua visão, o controle do tempo é o primeiro passo para o controle do eu.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47812557","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"No balanço do tédio: Heidegger e o tédio como tonalidade afetiva fática","authors":"M. Casanova","doi":"10.32334/OQNFP.2020N47A743","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2020N47A743","url":null,"abstract":"O intuito do presente texto é acompanhar as razões pelas quais Heidegger retoma em sua preleção de 1929/30 Os conceitos fundamentais da metafísica (mundo – finitude – solidão) o projeto de Ser e tempo de uma análise do existente humano e de uma descrição de suas crises existenciais como decisivas para as possibilidades de mobilização histórica do mundo, agora não mais a partir de uma tonalidade afetiva de matiz ontológica, a angústia, mas sim a partir de uma tonalidade afetiva fática, ou seja, uma tonalidade que possui um vínculo estrutural com o mundo histórico que é o nosso. Partindo daí, o texto analisa o aprofundamento das diversas figuras do tédio até o tédio dito profundo, assim como expõe o problema que impede uma vez mais que Heidegger consiga pensar de maneira consistente o acontecimento fundamental da singularização como via de acesso à temporialidade propriamente dita do ser, ou seja, a ontologia fundamental em sua ligação com a analítica existencial.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47036299","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O que nos fazem pensar Exu e Criolo?","authors":"A. Fernandes","doi":"10.32334/OQNFP.2020N47A734","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2020N47A734","url":null,"abstract":"Dialogo com a Tese de doutoramento intitulada “Nos (Des)Caminhos da Exu: poética: As encruzilhadas afrossurrealistas da criação de Criolo”. Produzo comentários à moda de Roland Barthes e enxerto minha leitura à tese, buscando um efeito de transbordamento textual. No presente texto que não é mais do que um possível prefácio ou uma nota de rodapé, para refletir sobre a tese em tela, utilizo-me de uma “an-arquitetura” derridiana e, ao seguir os rastros da escritura de Andrade, componho um pensamento outro nos limites da forma de pensar, de articular e de escrever uma tese. Trata-se de uma “promessa” sustentada por um texto-comentário, um “enxerto” generalizado, cujo movimento não tem começo, não tem fim nem certezas que não sejam contingenciais, acenando para “um discurso outro”.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43295176","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Drummond : événement et apparition d'un nouveau sujet – entretien avec Alain Badiou","authors":"G. Chataignier","doi":"10.32334/OQNFP.2020N47A778","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2020N47A778","url":null,"abstract":"Drummond: acontecimento e surgimento de um novo sujeito – entrevista com Alain Badiou \u0000Em entrevista, o filósofo francês Alain Badiou (1937 - ) comenta alguns poemas de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), à luz de sua teoria do acontecimento (événement) e da produção de subjetividade. Debate-se o papel conceitual do poema tanto no período chamado de \"era dos poetas\" quanto seu funcionamento enquanto necessária e incerta nomeação da ruptura, uma vez o sistema de expectativas tendo sido suspenso. ","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49015601","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Colapso climático e a destruição do futuro","authors":"Rafael Saldanha","doi":"10.32334/OQNFP.2020N47A705","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2020N47A705","url":null,"abstract":"Pretende-se explorar aqui alguns efeitos do colapso climático sobre nossa experiência do tempo. A hipótese aqui levantada é que as alterações antrópicas da estabilidade da Terra afetam a maneira como nos relacionamos com o futuro, pois a própria ideia de futuro se encontraria comprometida. Partiremos da noção de “estratos do tempo,” elaborada por Koselleck, para pensar em que medida essa crise afeta a nossa experiência do tempo. Antes disso era possível pensar a nossa experiência do tempo e da história como sendo construída a partir de certas repetições que serviam como fundo para acontecimentos. O colapso climático põe em questão essa imagem de um fundo, já que as repetições tomadas como naturais passam a ter seus ritmos alterados. Ao final do artigo, esboçaremos a proposta de uma espécie de disposição temporal alternativa, possibilitada por alguns elementos do pensamento ameríndio a partir de Danowski e Viveiros de Castro.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47340179","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}