{"title":"Distopia e o afeto por Homero na República","authors":"André Malta","doi":"10.32334/OQNFP.2018N42A588","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A588","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é mostrar como no Livro X da República o aspecto sedutor da poesia homérica aparece – no momento em que esta é banida da cidade ideal – como a razão de ser da sua existência e motivo para que seja trazida de volta do exílio. Com isso Platão sublinha, através do humor e da ironia socrática, o caráter ambivalente e distópico da proposta, e estabelece conexões com o que é apresentado em outro diálogo de aparente condenação da arte poética, o Íon.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44926773","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sobre o manuscrito Alfa da Poética de Aristóteles (Parisinus Gr. 1741)","authors":"Paulo Pinheiro","doi":"10.32334/OQNFP.2018N42A594","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A594","url":null,"abstract":"Dos manuscritos da Poética de Aristóteles que chegaram aos nossos dias, na condição de fonte primária subsistente (codd.), temos apenas dois textos gregos (o que consta no codex Parisinus Graecus 1741 (=A), proveniente do séc. X/XI, e o que consta no codex Riccardianus 46 (=B), do séc. XII), a tradução latina de G. de Moerbeke (codices Etonensis 129 (=O), de 1300, e Toletanus bibl. Capit. 47.10 (= T), de 1280), e a tradução árabe de Abu-Bishr Matta, feita a partir da tradução siríaca desaparecida. O que pretendo, nesse artigo, é descrever o percurso do assim chamado Manuscrito Alfa da Poética de Aristóteles, ou seja, a que consta no codex Parisinus Graecus 1741 entre as páginas 184 e 199. Pretendo ainda fazer alusão à importância de um estudo sobre as condições em que se dá a apreensão do texto antigo. De fato, a leitura que fazemos hoje da Poética é composta da variação de sentido inerente ao entendimento, o que é óbvio, e da variação, muitas vezes sutil e, via de regra, determinante, do que foi efetivamente escrito, há tantos séculos, com o estilete de um ou outro escriba. ","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47230694","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A ética do Filebo é uma ética pluralista?","authors":"Francisco Bravo, Silvia Regina Barros da Cunha","doi":"10.32334/oqnfp.2018n42a608","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2018n42a608","url":null,"abstract":"Tradução de Silvia Regina Barros da Cunha. \u0000Tomando como uma hipótese geral que a ética do Filebo é uma ética da vida boa ou eudemônica, viso demonstrar neste artigo ser ela também, tal como a aristotélica, uma ética pluralista ou inclusiva. Meus principais argumentos para esta conclusão podem ser enunciados como segue: 1) a postura aberta de Sócrates e Protarco, os principais palestradores, em contraste com a atitude dogmática de Filebo; 2) o método que Platão estabelece para a construção de sua ética nesse diálogo; 3) os princípios ontológicos que ele erige como base para essa ética; 4) os elementos que os principais oradores ao final incluem no bem misto que o ἀνθρώπινων ἀγαθόν é. Além disso, sustento que uma análise cuidadosa desses argumentos contribui, como diria Gadamer, para uma melhor compreensão da ética aristotélica.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42044431","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
I. Franco, Beatriz de Paoli, Antônio Queirós Campos
{"title":"Mito, tragédia e filosofia: Entrevista com JAA TORRANO","authors":"I. Franco, Beatriz de Paoli, Antônio Queirós Campos","doi":"10.32334/OQNFP.2018N42A622","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A622","url":null,"abstract":"José Antonio Alves Torrano, ou, como é mais conhecido, JAA Torrano, abreviatura com a qual tem desde sempre assinado sua produção acadêmica, é professor titular de língua e literatura grega no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43949391","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Apresentação","authors":"I. Franco, R. M. Brandão","doi":"10.32334/oqnfp.2018n42a630","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2018n42a630","url":null,"abstract":"Apresentação à OQNFP 42.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44367226","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O drama da doença: Tragédia e Medicina na Construção das Dramatis Personae platônicas.","authors":"Gabriele Cornelli, Sussumo Matsui","doi":"10.32334/OQNFP.2018N42A599","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A599","url":null,"abstract":"A doença é um evento transcultural, pelo fato que ela interfere nos rumos da cultura, bem como na política, nas artes e na moral de um povo. Ela também foi, desde as origens do pensamento ocidental, um ponto de contato entre Tragédia, Medicina e Filosofia. Este artigo pretende acompanhar de perto as estratégias pelas quais Platão se apropriou de elementos da medicina e do teatro para construir suas dramatis personae enfermas, para em seguida procurar compreender um dos motivos de seu distanciamento da tragédia na República.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48941984","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"The Republic of Birds: the construction of the city and the citizenship according to Plato and Aristophanes","authors":"A. Costa","doi":"10.32334/OQNFP.2018N42A613","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A613","url":null,"abstract":"Carrying out a comparative analysis between its primary sources, this article is about the construction of the “ideal city” in the works of Plato and Aristophanes and their correlate conceptions of citizenship, proposing, specifically, that the foundation of the city, as exposed in the Republic, is in close dialogue and in intense confrontation with the creation of the city comically conceived by Aristophanes in The Birds.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45299169","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Platão antitrágico: a crítica à poesia nos livros II e III de a República","authors":"I. Franco","doi":"10.32334/OQNFP.2018N42A605","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A605","url":null,"abstract":"O artigo pretende mostrar que, ao criticar e censurar a poesia, nos livros II e III de A República, mais do que adequar o currículo escolar tradicional às exigências de seu projeto político, Platão tem em vista a extinção de uma determinada “visão de mundo” produzida e consolidada por ela. O ataque é dirigido a todos os gêneros poéticos, mas o principal alvo é a poesia dramática, isto é, aquela em que a mímesis é entendida como personificação ou incorporação de personagens, e, dentre os gêneros dramáticos, o trágico será considerado seu maior inimigo.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48127865","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sêneca, Epicteto, Medeia e a dissolução do trágico","authors":"A. Dinucci","doi":"10.32334/OQNFP.2018N42A590","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A590","url":null,"abstract":"Nesse artigo, partindo das reflexões de Epicteto sobre o trágico e da “Medeia” de Sêneca, veremos como as concepções estoicas desses filósofos diluem o trágico destruindo seus três princípios fundamentais: que as ações humanas sigam decretos divinos infalíveis, que a humanidade cumpra um papel especial no mundo, e que as ações humanas possam alterar o equilíbrio entre a ordem humana e a divina, provocando uma reação da justiça divina.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48629470","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Aristóteles. Sobre as Ideias (ΠΕΡΙ ΙΔΕΩΝ). Excertos de Alexandre de Aphrodisias, em Aristotelis metaphysica commentaria.","authors":"I. Franco, R. Brandão","doi":"10.32334/OQNFP.2018N42A627","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A627","url":null,"abstract":"Apresentamos aqui uma tradução bilíngue e completa dos fragmentos do Sobre as Ideias (ΠΕΡΙ ΙΔΕΩΝ) — livro em que Aristóteles teria exposto pela primeira vez uma crítica formal aos argumentos dos “platônicos” (dentre os quais ele mesmo se inclui) em favor da existência das ideias, e do qual resta-nos apenas o que foi (felizmente) preservado pelo filósofo peripatético Alexandre de Aphrodisias, em seu Comentário à Metafísica de Aristóteles. \u0000 \u0000Tradução, introdução e notas: Irley F. Franco e Renato Matoso Brandão.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47399078","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}