{"title":"论亚里士多德诗学的阿尔法手稿(Parisinus Gr.1741)","authors":"Paulo Pinheiro","doi":"10.32334/OQNFP.2018N42A594","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Dos manuscritos da Poética de Aristóteles que chegaram aos nossos dias, na condição de fonte primária subsistente (codd.), temos apenas dois textos gregos (o que consta no codex Parisinus Graecus 1741 (=A), proveniente do séc. X/XI, e o que consta no codex Riccardianus 46 (=B), do séc. XII), a tradução latina de G. de Moerbeke (codices Etonensis 129 (=O), de 1300, e Toletanus bibl. Capit. 47.10 (= T), de 1280), e a tradução árabe de Abu-Bishr Matta, feita a partir da tradução siríaca desaparecida. O que pretendo, nesse artigo, é descrever o percurso do assim chamado Manuscrito Alfa da Poética de Aristóteles, ou seja, a que consta no codex Parisinus Graecus 1741 entre as páginas 184 e 199. Pretendo ainda fazer alusão à importância de um estudo sobre as condições em que se dá a apreensão do texto antigo. De fato, a leitura que fazemos hoje da Poética é composta da variação de sentido inerente ao entendimento, o que é óbvio, e da variação, muitas vezes sutil e, via de regra, determinante, do que foi efetivamente escrito, há tantos séculos, com o estilete de um ou outro escriba. ","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Sobre o manuscrito Alfa da Poética de Aristóteles (Parisinus Gr. 1741)\",\"authors\":\"Paulo Pinheiro\",\"doi\":\"10.32334/OQNFP.2018N42A594\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Dos manuscritos da Poética de Aristóteles que chegaram aos nossos dias, na condição de fonte primária subsistente (codd.), temos apenas dois textos gregos (o que consta no codex Parisinus Graecus 1741 (=A), proveniente do séc. X/XI, e o que consta no codex Riccardianus 46 (=B), do séc. XII), a tradução latina de G. de Moerbeke (codices Etonensis 129 (=O), de 1300, e Toletanus bibl. Capit. 47.10 (= T), de 1280), e a tradução árabe de Abu-Bishr Matta, feita a partir da tradução siríaca desaparecida. O que pretendo, nesse artigo, é descrever o percurso do assim chamado Manuscrito Alfa da Poética de Aristóteles, ou seja, a que consta no codex Parisinus Graecus 1741 entre as páginas 184 e 199. Pretendo ainda fazer alusão à importância de um estudo sobre as condições em que se dá a apreensão do texto antigo. De fato, a leitura que fazemos hoje da Poética é composta da variação de sentido inerente ao entendimento, o que é óbvio, e da variação, muitas vezes sutil e, via de regra, determinante, do que foi efetivamente escrito, há tantos séculos, com o estilete de um ou outro escriba. \",\"PeriodicalId\":32937,\"journal\":{\"name\":\"O Que Nos Faz Pensar\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-06-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"O Que Nos Faz Pensar\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A594\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"O Que Nos Faz Pensar","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2018N42A594","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
在现存的亚里斯多德诗学手稿中,作为现存的主要来源(codd.),我们只有两篇希腊文本(出现在1741年的巴黎抄本(=A)),来自19世纪。12), G. de Moerbeke的拉丁文翻译(codices Etonensis 129 (=O), 1300年)和Toletanus bibl。第47.10章(= T), 1280年),以及Abu-Bishr Matta的阿拉伯语译本,由遗失的叙利亚语译本制成。在这篇文章中,我想描述的是所谓的亚里士多德诗学阿尔法手稿的过程,即出现在1741年巴黎抄本Graecus 184到199页之间的手稿。我还想提到研究理解古代文本的条件的重要性。事实上,我们今天对诗歌的解读是由理解中固有的意义变化组成的,这是显而易见的,也是由许多世纪前用一个或另一个抄写员的手写笔所写的东西的变化组成的,通常是微妙的,通常是决定性的。
Sobre o manuscrito Alfa da Poética de Aristóteles (Parisinus Gr. 1741)
Dos manuscritos da Poética de Aristóteles que chegaram aos nossos dias, na condição de fonte primária subsistente (codd.), temos apenas dois textos gregos (o que consta no codex Parisinus Graecus 1741 (=A), proveniente do séc. X/XI, e o que consta no codex Riccardianus 46 (=B), do séc. XII), a tradução latina de G. de Moerbeke (codices Etonensis 129 (=O), de 1300, e Toletanus bibl. Capit. 47.10 (= T), de 1280), e a tradução árabe de Abu-Bishr Matta, feita a partir da tradução siríaca desaparecida. O que pretendo, nesse artigo, é descrever o percurso do assim chamado Manuscrito Alfa da Poética de Aristóteles, ou seja, a que consta no codex Parisinus Graecus 1741 entre as páginas 184 e 199. Pretendo ainda fazer alusão à importância de um estudo sobre as condições em que se dá a apreensão do texto antigo. De fato, a leitura que fazemos hoje da Poética é composta da variação de sentido inerente ao entendimento, o que é óbvio, e da variação, muitas vezes sutil e, via de regra, determinante, do que foi efetivamente escrito, há tantos séculos, com o estilete de um ou outro escriba.