{"title":"Exfermidade, enfermidade ou experiência de doença: zoonose e antropoceno","authors":"Carlos Estellita-Lins","doi":"10.32334/OQNFP.2020N47A741","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2020N47A741","url":null,"abstract":"Absolutamente datado, efêmero e circunstancial o presente texto é uma reflexão que parte do conceito de acontecimento, durante a pandemia do new covid-19 SARS-2 no mundo, verificada a partir do claustro de um pequeno apartamento em Copacabana. O texto descreve a súbita necessidade de descrição da experiência de doença por filósofos, sociólogos, antropólogos e intelectuais a partir de um paradoxo: a busca de soluções e a percepção de sua impossibilidade emergem simultaneamente. O estatuto das reflexões filosóficas hodiernas sobre o fim de todas as coisas é mencionado de modo ensaístico e não exaustivo. A questão do antropoceno e das zoonoses é tematizada neste contexto de modificação, aonde os modos, etimologia insuperável do projeto moderno, se confrontam com impasses escatológicos e de adiamento do fim do mundo.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46601399","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entre filosofia e não-filosofia: a obra de Paul Ricoeur sob o olhar de Domenico Jervolino","authors":"T. Sousa, L. Vicente","doi":"10.32334/OQNFP.2020N47A759","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2020N47A759","url":null,"abstract":"O presente artigo é uma apresentação ao texto Discurso Filosófico e Existência em Ricoeur: Filosofar após Kierkegaard de Domenico Jervolino que tivemos a honra de trazer ao português. Para isso, dividimos nossa escrita em três partes. A primeira reflete sobre a recepção do pensamento de Paul Ricoeur no Brasil, em especial, com a tradução/interpretação de Hilton Japiassu. Em seguida, analisamos alguns aspectos da obra de Domenico Jervolino e o horizonte interpretativo que ela deixou para a reflexão do pensamento ricoeuriano. Por fim, buscamos pensar qual é o lugar que o texto que traduzimos ocupa, tanto no contexto da obra de Jervolino, quanto no contexto da nossa tradição sobre o pensamento de Paul Ricoeur.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47430275","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A Recepção da Carta sobre a Tolerância de Locke","authors":"Flavio Fontenelle Loque","doi":"10.32334/OQNFP.2020N47A722","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2020N47A722","url":null,"abstract":"Desde que foi publicada em abril de 1689, a Carta sobre a Tolerância nunca deixou de despertar atenção. Já nos primeiros meses depois de vir a lume, ela obteve uma recepção considerável: (i) três projetos tradutórios para línguas vernáculas, (ii) duas resenhas em periódicos eruditos, atribuídas a Jean Le Clerc e Henri Basnage de Beauval, e (iii) duas críticas de clérigos ingleses, os anglicanos Thomas Long e Jonas Proast. O presente artigo se propõe a analisar essa recepção imediata e tem como finalidade avaliar em que medida a tese central da obra e as justificativas para sustentá-la foram identificadas e compreendidas.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43844324","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Isabel Cafezeiro, André Campos Da Rocha, C. Gadelha, Ricardo Kubrusly
{"title":"O Paradoxo de Richard (conexões artístico-filosófico-matemáticas)","authors":"Isabel Cafezeiro, André Campos Da Rocha, C. Gadelha, Ricardo Kubrusly","doi":"10.32334/OQNFP.2020N47A717","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/OQNFP.2020N47A717","url":null,"abstract":"Para explorar as articulações que perpassam os campos da filosofia, artes e matemáticas, partimos do princípio de que todos eles acompanham os modos de pensamento inscritos em lugar e tempo, sendo, portanto, historicamente construídos. Temos por foco o conceito de representação e suas diversas percepções ao longo das três primeiras décadas do século XX, na Europa ou no Brasil. A análise parte do “Paradoxo de Richard”, um enunciado formulado no campo da matemática, mas que se embrenhou por outros campos, gerando claras implicações, instigou formas de pensamento (novas compreensões a respeito das representações) e realizações práticas (conceito central na concepção dos computadores). Nossa ambição é compreender processos comuns (caso da representação) aos territórios de saber acima indicados: o problema diz respeito a rupturas contemporâneas que parecem redimensionar a relação epistême/poiésis.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45762641","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Dialéctica viral","authors":"João Pedro Cachopo","doi":"10.32334/oqnfp.2020n46a747","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2020n46a747","url":null,"abstract":"Parto de duas perguntas sobre a pandemia de Covid-19. O que revela sobre nós e sobre realidade que nos rodeia? De que modo transforma as nossas formas de vida e a mundo em que vivemos? Do cruzamento das respostas a estas duas perguntas emergem, em tons ora mais optimistas ora mais pessimistas, os possíveis posicionamentos sobre esta crise. Neste artigo, proponho um mapeamento destas respostas (em diálogos com autores como Žižek, Butler, Latour, Klein, Badiou, Nancy, entre outros) ao mesmo tempo que procuro um modo intempestivo de articular as duas perguntas. A hipótese que proponho, apresentada drasticamente, é a de que a pandemia não é o acontecimento. O acontecimento é a transformação das formas de vida (ou a “torção dos sentidos”, como lhe chamo noutro local) que ela já precipita antes de termos a oportunidade de tirar quaisquer conclusões, práticas ou teóricas, sobre o que a pandemia revela sobre o mundo.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-07-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43043380","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Pensar em tempos de pandemia","authors":"M. Cavalcante","doi":"10.32334/oqnfp.2020n46a729","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2020n46a729","url":null,"abstract":"O artigo discute a diferença entre pensar o que acontece hoje, em tempos de pandemia, e pensar o hoje. Propõe esboçar uma filosofia do hoje, atentando para a sua dimensão político-existencial.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44139807","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O que é isto - o PROF-FILO?","authors":"Patrícia Del Nero Velasco","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a659","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a659","url":null,"abstract":"O Mestrado Profissional em Filosofia – PROF-FILO, apoiado pela Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia, foi gestado de forma coletiva e colaborativa, iniciando suas atividades acadêmicas em 2017. Transcorridos os dois primeiros anos do programa, a comunidade filosófica ainda desconhece o que é feito no âmbito do PROF-FILO e, não raro, questiona se a natureza profissional do mestrado é condizente com os critérios (mínimos!) para a Filosofia na pós-graduação. O presente artigo pretende, a partir da apresentação de dados do programa, discutir a natureza profissional deste último, atentando para a indissociabilidade entre teoria e prática no exercício docente – e defendendo que as atividades de ensino e pesquisa no âmbito do PROF-FILO contribuem para o processo de ressignificação da identidade dos/as professores/as discentes e docentes do Mestrado Profissional em Filosofia.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45140062","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A classificação de livros na Capes: uma contribuição da Filosofia (2014-2017)","authors":"V. Figueiredo","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a697","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a697","url":null,"abstract":"O artigo versa sobre aspectos da avaliação de livros. Preliminarmente, discuto a relevância do livro como item da avaliação da produção intelectual nas áreas do conhecimento reunidas sob o colégio das humanidades. Em seguida, reporto-me a modelos estrangeiros de avaliação de livros para, em seguida, passar ao exame de sua implementação pelo Conselho Técnico Científico da CAPES. Por fim, apresento de modo sucinto o modelo de classificação de livros na área de Filosofia, utilizado na avaliação quadrienal de 2017.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43828787","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ceticismo e tolerância em Montaigne","authors":"Flávio Zimmermann","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a635","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a635","url":null,"abstract":"O ceticismo de Montaigne no campo prático e moral é caracterizado pela falta de um critério ou regras de conduta para que se possa consentir num padrão geral de comportamento ou numa tradição qualquer. O período no qual ele viveu era propício para reforçar este quadro: as guerras religiosas na França e em toda a Europa e a descoberta dos povos do Novo Mundo foram fatores fundamentais para o crescimento da dúvida filosófica acerca do comportamento individual e em sociedade organizada. Apesar disso, Montaigne denuncia as crueldades cometidas em seu tempo, seja entre os indígenas, seja entre os católicos e protestantes e, frequentemente, argumenta em favor da liberdade de consciência e opinião. Neste artigo mostrarei que a filosofia de Montaigne, não obstante seu ceticismo, é suscetível a uma ideia geral de tolerância entre diferentes povos e indivíduos, ainda que o conceito de tolerância não esteja sistematizado em seus escritos e que a sua defesa pareça incompatível com um determinado tipo de ceticismo.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47343697","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Produtos educacionais de filosofia: a produção do mestrado profissional e seu contexto","authors":"Felipe Gonçalves Pinto, Taís Silva Pereira","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a673","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a673","url":null,"abstract":"O artigo discute a criação de produtos didáticos e educacionais no âmbito do ensino de filosofia, debruçando-se especialmente sobre a experiência de pesquisa, formação e produção técnica do curso de Mestrado Profissional do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e Ensino (PPFEN-CEFET/RJ). Os objetivos desta etapa da pesquisa consistem em situar a produção de produtos educacionais de Filosofia no contexto dos Mestrados Profissionais voltados ao ensino; analisar documentos e políticas do Ministério da Educação e, sobretudo, da Capes que dizem respeito à criação dos cursos de Mestrado Profissional, especialmente aqueles voltados ao ensino e com ênfase nas diretrizes e recomendações a respeito dos trabalhos de conclusão de curso; revisar parte da produção acadêmica voltada à tipificação de produtos educacionais criados em cursos de mestrado profissional; e apresentar, a partir da experiência do PPFEN, proposta de tipificação de produtos educacionais na área de filosofia.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47364383","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}