{"title":"Ética do impossível: uma reflexão a partir da desconstrução","authors":"V. Zevallos","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a626","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a626","url":null,"abstract":"Neste artigo pretende-se apresentar uma outra leitura sobre as questões éticas – hospitalidade, acolhimento, justiça – sob a perspectiva do impossível: uma ética do impossível. Através de uma análise interpretativa de algumas das obras de Jacques Derrida, a perspectiva da Ética do impossível, aqui apresentada, perpassa o questionamento sobre uma tal ausência que permita manter o outro inacessível ou, como ‘condição’ de im/possibilidade da relação com o outro; também denominada como ‘uma relação sem relação’ para além do presente ou da mera aparência. Assim, a possibilidade da uma presença plena é colocada em questão. Adverte-se que este pensamento não nega a presença do outro, mas coloca em questão a supremacia dada à presença na tradição filosófica, em detrimento da ausência. Do mesmo modo, não se pretende uma inversão dos termos – a ausência em supremacia à presença –, mas uma alternância dos termos, um jogo entre ausência e presença no agir frente ao outro. A responsabilidade perante o outro não como imposição ou à força, mas como abertura e acolhimento ao cada vez outro. A cada vez outro, pois ultrapassa o tempo presente para o tempo porvir, sempre porvir, uma disjunção do tempo entre o que se ausenta e se apresenta sem totalizar de antemão.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42097980","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Darcy Ribeiro, o brasileiro [Entrevista de Darcy Ribeiro à Folha de São Paulo em 1995]","authors":"Marcos Augusto de Souza Gonçalves","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a701","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a701","url":null,"abstract":"Entrevista publicada em 5 de fevereiro de 1995 no caderno Mais! da Folha de São Paulo. Agradecemos à Folha e ao Marcos Augusto Gonçalves a gentileza por autorizarem a inclusão da entrevista nesta edição da revista O que nos faz pensar. Em deferência ao original, mantivemos a ortografia vigente à época.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49005765","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"La reformulación leibniziana del argumento ontológico. De la certeza a la probabilidade","authors":"O. Esquisabel, María Griselda Gaiada","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a648","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a648","url":null,"abstract":"Este texto aborda la reformulación leibniziana de la prueba ontológica de Dios en su versión cartesiana, así como las diversas actitudes de Leibniz frente a sus propios intentos de reformulación. Como se sabe, Leibniz objeta que Descartes no ha probado la consistencia del concepto de Dios, lo que vuelve incompleta la prueba. Es a partir del período de París que se esfuerza por mostrar la posibilidad del concepto de Dios mediante diferentes vías de argumentación. Sus intentos pasan, pues, por tres etapas. En la primera, la reformulación de la prueba gira en torno del concepto de ente perfectísimo. La segunda fase es más bien apologética y se centra en el concepto de ente necesario. La tercera revela la cautela de Leibniz en cuanto a poder perfeccionar el argumento de modo completo, si bien le concede una certeza moral. Aquí expondremos sobre todo los lineamientos de la primera etapa y propondremos una hipótesis acerca de las razones por las que se inclinó por una certeza meramente moral. \u0000------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- \u0000A REFORMULAÇÃO LEIBNIZIANA DO ARGUMENTO ONTOLÓGICO. DA CERTEZA A PROBABILIDADE \u0000Este trabalho examina a reformulação leibniziana da versão cartesiana da prova ontológica da existência de Deus, assim como as diferentes atitudes de Leibniz em relação a suas próprias tentativas de reformulação. Como é bem conhecido, Leibniz objeta que Descartes não provu a consistência do conceito de Deus, o que torna incompleta sua prova. A partir do período de Paris, ele se esforça em mostrar a possibilidade do conceito de Deus por meio de diferentes vias argumentativas. Suas tentativas passam, pois, por três etapas. Na primeira, a reformulação da prova gira em torno do conceito de ente perfeitíssimo. A segunda fase é de cunho apologético e se centra no conceito de ente necessário. A terceira revela a cautela de Leibniz quanto à possibilidade de poder aperfeiçoar o argumento de modo completo, embora lhe conceda uma certeza moral. Aqui exporemos, sobretudo, as linhas gerais da primeira etapa e proporemos uma hipótese acerca das razões pelas quais se inclinou por uma certeza meramente moral. \u0000--- \u0000Artigo em espanhol.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43953995","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ensino da Filosofia: uma tarefa impossível?","authors":"D. M. Filho","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a691","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a691","url":null,"abstract":"O ensino da filosofia sempre trouxe inúmeros desafios, podendo até mesmo ser considerado a rigor impossível. Exploraremos algumas das várias direções para viabilizar essa tarefa, mostrando que surpreendentemente o ceticismo nos traz algumas saídas que podem dar resultado.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46001336","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A filosofia alemã de 1840 a 1900","authors":"Guilherme José Santini","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a654","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a654","url":null,"abstract":"Resenha do livro:BEISER, Frederick. Depois de Hegel: a filosofia alemã de 1840 a 1900. Trad. Gabriel Ferreira. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2017.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47745679","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Fazer universidade como quem faz escola: virtualidades da filosofia para crianças ao leme de um mestrado","authors":"Magda Costa Carvalho","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a669","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a669","url":null,"abstract":"Depois de quase uma década de atividades de formação, investigação e divulgação na área da filosofia para crianças2 (fpc), (s)urgiu na Universidade dos Açores um curso de Mestrado em Filosofia para Crianças. Podendo parecer apenas mais um ciclo de estudos universitários registado na área científica da filosofia, cremos que o Mestrado se tem tornado um caso de estudo por aquilo que tem permitido pensar sobre o que pode a fpc quando toma conta da universidade. Não só a fpc tem sido feita pelo Mestrado, como o próprio Mestrado tem sido conduzido pela fpc. E, com ele, um diferente modo de estar em universidade parece emergir e revelar aos envolvidos a atenção a aspetos que o convencionalismo académico nem sempre acalenta. A presente reflexão procura ventilar algumas ideias em torno deste processo e, sem qualquer pretensão de fixar cânones ou fazer a apologia de um produto acabado, apresentar considerações que nos parecem poder marcar um momento decisivo no modo de estar em universidade. Consideramos que, depois de se vivenciar um mestrado a partir da fpc, nem a filosofia pode mais ser entendida da mesma forma, nem tão pouco a universidade. O que tem, então, a fpc que pode transformar aquilo em que toca?","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48267733","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O que nos fazem pensar os candomblés quando pensamos, hoje, no ensino de filosofia no Brasil?","authors":"W. Kohan, Luiz Fernando Reis Sales","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a657","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a657","url":null,"abstract":"O presente texto é um semear de perguntas a respeito da possibilidade de pensar alguns aspectos da cultura afro-brasileira dentro do ensino de filosofia. Os candomblés nos fazem questionar, lançar ideias a respeito do “nós” que habita a cultura brasileira. Assim, “O que nos fazem pensar os candomblés quando pensamos o ensino de filosofia no Brasil atual? é uma das perguntas que movimenta e dá batuques para nossa escrita. Apresentamos os candomblés como forças de um outro pensar, uma cosmopercepção que, assim como algumas filosofias das culturas Ocidentais, também permite perguntar e pensar a realidade. Questionamos sobre o caráter pluriversal da religião negra e sua importância para a realidade que aqui vivemos, um país que tem como uma de suas bases o povo africano. Nossa pretensão é, antes de tudo, proporcionar uma abertura para diversos caminhos de questionamento sobre o que somos e como somos a partir do espaço chamado “ensino de filosofia”.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46084407","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Controle, produção de subjetividade e ensino de filosofia","authors":"André Luis La Salvia","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a660","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a660","url":null,"abstract":"Este artigo procurar desenvolver um caminho de análise através de dois conceitos: sociedade de controle e produção de subjetividade. Desse modo, o propósito é pensar nossa atual situação cultural a partir da dicotomia proposta por Felix Guattari entre processo de singularização e produção de subjetividade associada à descrição que Gilles Deleuze faz das sociedades de controle, aplicados aos avanços tecnológicos no campo do entretenimento e da cultura. É a partir dessa análise que elaboramos a pergunta sobre como podemos pensar um ensino de filosofia que nos ajude a lidar com o impacto dessa sociedade que vivemos.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49123319","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ensino de Filosofia e uso do Livro Didático: um debate necessário","authors":"P. Gontijo","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a681","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a681","url":null,"abstract":"A proposta deste texto é apresentar duas justificativas para que a comunidade acadêmica da filosofia possa se debruçar sobre as relações entre Ensino de Filosofia e o uso de Livro Didático. Parte-se de uma avaliação sobre a relevância da presença da filosofia na Educação Básica Brasileira e das possibilidades de aprendizagem por meio de livros didáticos de filosofia para expor essas duas justificativas. Na primeira, apresentaremos informações que mostram uma mudança qualitativa e quantitativa na presença de materiais/textos de filosofia acessíveis à população nos últimos anos que justificaria socialmente sua relevância e, na segunda, problematizaremos os discursos vindos, sobretudo da própria comunidade acadêmica (professores universitários) a respeito dessa aprendizagem da filosofia que tenha suporte ou introdução ou que se sirva de livros didáticos para efetivá-la. Nessa empreitada, se almeja produzir um sentido afirmativo sobre o uso de materiais didáticos para o ensino de filosofia e de sua qualificada expressão filosófica.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45948321","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Acerca da questão do trágico na filosofia prática de Paul Ricoeur","authors":"G. Costa","doi":"10.32334/oqnfp.2019n44a664","DOIUrl":"https://doi.org/10.32334/oqnfp.2019n44a664","url":null,"abstract":"Paul Ricoeur desenvolve em sua “pequena ética” (estudos sete, oito e nove de O si mesmo como outro) uma análise da capacidade humana de agir com vista, em seus termos, “ao viver bem, com e para os outros, em instituições justas”. Lida inicialmente com dois níveis do juízo moral: o dos predicados bom e obrigatório, referidos, respectivamente, à herança aristotélica e à kantiana. No último estudo ocupa-se com a possibilidade de uma sabedoria prática, que se comprometeria com o predicado “equitativo”. Essa passagem do livro inicia-se com um interlúdio intitulado “O trágico da ação”. Os resultados parecem sugerir que “ser justo” envolve a correlação do plano do equitativo com a desconfiança necessária à tragicidade não raro incontornável da vida prática. É dessas questões que nos ocupamos neste artigo.","PeriodicalId":32937,"journal":{"name":"O Que Nos Faz Pensar","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44115859","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}