{"title":"Miopatias autoimunes sistêmicas","authors":"F. C. D. Souza, Renata Miossi, S. K. Shinjo","doi":"10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.6-11","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.6-11","url":null,"abstract":"Miopatias autoimunes sistêmicas (ou miopatias inflamatórias idiopáticas) são um grupo heterogêneo de doenças sistêmicas raras que acometem primariamente a musculatura esquelética. Entretanto, envolvimento cutâneo, cardíaco, pulmonar e/ou do trato gastrintestinal também pode ser visto.\u0000Trata-se, portanto, de uma entidade com manifestação sistêmica, com melhor compreensão da fisiopatogênese, descoberta de novos autoanticorpos, melhor caracterização fenotípica.\u0000O termo “idiopático” passou a ser inapropriado. Do mesmo modo, a sentença “miopatias inflamatórias” ou simplesmente “miosites” passou a ser inadequada, pois não abrangeria as “miopatias necrosantes imunomediadas”, conforme observaremos mais adiante.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128211757","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Tratamento medicamentoso em miopatias autoimunes sistêmicas","authors":"Renata Miossi","doi":"10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.17-20","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.17-20","url":null,"abstract":"Devido à raridade e heterogeneidade das miopatias autoimunes sistêmicas, há escassez de estudos robustos para definição de seu melhor tratamento. Assim sendo, o tratamento é basicamente guiado por estudos abertos ou retrospectivos, séries e relatos de caso. Em contrapartida, atualmente, há grande esforço para reverter essa situação, com a criação de critérios para a definição de resposta, subclassificações das doenças e estudos multicêntricos internacionais.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125049131","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rafael Giovane Missé, Diego Sales de Oliveira, F. Lima, S. K. Shinjo
{"title":"Tratamento não medicamentoso: exercícios físicos em miopatias autoimunes sistêmicas","authors":"Rafael Giovane Missé, Diego Sales de Oliveira, F. Lima, S. K. Shinjo","doi":"10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.21-24","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.21-24","url":null,"abstract":"Por muito tempo programas de treinamento físico em pacientes com miopatias autoimunes sistêmicas foram considerados um importante paradoxo.\u0000O racional era que a prática de exercícios físicos pudesse piorar a inflamação e consequentemente agravar as manifestações clínicas dessas doenças. Entretanto, hoje em dia, sabe-se que o treinamento de força muscular, aeróbio e a combinação de força e aeróbio em diferentes intensidades, volumes e frequências tem promovido efeitos positivos na força, funcionalidade muscular e até melhora da capacidade aeróbia e funcional dos doentes com miopatias autoimunes sistêmicas, mostrada na Figura 1.\u0000Nesse contexto, o objetivo desta revisão é discutir aspectos básicos a respeito dos diferentes tipos de exercícios de força ou aeróbio, visando a elucidar o importante papel do exercício físico nas miopatias autoimunes, particularmente, dermatomiosite (DM) e polimiosite (PM).","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125094158","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Instrumento diagnóstico em miopatias: ressonância magnética","authors":"R. Lourenço, S. K. Shinjo","doi":"10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.31-38","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.31-38","url":null,"abstract":"Embora os métodos de diagnóstico por imagem não estejam incluídos nos critérios classificatórios das miopatias autoimunes sistêmicas, a capacidade de demonstrar alterações teciduais de forma não invasiva abre a possibilidade de sua utilização como método complementar no diagnóstico e no acompanhamento dessas doenças.\u0000Dessa forma, as principais vantagens e desvantagens da aplicação da ressonância magnética (RM) em miopatias autoimunes estão mostradas na Tabela 1.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116207185","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Instrumento diagnóstico em miopatias: biópsias musculares","authors":"André Silva da Silva, Edmar Zanoteli","doi":"10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.27-30","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.27-30","url":null,"abstract":"O diagnóstico em pacientes com fraqueza muscular e suspeita de miopatia envolve diferentes exames e procedimentos complementares. A dosagem da creatinofosfoquinase (CK), a eletroneuromiografia (ENMG), a ressonância magnética (RM), o estudo de DNA e a biópsia muscular são ferramentas que podem ser aplicadas, sendo selecionadas caso a caso.\u0000A biópsia muscular é um procedimento relativamente simples e seguro, sendo essencial no diagnóstico de diferentes tipos de miopatias. Nem todos os pacientes com doença muscular necessitarão de biópsia muscular, especialmente com os avanços do diagnóstico genético. Entretanto, em alguns indivíduos, apenas com a biópsia muscular obteremos o diagnóstico definitivo, por exemplo, na miosite por corpos de inclusão, sendo, portanto, o padrão-ouro em certas afecções musculares.\u0000A maior limitação da biópsia muscular é a necessidade de laboratório especializado e profissionais com experiência para processamento das amostras e correta interpretação dos achados histológicos, não usuais em laboratórios de patologia geral.\u0000O sucesso diagnóstico da biópsia muscular é variável em diferentes centros. A taxa de diagnósticos específicos obtidos através do procedimento varia de 32% a 52%, mesmo nos locais de experiência reconhecida. A percentagem de resultados normais varia de 14% a 27% e de achados inespecíficos, em torno de 22% a 28%. Assim, mais da metade dos pacientes submetidos a biópsia muscular podem ficar sem um diagnóstico definitivo, sendo esses dados importantes para ajustar as expectativas do médico e do paciente.\u0000Assim, para a obtenção de um melhor rendimento diagnóstico, alguns pontos devem ser considerados ao se solicitar uma biópsia muscular, como a seleção adequada do paciente, seleção adequada do músculo a ser biopsiado, a escolha de laboratórios que possam executar apropriadamente a coleta do material e o processamento das amostras e, finalmente, saber alguns conceitos básicos de interpretação do exame e reconhecimento das principais armadilhas diagnósticas. Esses temas serão abordados nesta revisão.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128407066","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Diagnóstico diferencial das miopatias autoimunes sistêmicas","authors":"André Silva da Silva, Edmar Zanoteli","doi":"10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.39-42","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2017.16.4.39-42","url":null,"abstract":"As miopatias são um grupo heterogêneo de doenças que comprometem o tecido muscular esquelético, classificadas em formas hereditárias e adquiridas (Tabela 1). Na prática clínica, as causas adquiridas podem ser facilmente identificadas com uma anamnese direcionada, buscando história de uso de medicações e exposições potencialmente tóxicas ao músculo, bem como através de exames clínicos laboratoriais, para investigação de condições infecciosas e endocrinopatias. Entretanto, o ponto crítico é a diferenciação das miopatias inflamatórias (miopatias autoimunes sistêmicas) com as miopatias genéticas, especialmente as distrofias musculares e as miopatias metabólicas. Revisaremos as condições hereditárias mais comuns na prática clínica para o reumatologista e o neurologista geral.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130471695","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sexualidade e doenças reumáticas","authors":"C. Abdo","doi":"10.46833/reumatologiasp.2017.16.3.6-12","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2017.16.3.6-12","url":null,"abstract":"A atividade sexual satisfatória é um dos pilares da qualidade de vida, envolvendo das preliminares ao intercurso sexual, mecanismos neurológicos, vasculares, endocrinológicos, musculoesqueléticos, psicossociais, culturais, além do parceiro sexual e fatores individuais (autoestima, imagem corporal e habilidade pessoal).\u0000A disfunção sexual consiste na incapacidade para participar do ato sexual com satisfação, comprometendo desejo e/ou excitação e/ou orgasmo. Pode também se apresentar como dor que antecede, ocorre durante ou após o ato. Os numerosos fatores de risco para a disfunção sexual explicam sua alta prevalência nas diferentes fases da vida, podendo apresentar etiologia orgânica, psicossocial e/ou sociodemográfica. Entre estes últimos citam-se idade avançada, renda familiar baixa e educação precária. Quanto aos fatores orgânicos, encontram-se: deficiência hormonal, hipertensão arterial, diabetes, cardiopatias, neuropatias, alcoolismo, tabagismo, uso de drogas ilícitas, bem como uso de alguns medicamentos. Depressão e ansiedade respondem pelas causas psiquiátricas mais comuns de disfunção sexual.\u0000A prevalência é alta em homens, especialmente nos casos de disfunção erétil (DE) e de ejaculação precoce (EP). O mesmo se observa nas mulheres, quanto à diminuição do desejo, falta de lubrificação vaginal, transtornos do orgasmo e dor ao intercurso sexual.\u0000Por comprometer a satisfação sexual e a satisfação com a vida, a disfunção sexual resulta em menor qualidade de vida, baixa autoestima, depressão, ansiedade e prejuízo na relação interpessoal e dos parceiros.\u0000Doenças crônicas podem conduzir ao desinteresse sexual e à falta dessa atividade, por baixa autoestima e preocupação quanto à imagem corporal, por exemplo.\u0000A depressão também reduz a libido, deteriorando a qualidade do relacionamento sexual. Os pacientes, ansiosos sobre sua habilidade em satisfazer o parceiro, com o tempo desenvolvem ansiedade antecipatória e, pelo receio de falhar, acabam evitando o intercurso. Fadiga e estresse também acompanham as doenças crônicas, podendo contribuir para a disfunção sexual.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"94 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-09-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128830644","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Auxiliares de marcha em reumatologia","authors":"Fábio Jennings","doi":"10.46833/reumatologiasp.2017.16.3.13-14","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2017.16.3.13-14","url":null,"abstract":"Os auxiliares de marcha são equipamentos amplamente utilizados e representam mais de 50% das aquisições de equipamentos médicos duráveis, significando cerca de 8% dos gastos gerais. Esses equipamentos têm como funções biomecânicas o aumento da base de sustentação do indivíduo, a diminuição ou retirada total da sobrecarga sobre o membro afetado e o auxílio para a propulsão e frenagem durante a marcha.\u0000Os auxiliares de marcha mais utilizados são a bengala, a muleta e o andador. Esses equipamentos auxiliam pacientes com deficiências na amplitude de movimento, força, estabilidade articular, coordenação e resistência muscular. Os benefícios clínicos decorrentes de sua utilização são: redução de dor articular do membro ou articulação afetado(a); melhora da mobilidade; compensação da fraqueza muscular do membro afetado; aquisição da habilidade de marcha após trauma; melhora da confiança e segurança; efeitos psicológicos positivos pela melhora da dor e da mobilidade.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"141 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2017-09-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115758614","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}