S. P. Barros-Alves, Daniel José Marcondes Lima, G. L. Hirose, P. Martínez, Silvio Santana Dolabella, D. Alves
{"title":"ANÁLISES MORFOLÓFICA E MOLECULAR CONFIRMAM A OCORRÊNCIA DE DOIS CAMARÕES SIMPÁTRICOS DO GÊNERO LYSMATA (CRUSTACEA, DECAPODA) NO ATLÂNTICO SUDOESTE","authors":"S. P. Barros-Alves, Daniel José Marcondes Lima, G. L. Hirose, P. Martínez, Silvio Santana Dolabella, D. Alves","doi":"10.21826/2178-7581X2018293","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018293","url":null,"abstract":"Os camarões do gênero Lysmata compreendem 47 espécies com ampla variabilidade morfológica intraespecífica, das quais algumas das espécies vem sendo tratadas como invasoras em diversas partes do mundo. A invasão de espécies em ambientes costeiros é difícil de ser identificada apenas com base na morfologia, uma vez que muitas dessas espécies são crípticas ou irmãs. Neste sentido, uma abordagem integrativa combinando análise morfológica e molecular foi utilizada para revisar a presença de Lysmata lipkei e L. vittata no Atlântico Ocidental, onde ambas as espécies são consideradas invasoras. Camarões do gênero Lysmata foram amostrados no Estado de Sergipe, nordeste do Brasil, os quais foram identificados como L. lipkei (n = 8) e L. vittata (n = 20). O exame morfológico dos espécimes foi realizado para ambas as espécies, juntamente com a análise filogenética molecular usando fragmentos de DNA 16S, comparando 26 espécies pertencentes ao clado Lysmata-Exhippolysmata, bem como duas espécies consideradas como grupo externo, Merguia rhizophorae e M. oligodon. Sequências disponíveis no banco de dados GenBank para L. lipkei e L. vittata de regiões nativas (Indo-Pacífico) foram incluídas nas análises. Lysmata lipkei é caracterizado por apresentar o rostro alcançando a margem distal do segundo segmento do pedúnculo antenular, com 5–7 dentes dorsais e 2–4 ventrais; mero e carpo dos segundos pereiópodos subdivididos em 16–35 e 26–31 segmentos, respectivamente; ramo acessório do flagelo da antênula curto, de formato unguiforme. Lysmata vittata é caracterizado por apresentar um rostro que não alcança o pedúnculo antenular e possui 6–7 dentes dorsais e 2–4 ventrais; mero e carpo dos segundos pereiópodos subdivididos em 6–9 e 15–18 segmentos, respectivamente; ramo acessório do flagelo da antênula com um segmento unguiforme, eventualmente rudimentar. As divergências genéticas interespecíficas estimadas entre as espécies pertencentes ao clado Lysmata-Exhippolysmata variaram de 0,043 a 0,226 (distância p). Para ambas as espécies, a análise filogenética não indicou divergência genética significativa (p < 0,018) entre os espécimes do Atlântico e do Indo-Pacífico. Com base nos resultados das análises comparativas, neste estudo são apresentadas evidências, morfológicas e moleculares, que confirmam que L. lipkei e L. vittata invadiram com sucesso o oceano Atlântico Ocidental, ocorrendo em ambientes costeiros do Estado de Sergipe, nordeste do Brasil.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"103 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132183008","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"RETENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO MICROPLÁSTICA EM AMPHIPODA (CRUSTACEA:PERACARIDA)","authors":"R. Sorrentino, A. R. Senna","doi":"10.21826/2178-7581X2018012","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018012","url":null,"abstract":"A poluição plástica é documentada em todos os ambientes. Os plásticos têm essa extrema durabilidade por serem feitos de polímeros sintéticos derivados de óleo ou gás e incorporados com monômeros bioativos. A cada ano, 8 milhões de toneladas de resíduos plásticos não reciclados passam pelos oceanos. Quando entram em contato com o oceano sofrem diversas alterações físico-químicas, liberam os monômeros contaminantes e ainda, são altamente capazes de adsorver poluentes orgânicos persistentes (POPs). Dentre os aspectos de poluição plástica marinha, os microplásticos (MP) são a maior preocupação ambiental. São provenientes da fabricação de microbeads, usados em cosméticos, pellets de resina e fibras de tecido e secundariamente resultantes da fragmentação de plásticos maiores. MPs se acumulam no sedimento e na coluna d’água, e são susceptíveis a serem consumidos por diversos organismos. Esta ingestão gera problemas físicos e hormonais e podem ser bioacumulados através dos níveis tróficos. Pela alta biodiversidade e serem considerados indicadores de bioacumulação dos poluentes no ambiente marinho, Amphipoda é definido como grupo alvo para investigar a retenção da contaminação microplástica. Foram realizadas coletas de algas na Praia de Itaipu – Niterói e Praia João Fernandinho – Búzios. Espécimes de Itaipu foram triados e identificados com microscópio estereoscópio como Elasmopus sp., e espécimes de Búzios foram identificados em Quadrimaera sp., e Ampithoidae. Foram separadas 2 amostras (P1i2 e P1i5) com 30 indivíduos de Elasmopus sp. cada, 30 de Quadrimaera sp. (P1B2) e 25 de Ampithoidae (P1B2). O material foi examinado e manipulado cuidadosamente, para que não houvesse contaminação externa. Posteriormente, foram submetidos a degradação de matéria orgânica por ácido nítrico (HNO3). Os MPs sintéticos retidos no interior (brânquias ou tudo digestivo) dos Amphipoda foram contabilizados e fotografados. Os MPs foram classificados quanto à forma (microfibra ou fragmento) e cor. Na amostra P1i2 foram encontrados 14 microplásticos, dentre microfibras (MFs) e fragmentos, com a predominância de microfibra azul (35%); na amostra P1i5, com 18 MPs, as MFs transparentes foram mais encontradas (29%). Nas amostras de Búzios, não houve predominância de um tipo de microplástico. Os fragmentos nessas amostras variaram em MF azul e roxa e alguns fragmentos azul, laranja e rosa. Futuras análises e experimentos em laboratório serão realizados para investigar a ingestão direta de MPs.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115342834","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
J. O. Monteiro, M. P. Santos, T. E. Silva, V. Fransozo
{"title":"BIOLOGIA REPRODUTIVA DO ERMITÃO CLIBANARIUS ANTILLENSIS STIMPSON, 1862 (DECAPODA, ANOMURA, DIOGENIDAE) EM ILHÉUS, BAHIA, BRASIL","authors":"J. O. Monteiro, M. P. Santos, T. E. Silva, V. Fransozo","doi":"10.21826/2178-7581X2018009","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018009","url":null,"abstract":"Clibanarius antillensis Stimpson, 1859 é uma espécie pequena de caranguejo ermitão que habita regiões entre marés. O período reprodutivo dos ermitões apresenta-se contínuo ou sazonal. O primeiro tipo caracteriza-se pela presença de fêmeas embrionadas ao longo do ano, enquanto o sazonal caracteriza-se pela presença de tais fêmeas num determinado período do ano. A fecundidade é um parâmetro estabelecido pelo número de ovos produzidos por fêmea, o qual se correlaciona, de modo geral, com a dimensão corpórea dos indivíduos ou com o tamanho da concha utilizada pelos ermitões. Estudos que apontam as estratégias reprodutivas para a subordem Anomura, vem ganhando importância do ponto de vista evolutivo. Este trabalho analisou o período reprodutivo e a fecundidade do ermitão C. antillensis. As coletas foram realizadas, manualmente, por dois coletores durante 30 minutos, bimestralmente, desde setembro de 2016 até agosto de 2017, no distrito de Olivença, Ilhéus, Bahia. No laboratório, os exemplares foram conservados em álcool 70%. A seguir, separados quanto ao sexo e os indivíduos que apresentaram aberturas genitais dos dois sexos foram considerados intersexo. Os ermitões foram mensurados quanto ao comprimento do escudo cefalotoráxico (CEC), enquanto as conchas ocupadas foram mensuradas quanto ao comprimento total (CT) e a largura da abertura da mesma (LAC). Obteve-se um total de 2787 indivíduos dos quais 1650 eram machos (59,2%), 614 fêmeas não embrionadas (22%), 500 fêmeas embrionadas (17,9%) e 23 intersexos (0,8%). O tamanho (CEC) médio dos machos foi de 2,9±1,1 mm; dos intersexos foi de 3,4 ± 0,8mm; das fêmeas não embrionadas 2,5 ± 0,86mm e das fêmeas embrionadas 2,7 ± 0,6 mm. O número de ovos (estágio embrionário inicial) variou de 41 a 1121 ovos por fêmea (419 ± 253 ovos/ fêmea) e não houve correlação do número de ovos com o tamanho das fêmeas. A relação do CT da concha e LAC versus número de ovos indicou correlação positiva para ambos os parâmetros. Contudo, a primeira é a que melhor explicou a variação na quantidade de ovos (R2= 0,186). As fêmeas embrionadas tiveram frequência constante ao longo de todos os meses de estudo, com pico no bimestre de janeiro/fevereiro de 2017. Tal fato indica que o período reprodutivo da espécie estudada é do tipo contínuo, logo, tanto o período reprodutivo quanto a fecundidade seguem o padrão já descrito para a espécie em outras localidades do litoral brasileiro.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"58 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124440882","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Larissa Bettcher Brito, R. S. Ferreira-Châline, E. T. Nunes, A. Braga
{"title":"ERMITÕES (ANOMURA; PAGUROIDEA): RIQUEZA E ABUNDÂNCIA NOS COSTÕES EXPOSTOS E PROTEGIDOS DO LITORAL SUL CAPIXABA","authors":"Larissa Bettcher Brito, R. S. Ferreira-Châline, E. T. Nunes, A. Braga","doi":"10.21826/2178-7581x2018090","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018090","url":null,"abstract":"Os costões rochosos são ambientes sujeitos a ações antrópicas que interferem no habitat dos animais. O trabalho visou analisar a abundância e riqueza dos ermitões nos costões expostos e protegidos localizados em Piúma e Anchieta, litoral sul do Espírito Santo, e verificar se os fatores ambientais afetam na ocorrência desses Anomura. As coletas foram realizadas manualmente, em poças de maré, com esforço de um coletor durante 10 minutos no período de março a julho de 2017, ao todo foram 6 pontos do costão exposto e 7 no protegido. Cada poça foi mensurada quanto ao comprimento, largura e profundidade. Em cada local foram analisados os fatores ambientais: salinidade, temperatura e pH da água. Foi utilizado o teste GLMs para análise da abundância e riqueza média dos ermitões nos costões expostos e protegidos, e o teste de Spearman para relacionar a influência dos fatores ambientais com a presença desses anomuros. Além disso, realizou-se uma análise multivariada NMDS e PERMANOVA para analisar a dispersão dos animais entre os costões. Os fatores ambientais e a morfometria das poças de maré dos costões não apresentaram diferença significativa, sendo a menor temperatura média (25oC) encontrada em costões expostos, possivelmente por serem locais com maior influência das ondas. Foram coletados 243 indivíduos distribuídos em seis espécies (Clibanarius antillensis, Clibanarius sclopetarius, Calcinus tibicen, Pagurus sp., Pagurus brevidactylus e Pagurus criniticornis). Não houve diferença estatística da riqueza e abundância desses animais comparando-se os costões exposto e protegido. Dessas seis espécies, C. antilensis foi considerada a mais abundante em ambos os costões (exposto = 96 e protegido = 113), seguida de C. tibicen (exposto = 15; protegido = 3). O teste de Spearman não revelou diferença entre os fatores ambientais e a riqueza e abundância dos ermitões. O presente estudo reuniu informações inéditas sobre a abundância e riqueza dos Anomura nos costões exposto e protegido do litoral sul capixaba e, com base nos resultados, pode-se inferir que ambos apresentam condições favoráveis para o estabelecimento e abrigo dessas espécies, principalmente de C. antillensis, cuja a abundância foi alta nos dois costões.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114477175","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
C. C. Borges, Elizabeth G. Neves, Rodrigo Johnsson
{"title":"DUAS NOVAS ESPÉCIES DE ASTEROCHERIDAE (COPEPODA: SIPHONOSTOMATOIDA) ASSOCIADAS A ESPONJAS NA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOS, BAHIA, BRASIL","authors":"C. C. Borges, Elizabeth G. Neves, Rodrigo Johnsson","doi":"10.21826/2178-7581x2018251","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018251","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"67 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117142307","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
N.C.M. Marinho, L. B. Costa, P.V.V.C. Carvalho, M. L. Botter-Carvalho
{"title":"CRESCIMENTO RELATIVO E TAMANHO DE MATURIDADE SEXUAL DE DUAS ESPÉCIES SIMPÁTRICAS DE BIFFARIUS MANNING AND FELDER, 1991 (DECAPODA, AXIIDEA, CALLIANASSIDAE) EM UMA PRAIA URBANA NO NORDESTE DO BRASIL","authors":"N.C.M. Marinho, L. B. Costa, P.V.V.C. Carvalho, M. L. Botter-Carvalho","doi":"10.21826/2178-7581X2018004","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018004","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122118651","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
C. T. Puppin-Gonçalves, L.L.L. Medeiros, M. M. Vilela, M.A.L. Rocha, F.A.M. Freire
{"title":"EFEITOS DAS MACROALGAS SOBRE OS CAMARÕES DE INTERESSE ECONÔMICO NO LITORAL NORDESTE BRASILEIRO","authors":"C. T. Puppin-Gonçalves, L.L.L. Medeiros, M. M. Vilela, M.A.L. Rocha, F.A.M. Freire","doi":"10.21826/2178-7581X2018050","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018050","url":null,"abstract":"Macroalgas possuem grande importância nos ecossistemas, mas quando em altas biomassas, comprometem as funções e serviços ecossistêmicos. Tais efeitos podem trazer consequências para a o pescado, principalmente organismos bentônicos. Este trabalho tem como objetivo verificar o efeito das macroalgas sobre os camarões de interesse econômico em duas regiões que são polo camaroeiro no estado do Rio Grande do Norte, Porto do Mangue (litoral setentrional) e Baía Formosa (litoral leste). Porto do Mangue encontra-se inserido no semiárido nordestino, e pescadores locais relataram que a alta biomassa de algas na região estava trazendo prejuízo ao pescado. Dessa forma, foram realizados arrastos bimensais em ambas as localidades com barco de pesca artesanal motorizado de maio/17 a junho/18. Capturas por unidade de área (CPUA) foram utilizadas para as análises de biomassa de algas e camarões. A biomassa de todos os camarões, com exceção de Penaeus isabellae, foram maiores na região leste do estado. Biomassas de Penaeus kroyeri, Penaeus schmitti e Penaeus brasiliensis tenderam a serem favorecidas por menores valores de salinidade, águas mais túrbidas e maior pH. Penaeus vannamei e Penaues subtilis tiveram suas biomassas influenciadas pela pluviosidade, oxigênio dissolvido e matéria orgânica. Biomassa de P. isabellae exibiu tendência a ser favorecida em menores salinidades, sendo quase a totalidade de sua biomassa encontrada na região semiárida. As algas não se mostraram significativamente relevantes para influenciar as espécies separadamente. As variáveis oxigênio dissolvido, pluviosidade e algas favoreceram positivamente a biomassa total de camarões de interesse econômico no município de Baía Formosa. Já a temperatura de fundo, a turbidez, o pH e matéria orgânica foram relacionados negativamente com a biomassa total. No litoral semiárido do estado, a biomassa de macroalgas não influenciou a biomassa total de camarões. A matéria orgânica e profundidade média influenciaram positivamente os mesmos, enquanto que a salinidade se relacionou negativamente com os organismos. As macroalgas em nenhum dos casos impactou negativamente os camarões de interesse econômico. Estas favoreceram os organismos em Baía Formosa, podendo atuar na absorção de nutrientes disponíveis na água e são alimentos ricos em proteínas, minerais e lipídios. Entretanto, faz-se necessário a manutenção do monitoramento no litoral setentrional para verificar as possíveis florações","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117083187","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"VARIABILIDADE GENÉTICA DO CARANGUEJO CYCLOGRAPSUS INTEGER H. MILNE EDWARDS, 1837 AO LONGO DO OCEANO ATLÂNTICO OCIDENTAL","authors":"B. H. Valezio, A. F. Tamburus, F. L. Mantelatto","doi":"10.21826/2178-7581X2018299","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018299","url":null,"abstract":"Estudos sobre a variabilidade genética populacional em crustáceos decápodes têm mostrado diferentes padrões de estruturação gênica em populações de uma mesma espécie. Com base em análises morfológicas e moleculares, pesquisas nesta área buscam entender a dinâmica populacional das espécies e suas variações intraespecíficas. Assim, para o presente estudo estão sendo utilizadas ferramentas – tanto moleculares quanto morfológicas – para avaliar a variabilidade da espécie do caranguejo marinho Cyclograpsus integer. Esta espécie apresenta uma distribuição ampla desde a Flórida até o Brasil (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul). Assim, nesta etapa do estudo, a hipótese a ser testada é que não existe estruturação genética ao longo de sua distribuição no oceano Atlântico Ocidental, uma vez que esta é bem abrangente e conta com a presença de potenciais barreiras geográficas. As análises moleculares foram obtidas por meio da amplificação do gene mitocondrial COI. Foram geradas 15 sequências a partir de espécimes advindos do México e dos estados de São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Junto a estas sequências obtidas, foram adicionadas 3 sequências do GenBank, sendo uma da mesma espécie e outras duas de espécies congêneres, para o alinhamento e construção de uma matriz de distância genética (pairwise distance) e uma árvore por meio do método de Maximum Likelihood. A partir das análises feitas, a hipótese foi confirmada, pois não foi observada estruturação populacional para os espécimes analisados, demonstrando que as potenciais barreiras existentes (correntes marinhas de aguas frias e equatoriais, desague de aguas de rios de grande volume e áreas de ressurgência) não constituem agentes limitadores para impedir fluxo gênico entre as populações analisadas.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124416043","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"RECEPTÁCULO SEMINAL EM MITHRACIDAE: CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E HISTOQUÍMICA DE MITHRAX HISPIDUS, OMALACANTHA BICORNUTA E MITHRACULUS FORCEPS (BRACHYURA)","authors":"C. O. Assugeni, F. Zara","doi":"10.21826/2178-7581X2018180","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018180","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125833307","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
T. M. Costa, M. Z. Marochi, Juan C. F. Pardo, F. R. D. Grande, D. A. Crane, A. Montenegro
{"title":"THE COMBINED EFFECTS OF TEMPERATURE INCREASE AND PH DECREASE DURING LEPTUCA THAYERI LARVAL DEVELOPMENT IN A CLIMATE CHANGE SCENARIO","authors":"T. M. Costa, M. Z. Marochi, Juan C. F. Pardo, F. R. D. Grande, D. A. Crane, A. Montenegro","doi":"10.21826/2178-7581x2018118","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018118","url":null,"abstract":"The increase of CO2 emissions produced by burning of fossil fuels is affecting global climate. Oceans are mainly affected by temperature increase and pH decrease. End of 21st century projections point to a pH reduction of 0.3-0.7 units and average water temperature waring ranging between 1 and 4 °C. Our goal was to evaluate how the combined effects of ocean warming and acidification (based on the last IPCC predictions) can affect coastal ecosystems, using as model organism the fiddler crab Leptuca thayeri. We evaluated 1) larval survivorship and time to death (survival percentage), 2) behavior (mobility) and 3) physiology (heart rate) of zoea I larvae exposed to different treatments of temperature increase and pH reduction. We hypothesized that temperature increase and pH decrease will negatively affect larvae survival percentage, behavior and physiology. 1008 healthy larvae (active swimmers) from eleven females were divided and exposed to 6 factorial combinations (3x2) of temperature increase [control (25°C), + 2°C (27°C) and + 4°C (29°C)] and pH decrease [control (8.1) and – 0.7 units (7.4)] in microcosms. The control temperature was selected based on 2003 to 2016 average summer sea surface temperatures at the São Paulo shelf (about 1 km offshore, at 10 m depth) according to data from the Group for High Resolution Sea Surface Temperature. Control pH is based on present global ocean mean values. The +2°C treatment is based on 2046-2065 projections coming from GCMs experiments conducted under the IPCC RCP 8.5 scenario and 2081-2100 values for simulations forced by the RCP 4.5 scenario. The +4°C treatment is based 2081-2100 projections from simulations under the RCP 8.5 scenario. Larvae survival was affected by temperature, but not by pH or the interaction between the two parameters. Larvae subjected to the highest temperature (29°C) showed the lowest survival rate among all tested temperature groups. Time to death did not differ between treatments. Behavior and heart rate were affected by temperature and pH. Larvae from the 7.4pH/25°C treatment showed the highest mobility score and differed from the others. The 7.4pH/25°C treatment exhibited the highest heart rates with the lowest values recorded for the 8.1pH/29°C treatment. Our initial hypothesis was partially refuted: the combined effects of warming and acidification are expected to reduce survival rate and generate changes to physiology and behavior of L. thayeri zoea larvae","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124630825","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}