C. T. Puppin-Gonçalves, L.L.L. Medeiros, M. M. Vilela, M.A.L. Rocha, F.A.M. Freire
{"title":"EFEITOS DAS MACROALGAS SOBRE OS CAMARÕES DE INTERESSE ECONÔMICO NO LITORAL NORDESTE BRASILEIRO","authors":"C. T. Puppin-Gonçalves, L.L.L. Medeiros, M. M. Vilela, M.A.L. Rocha, F.A.M. Freire","doi":"10.21826/2178-7581X2018050","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Macroalgas possuem grande importância nos ecossistemas, mas quando em altas biomassas, comprometem as funções e serviços ecossistêmicos. Tais efeitos podem trazer consequências para a o pescado, principalmente organismos bentônicos. Este trabalho tem como objetivo verificar o efeito das macroalgas sobre os camarões de interesse econômico em duas regiões que são polo camaroeiro no estado do Rio Grande do Norte, Porto do Mangue (litoral setentrional) e Baía Formosa (litoral leste). Porto do Mangue encontra-se inserido no semiárido nordestino, e pescadores locais relataram que a alta biomassa de algas na região estava trazendo prejuízo ao pescado. Dessa forma, foram realizados arrastos bimensais em ambas as localidades com barco de pesca artesanal motorizado de maio/17 a junho/18. Capturas por unidade de área (CPUA) foram utilizadas para as análises de biomassa de algas e camarões. A biomassa de todos os camarões, com exceção de Penaeus isabellae, foram maiores na região leste do estado. Biomassas de Penaeus kroyeri, Penaeus schmitti e Penaeus brasiliensis tenderam a serem favorecidas por menores valores de salinidade, águas mais túrbidas e maior pH. Penaeus vannamei e Penaues subtilis tiveram suas biomassas influenciadas pela pluviosidade, oxigênio dissolvido e matéria orgânica. Biomassa de P. isabellae exibiu tendência a ser favorecida em menores salinidades, sendo quase a totalidade de sua biomassa encontrada na região semiárida. As algas não se mostraram significativamente relevantes para influenciar as espécies separadamente. As variáveis oxigênio dissolvido, pluviosidade e algas favoreceram positivamente a biomassa total de camarões de interesse econômico no município de Baía Formosa. Já a temperatura de fundo, a turbidez, o pH e matéria orgânica foram relacionados negativamente com a biomassa total. No litoral semiárido do estado, a biomassa de macroalgas não influenciou a biomassa total de camarões. A matéria orgânica e profundidade média influenciaram positivamente os mesmos, enquanto que a salinidade se relacionou negativamente com os organismos. As macroalgas em nenhum dos casos impactou negativamente os camarões de interesse econômico. Estas favoreceram os organismos em Baía Formosa, podendo atuar na absorção de nutrientes disponíveis na água e são alimentos ricos em proteínas, minerais e lipídios. Entretanto, faz-se necessário a manutenção do monitoramento no litoral setentrional para verificar as possíveis florações","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018050","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Macroalgas possuem grande importância nos ecossistemas, mas quando em altas biomassas, comprometem as funções e serviços ecossistêmicos. Tais efeitos podem trazer consequências para a o pescado, principalmente organismos bentônicos. Este trabalho tem como objetivo verificar o efeito das macroalgas sobre os camarões de interesse econômico em duas regiões que são polo camaroeiro no estado do Rio Grande do Norte, Porto do Mangue (litoral setentrional) e Baía Formosa (litoral leste). Porto do Mangue encontra-se inserido no semiárido nordestino, e pescadores locais relataram que a alta biomassa de algas na região estava trazendo prejuízo ao pescado. Dessa forma, foram realizados arrastos bimensais em ambas as localidades com barco de pesca artesanal motorizado de maio/17 a junho/18. Capturas por unidade de área (CPUA) foram utilizadas para as análises de biomassa de algas e camarões. A biomassa de todos os camarões, com exceção de Penaeus isabellae, foram maiores na região leste do estado. Biomassas de Penaeus kroyeri, Penaeus schmitti e Penaeus brasiliensis tenderam a serem favorecidas por menores valores de salinidade, águas mais túrbidas e maior pH. Penaeus vannamei e Penaues subtilis tiveram suas biomassas influenciadas pela pluviosidade, oxigênio dissolvido e matéria orgânica. Biomassa de P. isabellae exibiu tendência a ser favorecida em menores salinidades, sendo quase a totalidade de sua biomassa encontrada na região semiárida. As algas não se mostraram significativamente relevantes para influenciar as espécies separadamente. As variáveis oxigênio dissolvido, pluviosidade e algas favoreceram positivamente a biomassa total de camarões de interesse econômico no município de Baía Formosa. Já a temperatura de fundo, a turbidez, o pH e matéria orgânica foram relacionados negativamente com a biomassa total. No litoral semiárido do estado, a biomassa de macroalgas não influenciou a biomassa total de camarões. A matéria orgânica e profundidade média influenciaram positivamente os mesmos, enquanto que a salinidade se relacionou negativamente com os organismos. As macroalgas em nenhum dos casos impactou negativamente os camarões de interesse econômico. Estas favoreceram os organismos em Baía Formosa, podendo atuar na absorção de nutrientes disponíveis na água e são alimentos ricos em proteínas, minerais e lipídios. Entretanto, faz-se necessário a manutenção do monitoramento no litoral setentrional para verificar as possíveis florações