{"title":"(DES)ENCONTROS ENTRE ARTE E REAL","authors":"Davide Chareun, Maurício Eugênio Maliska","doi":"10.59306/rcc.v17e22022115-122","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e22022115-122","url":null,"abstract":"O presente artigo visa refletir sobre a função da arte frente ao mal-estar na cultura como tentativa do sujeito simbolizar sua angustia diante do real que marca o viver com o outro. Assim, a proposta desse trabalho é partir da pulsão de morte como um dos conceitos centrais que Freud situa em sua obra “Mal-estar na civilização” e sucessivamente avançar para o conceito de gozo em Lacan, pensando nessa modalidade de satisfação como movimento que aniquila o desejo e pode levar em última instância à morte. Nisso a arte entra em cena como produto da subjetividade humana que pode possibilitar ao sujeito o caminho da sublimação, ou, como elaborado por Lacan, o sinthome. Onde, longe de dar conta do conflito entre sujeito e cultura, o encontro com a arte pode possibilitar um bordeamento do real, um arranjo melhor diante da impossibilidade de simbolização daquilo que escapa ao domínio da linguagem.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48848266","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ALFRED HITCHCOCK E O TRABALHO DE ADAPTAÇÃO LITERÁRIA","authors":"Alessandra Soares Brandão, Ramayana Lira De Sousa","doi":"10.59306/rcc.v17e22022139-148","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e22022139-148","url":null,"abstract":"Este artigo aborda a questão da intermidialidade através da relação entre literatura e cinema, tomando como objeto de análise o filme Os Passáros (1963), do diretor Alfred Hitchcock, adaptado do conto homônimo da escritora inglesa Daphne du Maurier. Trata-se de uma análise do processo criativo do diretor no que diz respeito à adaptação, aos modos como a construção de sua obra articula questões de autoria e a consolidação do gênero cinematográfico suspense. No trabalho do diretor, que reinventa a narrativa literária para produzir suspense na linguagem cinematográfica, o exercício da montagem funciona para manipular tempo e espaço, conferindo ao filme ao mesmo tempo um gesto convencionado pelo estilo autoral e pelo gênero cinematográfico no contexto específico do modo de produção hollywoodiano clássico.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47533647","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Valdemir Soares dos Santos Neto, Mário Abel Bressan Júnior
{"title":"A ESTETIZAÇÃO DO MOVIMENTO PUNK NA/PELA INDÚSTRIA CULTURAL","authors":"Valdemir Soares dos Santos Neto, Mário Abel Bressan Júnior","doi":"10.59306/rcc.v17e22022103-113","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e22022103-113","url":null,"abstract":"O presente artigo lança uma reflexão acerca da gênese do movimento punk com vistas a observar a falência do sentido político estabelecido em detrimento da estetização cultural imposta pelo sistema capitalista. O movimento punk surge em meados de anos 70, em diversas partes do mundo, como um manifesto político, contracultura, em resposta à homogeneização do sistema capitalista na sociedade. Para tanto, refletimos neste estudo como as indústrias midiáticas se apropriam das estéticas provenientes da cena punk para reatualizar nossos imaginários e nossa memórias coletivas. Para tecer estas reflexões, são mobilizadores autores dos mais diversos campos do conhecimento de modo a compreender as balizas que culminaram no movimento, além de uma discussão crítica em torno da relação entre a indústria cultural com a nostalgia. Acredita-se que o descontentamento com o futuro, tal como emergira na modernidade, concretiza-se na pós-modernidade na busca por um sentido nostálgico às narrativas estéticas adotadas pelo movimento punk.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49498817","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"CONTRIBUIÇÕES ADORNIANAS NO RECONHECIMENTO DE UM CINEMA EMANCIPADOR","authors":"P. Ribeiro, Keyla Andrea Santiago Oliveira","doi":"10.59306/rcc.v17e1202269-78","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e1202269-78","url":null,"abstract":"Embora o cinema possa ser situado em uma indústria cultural, produzido como uma mercadoria que segue as tipificações para ser consumida pelas massas, o intuito deste trabalho é levantar, a partir do referencial da Teoria Crítica adorniana, as possibilidades de um filme constituir-se como uma obra de arte. Como tal, desde sua produção, pode romper com os estereótipos e ser constituído em multideterminações, inclusive estéticas, em teor emancipatório e de caráter resistente. O desenvolvimento desta discussão será ancorado em Adorno (2003, 2018), Adorno e Horkheimer (2014), Chaves (2015), Loureiro (2012), Rezende (2010). A partir de um paralelo entre dois filmes, um típico produto comercial e outro, de mesma temática, mas que consideramos obra de arte, visualizamos como estética e conteúdo fílmicos se apresentam nessa perspectiva.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49562849","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"CORPO PANDÊMICO NA OBRA L’HOMME QUI TOUSSE DE CHRISTIAN BOLTANSKI","authors":"Ramayana Lira de Sousa, Julie Silva De Oliveira","doi":"10.59306/rcc.v17e1202245-52","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e1202245-52","url":null,"abstract":"É estabelecida uma relação entre o corpo na obra L’homme qui tousse e o corpo pandêmico, especificamente o corpo do trabalhador. Para tanto, são retomados os conceitos de sobrevivência das imagens, sociedades disciplinar e de controle, a partilha do sensível e o conceito de história de Benjamin, assim como é considerada a discussão de Eagleton a respeito da estética em Marx","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48023801","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"DEPOIS DA FOTOGRAFIA","authors":"R. Svolenski, Ana Carolina Cernicchiaro","doi":"10.59306/rcc.v17e22022123-138","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e22022123-138","url":null,"abstract":"O presente estudo propõe analisar a fotografia a partir de artistas que se apropriam de imagens produzidas por outras pessoas. A ressignificação construída a partir dessas pós-fotografias, segundo o termo de Joan Fontcuberta, provoca um questionamento sobre nossa relação com as imagens. Procura-se refletir sobre a produção de fotografias, o uso das imagens e o deslocamento de seu significado primeiro a partir de artistas contemporâneos como Rosangela Rennó, Martha Rosler, Joachim Schmid, Penelope Umbrico, Michael Wolf, Mishka Henner.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45606266","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
João Luiz Leitão Paravidini, Maiza Rodrigues, Marcelo Hayeck
{"title":"ESPETÁCULOS DA MORTE","authors":"João Luiz Leitão Paravidini, Maiza Rodrigues, Marcelo Hayeck","doi":"10.59306/rcc.v17e22022157-166","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e22022157-166","url":null,"abstract":"O cenário político brasileiro, entre 2017 e 2021, se compôs por cenas engendradas na repetição e perpetuação do espetáculo da morte e da violência nos meios de comunicação. A partir deste recorte, pretende-se destacar e compreender os mecanismos e o combustível que sustentam estas produções. Para isto, nos ancoramos em estudos freudianos sobre os aspectos sobre os aspectos psicológicos que embasam a formação das massas e a pulsão de morte enquanto instrumento de propagação compulsiva de manchetes, notícias e discursos destrutivos no espaço público. Desta forma, o presente artigo visa elencar manchetes, noticiários e discursos do chefe do Estado com intuito de sinalizar a espetacularização da morte como conteúdo consumido nos meios de comunicação e construir reflexões acerca da pulsão de morte enquanto propulsora de repetições e também de instauração de mudanças. A análise do conteúdo será realizada sob a luz da Psicanálise e seu trânsito com os outros campos do saber.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48949709","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"DESCRIÇÃO DA IMAGEM","authors":"Luís Thiago Freire Dantas","doi":"10.59306/rcc.v17e1202211-19","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e1202211-19","url":null,"abstract":"O sentido da visão na história do ocidente foi tratado como o mais seguro para descrevermos os fatos do mundo. É pela visão também que o processo de diferenciação dos corpos humanos se constitui como meio para separar populações e orientar discursos para assimilar um tipo de existência padrão. Na atenção dessa problemática, o presente texto explora as teses de Silvia Rivera Cusicanqui e Jean-Godefroy Bidima para problematizar a visão colonial por meio da descolonizar do olhar. Uma descolonização atenta ao corpo e como fobias da mente colonial reproduzem imagens circunscritas desde o ato de escrita.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45954080","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"RODOVIA TRANSAMAZÔNICA","authors":"Isadora Muniz Vieira, Ana Carolina Cernicchiaro","doi":"10.59306/rcc.v17e1202235-44","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e1202235-44","url":null,"abstract":"A partir das reflexões de teóricos como Jean-Luc Nancy, Jaques Derrida, Walter Mignolo, Enrique Dussel, Jacques Rancière e Georges Didi-Huberman, o presente texto analisa imagens da jornalista Elaine Borges veiculadas na imprensa regional de Santa Catarina, num contexto em que a ditadura militar investia em obras de infraestrutura na região amazônica. Com auxílio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o governo militar realizou um processo de colonização das margens da rodovia Transamazônica, então em construção. Muitos colonos partiram do interior de Santa Catarina em 1972 rumo à cidade de Altamira, no Pará, onde Borges elaborou uma série de matérias sobre esse projeto de modernidade/colonialidade governamental.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47585174","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luciano Marcos Dias Cavalcanti, Cilene Margarete Pereira
{"title":"HISTÓRIA DO BRASIL FUNDADA PELA VIOLÊNCIA EM “SINHÁ”, DE CHICO BUARQUE E JOÃO BOSCO","authors":"Luciano Marcos Dias Cavalcanti, Cilene Margarete Pereira","doi":"10.59306/rcc.v17e22022149-156","DOIUrl":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e22022149-156","url":null,"abstract":"Desde sua produção musical das décadas de 1960 e 70, época em que o Brasil estava sob uma ditadura militar, a obra de Chico Buarque é conhecida por seu caráter interpretativo e crítico da realidade histórica do país, sendo considerado um cronista arguto de nossas mazelas sociais. No ano de 2011, Chico lançou, em parceria com o compositor João Bosco, a canção “Sinhá”, na qual se narra, a partir de dois pontos de vistas, dados pelo desdobramento narrativo, a violência sofrida por um negro escravizado, acusado, pelo senhor, de manter relações sexuais com a sinhá que intitula a canção. Nesse texto, apresentamos uma leitura da letra da canção, refletindo sobre o processo de constituição do Brasil por meio da presença marcante da violência, apoiando-nos nos estudos, entre outros, de Chaui (1980), de Pinheiro (1991) e Ginzburg (2017). ","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45152553","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}