{"title":"(DES)ENCONTROS ENTRE ARTE E REAL","authors":"Davide Chareun, Maurício Eugênio Maliska","doi":"10.59306/rcc.v17e22022115-122","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo visa refletir sobre a função da arte frente ao mal-estar na cultura como tentativa do sujeito simbolizar sua angustia diante do real que marca o viver com o outro. Assim, a proposta desse trabalho é partir da pulsão de morte como um dos conceitos centrais que Freud situa em sua obra “Mal-estar na civilização” e sucessivamente avançar para o conceito de gozo em Lacan, pensando nessa modalidade de satisfação como movimento que aniquila o desejo e pode levar em última instância à morte. Nisso a arte entra em cena como produto da subjetividade humana que pode possibilitar ao sujeito o caminho da sublimação, ou, como elaborado por Lacan, o sinthome. Onde, longe de dar conta do conflito entre sujeito e cultura, o encontro com a arte pode possibilitar um bordeamento do real, um arranjo melhor diante da impossibilidade de simbolização daquilo que escapa ao domínio da linguagem.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Critica Cultural","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.59306/rcc.v17e22022115-122","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERARY THEORY & CRITICISM","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo visa refletir sobre a função da arte frente ao mal-estar na cultura como tentativa do sujeito simbolizar sua angustia diante do real que marca o viver com o outro. Assim, a proposta desse trabalho é partir da pulsão de morte como um dos conceitos centrais que Freud situa em sua obra “Mal-estar na civilização” e sucessivamente avançar para o conceito de gozo em Lacan, pensando nessa modalidade de satisfação como movimento que aniquila o desejo e pode levar em última instância à morte. Nisso a arte entra em cena como produto da subjetividade humana que pode possibilitar ao sujeito o caminho da sublimação, ou, como elaborado por Lacan, o sinthome. Onde, longe de dar conta do conflito entre sujeito e cultura, o encontro com a arte pode possibilitar um bordeamento do real, um arranjo melhor diante da impossibilidade de simbolização daquilo que escapa ao domínio da linguagem.