Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3354
Ana Carolina Dias Florindo
{"title":"O Retrato da Condessa de Casa Flores de Francisco de Goya y Lucientes","authors":"Ana Carolina Dias Florindo","doi":"10.20396/eha.vi14.3354","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3354","url":null,"abstract":"Essa apresentação é proveniente da pesquisa de iniciação científica que tenho realizado ao longo do ano de 2019, com o financiamento da FAPESP, sob orientação do Prof. Dr. Jorge Coli e co-orientação de Letícia Badan Palhares de Campos. A pesquisa visa analisar a pintura Retrato da condessa de Casa Flores, um óleo sobre tela, produzido entre 1790 e 1797, por Francisco José de Goya y Lucientes durante o momento de maior produção de retratos pelo artista. Se encontra localizada atualmente no acervo do MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), como parte da exposição Acervo em Transformação. O objetivo central do trabalho é o estudo da pintura, por meio da identificação da figura retratada, sua relevância para o contexto espanhol do momento, bem como a compreensão do espaço que o retrato ocupa dentro da vasta produção artística de Goya, como também a maneira pela qual a figura feminina é representada em outras obras do pintor. Para tanto, procura-se aprofundar o trabalho iconográfico e histórico, com o auxílio de uma bibliografia e fontes primárias, a fim de compreender o momento e motivos que levaram Goya à realização do retrato, assim como a reconstrução da trajetória da obra até sua chegada ao museu e o lugar que ocupa atualmente no MASP. Antes de analisar a pintura, foi necessário compreender um pouco mais sobre quem era seu idealizador. O pintor Francisco de Goya y Lucientes nasceu em Fuendetodos, Aragão, na Espanha, em 30 de março de 1746. Ele passa sua infância no mesmo local, mudando-se para Saragoça alguns anos mais tarde; aos 14 anos Goya se torna aprendiz do pintor Don José Luzán y Martinez, no trabalho de copista de pinturas, tendo o primeiro contato com as obras de arte. Com 17 anos, Francisco se muda para Madri para estudar com Anton Raphael Mengs, pintor popular da realeza espanhola no momento. Em 1773 Goya se casa com Josefa Bayeu, com quem tem seis filhos, porém apenas um so-","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"275 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124439310","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3477
Carolina Vieira Filippini Curi
{"title":"Wanda Pimentel e Gloria Goméz-Sanchéz: novos olhares sobre as produções de extração Pop de mulheres artistas na América do Sul (1960 e 1970)","authors":"Carolina Vieira Filippini Curi","doi":"10.20396/eha.vi14.3477","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3477","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125873584","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3432
Alexandre Pedro de Medeiros
{"title":"Vanguarda em disputa e arte pop: estratégias de internacionalização da arte brasileira e argentina nos anos 1960","authors":"Alexandre Pedro de Medeiros","doi":"10.20396/eha.vi14.3432","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3432","url":null,"abstract":"No decorrer da década de 1960 no Brasil e na Argentina, algumas das questões que estiveram em pauta no debate da crítica, das instituições e dos artistas em torno de uma produção artística de vanguarda, como assimilação e dependência, ou hibridização e autenticidade, tiveram como cenário a consolidação da pop como genealogia canônica da arte internacional. Inicialmente, focamos na análise da produção argentina de extração pop, de sua circulação em mostras na capital argentina e no exterior realizadas nos anos 1960, da importância da atuação do crítico de arte Jorge Romero Brest na promoção dessa produção a partir de sua posição como diretor do Centro de Artes Visuais do Instituto Torcuato Di Tella e, por fim, mas não menos importante, das possibilidades comparativas com a produção brasileira da mesma época, principalmente a partir da performance de determinados agentes2 vinculados a instituições basilares para a exibição de obras de arte e para o estímulo do debate artístico, como museus, galerias, centros de arte, universidades, jornais, revistas e a Bienal de São Paulo, sobretudo sua nona edição em 1967. Neste sentido, por ocasião de pesquisa de campo empreendida na cidade de Buenos Aires em novembro de 2018, cabe ressaltar o caráter valioso da documentação (catálogos, folders, fotografias e artigos jornalísticos) encontrada na Fundación Espigas e na Universidad Torcuato Di Tella referente às edições de 1961 a 1968 dos Prêmios Ver y Estimar, aos Prêmios Nacionais e Internacionais do Centro de Artes Visuais do Instituto Di Tella de 1962 a 1967, referência incontestável para a promoção da arte de vanguarda na capital argentina e polo estratégico de disseminação internacional da produção artística desse país3; à mostra New art of Argentina, organizada por esse instituto em colaboração com o Walker Art Center de Minneapolis, onde ela esteve em cartaz no período de 9 de","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126743797","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3445
Ana Paula Barbosa Ferreira Ottoni
{"title":"Convocação de espaços afetivos pela fotografia contemporânea","authors":"Ana Paula Barbosa Ferreira Ottoni","doi":"10.20396/eha.vi14.3445","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3445","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114424875","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3383
Maria Berbara
{"title":"Um olhar sobre a crueldade na primeira época moderna: o método de execução tupinambá e a tortura pre-mortem durante as guerras de religião na Europa","authors":"Maria Berbara","doi":"10.20396/eha.vi14.3383","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3383","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122211417","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3479
Lucas Lopes de Queiroz d'Avila
{"title":"A androginia como estética simbólica na arte japonesa: do Período Tokugawa à cultura pop","authors":"Lucas Lopes de Queiroz d'Avila","doi":"10.20396/eha.vi14.3479","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3479","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124590926","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3352
Ruy Cézar Campos Figueiredo
{"title":"Visualidade háptica no cinema de museu","authors":"Ruy Cézar Campos Figueiredo","doi":"10.20396/eha.vi14.3352","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3352","url":null,"abstract":"Distingue-se, na História da Arte, visualidade háptica de visualidade óptica. A última toma e proporciona um distanciamento suficiente para que as coisas sejam percebidas como formas distintas no espaço, dependendo da separação entre o sujeito espectador e o objeto. A visualidade háptica, distintamente, tende a se mover sobre a superfície do seu objeto ao invés de criar uma profundidade ilusionista, não para distinguir formas, mas para explorar texturas. O austríaco Alois Riegl é quem primeiro tomou emprestado o termo háptico dos estudos de fisiologia e o empregou no campo da História da Arte para realizar a distinção entre a visualidade háptica e a visualidade óptica, sendo a última marcada, sobretudo, pelo distanciamento entre sujeito e objeto. Marks nos aponta como depois de Riegl, Adolf Hildebrand e outros historiadores da arte foram os primeiros a observarem as variações culturais da representação do espaço em imagens e as analisar desde uma abordagem histórica sobre o olhar. É com teóricas feministas dos estudos fílmicos como Laura Marks que uma contraposição crítica a abordagem de Riegl ganha repercussão na contemporaneidade. O austríaco observou o desenvolvimento do estilo háptico da antiga arte egípcia, que mantinha a aparência isolada dos objetos, em unificação e aderência ao plano, em direção ao estilo óptico da arte romana tardia e a influência dos bárbaros em um tipo de relação com a imagem pautada na transcendência, onde falta uma conexão tátil entre os objetos e o plano. Para Marks2, ele explicitamente aponta que a arte ocidental, de maneira evoluída, buscou a similaridade com os objetos através da representação, em vez de através do contato, no que se colocou, para o historiador, uma crescente abstração e participação do simbólico. É com ironia que Marks se contapõe a essa leitura:","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123885998","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3357
Vinícius Guimarães Dias Francisco
{"title":"A “videocracia” e a caricatura como recurso imagético","authors":"Vinícius Guimarães Dias Francisco","doi":"10.20396/eha.vi14.3357","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3357","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124021718","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3431
Rafaela Martins
{"title":"Jüergenssen e Parente: a problemática da obrigatoriedade do trabalho doméstico","authors":"Rafaela Martins","doi":"10.20396/eha.vi14.3431","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3431","url":null,"abstract":"Sob a ótica da cultura visual este trabalho propõe aproximar e analisar um conjunto visual e duas obras de arte: uma série de propagandas de máquinas de lavar, veiculadas em 1960 na revista Cruzeiro; a obra HausfrauenKüchenschürze [Donas de Casa Avental de Cozinha] da artista Birgit Jürgenssen, de 1975; e o vídeo arte de Letícia Parente Tarefa 1 de 1982. As análises procuraram mostrar a princípio como as propagandas, veiculadas na década de 1960 no Brasil, trazem similaridade visual e temática com a obra crítica das artistas Birgit Jürgenssen e Leticia Parente. Através da análise dessas duas obras de arte é possível entender as tensões e discussões que perpassam o papel social da mulher, especialmente em relação ao trabalho doméstico. Três itens importantes permeiam as imagens: o avental, o eletrodoméstico e o próprio trabalho doméstico. Primeiramente uma propaganda que se repete de maneira exaustiva entre os anos de 1962 e 1963 na revista Cruzeiro, a propaganda traz a mesma mensagem e forma estética para diversas marcas de máquinas de lavar. A máquina de lavar aparece em uma ilustração realista, e em cima dela está desenhado o rosto redondo de uma mulher de cabelos cacheados usando uma touca e um avental que estão desenhados sobre a máquina. A propaganda é veiculada em uma revista de grande circulação no Brasil, a revista Cruzeiro. A ilustração vem acompanhada da frase “máquina de lavar: uma empregada com que você sempre conta”. Tal propaganda parece sobrepor dois argumentos: o primeiro são as vantagens da máquina de lavar em si, demostradas pelo texto ao redor da imagem e acompanhado pela ilustração realista da máquina de lavar; o segundo argumento vem sobreposto ao primeiro, e chama a atenção já na primeira e grande frase acima, o segundo argumento serve para qualquer máquina de lavar e é frisado com o desenho “a mão livre” da empregada doméstica sobre a ilustração realista da máquina, enfatizando a substituição da empregada pela máquina de lavar.","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"77 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120925243","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atas do 14º...Pub Date : 2019-12-30DOI: 10.20396/eha.vi14.3439
T. Montanari
{"title":"Vermelhão e Cinábrio: intercâmbios artísticos entre São Paulo e América hispânica (séculos XVI- XVIII)","authors":"T. Montanari","doi":"10.20396/eha.vi14.3439","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3439","url":null,"abstract":"O sulfeto de mercúrio, dito vermelhão é um pigmento derivado do cinábrio em sua forma natural, conhecido e utilizado desde a antiguidade. Atualmente, porém, sua utilização é muito rara, devido à toxicidade do mercúrio. No Peru, por volta de 1550, o poeta e merchant português Enrique Garces reconheceu que o pó vermelho usado pelos indígenas nas pinturas corporais era cinábrio. Sabendo que o mercúrio era encontrado perto dos depósitos de cinábrio, Garces questionou os índios e soube que a fonte era próxima a Huamanga. Garces sabia que o mercúrio poderia ser utilizado no garimpo de ouro e prata, e, em 1559, obteve do Vice-rei em Lima, uma licença de 12 anos para explorar o mercúrio, tornando possível a exploração da prata de Potosí, chegando a uma escala grande e sistemática em 1572.2 Assim, além da importância para a mineração, o cinábrio, na forma de pigmento, foi largamente utilizado na pintura andina, chegando até terras paulistas no período colonial.3 Na região da Ruta de la Plata ― atual território da Bolívia e do Chile ―, ainda se preservam algumas capelas e igrejas com todo o seu interior ornamentado com pinturas murais de repertório iconográfico cristão, como o juízo final, os sacramentos, a paixão de Cristo, e a representações do céu e do inferno.4 As pinturas com padrões têxteis, brutescos e grotescas também são recorrentes, bem como a mistura destes repertórios. Assim, ao mesmo tempo em que se buscava recriar o decoro e o esplendor do interior das igrejas europeias por meio das pinturas murais, estas pinturas também eram utilizadas como ferramenta para a catequização e fixação da doutrina cristã entre os indígenas, sobretudo em localidades menos centrais onde a presença religiosa era esporádica.5","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"319 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124512929","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}