{"title":"Vanguarda em disputa e arte pop: estratégias de internacionalização da arte brasileira e argentina nos anos 1960","authors":"Alexandre Pedro de Medeiros","doi":"10.20396/eha.vi14.3432","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No decorrer da década de 1960 no Brasil e na Argentina, algumas das questões que estiveram em pauta no debate da crítica, das instituições e dos artistas em torno de uma produção artística de vanguarda, como assimilação e dependência, ou hibridização e autenticidade, tiveram como cenário a consolidação da pop como genealogia canônica da arte internacional. Inicialmente, focamos na análise da produção argentina de extração pop, de sua circulação em mostras na capital argentina e no exterior realizadas nos anos 1960, da importância da atuação do crítico de arte Jorge Romero Brest na promoção dessa produção a partir de sua posição como diretor do Centro de Artes Visuais do Instituto Torcuato Di Tella e, por fim, mas não menos importante, das possibilidades comparativas com a produção brasileira da mesma época, principalmente a partir da performance de determinados agentes2 vinculados a instituições basilares para a exibição de obras de arte e para o estímulo do debate artístico, como museus, galerias, centros de arte, universidades, jornais, revistas e a Bienal de São Paulo, sobretudo sua nona edição em 1967. Neste sentido, por ocasião de pesquisa de campo empreendida na cidade de Buenos Aires em novembro de 2018, cabe ressaltar o caráter valioso da documentação (catálogos, folders, fotografias e artigos jornalísticos) encontrada na Fundación Espigas e na Universidad Torcuato Di Tella referente às edições de 1961 a 1968 dos Prêmios Ver y Estimar, aos Prêmios Nacionais e Internacionais do Centro de Artes Visuais do Instituto Di Tella de 1962 a 1967, referência incontestável para a promoção da arte de vanguarda na capital argentina e polo estratégico de disseminação internacional da produção artística desse país3; à mostra New art of Argentina, organizada por esse instituto em colaboração com o Walker Art Center de Minneapolis, onde ela esteve em cartaz no período de 9 de","PeriodicalId":305074,"journal":{"name":"Atas do 14º...","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Atas do 14º...","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/eha.vi14.3432","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
No decorrer da década de 1960 no Brasil e na Argentina, algumas das questões que estiveram em pauta no debate da crítica, das instituições e dos artistas em torno de uma produção artística de vanguarda, como assimilação e dependência, ou hibridização e autenticidade, tiveram como cenário a consolidação da pop como genealogia canônica da arte internacional. Inicialmente, focamos na análise da produção argentina de extração pop, de sua circulação em mostras na capital argentina e no exterior realizadas nos anos 1960, da importância da atuação do crítico de arte Jorge Romero Brest na promoção dessa produção a partir de sua posição como diretor do Centro de Artes Visuais do Instituto Torcuato Di Tella e, por fim, mas não menos importante, das possibilidades comparativas com a produção brasileira da mesma época, principalmente a partir da performance de determinados agentes2 vinculados a instituições basilares para a exibição de obras de arte e para o estímulo do debate artístico, como museus, galerias, centros de arte, universidades, jornais, revistas e a Bienal de São Paulo, sobretudo sua nona edição em 1967. Neste sentido, por ocasião de pesquisa de campo empreendida na cidade de Buenos Aires em novembro de 2018, cabe ressaltar o caráter valioso da documentação (catálogos, folders, fotografias e artigos jornalísticos) encontrada na Fundación Espigas e na Universidad Torcuato Di Tella referente às edições de 1961 a 1968 dos Prêmios Ver y Estimar, aos Prêmios Nacionais e Internacionais do Centro de Artes Visuais do Instituto Di Tella de 1962 a 1967, referência incontestável para a promoção da arte de vanguarda na capital argentina e polo estratégico de disseminação internacional da produção artística desse país3; à mostra New art of Argentina, organizada por esse instituto em colaboração com o Walker Art Center de Minneapolis, onde ela esteve em cartaz no período de 9 de