Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência最新文献

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EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS DE EDUCAÇÃO POPULAR EM ACAMPAMENTOS URBANOS 大学扩建作为城市营地大众教育工具的建设空间
E. Farage, Francine Helfreich Coutinho dos Santos, C. Moraes, M. S. Souza
{"title":"EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS DE EDUCAÇÃO POPULAR EM ACAMPAMENTOS URBANOS","authors":"E. Farage, Francine Helfreich Coutinho dos Santos, C. Moraes, M. S. Souza","doi":"10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.65-81","DOIUrl":"https://doi.org/10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.65-81","url":null,"abstract":"A proposta deste texto consiste em analisar a experiência desenvolvida pela extensão universitária, organizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Favelas e Espaços Populares (NEPFE) da Universidade Federal Fluminense (UFF), que tem como foco do trabalho o debate sobre questão urbana, direito à cidade, formação profissional e movimentos sociais urbanos, pautado no tripé ensino-pesquisaextensão. O objetivo da experiência socializada era contribuir para a formação profissional de discentes de Serviço Social a partir da realização de ações articuladas com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), movimento social de luta pelo direito à moradia, assim como fortalecer o papel social da Universidade Pública. A relação necessária entre o Serviço Social e os movimentos sociais, é referendada nos princípios da profissão a partir das escolhas políticas realizadas no pós 1979 que são determinantes para a construção do projeto ético político da profissão. Assim, o presente capítulo pretende socializar a experiência e alguns dos instrumentos construídos a partir da perspectiva da educação popular. O debate sobre os movimentos sociais que marcou os anos 1980 e início dos anos 1990, se enfraqueceu no âmbito da profissão com o advento do neoliberalismo, com a expansão de ações das organizações não governamentais (ONG) e com as alterações nas requisições profissionais oriundas das transformações do mundo do trabalho. Já na segunda década dos anos 2000, diante do recrudescimento do conservadorismo e da ascensão da extrema direita no Brasil, experiências vinculadas à educação popular, articulação com os movimentos sociais e a organização coletiva ganharam nova ênfase, diante do desafio de fazer frente a um projeto societário cada vez mais excludente que intensifica a pauperização da classe trabalhadora. Nessa conjuntura de crise estrutural do capitalismo, de fragmentação das organizações coletivas da classe trabalhadora e de retrocessos nos direitos sociais conquistados em especial a partir da Constituição Federal de 1988 (CF/88) –, o Serviço Social é instado a intensificar o debate sobre a relação entre a profissão e os movimentos sociais. Nesse sentido, é imprescindível recuperar a contribuição da educação popular no processo de formação da consciência crítica dos trabalhadores e a função social que a Universidade pública pode ter a partir de ações extensionistas.","PeriodicalId":253367,"journal":{"name":"Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128340579","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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MULHERES DA ARTICULAÇÃO DE AGROECOLOGIA SERRA MAR: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO POPULAR FORTALECENDO AÇÕES EM REDE SERRA MAR农业生态组织的妇女:加强网络行动的大众教育实践
S. Santos, V. Schottz
{"title":"MULHERES DA ARTICULAÇÃO DE AGROECOLOGIA SERRA MAR: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO POPULAR FORTALECENDO AÇÕES EM REDE","authors":"S. Santos, V. Schottz","doi":"10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.82-93","DOIUrl":"https://doi.org/10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.82-93","url":null,"abstract":"O presente capítulo tem como objetivo compartilhar a experiência recente de organização do Grupo de Trabalho de Mulheres da Articulação de Agroecologia Serra Mar (GT Mulheres da AASM). Essa caminhada vem sendo construída coletivamente em interação com projetos de extensão popular desenvolvidos em universidades públicas numa perspectiva interdisciplinar e interinstitucional. O GT Mulheres da AASM está inserido em uma estratégia mais ampla de auto-organização nos diversos espaços e redes regionais/estaduais que constituem a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). Em sua ação política, o GT Mulheres da ANA, que reúne, atualmente, mais de 300 movimentos e organizações, busca fortalecer e valorizar as experiências agroecológicas das mulheres nos diferentes contextos socioambientais, promover espaços de formação e incidir sobre as políticas públicas a partir de uma perspectiva feminista “popular, antirracista e antiLGBT-fóbico” (GT Mulheres, 2018). O ingresso no século XXI vem mostrando que há um conjunto de opressões que vem sendo renovado secularmente pela sociabilidade capitalista com a finalidade de acúmulo de lucros para pequenos grupos, famílias e corporações no mundo. Além da exploração de classe, temos a opressão étnico-racial e patriarcal. Dessa forma, compreende-se a necessidade de as mulheres terem um espaço próprio para trocas sobre suas condições de vida e para se articularem e se fortalecerem enquanto sujeitos políticos. Nós mulheres somos protagonistas em diversas esferas e dimensões da vida, mas estamos sendo objetificadas há muitos séculos por opressões patriarcais, que anulam nossos conhecimentos, saberes e práticas, que superexploram e ao mesmo tempo desvalorizam nosso trabalho e que impõem regras sociais que limitam nossos corpos e nossas possibilidades de emancipação. Essas desigualdades são ainda mais fortes entre determinados segmentos sociais e essa iniciativa vem sendo construída para fortalecer mulheres agricultoras. Nesse contexto, em 2017 tem origem o GT Mulheres da AASM como um coletivo que se articula em torno da defesa da agroecologia, dos direitos das","PeriodicalId":253367,"journal":{"name":"Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134465328","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA DO TRABALHO DA/O ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA URBANA/HABITACIONAL E PROCESSOS PARTICIPATIVOS 社会工作者在城市/住房政策和参与过程中的工作的技术和操作层面
J. V. Santana, R. C. B. SANTOS
{"title":"DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA DO TRABALHO DA/O ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA URBANA/HABITACIONAL E PROCESSOS PARTICIPATIVOS","authors":"J. V. Santana, R. C. B. SANTOS","doi":"10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.94-112","DOIUrl":"https://doi.org/10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.94-112","url":null,"abstract":"O presente texto tem por objetivo apresentar as requisições profissionais ao trabalho da/o assistente social e as respostas na política urbana e habitacional, dando ênfase aos instrumentos técnico-operativos no exercício profissional, valorizando os processos de participação social/organização política das/os moradores/as nos territórios urbanos. A/o assistente social trabalha em vários espaços sócio ocupacionais onde chegam demandas da sociedade, demandas estas provenientes das necessidades não atendidas da classe trabalhadora, especialmente as dificuldades para garantia de sua reprodução social. Essas necessidades não atendidas estão articuladas ao conjunto das desigualdades existentes nas sociedades de classes (social, econômica, racial, de gênero.) Em outros termos, a existência de variadas expressões da questão social, racial, patriarcal justificam (especialmente pelo Estado) as requisições profissionais dos assistentes sociais em várias áreas de intervenção por meio das políticas sociais. O trabalho da/o assistente social na habitação está imerso em determinações contraditórias, próprias da relação capital e trabalho, que particulariza a questão habitacional como uma expressão da questão social, bem como esse trabalho inserese nas contradições entre demandas dos programas habitacionais (via políticas estatais, a exemplo do Programa Minha Casa, Minha Vida) e as demandas da classe trabalhadora. O trabalho profissional é mediado pelas requisições institucionais e as respostas profissionais orientadas por uma dimensão teórica, metodológica, ética, política, técnica e operativa (Santana, 2020a). Assim, o presente texto pretende dar luz à dimensão técnico-operativa no exercício profissional na política urbana e habitacional, em articulação com as dimensões teórico-metodológicas e ético-políticas. O texto se propõe a construir um diálogo do fazer profissional da/o assistente social nessas políticas, destacando os instrumentos no trabalho e as potencialidades do incentivo à participação social dos moradores atendidos, propondo outros significados para esta participação entre as requisições e as respostas profissionais. Vem, entre na experiência do trabalho da/o assistente social na área da habitação, deixe-se tomar pelos seus dilemas, se encante com as suas riquezas, se inspire nas suas resistências!","PeriodicalId":253367,"journal":{"name":"Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123569418","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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CONSTRUINDO INSTRUMENTOS DE EDUCAÇÃO POPULAR JUNTO A UM ACAMPAMENTO SEM TERRA 在无地营地附近建造大众教育工具
K. Marro, D. S. Santos, Débora Oliveira, C. A. Pereira, L. S. Pinheiro
{"title":"CONSTRUINDO INSTRUMENTOS DE EDUCAÇÃO POPULAR JUNTO A UM ACAMPAMENTO SEM TERRA","authors":"K. Marro, D. S. Santos, Débora Oliveira, C. A. Pereira, L. S. Pinheiro","doi":"10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.31-46","DOIUrl":"https://doi.org/10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.31-46","url":null,"abstract":"“Passagem do saber ao compreender, ao sentir, e, vice-versa, do sentir ao compreender, ao saber. O elemento popular ‘sente’, mas nem sempre compreende ou sabe; O elemento intelectual ‘sabe’, mas nem sempre compreende e, menos ainda, ‘sente’. [...] O erro do intelectual consiste em acreditar que se possa saber sem compreender e, principalmente, sem sentir e estar apaixonado (não só pelo saber em si, mas também pelo objeto do saber) [...]” (Gramsci, 1999, p. 221).","PeriodicalId":253367,"journal":{"name":"Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência","volume":"30 3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123919078","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Prefácio 引言
M. B. C. Abramides
{"title":"Prefácio","authors":"M. B. C. Abramides","doi":"10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.7-11","DOIUrl":"https://doi.org/10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.7-11","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":253367,"journal":{"name":"Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência","volume":"739 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126096299","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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O DOCUMENTÁRIO POPULAR COMO INSTRUMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NA FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL 流行纪录片作为社会工作培训的教学和教学工具
Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência Pub Date : 2021-11-08 DOI: 10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.113-128
L. S. C. Teixeira, R. Sant’Ana
{"title":"O DOCUMENTÁRIO POPULAR COMO INSTRUMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NA FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL","authors":"L. S. C. Teixeira, R. Sant’Ana","doi":"10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.113-128","DOIUrl":"https://doi.org/10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.113-128","url":null,"abstract":"Esse texto apresenta a metodologia de produção de documentário popular desenvolvida no âmbito da extensão universitária em Serviço Social, especificamente, no Laboratório de Ensino Pesquisa e Extensão Questão Agrária em Debate (Qade) da Escola de Serviço Social da (UFRJ) e no Núcleo Agrário Terra e Raíz (Natra) da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Franca, campus da UNESP. Como instrumento didático-pedagógico, a produção do documentário popular torna-se uma atividade que articula ensino, pesquisa e extensão de uma forma única, desde a escolha do tema, a aprendizagem de elementos da técnica fílmica, a pesquisa e o estudo sistemático sobre o tema que se quer documentar. Nessa experiência que relataremos, o trabalho de extensão se solidifica por meio do aprofundamento da relação dos sujeitos envolvidos com a história que se quer registrar, permitindo aos/às estudantes um mergulho profundo na formação social, econômica e política brasileira. O documentário cumpre também a finalidade de fazer um registro histórico que, dificilmente, seria feito de outra forma, visto que os processos sociais não são registrados na historiografia oficial. No trabalho que desenvolvemos há uma dimensão fundamental, que é a educação popular e, com isto, a própria definição de extensão, com seu conteúdo semântico, é revisitada criticamente. Transmuta-se o seu significado de estender algo a alguém que está fora: a extensão universitária como forma de levar para os que não acessam a universidade o conteúdo criado por ela, ganhando uma dimensão de comunicação popular (Freire, 1983). Nesta perspectiva, a universidade sai de seus muros reais e simbólicos e vai aprender com a história do povo brasileiro, vai se comunicar, falar e ouvir, experimentar, compreender e, por fim, apreender o conhecimento que está contido na vida cotidiana de trabalhadores/as e camponeses/as (Heller, 2004). E, assim, a extensão se constrói como um processo educativo-comunicativo que retroalimenta a formação universitária, proporcionando uma apreensão da formação sócio-histórica nacional e da conjuntura da luta de classes. Logo, forma sujeitos que conhecem os dilemas e conflitos das classes trabalhadoras e, assim, alcançam condições teórico-metodológicas, técnico-operativas e ético-políticas para pensar e atuar, refletindo e propondo transformações efetivas na sociedade. Essa metodologia foi desenvolvida no âmbito de projeto de extensão da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e aprofundada junto a um Núcleo de Pesquisa e Extensão da Faculdade de Ciências","PeriodicalId":253367,"journal":{"name":"Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129565143","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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ABRINDO OS CAMINHOS: APRESENTAÇÃO 开辟道路:展示
K. Marro, S. Santos, E. Barbosa
{"title":"ABRINDO OS CAMINHOS: APRESENTAÇÃO","authors":"K. Marro, S. Santos, E. Barbosa","doi":"10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.12-16","DOIUrl":"https://doi.org/10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.12-16","url":null,"abstract":"Este livro apresenta uma série de instrumentos para a intervenção profissional que nasceram ao calor de experiências de pesquisa, ensino e extensão universitária em territórios populares de diversos cantos do país. Comunidades tradicionais, comunidades em luta pela reforma agrária, agricultoras/es rurais, movimentos urbanos e organizações populares constituem os sujeitos junto aos quais criamos propostas que se alimentam de diversas áreas do conhecimento para dialogar com as suas reivindicações e necessidades sociais. Instrumentos didáticopedagógicos; instrumentos de pesquisa das condições de vida; roteiros de construção de memórias da resistência popular; caminhos para a construção de cartografias sociais, constituem partes deste “cardápio” de possibilidades. Podem ser adaptadas, inspirar e serem utilizadas em outras experiências de extensão, em novas propostas de pesquisa, em estágios profissionais. Pretendem subsidiar a formação de estudantes de graduação e até futuras propostas de trabalho profissional no contexto das políticas públicas e sociais, que se propõem elaborar intervenções junto a comunidades e movimentos sociais nos seus territórios. O interessante é que atrás de cada capítulo há uma história particular que se funde numa espécie de colcha de retalhos costurada a muitas mãos: uma concepção compartilhada de que o conhecimento socialmente produzido na Universidade Pública pertence e deve estar ao serviço das necessidades sociais das classes subalternas e trabalhadoras; uma aposta que valoriza os saberes populares que nascem do chão coletivo e de resistência desses territórios; um reconhecimento da importância da vivência dessas experiências para uma formação universitária integral, humanista e de qualidade para seus docentes e estudantes. Assim, alguns princípios da concepção de Universidade Pública, laica, socialmente referenciada com a qual nos identificamos, ganham vida nestas páginas: os textos são expressão da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; da perspectiva da interdisciplinaridade; da interculturalidade; da importância de um trabalho coletivo na contramão de lógicas individualistas e produtivistas que desconectam a vida universitária das necessidades mais universais do seu tempo histórico. Todos os capítulo têm um “pedacinho de história não contada”: os instrumentos que socializamos nasceram de experiências concretas de intervenção, do desafio de dialogar com a vida comunitária que pulsa nesses territórios, bem distante de cálculos matemáticos, “com todas as debilidades e as forças da vida”, como diria Gramsci (1999, p.394). Apresentamos aqui um pouquinho do que deu certo! Mas como o conhecimento não vem com uma “bula”, vale esclarecer que os instrumentos aqui socializados não são infalíveis ao fracasso: eles são produto também de muitas tentativas que não deram certo; de propostas que desandaram; que planejadas para serem abraçadas pelas comunidades, muitas vezes foram incrivelmente superadas pelas contrad","PeriodicalId":253367,"journal":{"name":"Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123571719","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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CONHECER PARA AFIRMAR DIREITOS: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS DE TERRITÓRIOS QUE LUTAM PELA TERRA 知识确认权利:争夺土地的领土社会经济研究的方法论建议
K. Marro, E. C. Barbosa, H. Alves, J. O. Monteiro, R. Dulcich
{"title":"CONHECER PARA AFIRMAR DIREITOS: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS DE TERRITÓRIOS QUE LUTAM PELA TERRA","authors":"K. Marro, E. C. Barbosa, H. Alves, J. O. Monteiro, R. Dulcich","doi":"10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.47-64","DOIUrl":"https://doi.org/10.29388/978-65-86678-92-5-0-f.47-64","url":null,"abstract":"O capítulo busca refletir e socializar um instrumento metodológico para o conhecimento das condições sociais e econômicas de indivíduos e populações de territórios que lutam pela terra, a fim de traçar o perfil das comunidades e das suas necessidades tanto para reivindicar acesso às políticas públicas e garantias de direitos, quanto para pensar outras ações auto-organizativas importantes na construção de acampamentos e assentamentos. A proposta emerge da experiência de um Programa de Extensão desenvolvido por professores e estudantes dos cursos de graduação em Serviço Social e Enfermagem, da Universidade Federal Fluminense/Campus de Rio das Ostras. Esta experiência vem se desenvolvendo na região desde 2010 em diálogo com movimentos sociais que lutam pela terra, contribuindo com o fortalecimento destes territórios de reforma agrária na perspectiva dos direitos humanos e de cidadania, assim como também, articulando estes processos extensionistas à formação profissional de discentes dos cursos envolvidos. Dentre as frentes de atuação construídas junto às comunidades organizadas nos territórios, destacamos: atividades de formação humana, política e cultural; de educação popular em saúde; estudos socioeconômicos e epidemiológicos; articulação com a rede de serviços socioassistenciais locais e regionais; registros da memória histórica das comunidades rurais; trabalhos de reflexão e produção com mulheres, com jovens, dentre outras. Ao propormos realizar um trabalho de acompanhamento e assessoria do processo de construção de assentamentos e acampamentos de Reforma Agrária, os momentos iniciais de levantamento e identificação das demandas sociais, econômicas e de saúde da comunidade são fundamentais. Trata-se de reconhecer necessidades coletivas que merecem especial atenção para a melhoria das condições de vida e o acesso aos direitos, mas também, pela potência em construir a partir deste encontro um processo que preserve e potencialize o protagonismo dos sujeitos envolvidos, na contramão de processos de apaziguamento que descaracterizam e fragmentam as lutas sociais.","PeriodicalId":253367,"journal":{"name":"Caminhos metodológicos, saberes e práticas profissionais e populares em territórios de resistência","volume":"62 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133182338","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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