SERRA MAR农业生态组织的妇女:加强网络行动的大众教育实践

S. Santos, V. Schottz
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Em sua ação política, o GT Mulheres da ANA, que reúne, atualmente, mais de 300 movimentos e organizações, busca fortalecer e valorizar as experiências agroecológicas das mulheres nos diferentes contextos socioambientais, promover espaços de formação e incidir sobre as políticas públicas a partir de uma perspectiva feminista “popular, antirracista e antiLGBT-fóbico” (GT Mulheres, 2018). O ingresso no século XXI vem mostrando que há um conjunto de opressões que vem sendo renovado secularmente pela sociabilidade capitalista com a finalidade de acúmulo de lucros para pequenos grupos, famílias e corporações no mundo. Além da exploração de classe, temos a opressão étnico-racial e patriarcal. Dessa forma, compreende-se a necessidade de as mulheres terem um espaço próprio para trocas sobre suas condições de vida e para se articularem e se fortalecerem enquanto sujeitos políticos. 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摘要

本章旨在分享最近组织Serra Mar农业生态组织妇女工作组(AASM妇女工作组)的经验。这一旅程是在跨学科和机构间的视角下,与公立大学开发的大众推广项目的互动中集体构建的。AASM妇女工作组被插入到一个更广泛的自组织战略中,在不同的空间和区域/国家网络中,构成了国家农业生态衔接(ANA)。在安娜的女人政治行动,GT的,目前有超过300的活动和组织,加强和重视农业生态的女性经验配置socioambientais训练,促进空间,影响公共政策从女权主义角度来看“,antirracista和antiLGBT -fóbico GT女人”(2018)。进入21世纪表明,资本主义社会为了为世界上的小团体、家庭和公司积累利润,几个世纪以来一直在更新一套压迫。除了阶级剥削,我们还有民族、种族和父权压迫。因此,可以理解的是,妇女需要有自己的空间来交流她们的生活条件,并作为政治主体表达和加强自己。我们女人是主角在生活中的各个领域和规模,但我们被父权压迫objetificadas数百年,保障我们的知识,能力和实践同时superexploram,但是我们的工作,社会规则制约着我们的身体和我们的解放。这些不平等在某些社会阶层之间甚至更严重,这一倡议是为了加强女农民的能力而建立的。在此背景下,2017年成立了AASM妇女工作组,作为一个围绕捍卫农业生态、妇女权利和性别平等的集体
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MULHERES DA ARTICULAÇÃO DE AGROECOLOGIA SERRA MAR: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO POPULAR FORTALECENDO AÇÕES EM REDE
O presente capítulo tem como objetivo compartilhar a experiência recente de organização do Grupo de Trabalho de Mulheres da Articulação de Agroecologia Serra Mar (GT Mulheres da AASM). Essa caminhada vem sendo construída coletivamente em interação com projetos de extensão popular desenvolvidos em universidades públicas numa perspectiva interdisciplinar e interinstitucional. O GT Mulheres da AASM está inserido em uma estratégia mais ampla de auto-organização nos diversos espaços e redes regionais/estaduais que constituem a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). Em sua ação política, o GT Mulheres da ANA, que reúne, atualmente, mais de 300 movimentos e organizações, busca fortalecer e valorizar as experiências agroecológicas das mulheres nos diferentes contextos socioambientais, promover espaços de formação e incidir sobre as políticas públicas a partir de uma perspectiva feminista “popular, antirracista e antiLGBT-fóbico” (GT Mulheres, 2018). O ingresso no século XXI vem mostrando que há um conjunto de opressões que vem sendo renovado secularmente pela sociabilidade capitalista com a finalidade de acúmulo de lucros para pequenos grupos, famílias e corporações no mundo. Além da exploração de classe, temos a opressão étnico-racial e patriarcal. Dessa forma, compreende-se a necessidade de as mulheres terem um espaço próprio para trocas sobre suas condições de vida e para se articularem e se fortalecerem enquanto sujeitos políticos. Nós mulheres somos protagonistas em diversas esferas e dimensões da vida, mas estamos sendo objetificadas há muitos séculos por opressões patriarcais, que anulam nossos conhecimentos, saberes e práticas, que superexploram e ao mesmo tempo desvalorizam nosso trabalho e que impõem regras sociais que limitam nossos corpos e nossas possibilidades de emancipação. Essas desigualdades são ainda mais fortes entre determinados segmentos sociais e essa iniciativa vem sendo construída para fortalecer mulheres agricultoras. Nesse contexto, em 2017 tem origem o GT Mulheres da AASM como um coletivo que se articula em torno da defesa da agroecologia, dos direitos das
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