{"title":"RELIGIÃO, POLÍTICA E PAIXÕES: A CONTEMPORANEIDADE DE ESPINOSA","authors":"Otávio Velho","doi":"10.20911/21769389v46n145p5/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v46n145p5/2019","url":null,"abstract":"A relação entre religião e política é um tema antigo na antropologia. Em oposição à narrativa mais corrente, os antropólogos têm insistido na permanência da religião na modernidade. Todavia, nos últimos anos esta presença tem apresentado algumas características não previstas pelos especialistas. O artigo pretende trazer para o debate a importância e a contemporaneidade das ideias de Espinosa para se buscar renovadas perspectivas para este debate, sobretudo a partir de seu Tratado Teológico-Político. E pretende que isso se faça como contribuição para a construção de uma convivência na diversidade essencial para a constituição de uma sociedade democrática.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115864673","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"FILOSOFIA E LITERATURA: A ÉTICA COMO QUIASMA NA ESCRITURA DE LEVINAS","authors":"Nilo Ribeiro Junior","doi":"10.20911/21769389v46n145p95/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v46n145p95/2019","url":null,"abstract":"O artigo visa apresentar a intriga entre Filosofia e Literatura na obra levinasiana graças ao caráter genuíno de sua ética da alteridade que possibilita pensá-la como um autêntico quiasma do espírito encarnado. Trata-se de ressaltar, em primeiro lugar, a maneira de filosofar a partir da Sensibilidade e por meio da qual a intriga entre ética e linguagem se tece em função da temporalidade da sensação de outrem. Apresentam-se, em seguida, os traços literários da filosofia do autor que fazem de sua obra uma poemática, isto é, uma escrita poético-pneumática a ponto de configurá-la como uma autêntica filosofia hermenêutica pós-ontológica.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"72 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122139049","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ALASDAIR MACINTYRE: UM ARISTOTELISMO REVOLUCIONÁRIO?","authors":"M. Perine","doi":"10.20911/21769389v46n145p123/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v46n145p123/2019","url":null,"abstract":"O texto pretende mostrar que o aristotelismo de MacIntyre não se deve apenas à sua original assimilação da doutrina aristotélica da virtude moral, mas está ancorado na concepção aristotélica da ação como movimento, formulada na Ética Eudêmia, cujos fundamentos ontológicos foram estabelecidos na Física e na Metafísica, bem como nos estudos de fisiologia (O movimento dos animais) e de psicologia (De Anima). Alguns dos conceitos fundamentais do “Projeto Depois da Virtude” têm como fundamento a revolução na compreensão da ação moral, operada por Aristóteles em polêmica com o intelectualismo socrático e com o relativismo sofista.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"103 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130810610","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"PENSAR E POETAR O (IN)ÚTIL: HEIDEGGER E MANOEL DE BARROS","authors":"A. L. Miranda","doi":"10.20911/21769389v46n145p65/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v46n145p65/2019","url":null,"abstract":"O propósito deste artigo é aproximar o pensar do filósofo Martin Heidegger e o poetar do poeta Manoel de Barros. O fio condutor por onde se construirá a análise tem como problemática a relação entre útil e inútil, presente tanto na filosofia de Heidegger, quanto na poesia de Manoel de Barros. E perpassa a seguinte questão: tomando como ponto de partida a atividade do pensar (meditativo) em Heidegger e a poesia (poética do inútil) em Barros, de que forma é possível situar o pensamento fora da esfera meramente instrumental e utilitarista que, costumeiramente, entendemos fundar toda ação na contemporaneidade? E mais: como a filosofia de Heidegger e a poesia de Manoel de Barros podem trazer luz a este modo de pensar e agir? Quais os traços característicos que aproximam ambos, filósofo e poeta? Esta problemática nos levará a supor que, no caso de Heidegger e Manoel de Barros, o que comunga a filosofia e a poesia vai muito além da linguagem. O caminho empreendido para tal propósito trata da construção argumentativa e comparativa, entrelaçando ambos autores e tendo como fundamentação teórica suas principais obras que permeiam a questão do útil e do inútil, seja do ponto de vista da filosofia ou da poesia.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"78 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123013552","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O FIDEÍSMO MÍSTICO DE DEMEA E SUA CRÍTICA AO ANTROPOMORFISMO NOS DIÁLOGOS DE HUME","authors":"M. C. D. Ferraz","doi":"10.20911/21769389v46n145p157/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v46n145p157/2019","url":null,"abstract":"Hume, nos Diálogos sobre a religião natural, faz com que o personagem Demea defenda algumas teses que, a meu ver, podem ser formuladas do seguinte modo: i) a assimilação dos tradicionais atributos divinos depende de argumentos místico-religiosos, pois nossa razão, embora seja potente para provar a existência de Deus, não tem poderes para nos dizer qual a sua natureza; ii) o antropomorfismo implicado na tese de Cleanthes é inaceitável; e iii) a existência de Deus pode e deve ser demonstrada por um argumento formal ou prova a priori. Pretendo, neste artigo, examinar conjuntamente as duas primeiras teses, uma vez que as entendo como teses solidárias, isto é, uma implica a outra. Defendo que o fideísmo místico (ou misticismo religioso) de Demea está circunscrito à sua concepção religiosa cristã e que seu compromisso mais forte em sua crítica ao argumento do desígnio é com a teologia racional subjacente à prova da existência de Deus. Para tanto, faço um exame dos argumentos que Demea oferece contra o antropomorfismo implicado no argumento do desígnio e suas relações com aquilo que chamei de fideísmo místico.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"144 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115302677","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O PAPEL CONSTITUINTE DOS CONFLITOS EM MAQUIAVEL","authors":"J. Ames","doi":"10.20911/21769389v46n145p19/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v46n145p19/2019","url":null,"abstract":"O objetivo deste estudo é apontar para a “atualidade” de Maquiavel relativamente à função dos conflitos sócio-políticos em cuja origem está o povo como potência constituinte. Procuraremos mostrar que este papel é descrito nos cinco primeiros capítulos do Livro I de Discursos em três momentos principais. Primeiro, o conflito aparece como única alternativa para a criação de um ordenamento institucional republicano ali onde não existe um sábio legislador (como Licurgo em Esparta) que ad um tratto realize esta obra. Em seguida, o conflito exerce um papel constituinte no surgimento da forma mista de governo da república romana através da relação de confronto/encontro entre grandes e povo. Finalmente, o conflito determina a dinâmica política em geral da vida republicana na medida em que Maquiavel atribui a ele o mérito de todas as medidas jurídico-políticas com as quais a república romana promoveu e conservou a liberdade.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"71 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129758788","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"SOBRE A NATUREZA DO ARGUMENTO DE ANSELMO. UMA CRÍTICA À INTERPRETAÇÃO DE JEAN-LUC MARION","authors":"Marco Heleno Barreto","doi":"10.20911/21769389v46n145p141/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v46n145p141/2019","url":null,"abstract":"Discute-se neste trabalho a interpretação não-metafísica que Jean-Luc Marion propõe da prova da existência de Deus no Proslogion de Santo Anselmo. O autor mostra como Marion distorce o objeto sob análise, ao aplicar a ele pressupostos hermenêuticos que são incompatíveis com os fundamentos metafísicos do argumento de Anselmo. Algumas das contradições e inconsistências que permeiam o raciocínio de Marion são expostas e criticadas. Como resultado, sustenta-se—contra Marion—que a ratio Anselmi indubitavelmente pressupõe o enquadramento metafísico do pensamento de Anselmo, tendo, portanto, uma dimensão ontológica (mesmo que não exatamente no sentido kantiano).","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"63 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129863218","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A CRÍTICA DE FEUERBACH AO PRINCÍPIO LEIBNIZIANO DA AUTONOMIA DAS MÔNADAS","authors":"E. Chagas","doi":"10.20911/21769389V46N144P57/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389V46N144P57/2019","url":null,"abstract":"Trata-se aqui da recepção crítica de Feuerbach à filosofia de Leibniz, particularmente à sua obra “A Monadologia”. Embora Leibniz tenha concebido originalmente a mônada como a unidade do espírito com a matéria, esta última aparece em sua Monadologia apenas como uma representação confusa, não espiritual, sem pensamento, isto é, como a pura imperfektion ou como a negation do espírito ou da alma. Feuerbach vê, em princípio, na Doutrina das Mônadas de Leibniz uma alternativa para a unidade entre o espírito e a matéria. Pertence à mônada espiritual a forma, mas ela contém simultaneamente em si também a matéria, que é a sua representação obscura. Mas enquanto Leibniz considera a matéria meramente como uma representação escura, desordenada, Feuerbach a reconhece, pelo contrário, como o vínculo positivo que liga o interior com o exterior, que conecta as mônadas reciprocamente.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121847882","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O LEGISLADOR COLETIVO NA FILOSOFIA DE CONDORCET","authors":"P. Reis","doi":"10.20911/21769389V46N144P179/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389V46N144P179/2019","url":null,"abstract":"O presente artigo tem o objetivo de analisar a ideia de quem são os responsáveis por fazer as leis na filosofia de Condorcet. Como analisaremos, segundo Condorcet, os cidadãos devem interferir na atividade legislativa juntamente com seus representantes. Segundo Condorcet, o direito de soberania está diretamente relacionado com a possibilidade de os cidadãos afirmarem as leis as quais querem ser submetidos. Como eles não podem fazer isso diretamente devem delegar algumas tarefas relacionadas com a feitura das leis aos representantes, mas permanecer com outras. Ao atuarem na feitura das leis, os cidadãos são livres. Além disso, essa atuação impede a existência de insurreições, pois os cidadãos terão o direito de mostrar suas vozes sobre a política de modo pacífico e constante.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128288580","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O CÂNTICO DO SILÊNCIO EM LA FLAMME D’UNE CHANDELLE DE GASTON BACHELARD","authors":"Alberto Filipe Araújo","doi":"10.20911/21769389V46N144P93/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389V46N144P93/2019","url":null,"abstract":"Ainda que Bachelard não explicite satisfatoriamente o tema e a vivência do silêncio no seu texto La flamme d’une chandelle (A chama de uma vela — 1961), tal não nos deve impedir que nos interroguemos sobre o referido tema. Com este objetivo, procuraremos, ao longo do nosso estudo e num primeiro momento, rastrear, dos pontos de vista do imaginário (“sonhar os devaneios”) e da filosofia (“pensar os pensamentos”), passagens que de algum modo reflitam o silêncio nas suas manifestações, ainda que mais indizíveis, o que não é, como se admite, uma tarefa fácil porque o silêncio na obra encontra-se ao nível latente. Num segundo momento, procuraremos refletir, do ponto de vista filosófico-hermenêutico, sobre o conjunto de imagens recolhido sobre o silêncio e afins, não deixando de lado a dimensão educacional subjacente ao longo da reflexão.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124728759","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}