{"title":"HEIDEGGER E A TRANSCENDÊNCIA DO BEM","authors":"Jean-François Lavigne","doi":"10.20911/21769389V46N144P5/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389V46N144P5/2019","url":null,"abstract":"Proponho analisar a interpretação heideggeriana de Platão, seguindo o conselho hermenêutico dado pelo próprio Heidegger para ler a ontologia platônica: segundo o pensador alemão, a doutrina platônica da verdade contém um silêncio bastante estranho, o silêncio sobre o estatuto ontológico da Ideia do Bem e sua relação ao conjunto do inteligível. Por meio de uma leitura detalhada de textos de Platão e Heidegger, procurarei averiguar a pertinência da identificação heideggeriana de tal silêncio e pôr em questão a fenomenalização ou não fenomenalização do Bem ou Bom platônico.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121511835","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"REVISITANDO A RELAÇÃO ENTRE ÉTICA E DIREITO NA METAFÍSICA DOS COSTUMES","authors":"Nilmar Pellizzaro","doi":"10.20911/21769389V46N144P33/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389V46N144P33/2019","url":null,"abstract":"O presente estudo investiga a natureza da relação entre Ética e Direito na Metafísica dos Costumes. Para isso, parte de uma análise comparativa entre três interpretações (tese da independência, tese da dependência e tese da complementariedade) mostrando, a partir de uma investigação do texto de Kant, por que a tese da complementariedade é mais defensável. Além disso, corrobora com esta perspectiva outra tese por nós defendida acerca do problema da analiticidade no Direito, segundo a qual o Direito, ainda que analiticamente derivado da liberdade externa, deverá ser complementado por um princípio sintético (a vontade unida do povo) a fim de não ficar fora do sistema da Metafísica dos costumes. A conclusão a que chegaremos aponta que, apesar de algumas inconsistências por parte de Kant quando trata da natureza dos deveres éticos e jurídicos, Direito e Ética são assumidos por ele como dois ramos do sistema moral que se complementam e descrevem o domínio total da razão prática no contexto da ação humana, seja no âmbito interno da liberdade, seja no externo.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"363 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125819100","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"REPENSANDO OS FUNDAMENTOS DA TEORIA CRÍTICA DE FRANKFURT E OS SEUS DILEMAS TEÓRICOS, EPISTEMOLÓGICOS E POLÍTICOS","authors":"P. Fontes","doi":"10.20911/21769389V46N144P121/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389V46N144P121/2019","url":null,"abstract":"Neste artigo pretendemos revisitar e interrogar o sentido filosófico, sociológico e político desta realidade intitulada de Escola de Frankfurt, desde o seu início com Max Horkheimer e Theodor Adorno, até aos dias de hoje. Importa salientar a originalidade do projeto de Frankfurt, ao elaborar uma teoria crítica da sociedade que deu origem a um vasto programa de trabalho interdisciplinar, marcando profundamente o curso das ciências sociais não só na vertente marxista, que foi a sua raiz originária, mas também no panorama geral da teoria social contemporânea. Dada a pertinência deste empreendimento crítico, propomos repensar as ideias centrais e os pressupostos metodológicos que desde o início têm constituído o trabalho interpretativo da teoria crítica de Frankfurt; ao mesmo tempo que recorremos à crítica pós-moderna de Boaventura de Sousa Santos na discussão dos principais dilemas teóricos, epistemológicos e políticos que a teoria crítica hoje enfrenta.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125125206","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"NOTAS SOBRE ONTOLOGIA DA LIBERDADE: O MAL E O SOFRIMENTO DE LUIGI PAREYSON","authors":"Paulo Afonso de Araújo","doi":"10.20911/21769389V46N144P195/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389V46N144P195/2019","url":null,"abstract":"Recentemente foi publicado pelas Edições Loyola, com tradução de Vinícius Honesko, o livro póstumo de Luigi Pareyson (1918-1991) Ontologia da liberdade: o mal e o sofrimento (1995). O volume foi projetado pelo próprio Pareyson e organizado por seus antigos alunos G. Riconda e G. Vattimo, com a colaboração de A. Magris e F. Tomatis (...)","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132045634","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"DO REALISMO INGÊNUO À INGENUIDADE PERIGOSA: CRISE E TELEOLOGIA DA HUMANIDADE EUROPEIA EM HUSSERL","authors":"Carlos Cortes Tourinho","doi":"10.20911/21769389V46N144P77/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389V46N144P77/2019","url":null,"abstract":"O presente artigo aborda a crítica de Husserl à doutrina do naturalismo. Relaciona a referida crítica nas origens da fenomenologia com o período das reflexões sobre a crise do homem europeu. Mais precisamente, o artigo investiga a hipótese de que haveria uma inseparabilidade entre o realismo filosoficamente ingênuo das ciências positivas (adotado pelas ciências naturais, bem como pelas ciências humanas) e a ingenuidade perigosa de tais ciências (cujos reflexos se fazem notar na formação da humanidade europeia, na primeira metade do século XX). Tal hipótese nos permitiria, enfim, elucidar o ímpeto da crítica de Husserl ao naturalismo, revelando-nos a ideia de uma “teleologia oculta” da referida humanidade.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128220340","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"THE POLITICS OF MULTICULTURALISM AS REPARATION FOR WESTERN COLONIALISM: A CRITICAL APPROACH ON MODERNITY’S NORMATIVE PARADIGM","authors":"Leno Francisco Danner","doi":"10.20911/21769389V46N144P149/2019","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389V46N144P149/2019","url":null,"abstract":"This study starts from a criticism against the naturalization and depoliticization of the normative paradigm of modernity. Such criticism was made by some contemporary philosophical-sociological theories that associated modernity directly with universalism and conceived it as the final stage of human evolution (in terms of epistemological-moral consciousness, culture and material organization), as opposed to traditionalism. The article argues that modernity is not a universalistic epistemological-moral paradigm or a material and societal organization from which multiculturalism can be embraced, promoted and guided, particularly in the international context. Consequently, I reject the direct association, proposed by such philosophical-sociological theories, of universalism, cosmopolitanism and globalization with the epistemological, cultural and economic modernization. In other words, universalism does not mean modernization, as it does not justify the totalizing pursuit of modernity as a paradigm and a material-institutional form of life for all contexts and as a condition for their stability. I therefore propose a reformulation of the paradigm of modernity with the concept of Western colonialism reparation, which must start from the recognition of the historical-sociological blindness concerning the intrinsic link between the normativity of modernity and the Realpolitik of modern colonialism. Such blindness implies the statement that modernity is inherently self-reflexive, justifying it as the basic paradigm for the context of modernity as well as for the sphere of international politics. This would reinforce its permanence as a universalistic paradigm and cosmopolitan ethical-political project. Based on that separation, modernity can always function as the starting point and as the point of arrival to universalism, transforming modernization into universalism itself.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123220702","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Lutas de resistência, multipartidarismo","authors":"G. C. Branco","doi":"10.20911/21769389v45n143p489/2018","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v45n143p489/2018","url":null,"abstract":"O trabalho parte da análise das relações entre governamentalidade e lutas de resistência, procurando saber se ainda é possível entender o papel das lutas agonísticas e das lutas libertárias no mundo democrático atual, gerido por uma máquina burocrática que teria por função a regulação e controle da vida social. Por outro lado, o que seria democracia em países periféricos como os que estão situados nas Américas? Como seria o caso do Brasil? Na continuação, o trabalho faz uma incursão sobre o papel dos pequenos partidos, ditos partidos periféricos, no tempo presente, procurando ver neles potencial político criativo e inovador. No caso do Brasil, assim como na Europa, os pequenos partidos parecem ter um papel inovador e surpreendente, contradizendo teorias e analistas políticos, mobilizando setores sociais antes sem visibilidade.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"48 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116960592","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O clássico e o antenado","authors":"Jean Soares","doi":"10.20911/21769389v45n143p521/2018","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v45n143p521/2018","url":null,"abstract":"A partir de uma reflexão sobre uma conhecida entrevista de Michel Foucault, “A armadilha de Vincennes”, salientaremos alguns aspectos do livro didático de Juvenal Savian Filho, “Filosofia e Filosofias”, nos perguntando em que medida ele pode ser visto como um livro clássico ou um livro antenado para trabalhar com o ensino médio (...).","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115358048","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ainda uma vez, virtude moral e virtude política: as rupturas maquiavelianas","authors":"Sérgio Cardoso","doi":"10.20911/21769389v45n143p441/2018","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v45n143p441/2018","url":null,"abstract":"No presente artigo, começamos por rememorar alguns marcos fundamentais das considerações da Antiguidade clássica sobre as relações entre virtude moral e virtude política – Aristóteles, o estoicismo moral ciceroniano –, para caminhar na direção da noção humanista de ‘virtude cívica’ e, ainda uma vez, desta ao conceito de virtù em Maquiavel. Procuramos, então, reconsiderar interpretações contemporâneas – Quentin Skinner, James Hankins – que entendem manter o vínculo ético desta virtù em vista de seu apego aos fins tradicionais da virtude política, a utilidade pública, o bem comum, para, enfim, mostrar que o tema central da obra do florentino – o da divisão civil entre grandes e povo, constitutiva da ordem política – incide diretamente sobre o conceito em causa e leva a ética (pública e privada) a filtrar-se na lógica da construção da vida comum entre os homens.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131359987","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Democracia: Criação de direitos","authors":"M. Chaui","doi":"10.20911/21769389v45n143p409/2018","DOIUrl":"https://doi.org/10.20911/21769389v45n143p409/2018","url":null,"abstract":"Procuramos aqui marcar a diferença entre a concepção liberal da democracia como regime político e aquela que toma a democracia como uma formação social aberta aos conflitos e à criação de direitos. Essa ideia da democracia encontra dois grandes obstáculos no Brasil, quais sejam, a estrutura autoritária da sociedade brasileira e a implantação da economia política neoliberal.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115841843","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}