{"title":"Ainda uma vez, virtude moral e virtude política: as rupturas maquiavelianas","authors":"Sérgio Cardoso","doi":"10.20911/21769389v45n143p441/2018","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No presente artigo, começamos por rememorar alguns marcos fundamentais das considerações da Antiguidade clássica sobre as relações entre virtude moral e virtude política – Aristóteles, o estoicismo moral ciceroniano –, para caminhar na direção da noção humanista de ‘virtude cívica’ e, ainda uma vez, desta ao conceito de virtù em Maquiavel. Procuramos, então, reconsiderar interpretações contemporâneas – Quentin Skinner, James Hankins – que entendem manter o vínculo ético desta virtù em vista de seu apego aos fins tradicionais da virtude política, a utilidade pública, o bem comum, para, enfim, mostrar que o tema central da obra do florentino – o da divisão civil entre grandes e povo, constitutiva da ordem política – incide diretamente sobre o conceito em causa e leva a ética (pública e privada) a filtrar-se na lógica da construção da vida comum entre os homens.","PeriodicalId":210199,"journal":{"name":"Síntese: Revista de Filosofia","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Síntese: Revista de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20911/21769389v45n143p441/2018","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
No presente artigo, começamos por rememorar alguns marcos fundamentais das considerações da Antiguidade clássica sobre as relações entre virtude moral e virtude política – Aristóteles, o estoicismo moral ciceroniano –, para caminhar na direção da noção humanista de ‘virtude cívica’ e, ainda uma vez, desta ao conceito de virtù em Maquiavel. Procuramos, então, reconsiderar interpretações contemporâneas – Quentin Skinner, James Hankins – que entendem manter o vínculo ético desta virtù em vista de seu apego aos fins tradicionais da virtude política, a utilidade pública, o bem comum, para, enfim, mostrar que o tema central da obra do florentino – o da divisão civil entre grandes e povo, constitutiva da ordem política – incide diretamente sobre o conceito em causa e leva a ética (pública e privada) a filtrar-se na lógica da construção da vida comum entre os homens.