{"title":"ESTENOSE MITRAL CALCÍFICA (CALCIFICAÇÃO DO ANEL MITRAL)","authors":"Luiz Minuzzo, Roberto Tadeu Magro Kroll","doi":"10.29381/0103-8559/20223202125-32","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/20223202125-32","url":null,"abstract":"A calcificação do anel mitral (MAC) é uma doença complexa e multifatorial, que pode acarretar tanto estenose quanto insuficiência mitral e que necessita de avaliação detalhada para seu diagnóstico, passando pelo estudo de uma equipe multidisciplinar para decisão acerca da melhor conduta a ser estabelecida em cada caso. Atualmente, a avaliação por multimodalidades de imagem é fundamental para o estudo dos detalhes anatômicos e estratificação da gravidade da doença, bem como para auxiliar na definição estratégica que pode se limitar à terapêutica clínica exclusiva ou envolver medidas intervencionistas. A intervenção é desafiadora, pois se aplica a um perfil de pacientes de maior riscopré--intervenção, além da complexidade anatômicatípica da doença. A intervenção pode se dar por cirurgia convencional, porém com alto risco de complicações graves associadas, sendo a disjunção atrioventricular a mais temida. Há também os procedimentos per-cutâneos quando realizado o acesso valvar via transeptal e os híbridos, que necessitam de pequena toracotomia e utilização de dispositivos originalmente desenhados para a intervenção percutânea valvar aórtica. Recentemente, foram realizados estudos sobre o desenvolvimento de próteses dedicadas ao cenário de intervenção valvar na MAC, que nas fases iniciais contemplaram um número limitado de pacientes com insuficiência mitral. Portanto, novos estudos necessitam ser realizados, com o desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas e dispositivos dedicados à MAC, objetivando a redução das complicações associadas que ainda são muitas e avaliação da melhora dos sintomas, o que não é fácil numa doença que envolve pacientes com múltiplas comorbidades e cujos sintomas não ocorrem necessariamente apenas pela disfunção valvar.","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115802364","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mariana Oliveira Rezende, Guilherme Séer da Silva, Mário Issa, Auristela Isabel de Oliveira Ramos
{"title":"INSUFICIÊNCIA MITRAL PRIMÁRIA","authors":"Mariana Oliveira Rezende, Guilherme Séer da Silva, Mário Issa, Auristela Isabel de Oliveira Ramos","doi":"10.29381/0103-8559/20223202133-8","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/20223202133-8","url":null,"abstract":"O funcionamento da valva mitral depende da perfeita interação entre o átrio esquerdo, o anel valvar mitral, os folhetos valvulares, as cordas tendíneas, os músculos papilares e o ventrículo esquerdo. Qualquer alteração em algum desses componentes pode levar à regurgitação ou insuficiência valvar. A insuficiência mitral é classificada como primária quando decorre de doenças que acometem a valva mitral e o aparelho subvalvar, resultando em mobilidade excessiva dos folhetos, prolapso valvar mitral, ruptura de cordas tendíneas ou retração dos folhetos como na febre reumática. A causa mais comum de insuficiência mitral primária é a febre reumática seguida do prolapso da valva mitral. O diagnóstico se baseia na história clínica e avaliação ecocardiográfica. O tratamento é potencialmente cirúrgico, sempre preferindo-se a plástica mitral se anatomicamente possível. O momento ideal da cirurgia baseia-se nos sintomas, na gravidade da lesão e nos marcadores de gravidade. Recentemente, o tratamento percutâneo tem sido utilizado para correção da regurgitação em casos de pacientes com alto risco cirúrgico.","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"72 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116610601","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Vera Lucia Frazao de Sousa, Sergio Miguel Pires de Oliveira
{"title":"DOENÇA VALVAR: UMA QUESTÃO SOCIAL","authors":"Vera Lucia Frazao de Sousa, Sergio Miguel Pires de Oliveira","doi":"10.29381/0103-8559/20223202263-9","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/20223202263-9","url":null,"abstract":"Apesar das tendências no Brasil e no mundo para reduzir o risco de morte por doen-ças cardiovasculares que são consideradas as principais causas de morbimortalidade, algumas projeções apontam para um aumento de sua importância relativa em países de baixa e média renda, pois pessoas com menor nível socioeconômico apresentaram maior mortalidade cardiovascular, sendo que, em países desenvolvidos, há evidências de uma relação inversa entre status socioeconômico e morbidade e/ou mortalidade. Como uma forma de reduzir o impacto dos eventos cardiovasculares no país, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), seguindo diretrizes da OMS, estabeleceu como meta reduzir a mortalidade cardiovascular em 25% até o ano de 2025. O objetivo deste estudo foi pesquisar e compreender as doenças valvares e sua relação com a questão social. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica que envolveu publicações científicas sobre o assunto, e buscou-se artigos científicos nas bases de dados eletrônicas LILACS e Scielo. Resultados: a doença valvar reumática continua sendo a cardiopatia adquirida mais comum entre os adultos jovens, com o início das manifestações clínicas coincidindo com a idade reprodutiva da mulher, sendo na gravidez e no puerpério a doença valvar uma importante causa de mortalidade materno-infantil; pacientes reumáticos, em sua maioria, quando procuram atendimento, já estão em estágios avançados da doença; e o acesso ao tratamento cirúrgico é tardio. Considerações finais: o impacto da doença valvar atinge diretamente a qualidade de vida das pessoas, interferindo diretamente na questão social, em que as desigualdades sociais colocaram a questão do direito à saúde na pauta política em todo o mundo.","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"85 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133310111","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ENDOCARDITE “TEAM” E PROFILAXIA PARA ENDOCARDITE INFECCIOSA","authors":"Daniela Fernanda Ally Hemerly, Valdir Ambrósio Moises","doi":"10.29381/0103-8559/20223202195-8","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/20223202195-8","url":null,"abstract":"Há muito é conhecido que pacientes com cardiopatias estruturais têm maior risco de desenvolver endocardite infecciosa. Por isso, a prevenção seria uma medida importante. O uso clínico da profilaxia da endocardite infecciosa antes de procedimentos dentários ou de outros sistemas já tem mais de seis décadas. Embora existam algumas indicações de que há bacteremia após manipulações dentárias e que esta pode ser reduzida com uso de antibióticos, não há evidência consistente da eficácia da medida para prevenir endocardite infecciosa. Entretanto, dada a gravidade da doença em alguns pacientes a profilaxia, embora controversa, ainda continua sendo recomendada principalmente antes de procedimentos dentários. Para esta condição recomenda-se amoxacilina 2,0 g por via oral uma hora antes do procedimento. A população alvo pode variar conforme a diretriz ou região do mundo. O reconhecimento de que a bacteremia pode ocorrer mesmo antes de procedimento dentário em pacientes com gengivite ou periodontite sugere que os cuidados com a saúde bucal devem ser preconizados particularmente em pacientes de risco para ter endocardite infecciosa. Outro aspecto importante no tratamento da endocardite infecciosa é a formação de grupos ou times (teams) multidisciplinares em centros devidamente capacitados que atuem juntos de forma complementar em busca do reconhecimento das complicações e do tratamento clínico e cirúrgico adequados","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122782718","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luciene De Oliveira, Camila Cristina da Silva Santos
{"title":"VALVULOPATIA NO IDOSO: O QUE O NUTRICIONISTA PRECISA SABER?","authors":"Luciene De Oliveira, Camila Cristina da Silva Santos","doi":"10.29381/0103-8559/20223202248-51","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/20223202248-51","url":null,"abstract":"As doenças valvares representam uma significativa parcela das internações no Brasil, sobretudo na população idosa, aumentando o risco de óbitos. As alterações valvares podem ser classificadas em estenose ou insuficiência e os sintomas dependem da válvula acometida e grau de comprometimento, mas, geralmente, os portadores de valvulopatias apresentam sintomas de insuficiência cardíaca. O principal tratamento é a cirurgia para substituição da válvula por uma prótese mecânica ou biológica, porém o implante percutâneo é preferível à cirurgia convencional em idosos. O estado nutricional do idoso pode impactar o aumento do risco cirúrgico, contribuindo para maior tempo de internação e aumento da morbimortalidade, por isso, a intervenção nutricional precoce é fundamental, com o objetivo de evitar complicações e auxiliar na recuperação pós-cirúrgica. Parâmetros antropométricos e bioquímicos podem ser utilizados para avaliar o estado nutricional do idoso, associando-se ao risco de complicações pós-cirúrgicas. Dentre esses parâmetros, destacam-se o IMC (índice de massa corporal), albumina sérica e colesterol total. Frequentemente são necessários ajustes no sódio da dieta e/ou restrição hídrica e, dependendo do tratamento proposto, alguns pacientes necessitam de anticoagulação oral com varfarina (antagonista da vitamina K), devendo ser orientados quanto ao consumo regular dos alimentos fonte de vitamina K. Idosos em risco nutricional se beneficiam do uso de suplementos nutricionais no período perioperatório e, em casos de desnutrição prévia, o uso de nutrição enteral pode ser necessário. Seja no acompanhamento clínico ou no tratamento cirúrgico, melhorar o estado nutricional do idoso é fundamental para garantir um melhor prognóstico nas valvulopatias.","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116991172","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"ENDOCARDITE INFECCIOSA","authors":"João Ricardo Cordeiro Fernandes, Mariana Pezzute Lopes, Rinaldo Focaccia Siciliano, Elinthon Tavares Veronese","doi":"10.29381/0103-8559/20223202183-94","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/20223202183-94","url":null,"abstract":"A incidência de endocardite infecciosa (EI) vem aumentando progressivamente, especialmente na população idosa. A apresentação pode ser aguda ou subaguda/crônica, podendo ter evolução fatal se não tratada agressivamente. Em geral, acomete pacientes com alterações estruturais cardíacas (doença reumática, cardiopatias congê-nitas, cirurgia cardíaca valvar prévia), além daqueles portadores de cateteres de longa permanência ou dispositivos intracardíacos e expostos a condições que possam gerar bacteremia, como tratamentos dentários, procedimentos invasivos em trato genitourinário ou intestinal e uso de drogas ilícitas endovenosas. Os principais microorganismos que causam EI são estafilococos e estreptococos. Nos casos de infecção por Staphylococ-cus aureus, ocorre progressão clínica mais rápida, e há maior chance de septicemia e destruição da anatomia valvar com formação de abscessos perivalvares e embolias sépticas. Por outro lado, estreptococos, especialmente do grupo viridans, causam geralmente infecções com evolução mais arrastada. Os dois pilares do diagnóstico da EI consistem nas hemoculturas e no ecocardiograma. Outros exames de imagem como a tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT) podem auxiliar no diagnóstico, sobretudo em casos de EI de próteses valvares. O tratamento medicamentoso deve ser administrado prioritariamente por via endovenosa e com antibióticos de elevada atividade bactericida. A finalidade do tratamento cirúrgico é remover o tecido infectado e restaurar a função valvar. A indicação cirúrgica ocorre em casos de insuficiência cardíaca refratária, evidência de falência clínica do tratamento antibiótico, presença de abscesso ou fístula, novo evento embólico, além de EI causada por organismos de maior virulência, tais como fungos.","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"89 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126220423","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"APLICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM IMAGEM CARDIOVASCULAR: EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RMN","authors":"Gilberto Szarf, Cesar H. Nomura","doi":"10.29381/0103-8559/2022320127-30","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/2022320127-30","url":null,"abstract":"Ao longo dos últimos anos, foram desenvolvidos conhecimentos relacionados à aplicação de IA em imagens médicas. O resultado disso é que hoje temos algoritmos sendo desenvolvidos para pesquisa e outros disponíveis para serem incorporados em nossa prática. Este artigo oferece uma visão relacionada às possíveis aplicações de IA que podem auxiliar ao longo da jornada dos pacientes para os quais foi solicitada uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética do coração. Perspectivas futuras também são alvo de comentários.","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124138726","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Roberto Vieira Botelho, S. Mehta, Fausto Feres, F. Fernández, W. Rezende
{"title":"INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA MONITORAMENTO REMOTO DO PACIENTE","authors":"Roberto Vieira Botelho, S. Mehta, Fausto Feres, F. Fernández, W. Rezende","doi":"10.29381/0103-8559/2022320118-26","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/2022320118-26","url":null,"abstract":"O monitoramento remoto do paciente (MRP) expressa a coleta e a transmissão de dados de saúde do paciente de fora do sistema de saúde para servidores, por meio de dispositivos. Esses servidores podem estar muito próximos do paciente (computação em borda), podem estar em nuvem ou em campo intermediário (computação em névoa). A coleta de sinais biológicos pode ser dividida em quatro categorias: equipamentos médicos estacionários, dispositivos implantáveis, dispositivos usáveis, prescritos por médicos e dispositivos monitores portáteis em geral. A Internet das Coisas Médicas (ICM) apresenta oportunidade de coletar grande volume de dados do paciente e de seu ambiente (poluição, temperatura, umidade, altitude, etc.). As quatro categorias de coleta de sinais biológicos podem transmitir esses dados continuamente ou ser desencadeados por eventos e pelo usuário. Essa transmissão pode ser direcionada para servidores próximos dos pacientes, sofrer encriptação, classificação, compressão e predição. A partir daí, pode ser encami- nhada a interfaces (névoa/fog) que antecedem os computadores em nuvem. Neste nível intermediário, pode haver processamento computacional com menor latência, antes de ser encaminhada à nuvem. O emprego de ICM exige arquitetura adequada, com cuidados sobre a latência, assim como a segurança, acessibilidade, interoperabilidade e privacidade. Camadas intermediárias podem enriquecer esse ecossistema e transformar o modelo de assistência em saúde. Entre essas tecnologias, destaca-se o Blockchain, que provê privacidade e segurança, além de criar melhor gestão das transações de dados em saúde. As plataformas de telecomunicações têm transformado esse cenário, especialmente através do 5G, que oferecem quatro elementos especiais: alta velocidade com capilarida- de, confiabilidade com baixa latência, comunicação maciça de máquinas ou dispositivos médicos e aproveitamento de energia para recarga de dispositivos. Parte integrante do MRP é o processamento analítico dos dados, especialmente potencializados por Inte- ligência Artificial (IA). Uma das maiores contribuições da IA no MRP é a diversidade de sinais utilizáveis. Os computadores analisam eventos repetitivos e derivam algoritmos ininteligíveis à cognição humana. A IA, alimentada por enorme volume de dados provenientes dos pacientes e de seus ambientes, promoverá revolução sem precedentes na saúde. A explosão de dados proverá diagnósticos e tratamentos melhor informados, mais precisos e personalizados, de menor custo e maior eficiência","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115362022","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"APLICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM IMAGEM CARDIOVASCULAR: EM MÉTODOS GRÁFICOS E ELETROCARDIOGRAFIA","authors":"Camila Rocon de Lima Andretta","doi":"10.29381/0103-8559/2022320145-50","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/2022320145-50","url":null,"abstract":"A transformação digital é uma realidade na área da saúde em todo o mundo, e a inteli - gência artificial (IA) permite o desenvolvimento de métodos diagnósticos de maior precisão dentro da cardiologia, sinalizando alterações subclínicas e permitindo diagnósticos mais precoces. Por meio da análise de grandes bancos de dados de eletrocardiograma (ECG) por ferramentas como aprendizado de máquina (ML, machine learning ), redes neurais são desenhadas, permitindo o desenvolvimento de algoritmos capazes de fornecer inúmeras informações sobre o quadro dos pacientes e predizer a possibilidade de desenvolvimento de doenças graves, o que torna o ECG, um método tão antigo, acessível e de baixo custo, um biomarcador poderoso e não invasivo. Os algoritmos desenvolvidos a partir do traçado de ECG para detecção de risco aumentado de infarto agudo do miocárdio e morte súbita, disfunção sistólica do ventrículo esquerdo, valvopatias, identificação de distúrbios eletrolíticos, sinalização dos pacientes com risco de desenvolvimento de fibrilação atrial e eventos embólicos decorrentes dessa arritmia, são algumas das utilizações promissoras dessa técnica e permitem a abordagem precoce de afecções e a redução da morbidade e da mortalidade em geral. A IA auxilia o profissional de saúde acelerando os processos, reduzindo erros e o apoiando no diagnóstico e tomada de decisões. Mas a figura e experiência do profissional ainda é insubstituível para validar esses resultados.","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114727516","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Monica Pompian, Ana Lucia da Silva Ribeiro, Ednalva Moreira da Silva, Suellem Cristina de Jesus Silva, Diego Vinicius Cassiano Barbosa
{"title":"ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL FRENTE A NOVAS TECNOLOGIAS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: DISPOSITIVOS DE ASSISTÊNCIA CIRCULATÓRIA MECÂNICA - DACM","authors":"Monica Pompian, Ana Lucia da Silva Ribeiro, Ednalva Moreira da Silva, Suellem Cristina de Jesus Silva, Diego Vinicius Cassiano Barbosa","doi":"10.29381/0103-8559/2022320198-102","DOIUrl":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/2022320198-102","url":null,"abstract":"A presença de produtos inteligentes vem crescendo nos últimos anos e sua em- pregabilidade é pouco conhecida no campo da saúde, de modo que grande parcela da população desconhece que a inteligência artificial está presente nos aparelhos que nos levam a diagnósticos mais precisos e nos dispositivos que atuam no pro- longamento da vida. O objetivo deste artigo está direcionado a explanar a atuação profissional do assistente social no processo de seleção do paciente candidato ao implante de dispositivos e, como metodologia, utilizou-se a pesquisa bibliográfica e de observação empírica do cotidiano profissional. O número de pessoas com cardio- patias é significativo e muitos evoluem para as insuficiências cardíacas avançadas resistentes aos tratamentos otimizados, necessitando de tratamentos mais agressivos, como o transplante cardíaco que, por sua vez, esbarra em certas limitações, tais como a falta de doadores. Os Dispositivos de Assistência Circulatória Mecânica (DACMs) passam a ser uma realidade terapêutica alternativa. Os candidatos ao DACM devem ser avaliados quanto à presença de fatores que possam contraindicar ou influenciar a sobrevida após o implante, analisando aspectos clínicos, estado emocional do paciente e fatores externos, os determinantes sociais que o permeiam. O trabalho da equipe multidisciplinar, na qual o assistente social está inserido, é determinante na qualidade da assistência e no êxito do tratamento. O assistente social atua dire- tamente na identificação desses determinantes, os quais influenciam a organização social do paciente e de sua rede familiar, e consequentemente em seu processo de enfrentamento da patologia.","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122552195","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}