{"title":"ENDOCARDITE “TEAM” E PROFILAXIA PARA ENDOCARDITE INFECCIOSA","authors":"Daniela Fernanda Ally Hemerly, Valdir Ambrósio Moises","doi":"10.29381/0103-8559/20223202195-8","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Há muito é conhecido que pacientes com cardiopatias estruturais têm maior risco de desenvolver endocardite infecciosa. Por isso, a prevenção seria uma medida importante. O uso clínico da profilaxia da endocardite infecciosa antes de procedimentos dentários ou de outros sistemas já tem mais de seis décadas. Embora existam algumas indicações de que há bacteremia após manipulações dentárias e que esta pode ser reduzida com uso de antibióticos, não há evidência consistente da eficácia da medida para prevenir endocardite infecciosa. Entretanto, dada a gravidade da doença em alguns pacientes a profilaxia, embora controversa, ainda continua sendo recomendada principalmente antes de procedimentos dentários. Para esta condição recomenda-se amoxacilina 2,0 g por via oral uma hora antes do procedimento. A população alvo pode variar conforme a diretriz ou região do mundo. O reconhecimento de que a bacteremia pode ocorrer mesmo antes de procedimento dentário em pacientes com gengivite ou periodontite sugere que os cuidados com a saúde bucal devem ser preconizados particularmente em pacientes de risco para ter endocardite infecciosa. Outro aspecto importante no tratamento da endocardite infecciosa é a formação de grupos ou times (teams) multidisciplinares em centros devidamente capacitados que atuem juntos de forma complementar em busca do reconhecimento das complicações e do tratamento clínico e cirúrgico adequados","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/20223202195-8","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
ENDOCARDITE “TEAM” E PROFILAXIA PARA ENDOCARDITE INFECCIOSA
Há muito é conhecido que pacientes com cardiopatias estruturais têm maior risco de desenvolver endocardite infecciosa. Por isso, a prevenção seria uma medida importante. O uso clínico da profilaxia da endocardite infecciosa antes de procedimentos dentários ou de outros sistemas já tem mais de seis décadas. Embora existam algumas indicações de que há bacteremia após manipulações dentárias e que esta pode ser reduzida com uso de antibióticos, não há evidência consistente da eficácia da medida para prevenir endocardite infecciosa. Entretanto, dada a gravidade da doença em alguns pacientes a profilaxia, embora controversa, ainda continua sendo recomendada principalmente antes de procedimentos dentários. Para esta condição recomenda-se amoxacilina 2,0 g por via oral uma hora antes do procedimento. A população alvo pode variar conforme a diretriz ou região do mundo. O reconhecimento de que a bacteremia pode ocorrer mesmo antes de procedimento dentário em pacientes com gengivite ou periodontite sugere que os cuidados com a saúde bucal devem ser preconizados particularmente em pacientes de risco para ter endocardite infecciosa. Outro aspecto importante no tratamento da endocardite infecciosa é a formação de grupos ou times (teams) multidisciplinares em centros devidamente capacitados que atuem juntos de forma complementar em busca do reconhecimento das complicações e do tratamento clínico e cirúrgico adequados