{"title":"nome sem um corpo","authors":"Adir de Oliveira Fonseca Junior","doi":"10.24277/classica.v35i1.990","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v35i1.990","url":null,"abstract":"Este artigo pretende fornecer uma análise cerrada de Tristia 3.4a, enfocando a relação paradoxal de Ovídio com o poder (potestas) no poema. Enquanto aconselha seu destinatário a evitar a ambição e se manter longe dos magna nomina, Ovídio parece insistir na ideia de que, apesar de seu exílio na região do Ponto Euxino, seu próprio nome (ou seja, seu renome) é poderoso e sobrevive em Roma. Assim, argumentarei que Tristia 3.4a sugere um dualismo entre o nome de Ovídio e a sua existência real e concreta.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133976995","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Musa comissionada a sanar um funesto veterno","authors":"J. F. Assis","doi":"10.24277/classica.v35i1.989","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v35i1.989","url":null,"abstract":"Em uma breve exposição sobre o gênero epistolar e suas recepções na produção literária de Horácio, apresenta-se uma contextualização para a imitatio, o ingenium e a ars horaciana. A originalidade das propostas desse autor latino manifesta-se nas recepções e nas transformações dos modelos epistolográficos antigos, apresentando termos e temas helênicos, discutindo propostas morais e filosóficas, explorando cadências e ritmos variados em sua utilização do hexâmetro datílico. Uma proposta de tradução interpretativa para a Ep. 1.8 e alguns comentários são exibidos, indicando alguns efeitos métricos e sonoros, as figuras de linguagem, o modo de narrar descritivo e analítico para a sustentação de um argumento, as nuances de tempo e de espaço específicas para um momento da historiografia latina, além de alguns exemplos de intertextualidade dentro do corpus horaciano e, também, em algumas tradições literárias antigas, e.g., textos épicos e o de Rerum Natura de Lucrécio. Na missiva, Horácio personifica sua mensagem na Musa, encarregada de não apenas relatar a condição do emissor, mas também de instilar no destinatário o ânimo, a força e a maneira adequada na condução das coisas públicas e de si. As análises propostas inferem algumas possibilidades de interfaces com as tradições estoicas e epicuristas, sobretudo devido às formas adverbiais recte e suaviter.\u0000 ","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125283033","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Tradução e comentários da Carta III.5, a Bébio Macro, de Plínio, o Jovem","authors":"Lucas Matheus Caminiti Amaya","doi":"10.24277/classica.v35i1.982","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v35i1.982","url":null,"abstract":"Propomos uma análise detalhada do texto latino e do conteúdo geral nesta tradução da carta III.5 de Plínio, o Jovem, destinada ao senador consular Bébio Macro e cujo tema é a obra e vida de seu tio, Plínio, o Velho. Famosa por detalhar a vida de um dos maiores eruditos da Roma Antiga, a carta é cuidadosamente trabalhada e retrata uma realidade exagerada e com objetivos claros: dar ao autor da carta louros herdados de um esforço sobrenatural de seu tio.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116399312","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Entre eros e a morte, a paixão desmedida de Antígona e de Maria Matamoros","authors":"A. Leitão","doi":"10.24277/classica.v35i1.979","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v35i1.979","url":null,"abstract":"Pretende-se estabelecer no artigo um paralelo, sob uma abordagem comparativa, entre as protagonistas da tragédia Antígona, de Sófocles, e da narrativa “Matamoros (da fantasia)”, de Hilda Hilst. Devotada ao irmão Polinices, Antígona transgride as leis da cidade para obedecer tão somente ao imperativo do seu desejo, ventilado por Jacques Lacan (2008) e sugerido na tradução de Trajano Vieira (2009). Imbuída pelo ímpeto de uma heroína trágica, Maria Matamoros segue a sua paixão irredutível pela figura de Meu, abandonando-se a um gesto de autoflagelo. Com base na leitura de Davi Andrade Pimentel (2009), o castigo em si mesma a aproxima, em certa medida, das tragédias gregas. Sob um páthos excessivo e arrebatador, as protagonistas conduzem as suas escolhas até os últimos limites. Tendo em vista o vínculo entre o sacrifício e o amor (Bataille, 2017), ambos os enredos retratam a entrega amorosa como uma legítima experiência de transgressão e de destruição. Em suma, a paixão confunde as fronteiras entre eros e a morte.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131118590","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Luciano leitor de Derrida","authors":"R. Silva","doi":"10.24277/classica.v35i1.961","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v35i1.961","url":null,"abstract":"O presente texto rastreia os paralelos entre as vidas, as obras e as recepções de Jacques Derrida e Luciano de Samósata. Partindo de uma fundamentação teórica baseada tanto na teoria da literatura (com ênfase no comparatismo) quanto nos estudos clássicos, proponho uma aproximação entre os projetos de escrita delineados por esses dois autores, destacando em ambos: um profundo respeito pela tradição em suas leituras, incluindo seu cuidado com a singularidade das obras lidas; um mesmo intuito de retornar aos textos clássicos para remover a pátina do tempo; um desejo comum de deslocamento e estranhamento das estruturas estabelecidas por convenção; uma mesma liberdade no emprego de diferentes gêneros e modalidades do discurso em seus escritos; assim como o mal-estar que tais características inspiram na parte mais conservadora de sua fortuna crítica. Diante disso, defendo a dimensão ética do trabalho com a escritura que se pode encontrar nos dois autores, propondo que os apontamentos fundamentais da desconstrução derridiana são retomados e retrabalhados, avant la lettre, de forma extremamente criativa por Luciano.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114188948","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"“Arquitetos de Canções”","authors":"Robert de Brose","doi":"10.24277/classica.v34i2.960","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v34i2.960","url":null,"abstract":"Nesse artigo analisarei algumas metáforas conceituais para a composição poética utilizadas por Píndaro em passagens de seus epinícios. Para tanto, utilizarei o arcabouço teórico da Linguística e da Poética Cognitiva, bem como dos Estudos da Oralidade a fim de argumentar que Píndaro conceitualiza a composição poética como uma atividade prática, oral e sem qualquer relação com a escrita enquanto meio de criação.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125012434","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Glossário dos Hermetica Græca: pesquisa bibliográfica das ferramentas e das fontes secundárias de tradução","authors":"D. P. Lira","doi":"10.24277/classica.v34i2.963","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v34i2.963","url":null,"abstract":"O Glossário dos Hermetica Græca compreende 500 entradas ou lemas extraídos das ocorrências no Greek-English Lexicon de Liddell-Scott-Jones (LSJ), no Diccionario Griego-Español (DGE) de Francisco Rodríguez Adrados e no Greek Lexicon of the Roman and Byzantine Periods de Apostolides Sophocles. Predominantemente, são palavras que procedem das duas maiores coleções herméticas, a saber, do Corpus Hermeticum e dos Stobaei Hermetica. Este trabalho, por meio de uma pesquisa bibliográfica, objetiva apresentar os instrumentos de trabalho disponíveis para a tradução dos Hermetica Græca. A pesquisa perscruta e examina as fontes secundárias, a saber, dicionários e léxicos gerais da língua grega, com a finalidade de encontrar lemas que remetem aos Hermetica Græca, classificá-los e quantificá-los.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122147755","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Diálogo do príncipe e nobilíssimo jovem Pepino com o professor Albino","authors":"Artur Costrino","doi":"10.24277/classica.v34i2.921","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v34i2.921","url":null,"abstract":"Apresento aqui nova tradução completa e anotada em português do texto Disputatio regalis et nobilissimi iuvenis Pippini cum Albino scholastico. Esse importante texto de caráter didático é composto quase que inteiramente a partir de outros textos anteriores que circulavam nos domínios carolíngios e evidencia o processo de composição de Alcuíno de Iorque, baseado, senão na emulação, certamente na prática da coleção e mistura de exemplos passados. A tradução acompanha breve introdução e notas que explicitam as respostas dos enigmas mais difíceis.\u0000 ","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128528467","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Formas de governo na retórica","authors":"P. Leite","doi":"10.24277/classica.v34i2.940","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v34i2.940","url":null,"abstract":"Demóstenes é reconhecido como um dos grandes oradores da Antiguidade, sendo também reconhecido por sua atuação política em defesa de Atenas, especialmente de sua democracia e de sua liberdade, avaliando com temeridade o crescimento do poder macedônico. Apesar de a defesa da democracia ser um tema recorrente em sua obra, Demóstenes não é um teórico dela e muito de sua visão sobre esse regime político está ligado a uma idealização da experiência ateniense anterior à Guerra do Peloponeso, período do apogeu da talassocracia. Na construção da defesa da democracia e do êthos do democrata, elementos da oligarquia e do oligarca são utilizados. O objetivo deste artigo é avaliar o uso das formas de governo democracia e oligarquia por Demóstenes e, para tanto, o foco será na construção da antítese entre essas duas formas e a utilização das experiências oligárquicas de 411 e 404 a.C. nesse processo.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125329081","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ué, um Petrônio caipira? “O causo da muié de Éfis”","authors":"Paulo Eduardo de Barros Veiga","doi":"10.24277/classica.v34i2.959","DOIUrl":"https://doi.org/10.24277/classica.v34i2.959","url":null,"abstract":"Apresentam-se duas traduções variacionais do episódio da matrona de Éfeso, extraído do livro Satíricon, de Petrônio (século I d.C.). Ambas as traduções, que partem do texto original latino, expressam-se mediante variantes linguísticas brasileiras e propõem equivalentes cômicos da obra romana. Especificamente, a primeira tradução procura representar uma variante da região do interior paulista como expressão materna. A segunda, de teor mais experimental, vale-se da imitatio do falar interiorano para provocar efeito de caipira, a partir dos descritores linguísticos que demarcam a variante. Dessa forma, procura-se demonstrar ser possível verter um texto antigo para uma variante sem incidir em possíveis preconceitos. Mais importante, deseja-se reavivar, em português caipira, a maestria cômica do arbiter elegantiae.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128711608","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}