{"title":"Ué, um Petrônio caipira? “O causo da muié de Éfis”","authors":"Paulo Eduardo de Barros Veiga","doi":"10.24277/classica.v34i2.959","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Apresentam-se duas traduções variacionais do episódio da matrona de Éfeso, extraído do livro Satíricon, de Petrônio (século I d.C.). Ambas as traduções, que partem do texto original latino, expressam-se mediante variantes linguísticas brasileiras e propõem equivalentes cômicos da obra romana. Especificamente, a primeira tradução procura representar uma variante da região do interior paulista como expressão materna. A segunda, de teor mais experimental, vale-se da imitatio do falar interiorano para provocar efeito de caipira, a partir dos descritores linguísticos que demarcam a variante. Dessa forma, procura-se demonstrar ser possível verter um texto antigo para uma variante sem incidir em possíveis preconceitos. Mais importante, deseja-se reavivar, em português caipira, a maestria cômica do arbiter elegantiae.","PeriodicalId":136127,"journal":{"name":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24277/classica.v34i2.959","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Apresentam-se duas traduções variacionais do episódio da matrona de Éfeso, extraído do livro Satíricon, de Petrônio (século I d.C.). Ambas as traduções, que partem do texto original latino, expressam-se mediante variantes linguísticas brasileiras e propõem equivalentes cômicos da obra romana. Especificamente, a primeira tradução procura representar uma variante da região do interior paulista como expressão materna. A segunda, de teor mais experimental, vale-se da imitatio do falar interiorano para provocar efeito de caipira, a partir dos descritores linguísticos que demarcam a variante. Dessa forma, procura-se demonstrar ser possível verter um texto antigo para uma variante sem incidir em possíveis preconceitos. Mais importante, deseja-se reavivar, em português caipira, a maestria cômica do arbiter elegantiae.