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Abstract
Em uma breve exposição sobre o gênero epistolar e suas recepções na produção literária de Horácio, apresenta-se uma contextualização para a imitatio, o ingenium e a ars horaciana. A originalidade das propostas desse autor latino manifesta-se nas recepções e nas transformações dos modelos epistolográficos antigos, apresentando termos e temas helênicos, discutindo propostas morais e filosóficas, explorando cadências e ritmos variados em sua utilização do hexâmetro datílico. Uma proposta de tradução interpretativa para a Ep. 1.8 e alguns comentários são exibidos, indicando alguns efeitos métricos e sonoros, as figuras de linguagem, o modo de narrar descritivo e analítico para a sustentação de um argumento, as nuances de tempo e de espaço específicas para um momento da historiografia latina, além de alguns exemplos de intertextualidade dentro do corpus horaciano e, também, em algumas tradições literárias antigas, e.g., textos épicos e o de Rerum Natura de Lucrécio. Na missiva, Horácio personifica sua mensagem na Musa, encarregada de não apenas relatar a condição do emissor, mas também de instilar no destinatário o ânimo, a força e a maneira adequada na condução das coisas públicas e de si. As análises propostas inferem algumas possibilidades de interfaces com as tradições estoicas e epicuristas, sobretudo devido às formas adverbiais recte e suaviter.