Nícolas de Albuquerque Pereira Feijóo , Rinaldo Siciliano Foccacia , Anna Maria Amaral de Oliveira , Diego Augusto Medeiros Santos , Tania Maria Strabelli , Giovanna Ianini Ferraiouli Barbosa , Rafael Quaresma Garrido , Cristiane da Cruz Lamas
{"title":"ENDOCARDITE INFECCIOSA POR S.LUGDUNENSIS: UMA SÉRIE DE CASOS MULTICÊNTRICA BRASILEIRA","authors":"Nícolas de Albuquerque Pereira Feijóo , Rinaldo Siciliano Foccacia , Anna Maria Amaral de Oliveira , Diego Augusto Medeiros Santos , Tania Maria Strabelli , Giovanna Ianini Ferraiouli Barbosa , Rafael Quaresma Garrido , Cristiane da Cruz Lamas","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104438","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104438","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução/objetivos</h3><div>Staphylococcus lugdunensis é um estafilococo coagulase negativo (ECN) anteriormente frequentemente identificado incorretamente como S. aureus. O uso rotineiro do MALDI-TOF MS no diagnóstico permitiu a identificação correta desse patógeno em anos recentes. Apesar de não ser um agente etiológico comum da endocardite infecciosa (EI), é reconhecido por sua apresentação clínica agressiva, semelhante ao S.aureus. A atualização dos critérios pela Duke-ISCVID passou a considerar S. lugdunensis como critério maior de EI. Nosso objetivo é apresentar uma série de casos de EI por S.lugdunensis (EISL) identificados em três centros brasileiros.</div></div><div><h3>Métodos</h3><div>Casos definitivos de IE de acordo com os critérios modificados de Duke incluídos prospectivamente com análise post hoc. Resultados foram apresentados como frequências e médias ± desvio padrão.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Em nossa coorte prospectiva de EI em adultos seguidos em dois centros de referência para cirurgia cardíaca, SLIE representou 6/1165 (0,5%) dos casos de EI, e por 6/128 (4,7%) casos de EI por ECN. Como comparação, EI por S.aureus representou 140/1165 (12%). Paciente número 7 foi seguido em um terceiro centro. Idade média dos pacientes foi de 48.3 ± 25.9 anos; EI adquirida na comunidade ocorreu em 4 casos, EI associada a assistência à saúde não-nosocomial em 2, ambas relacionadas a hemodiálise, e EI hospitalar em 1. Predisposições a EI descritas foram: doença cardíaca congênita (3), valvopatia reumática (1) e esclerose valvar (1). Todos os pacientes apresentaram febre e valores elevados de proteína C-reativa; todos, com exceção de um paciente tiveram EI de válvulas esquerdas. Três pacientes tinham biopróteses e dois apresentaram EI concomitante de válvulas aórtica e mitral. Vegetações foram identificadas em 6/7 (86%), e a média do tamanho do maior diâmetro da vegetação foi de 12.9 ± 7.9mm. Embolização sistêmica ocorreu em 5/7 (71%) dos pacientes, bacteremia persistente e insuficiência cardíaca ocorreram em 3/7 (43%) cada. Foram submetidos à cirurgia cardíaca 5/7 (71%) pacientes e a mortalidade intra-hospitalar foi de 1/7 (14%). Conclusão: Esses são os primeiros relatos de casos de EISL no Brasil ao nosso conhecimento. EISL apresentou-se com curso agressivo, com múltiplas embolizações. Válvulas protéticas foram frequentemente envolvidas, possivelmente devido a viés de referenciamento. É notável que dois pacientes tiveram EI associado a hemodiálise, o que tem sido descrito na literatura recente.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Endocardite Infecciosa, Lugdunensis, Estafilococos coagulase-negativo, Embolização, Hemodiálise.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não houve conflitos de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Não há conflito de interesse</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104438"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657869","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Barbara Barreto Corrêa , Giovanna Groult da Silva , Caroline Conceição Araújo , Douglas Guedes Ferreira , Raiane Cardoso Chamon
{"title":"IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19 NA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADAS DE HEMOCULTURA","authors":"Barbara Barreto Corrêa , Giovanna Groult da Silva , Caroline Conceição Araújo , Douglas Guedes Ferreira , Raiane Cardoso Chamon","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104441","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104441","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução/objetivos</h3><div>Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) são frequentemente isolados de amostras de hemocultura, associados à infecção de corrente sanguínea. A ocorrência da pandemia da COVID-19 acarretou um aumento do uso de antibióticos, o que pode ter impactado na seleção de amostras multidroga resistentes. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar de forma retrospectiva amostras de S. aureus isoladas de hemoculturas de indivíduos admitidos em um Hospital Universitário (HU) do Rio de Janeiro, durante um período de nove anos (2014 – 2022).</div></div><div><h3>Materiais e métodos</h3><div>Os resultados do perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos das amostras identificadas foram analisados (PhoenixBDTM; BD Diagnostic Systems, Sparks, MD), sendo incluída apenas uma amostra por paciente. Resultados: Foram identificadas 330 amostras de S. aureus, dentre as quais, 153 MRSA (46,4%). Houve um aumento significativo (p-valor < 0,05) no isolamento de cepas MRSA a partir do ano de 2020 (62,2%), mantendo altas taxas de isolamento nos anos subsequentes (50,9%). Também se observou um aumento da resistência à eritromicina e gentamicina (p-valor < 0,005), associado a cepas MRSA (p-valor < 0,005). Entretanto, o aumento da resistência à gentamicina também foi observado para cepas sensíveis à meticilina (MSSA) (p-valor < 0,005). Cerca de 9% das amostras apresentaram concentração mínima inibitória (CMI) > 1,5 mg/L para vancomicina. Identificamos uma amostra resistente à daptomicina (isolada em 2019), duas resistentes à tigeciclina (2020 e 2021), três resistentes à linezolida (2017, 2020 e 2021) e seis resistentes à teicoplanina (2020, 2021 e 2022). Oito amostras MRSA sensíveis dose-dependente (I) à ceftarolina foram isoladas em 2020 (duas), 2021 (duas) e 2022 (quatro). Conclusões: A vigilância constante do isolamento de cepas de S. aureus, em especial MRSA, de amostras de hemocultura se faz necessária, em especial no contexto pós-pandemia, com o uso alarmante de antimicrobianos. O aumento do isolamento de amostras MRSA, assim como da resistência à eritromicina e gentamicina entre amostras isoladas no período da pandemia ressalta a importância do controle epidemiológico e microbiológico dessas infecções, além de sugerir que o uso exacerbado de macrolídeos pode ter contribuído para a seleção de cepas resistentes.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Staphylococcus aureus, Hemocultura, MRSA, COVID-19, Resistência antimicrobiana.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não há conflitos de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Declarações de interesse: nenhum</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104441"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657871","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Thauane Pereira Nunes , Andreia D'Avila Freitas , Marcia Ferreira dos Santos Silva , Gabriela Franco Paes de Figueiredo , Nathália Antônio de Oliveira Velasco , Pedro Ramos Brandão de Melo , Angélica Caroline Ferreira , Natalia Chilinque Zambão da Silva
{"title":"TREINAMENTO IN LOCO ATRAVÉS DE CASOS CLÍNICOS: FERRAMENTA DE CICLO DE MELHORIA EM UM PROTOCOLO DE SEPSE","authors":"Thauane Pereira Nunes , Andreia D'Avila Freitas , Marcia Ferreira dos Santos Silva , Gabriela Franco Paes de Figueiredo , Nathália Antônio de Oliveira Velasco , Pedro Ramos Brandão de Melo , Angélica Caroline Ferreira , Natalia Chilinque Zambão da Silva","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104450","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104450","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A sepse é definida como uma resposta extrema do organismo a uma infecção e é considerada uma emergência médica com risco de vida. A adoção de estratégias educacionais de ensino para aprendizagem da sepse pode favorecer o desenvolvimento de conhecimento deste tema e propiciar identificação precoce, e assim, melhorar o desfecho dos pacientes.</div></div><div><h3>Objetivos</h3><div>Este estudo teve como objetivo implementar treinamento de sepse in loco para médicos emergencistas baseado em casos clínicos e avaliar se treinamento resultado em melhores resultados de assertividade no protocolo de sepse.</div></div><div><h3>Materiais e métodos</h3><div>Em janeiro de 2024, foi instituído em um hospital geral do Rio de Janeiro um grupo multidisciplinar de manejo e acompanhamento de pacientes adultos acima de 18 anos com sepse admitidos na emergência. Como ferramenta de melhoria de atendimento e desfecho, em maio de 2024, foi fornecido, via formulário Google Forms anônimo, casos clínicos para que os médicos respondessem as condutas a serem traçadas em cada situação e, em seguida, fornecido o gabarito comentado. Os temas escolhidos foram baseados em avaliação prévia das não conformidades de prescrição de antimicrobiano na sepse. Os temas incluíram: influenza, pielonefrite, litíase renal, diarreia e dengue. Posteriormente, a equipe da infectologia esteve in loco debatendo os casos e tirando as dúvidas.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Dos 40 profissionais que prestam assistência, 38 responderam as perguntas dos casos clínicos. Cerca de 60% dos emergencistas acertou a conduta em relação a pielonefrite, 65% respondeu de forma correta o manejo de pneumonia e apenas 35% e 7% gabaritou o caso de diarreia e dengue, respectivamente. Em relação aos protocolos abertos, antes do treinamento a assertividade da escolha do antimicrobiano era de 50% e após atividade lúdica passou para 69%.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Evidenciou-se que a articulação de métodos tradicionais e ativos de ensino e aprendizagem são capazes de reconhecer fragilidades na assistência e provocar o desenvolvimento de conhecimento sobre sepse.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Sepse, Educação Médica, Uso racional de antimicrobianos.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Os autores declaram não haver conflitos de interesse, financeiros ou pessoais, que possam influenciar o conteúdo e resultados deste trabalho.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Todos os autores declaram que não possuem relações financeiras ou pessoais que possam influenciar o conteúdo deste trabalho. Não houve financiamento ou gastos relacionados à execução do estudo.</div></div><div><h3>Declarações de interesse</h3><div>Nenhum. As informações aqui declaradas estão em conformidade com os padrões da revista e são consistentes com os requisitos de divulgação ética e financeira.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104450"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657806","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sandra Maria dos Santos Pinto , Rita Cassia Ravaglia Campos , Luiz Fernando Emídio da Silva , Marise Regina Bender , Carolina Augusta Oliveira de Queiroz , Marcio Rodrigues Caixeiro , Rafaela Evangelista de Paula , Rayane Maia Cordeiro Becker
{"title":"UMA INICIATIVA INTERSETORIAL PARA A AMPLIAÇÃO DO RASTREAMENTO DAS HEPATITES VIRAIS E OUTRAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NAS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS EM UM MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO","authors":"Sandra Maria dos Santos Pinto , Rita Cassia Ravaglia Campos , Luiz Fernando Emídio da Silva , Marise Regina Bender , Carolina Augusta Oliveira de Queiroz , Marcio Rodrigues Caixeiro , Rafaela Evangelista de Paula , Rayane Maia Cordeiro Becker","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104419","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104419","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>As residências terapêuticas (RT) são alternativas de moradia para pessoas que estão internadas há anos em hospitais psiquiátricos por não contarem com suporte adequado na comunidade. Podem servir de apoio a usuários de outros serviços de saúde mental sem suporte familiar e social suficientes para lhes garantir moradia adequada. As infecções sexualmente transmissíveis (IST) podem não apresentar sinais e sintomas, sendo os testes rápidos uma importante ferramenta para o seu rastreio. O teste rápido (TR) é seguro, não necessita de estrutura laboratorial e o resultado fica pronto em até trinta minutos. Neste ano, uma parceria entre a Área Técnica da Saúde do Idoso e a Área Técnica de IST/HIV/AIDS e Hepatites B e C (SAE) promoveu a oferta de TR para o HIV, a Sífilis, a Hepatite B e a Hepatite C para todos os usuários e funcionários das RT. O município tem onze residências terapêuticas, sendo uma delas com duas equipes, totalizando doze equipes. Cada RT tem em média dez usuários.</div></div><div><h3>Relato de experiência</h3><div>Relato de experiência exitosa do município ao ofertar os TR para Hepatites B e C, HIV e Sífilis aos usuários acolhidos nas RT, com o objetivo de diagnosticar, tratar e acompanhar os usuários em que o resultado do exame fosse reagente, evitando o agravamento dessas infecções. Foram testados 60 homens, sendo 14 acima de 60 anos e 46 entre 20 e 59 anos, e 41 mulheres, sendo 13 acima de 60 anos e 28 entre 20 e 59 anos. Os pacientes atendidos estavam assintomáticos e a maioria deles fez os quatro testes propostos. Houve uma recusa e três não os fizeram, pois estavam em outras unidades de saúde. Todos os que dispunham de cartão de vacina tiveram seus cartões analisados e as informações foram passadas ao setor de imunização. No total 101 pacientes fizeram os testes, havendo a confirmação diagnóstica de 2 casos de hepatite B e 4 casos de sífilis, que estão em acompanhamento no SAE de acordo com os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde. Não houve testes reagentes para hepatite C nem para HIV.</div></div><div><h3>Comentários</h3><div>Com a parceria entre o SAE e a Área Técnica da Saúde do Idoso foi possível levar a testagem até os pacientes das RT, garantindo o tratamento para a sífilis e a hepatite B nos pacientes diagnosticados e a orientação das equipes quanto à prevenção das IST em geral, contribuindo para a saúde integral do indivíduo.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>HIV, Hepatites Virais B e C, Sífilis.</div></div><div><h3>Conflito de interesse: Ética e financiamentos</h3><div>Não houve conflito de interesse.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104419"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657303","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Alfonso J. Rodriguez-Morales , D. Katterine Bonilla-Aldana , Jaime A. Cardona-Ospina
{"title":"RELATIONSHIPS BETWEEN MORBIDITY AND MORTALITY FROM MPOX AND THE HUMAN DEVELOPMENT INDEX (HDI) GLOBALLY DURING 2022-2024 EPIDEMICS","authors":"Alfonso J. Rodriguez-Morales , D. Katterine Bonilla-Aldana , Jaime A. Cardona-Ospina","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104423","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104423","url":null,"abstract":"<div><h3>Introduction</h3><div>Multiple aspects of the epidemics of mpox during 2022-2024 have been explored, including clinical features, diagnostic aspects, therapies and vaccines. However, socioeconomic aspects have been poorly assessed in terms of the epidemiologically associated factors. No studies have been published on the relationships between the human development index (HDI) and the morbidity and mortality from Mpox.</div></div><div><h3>Methods</h3><div>An ecological study for 104 countries was done using HDI data that were obtained from the United Nations Development Program (UNDP), and the cases, calculating the incidence rates (cases per 100,000 pop.), from the U.S. Centers for Disease Control (CDC) and the World Health Organization (WHO). Also, mortality rates (cases per 100,000 pop.) and case fatality rates (deaths per 100 cases, %CFR) were calculated. The annual variation of the variables was assessed, and non-linear regression models (exponential) were done at Stata/MP® v.14.0.</div></div><div><h3>Results</h3><div>The non-linear regression models revealed significant findings. The relationship between epidemiological factors and HDI was found to be significant. During this epidemic, a higher incidence was observed in countries with high HDI (r2 = 0.4132; p < 0.0001), while mortality rates were significantly lower in these countries (r2 = 0.1317; p = 0.0007). Conversely, the case fatality rate (%CFR) was significantly higher in countries with lower HDI (r2 = 0.1595; p = 0.0001).</div></div><div><h3>Discussion/conclusions</h3><div>These findings underscore the significant influence of socioeconomic indicators such as the HDI on the Mpox incidence and mortality rates and on %CFR globally, particularly in endemic countries. Despite the epidemics of 2022-2024, Mpox remains a neglected condition worldwide, with a resurgence in countries like the Democratic Republic of Congo in 2023-2024. Therefore, the need for further studies on multiple epidemiological factors of Mpox is paramount.</div></div><div><h3>Keywords</h3><div>Mpox, Epidemics, Human Development, Global, Surveillance.</div></div><div><h3>Conflicts of interest</h3><div>There was no conflicts of interest.</div></div><div><h3>Ethics and financing</h3><div>No financial support.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104423"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657471","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Alfonso J. Rodriguez-Morales , D. Katterine Bonilla-Aldana , Jaime A. Cardona-Ospina , Francisco Javier Membrillo de Novales , Ranji Sah
{"title":"RELATIONSHIPS BETWEEN MORBIDITY FROM MPOX AND INTERNATIONAL TOURISM GLOBALLY DURING 2022-2024 EPIDEMICS","authors":"Alfonso J. Rodriguez-Morales , D. Katterine Bonilla-Aldana , Jaime A. Cardona-Ospina , Francisco Javier Membrillo de Novales , Ranji Sah","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104424","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104424","url":null,"abstract":"<div><h3>Introduction</h3><div>Multiple aspects of the Mpox epidemics during 2022-2024 have been explored, including clinical features, diagnostic aspects, therapies, and vaccines. However, socioeconomic aspects have been poorly assessed regarding the epidemiological associated factors. No studies have been published on the relationships between international tourism, measured as the annual number of arrivals per country, and the morbidity and mortality from Mpox.</div></div><div><h3>Methods</h3><div>This study was conducted globally, encompassing data from 114 countries. We collected arrivals data from the World Tourism Organization (UNWTO) (2022/2023), the Tourism Statistics Database, and disease incidence data from the U.S. Centers for Disease Control (CDC) and the World Health Organization (WHO). We calculated incidence rates and assessed the annual variation of these variables. Non-linear regression models were then applied using Stata/MP® v.14.0.</div></div><div><h3>Results</h3><div>The non-linear regression models revealed significant findings. The relationship between epidemiological factors and arrivals was found to be significant. During this epidemic, a higher number of cases was observed in countries with a higher number of arrivals (r2 = 0.2663; p < 0.0001), as well as the incidence rates (cases per 100,000 pop.) were higher also in those with a higher number of arrivals (r2 = 0.3039; p < 0.0001). We found 88 countries (42.7%) globally that have not reported cases of Mpox and 118 that have reported Mpox (57.2%); 25 of them (28.4%) are low-income countries, and 33 (37.5%) are from Africa.</div></div><div><h3>Discussion/conclusions</h3><div>Our findings have interesting implications. They highlight the role of tourism and international travel, which may play a significant role in viral circulation for emerging diseases, such as Mpox. This is particularly relevant, considering that those countries with the highest income tourism should consider preparedness for other similar emerging conditions in the future. Despite the epidemics of 2022-2024, Mpox remains a neglected condition worldwide; with a resurgence in countries like the Democratic Republic of Congo in 2023-2024, high-income countries may experience new epidemics of Mpox. These findings underscore the urgent need for further studies on multiple epidemiological factors of Mpox.</div></div><div><h3>Keywords</h3><div>Mpox, Epidemics, Tourism, Global, Surveillance.</div></div><div><h3>Conflicts of interest</h3><div>There was no conflicts of interest.</div></div><div><h3>Ethics and financing</h3><div>No financial support.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104424"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657472","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"PREVALÊNCIA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS E MRSA EM AMOSTRAS DE TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR DE PACIENTES COM FIBROSE CÍSTICA","authors":"Patricia Guedes Garcia, Júlia Amaral Barbosa","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104429","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104429","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução/objetivos</h3><div>O Staphylococcus aureus é, na maioria das vezes, a primeira bactéria detectada nas culturas de amostras de trato respiratório inferior de pacientes com fibrose cística. As infecções causadas pelas linhagens de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) causam preocupação pela limitação dos recursos terapêuticos, o que pode levar ao agravamento do estado de saúde dos pacientes fibrocísticos. Deste modo, este estudo objetivou avaliar a prevalência de Staphylococcus aureus e MRSA isolados de amostras de trato respiratório inferior de pacientes com fibrose cística.</div></div><div><h3>Materiais e métodos</h3><div>Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo, realizado através da análise de bancos de dados de resultados de exames microbiológicos, descritos em livros de registros e prontuários eletrônicos dos pacientes atendidos no ambulatório de Fibrose Cística de um hospital de ensino da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2022. Foram incluídos resultados de cultura de todos pacientes com fibrose cística referenciados ao hospital de ensino. Foram excluídos os resultados de cultura de escarro do mesmo paciente, realizado dentro do período de um ano, e que tiveram positividade para a mesma bactéria. Resultados: Foram realizadas 2255 culturas de amostras do TRI de pacientes com FC, destas 1727 foram positivas para bactérias, sendo 52,7% de Staphylococcus aureus, 30% de Pseudomonas aeruginosa, 6% de Stenotrophomonas maltophilia, 3% de complexo Burkholderia cepacia e 8,3% por outras espécies bacterianas. Das linhagens isoladas de Staphylococcus aureus, 11,3% foram de MRSA. Staphylococcus aureus sensível à meticilina foi mais frequente na população de 0 a 5 anos de idade e o MRSA na população de 6 a 10 anos de idade.</div></div><div><h3>Conclusões</h3><div>Staphylococcus aureus foi a espécie bacteriana mais isolada de amostras respiratórias de pacientes fibrocísticos, sendo que 11,3% destas linhagens apresentaram o fenótipo MRSA.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Fibrose Cística, Staphylococcus aureus, Resistência à meticilina.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não houve conflito de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos: Declarações de interesse</h3><div>Nenhum.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104429"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657477","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Vinnia Beatriz Mascarenhas Barreto da Silva, Valéria Bittencourt Ferreira Santos, Carlos Danilo Cardoso Matos Silva
{"title":"INTERVENÇÃO EDUCATIVA E AÇÕES EM SAÚDE PARA A PREVENÇÃO DAS PARASITOSES INTESTINAIS ENTRE CRIANÇAS CARENTES","authors":"Vinnia Beatriz Mascarenhas Barreto da Silva, Valéria Bittencourt Ferreira Santos, Carlos Danilo Cardoso Matos Silva","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104399","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104399","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>As enteropatias parasitárias são doenças comuns em indivíduos de todo o mundo, mas principalmente aqueles expostos a condições de vida precárias e em vulnerabilidade social, sendo, portanto, mais prevalentes em países subdesenvolvidos, a exemplo do Brasil. Crianças em idade escolar estão entre as mais suscetíveis, já que possuem um sistema imune menos desenvolvido, uma higiene pessoal deficiente e o hábito de brincar em terra poluída. Logo, localidades com déficit de salubridade propagam a contaminação principalmente entre os menores. Dessa maneira, compreende-se a relevância desse tema. Posto isto, este projeto de intervenção teve como objetivos transmitir educação em saúde em relação às parasitoses intestinais nas crianças, analisar em laboratório os parasitológicos de fezes e verificar a prevalência das parasitoses, iniciar práticas educativas, prevenir e educar a comunidade.</div></div><div><h3>Materiais e métodos</h3><div>As práticas de educação em saúde foram realizadas com crianças de 2 a 14 anos de idade, residentes da comunidade de baixa renda São João do Cazumbá em Feira de Santana - Bahia. Em suma, apresentou-se o projeto para a comunidade e foram recolhidas as assinaturas dos Termos de Assentimento do Menor e do Consentimento Livre e Esclarecido das famílias interessadas. Ainda foi realizado um questionário de dados de cada família, abrangendo: condições de moradia e saúde, ambiência residencial e contexto familiar. Após, foi armazenado em cooler as amostras de fezes entregues pelos pais e responsáveis. Por fim, utilizou-se recursos de um laboratório para análise dos parasitológicos de fezes e, com os resultados foi feito um levantamento das parasitoses mais prevalentes nessa comunidade infantil, para elaboração de panfletos educativos.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Posterior a análise laboratorial, foi detectado, por ordem de mais prevalentes: Ascaris lumbricoides, Giardia lamblia, Trichuris trichiura, Entamoeba histolytica, Ancilostomídeos, Taenia sp. e Enterobius vermicularis. Com isso, estudantes de medicina elaboraram panfletos para promover uma conscientização dos habitantes dessa comunidade em relação a tais parasitoses. CONCLUSÃO Com a execução do projeto e após as análises laboratoriais, os panfletos elaborados foram de importância ímpar para a educação dessa parcela da população feirense, inclusive, porque foi realizado com olhar atencioso para os menores em idade escolar, possuindo grande interferência sobre o crescimento e estado nutricional desses.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Enteropatias Parasitárias, Pré-Escolar, Promoção da Saúde.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não houve conflito de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos: Declarações de interesse</h3><div>Nenhum.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104399"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657901","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
José Carlos Caldeira, Louisy Sanches dos Santos, Ana Luíza de Mattos-Guaraldi, Lincoln de Oliveira Sant'Anna, Mariana da Cruz Mota, Julianna Giordano Botelho Olivella, Paula Marcele Afonso Pereira-Ribeiro
{"title":"CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E GENOTÍPICA DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA EM ISOLADOS CLÍNICOS DE CORYNEBACTERIUM HESSEAE","authors":"José Carlos Caldeira, Louisy Sanches dos Santos, Ana Luíza de Mattos-Guaraldi, Lincoln de Oliveira Sant'Anna, Mariana da Cruz Mota, Julianna Giordano Botelho Olivella, Paula Marcele Afonso Pereira-Ribeiro","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104404","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104404","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução/objetivos</h3><div>O gênero Corynebacterium compreende, até o momento, 165 espécies de bacilos Gram-positivos irregulares. Além de espécies distribuídas no ambiente, este gênero abriga patógenos clássicos, como Corynebacterium diphtheriae, o principal agente etiológico da difteria. Abriga também espécies comensais que eventualmente causam infecções, sobretudo em indivíduos com longos períodos de hospitalização ou imunocomprometidos. Recentemente, Corynebacterium hesseae foi descrita como parte do microbioma urinário de mulheres saudáveis. Contudo, um estudo recente reportou o isolamento desta espécie em amostras de urina de pacientes do sexo feminino com doença renal e de cisto sebáceo em paciente do sexo masculino. Uma vez que neste estudo não houve a investigação da susceptibilidade aos antimicrobianos, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar fenotipicamente e geneticamente a resistência antimicrobiana (RAM) nestas cepas.</div></div><div><h3>Materiais e métodos</h3><div>Cepas de C. hesseae isoladas de urina (n = 4) e de cisto sebáceo (n = 1) tiveram seus perfis de susceptibilidade determinados de acordo com o Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing- BrCAST (2024). Em seguida, os genomas das cepas em estudo, recuperados do banco de dados do NCBI (National Center for Biotechnology Information), foram analisados com auxílio da ferramenta ResFinder. Por fim, mutações associadas à RAM foram investigadas usando o ClustalW.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Todas as cepas foram sensíveis à vancomicina, tetraciclina, rifampicina, linezolida e moxifloxacino. Algumas foram resistentes ao ciprofloxaxino (n = 2) e à penicilina (n = 1), enquanto a maioria foi resistente à clindamicina (n = 4). Nenhum gene relacionado à resistência a β-lactâmicos foi encontrado. O gene ermX, relacionado à resistência a macrolídeos, lincosamidas e estreptogramina B, foi detectado em 3 das cepas resistentes à clindamicina. Uma mutação no gene da girase A foi encontrada em uma das cepas resistentes ao ciprofloxacino. Conclusões: O isolamento de cepas de C. hesseae resistentes a antimicrobianos em amostras clínicas reforça a importância de se determinar os perfis de susceptibilidade dos isolados clínicos desta espécie, particularmente quando oriundas de pacientes imunocomprometidos, nos quais a infecção precisa ser considerada. Novos estudos buscando confirmar o potencial patogênico desta espécie e compreender a aquisição da RAM pelos isolados, são necessários para planejar condutas terapêuticas mais eficazes.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Corynebacterium, Infecções Oportunistas, Resistência a Fármacos Antimicrobianos.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não houve conflito de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos: Declarações de interesse</h3><div>Nenhum.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104404"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657936","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Muriel Primon-Barros , Fernanda Hammes Varela , Márcia Polese-Bonatto , Ivaine Tais Sauthier Sartor , Thais Raupp Azevedo , Caroline Nespolo de David , Maiko Luis Tonini , Renato T. Stein , Marcelo Comerlato Scotta , Cícero Armídio Gomes Dias
{"title":"High prevalence of 19A pneumococcal serotype carriage during the COVID-19 pandemic in Brazil","authors":"Muriel Primon-Barros , Fernanda Hammes Varela , Márcia Polese-Bonatto , Ivaine Tais Sauthier Sartor , Thais Raupp Azevedo , Caroline Nespolo de David , Maiko Luis Tonini , Renato T. Stein , Marcelo Comerlato Scotta , Cícero Armídio Gomes Dias","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104467","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104467","url":null,"abstract":"<div><h3>Introduction</h3><div><em>Streptococcus pneumoniae</em> colonization patterns are influenced by host and environmental factors, which may be related to Invasive Pneumococcal Disease (IPD). Interestingly, COVID-19 pandemic witnessed a decline in the incidence of IPDs. Investigations with diligent data collection on the prevalence of nasopharyngeal colonization and associated serotypes during this unique period can yield novel insights. The aim of the current study was to assess the prevalence of <em>S. pneumoniae</em> carriage among children and adults who have sought care at emergency departments with suspected COVID-19.</div></div><div><h3>Methods</h3><div>In this cross-sectional study, adults and children presenting with signs and symptoms likely associated with COVID-19 in two outpatient clinics in Southern Brazil were invited to participate. RT-PCR with a comprehensive molecular panel for pneumococcal identification of the 21 most prevalent serotypes in Latin America was performed on all enrolled subjects. Prevalence of pneumococcal carriage was assessed in the age groups (< 2, ≥ 2–5, ≥ 5–11, ≥ 11–18, ≥ 18–60, ≥ 60).</div></div><div><h3>Results</h3><div>A total of 1644 subjects were included in the study. Pneumococcal carriage was detected by PCR testing in 14.9% (245/1,644), and serotype identification occurred in 42.0% (103/245) of the participants, with a total frequency of 111. The most frequent serotype identified was 19A (25.2%, n = 28/111), followed by 6C/6D (17.1%, n = 19/111), and 23A (11.7%, n = 13/111), also highlighting the high frequency of non-vaccine serotypes found across all age groups.</div></div><div><h3>Discussion</h3><div>19A serotype, as well other most frequent serotypes identified are not covered by the PCV-10 in a community setting where PCV-10 is widely available. This finding reinforces the need for continuous surveillance to determine the impact of pneumococcal vaccination and guide public health decision-making. High 19A serotype prevalence is critical in the decision-making process for electing the best options for pneumococcal conjugate vaccines.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 6","pages":"Article 104467"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142693916","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}