{"title":"A linguagem no período intermediário e final de Merleau-Ponty","authors":"Jeovane Camargo","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3277","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3277","url":null,"abstract":"O presente texto se propõe reconstruir algumas das linhas principais do problema da articulação entre percepção e linguagem em Merleau-Ponty. Para tanto, parte-se da questão da origem da linguagem, na Fenomenologia da percepção, e se acompanha seus desdobramentos e reformulações ao longo do período intermediário (década de 1950), quando Merleau-Ponty se aproxima da linguística de Saussure, e do período final (década de 1960), quando Merleau-Ponty desenvolve seu conceito de Ser bruto. Paulatinamente, a percepção passa a apresentar a mesma estrutura diacrítica da linguagem, um solo originário mudo, mas expressivo. E a linguagem aparece cada vez mais como a elevação desse solo à expressividade propriamente linguística.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"29 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85971982","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Uma investigação acerca da razão nos animais: a naturalização da epistemologia de David Hume","authors":"R. S. Santos","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3226","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3226","url":null,"abstract":"Nosso objetivo central neste artigo é mostrar como as seções of the reason of animals sustentam a tese de uma naturalização da epistemologia de Hume. Para tal, ele será dividido em três grandes partes. Na primeira, mostraremos como Hume utilizou a analogia como fundamento para presupor uma continuidade entre as faculdades intelectivas dos animais humanos e não humanos. Na segunda, indicaremos as semelhanças que corroboram a analogia e, na última, apontaremos que as diferenças entre os humanos e demais animais são apenas de grau e nunca de qualidade.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75323724","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Contribuições para uma teoria antropológica na leitura de Deleuze sobre Hume","authors":"Carlos Fernando Carrer","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3283","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3283","url":null,"abstract":"O propósito deste artigo é apresentar a teoria antropológica que deriva do processo de constituição da subjetividade tal como o encontramos na leitura de Deleuze sobre Hume. Entende-se por “teoria antropológica” uma teoria que busca responder ao problema das interações entre natureza e cultura, bem como compreender a posição que o ser humano ocupa no interior dessa relação. Faremos isso reconstituindo alguns passos de Empirismo e subjetividade (1953), primeiro livro de Deleuze dedicado ao pensamento de Hume, e através de incursões pontuais ao Tratado da natureza humana, mas visando alcançar, também, as teses avançadas pelo filósofo francês em um artigo intitulado “Instinto e instituições” (1955). Com isso, pretende-se mostrar que, desde seus escritos inaugurais, Deleuze 1) não considera natureza e cultura como conceitos limitantes um do outro e 2) não faz do ser humano o objeto privilegiado da investigação antropológica, compreendendo-o, antes, a partir das relações que entretém com os não-humanos, especificamente os animais. ","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79850490","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Francis Kanashiro Meneghetti, Jelson Roberto de Oliveira
{"title":"O conceito de massas no pensamento de Hannah Arendt","authors":"Francis Kanashiro Meneghetti, Jelson Roberto de Oliveira","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3228","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3228","url":null,"abstract":"Este texto reflete sobre o constructo teórico de massas e a concepção de homem massa como fundantes e estruturais na compreensão dos totalitarismos nazista e stalinista, presentes na obra Origens do Totalitarismo (ARENDT, 1989) de Hannah Arendt. Conclui-se que o totalitarismo é uma organização de massa, que possui características específicas e que as massas são manipuláveis a partir de determinados aspectos específicos dos movimentos totalitários. Analisa-se o que é homem de massa e como tal concepção é fundamental para compreender outros conceitos importantes da pensadora política. Assim, a partir das reflexões aqui desenvolvidas, torna-se possível incrementar novas perspectivas nas análises de conceitos como totalitarismo, banalidade do mal, política, poder, violência, amplamente estudados e debatidos não só na filosofia, como nas ciências sociais, ciências políticas, psicologia, estudos organizacionais e administração. As reflexões aqui propostas permitem também fazer paralelos com a realidade atual, levando em consideração, obviamente, o cuidado de evitar anacronismos analíticos.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"30 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86483047","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O projeto de uma filosofia da imanência e a questão da subjetividade em Deleuze","authors":"Yasmin De Oliveira Alves Teixeira","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3240","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3240","url":null,"abstract":"O conceito tardio de plano de imanência na filosofia de Gilles Deleuze diz respeito não apenas à recusa de um segundo mundo transcendente, mas também de um campo transcendental organizado sob a determinação recíproca entre sujeito universal e forma geral de objeto. A construção desse conceito passa, portanto, pela crítica do fundamento transcendental kantiano desenvolvida por Deleuze através de um resgate original do empirismo de Hume. A discussão gira em torno do estatuto da subjetividade: segundo a crítica empírica, o sujeito não pode ser entendido como um pressuposto a priori, mas deve, sim, ser compreendido como um produto a posteriori cuja emergência remete, em última instância, a um princípio de repetição. Assim, buscando compreender a amplitude da noção de imanência na filosofia deleuziana, analisamos a leitura do filósofo francês a respeito do problema do fundamento transcendental, sobretudo em Empirismo e Subjetividade. Por fim, indicamos brevemente de que maneira o conjunto dessa problemática reaparece em Diferença e Repetição.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"52 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82208949","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Das modulações do silêncio em Heidegger: uma leitura a partir de Ser e tempo","authors":"J. R. F. Martins Filho","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3263","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3263","url":null,"abstract":"Este artigo explora uma das questões que, embora de maneira discreta, engendra e motiva muitos aspectos da leitura proposta por Heidegger em Ser e Tempo a respeito do fenômeno humano tomado da vida cotidiana, isto é, o Dasein. Embora não se pretenda uma leitura completamente autoral do tema, há na exploração praticada certo ineditismo. Em suma, procura-se ler a questão do silêncio em suas diferentes modulações, isto é, nos diferentes acentos por meio dos quais o filósofo alemão quis tocá-la em sua obra de maior representatividade da primeira fase. Para isso, a abordagem concentra-se ao redor dos dois principais parágrafos a partir dos quais eclode a discussão sobre o silêncio, como segue: o § 34, que tematiza a linguagem como modo de ser do ser humano, e o § 60, que dá visibilidade ao problema da consciência como forma de restauração a uma vida autêntica. No fim das contas é possível perceber alguma relação entre os dois momentos, constituindo, talvez, justamente o que se apresenta como objetivo central do artigo: dispor sobre o caráter catalizador e articulador do problema do silêncio para a compreensão dos modos de ser da condição humana segundo Heidegger. Principiado como interpretação do pensamento heideggeriano, o texto ganha momentos de maior liberdade intuitiva e, quiçá, contribuição ao momento presente do pensamento e da reflexão filosófica.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"25 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79257974","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sobre o populismo em Ernesto Laclau e Nadia Urbinati: lógica da política ou desfiguração da democracia?","authors":"Francisco De Assis Silva","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3272","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3272","url":null,"abstract":"O populismo contemporâneo tem suscitado profícuos debates entre os teóricos políticos, tais como Ernesto Laclau, com a sua teoria do discurso atrelada à psicanálise, defendendo a ideia de que o populismo representa a lógica da política; e Nadia Urbinati, que compreende o populismo como a desfiguração da democracia. O desdobramento deste embate de ideias levará à análise de uma figura importante para o populismo: o líder populista. Se para Laclau a noção de significante vazio expressa o sujeito coletivo na figura do líder, resultado da lógica da equivalência e da diferença entre as diversas demandas sociais, para Urbinati o líder populista utiliza o regime democrático para atingir fins antidemocráticos, aviltando a parte da população que dele diverge. Pretende-se neste artigo analisar ambas as concepções e, a partir do confronto destas perspectivas sobre o populismo, apresentar uma hipótese de base psicanalítica sobre o que conduz os indivíduos a apoiarem uma representação política autoritária.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83630482","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Infinito y Teoría social: Tarde como lector de Leibniz","authors":"S. Tonkonoff","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3279","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3279","url":null,"abstract":"El texto analiza los principios fundamentales en torno a los cuales Gabriel Tarde construye su aproximación a la vida social. Esta perspectiva, elaborada hacia fines del siglo XIX, se encuentra notablemente descentrada tanto respecto de los holismos como los individualismos que dominaron las ciencias sociales y las humanidades durante el siglo siguiente. Una de las principales razones de ello es que su punto de partida filosófico no fue Kant, Hegel o Marx, sino Leibniz. Tarde elabora una teoría social (neo) monadológica. Es decir, produce una concepción infinitista de lo social articulada en torno auna ontología y una epistemología de los infinitesimales y sus conceptos asociados. Esto es lo que se propone mostrar el presente trabajo.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"71 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86175345","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A efemeridade dos entes e a eternidade de Deus na terceira via tomásica","authors":"Clodoaldo Da Luz","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3166","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3166","url":null,"abstract":"A fugacidade é própria de todo o ente, pois esse recebe o ser e não tem por si a sua existência. Já a eternidade é atributo único do Ser, de Deus, pois é o necessário por si. Nesse sentido, o presente artigo visa refletir sobre a efemeridade dos entes corruptíveis e dos entes incorruptíveis, bem como acerca da eternidade de Deus na terceira via tomásica. Deste modo, em primeiro lugar, apresentar-se-á a referida prova acerca da existência de Deus. Num segundo momento, será tecido um apontamento acerca da efemeridade dos entes corruptíveis, os quais sofrem os efeitos da dinâmica da geração e corrupção. Depois, verificar-se-á que os entes incorruptíveis também possuem uma existência efêmera, pois podem ser aniquilados por Deus. Por fim, será elucidado que Deus é o Ser necessário por si e por isso é eterno. Haja vista que Deus concede e mantém a existência de todo o ente.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73363986","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ludwig wittgenstein’s philosophy in the light of the diagnosis of Autism","authors":"Gustavo Augusto Fonseca Silva","doi":"10.31977/grirfi.v23i1.3247","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i1.3247","url":null,"abstract":"Psychiatrists such as Michael Fitzgerald, Christopher Gillberg and Yoshiki Ishisaka diagnosed Ludwig Wittgenstein posthumously with Autism Spectrum Disorder (ASD). Taking this diagnosis into account, the present paper discusses how Wittgenstein's philosophy reveals his cognitive difficulties. Wittgenstein's grammatical inquiries are particularly investigated here, highlighting his misunderstandings concerning the use of words – specially, his misunderstandings concerning analogies, which he tended to interpret literally.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"10 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81897096","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}