{"title":"As noções de conveniência e aparência como novidade ética em Maquiavel","authors":"M. A. Alves","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3242","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3242","url":null,"abstract":"Examina-se as posições teórico-práticas de Maquiavel e sua contraposição à moralidade tradicional, a fim de entender como se estrutura a sua nova proposta ética. A novidade está pautada nas categorias políticas da conveniência e da aparência: admite-se recorrer a todos os meios necessários para atingir os fins estabelecidos, e para manter-se no poder, obter a honra e a glória, não importa aquilo que o Príncipe é, mas o que aparenta ser perante os súditos e aliados. Disto decorre a necessidade de um Príncipe com o pulso firme e que defenda, sem medir esforços, a integridade e o bem-estar seu povo. A moral do governante será dirigida pela situação política e não pelo ideal de governante universal, abstrato e perfeito. O poder político tem uma origem mundana, nasce da própria malignidade que é intrínseca à natureza humana, mas se constitui, ainda que de modo precário e transitório, como a única possibilidade de enfrentar o conflito. Enfim, cabe ao Príncipe a utilização de um conjunto de expedientes e técnicas capazes de assegurar a máxima eficácia na preservação do Estado e na conservação de sua suprema finalidade - ordem e harmonia.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"86 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72503045","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Da noção de organismo no emergentismo ontológico de Martin Heidegger","authors":"Rodrigo Benevides Barbosa Gomes","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3407","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3407","url":null,"abstract":"Ao contrário de ontologias de cunho pampsiquista presente na obra de autores como Alfred North Whitehead e Gottfried Leibniz, Martin Heidegger propõe uma perspectiva emergentista ilustrada em sua célebre distinção na qual se afirma que a pedra é sem mundo, o animal é pobre de mundo e o homem é formador de mundo. Admitindo a ultrapassagem ontológica qualitativa que há entre matéria e vida ou não-intencionalidade e intencionalidade, Heidegger advoga por um emergentismo fenomenologicamente justificado. Dito isso, o artigo visa demonstrar como a ontologia heideggeriana pressupõe a distinção qualitativa entre esfera física, biológica e humana ao examinarmos o conceito de organismo proposto pelo filósofo alemão.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"35 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81774193","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Cidade e modernidade em Benjamin e Virilio","authors":"Mauricio Mancilla","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3353","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3353","url":null,"abstract":"Este ensaio aborda, a partir das obras de Walter Benjamin (1892-1840) e Paul Virilio (1932-2018), o sistema complexo que configura a cidade e como este molda a vida cotidiana. A cidade é o centro de gravidade na reflexão de ambos os autores, que examinam as consequências da rápida industrialização e urbanização, do desenvolvimento de novas tecnologias e da emergência de uma cultura de massas. A primeira parte examina, a partir de Benjamin, a transformação da cidade moderna em uma mercadoria que esconde sua trama capitalista. A segunda parte apresenta a tese provocativa de Virilio sobre como a crescente aceleração e expansão dos meios tecnológicos de comunicação e informação transformou a experiência da vida cotidiana, que leva ao desaparecimento da ideia clássica da cidade.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"17 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89270631","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Freud e o descentramento da subjetividade: o inconsciente como via de recusa consciencialista","authors":"D. Warmling, Petra Bastone","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3270","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3270","url":null,"abstract":"O inconsciente foi a maior contribuição freudiana e passou por reformulações. Da primeira até a segunda tópica, Freud teorizou a respeito de um Eu inconsciente e nada soberano. Nos interessa nesse artigo mostrar como Freud estabelece uma crítica às teorias consciencialistas e qual o caminho percorrido para encontrar um outro caráter para o Eu. Para tanto, mobilizaremos sua teoria do desejo, sendo esta a principal responsável pelo funcionamento do psiquismo. Suporemos que o inconsciente freudiano introduz para a humanidade um modo de lidar com as faltas que, além de não extirpáveis, nos descentram a todo momento.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90948689","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Sobre a clivagem antropocêntrico/ecocêntrico na filosofia ambiental","authors":"Dante Carvalho Targa","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3273","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3273","url":null,"abstract":"A filosofia ambiental surge na década de 1970 movida pelo ímpeto de reflexão sobre a iminência de uma crise ecológica e suas causas mais profundas. E a questão central que motivou os trabalhos pioneiros neste campo foi a crítica ao centramento humano em termos de valor moral, isto é, a assunção de que o homo sapiens constitui o único locus de valor frente às demais espécies e à natureza mais que humana como um todo. A demanda por uma nova ética, de caráter ambiental, nasce precisamente do desafio ao antropocentrismo predominante na tradição filosófica ocidental, à luz das ideias de continuidade e interdependência do humano em relação ao mundo mais que humano, sugeridas pelos princípios da ciência ecológica. Tal proposta, entretanto, suscitou um interessante debate acerca da viabilidade e implicações de posturas senciocêntricas, biocêntricas e ecocêntricas, como forma de fundamentar o valor intrínseco para além da esfera da agência moral. A chamada clivagem antropocêntrico-ecocêntrico demarca precisamente os polos deste debate, que marcou os primeiros passos da filosofia ambiental e se estendeu à ecologia política. Apesar de algumas tentativas de retratar posturas não antropocêntricas como um dogma a ser superado na evolução da pesquisa em ética ambiental, este artigo procura argumentar que a questão permanece em aberto, sobretudo a partir de uma recente retomada das críticas ao antropocentrismo por um grupo de autoras e autores ligados às ciências ambientais.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"38 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85574270","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Direitos indígenas no Brasil: uma reconstituição filosófica","authors":"Gustavo Fontes","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3278","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3278","url":null,"abstract":"Este artigo propõe um levantamento do contato entre o pensamento europeu e os povos ameríndios, com ênfase na genealogia dos conceitos filosóficos que vieram a embasar as posições teológicas e as normas jurídicas responsáveis por regular, ao menos em teoria, as práticas históricas para a dinâmica de invasão e conquista dessas terras baixas da América do Sul. Pois, entendemos que nesta trilha encontraremos os fundamentos da dialética entre os direitos indígenas e as regulamentações do Estado nacional, de onde surgem as tensões relativas às reivindicações dos povos ameríndios pelo direito à proteção e uso exclusivo de seus territórios originários. Iniciamos, então, esse percurso, com o momento inaugural da discussão moderna sobre a pauta dos direitos humanos, a partir do debate relativo ao reconhecimento ou não da humanidade dos povos indígenas no século XVI – presente nas formulações do direito dos povos por Frei Francisco de Vitória; passando pelo importante episódio conhecido como Controvérsia de Valladolid, entre Sepúlveda e Las Casas; percorrendo posteriormente o período colonial, império, primeira e segunda repúblicas, sempre com especial atenção para os conceitos filosóficos que sustentaram as práticas de exploração, usurpação, proteção e controle ao longo deste percurso; até chegar nos ideais de autonomia e autodeterminação presentes na Constituição de 1988. Finalizando esta exposição com a discussão sobre os desafios atuais para sua manutenção e aperfeiçoamento.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89541731","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"De Heisenberg a Hegel: reflexões metafísicas sobre a física quântica","authors":"Sinésio Ferraz Bueno","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3234","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3234","url":null,"abstract":"A ruptura estabelecida pela física quântica em relação à física clássica conduziu a uma redefinição da objetividade científica, que desde então se baseou no formalismo matemático para o conhecimento das funções de onda. Essa concepção de uma \"objetividade fraca\" motivou Werner Heisenberg a recorrer ao idealismo de Platão para explicar a constituição interna do mundo material a partir de estruturas geométricas. Entretanto, face a um paradigma idealista incompatível com a ciência moderna, Heisenberg concebeu que a filosofia de Kant seria a referência mais aceitável para interpretar os fenômenos quânticos dentro dos limites empiricistas da pesquisa científica. O presente artigo apresenta o idealismo de absoluto de Hegel como horizonte filosófico para uma possível superação da rigidez dos limites kantianos, visando a uma interpretação metafísica da física quântica.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"40 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85898737","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Os usos políticos da dialética hegeliana","authors":"Diego Echevenguá Quadro","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3310","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3310","url":null,"abstract":"O presente artigo busca apresentar os distintos usos políticos da dialética hegeliana que podemos encontrar dentro da tradição crítica de esquerda, a chamada “esquerda hegeliana”. Hegel teve um profundo impacto no pensamento político desde que sua obra começou a circular dentro das esferas intelectuais da velha Europa. Marx foi o principal herdeiro da dialética hegeliana no século XIX. Mas contemporaneamente, autores como Slavoj Zizek e o brasileiro Vladimir Safatle dão continuidade à tradição hegeliana de esquerda. Sendo assim, o impacto da dialética hegeliana dentro do debate político contemporâneo não cessou de produzir reverberações. Contudo, existe a questão de se o uso que a tradição crítica de esquerda fez da dialética hegeliana é um uso que pode ser considerado legítimo se partirmos do pensamento do próprio Hegel. Em nosso trabalho, investigaremos se o uso do pensamento de Hegel por parte da tradição crítica de esquerda é um uso legítimo quando comparado com o próprio empreendimento filosófico hegeliano.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"26 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73680488","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Institucionalização e socionormatividade da esfera pública em Habermas","authors":"Wescley Fernandes Araújo Freire","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3349","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3349","url":null,"abstract":"Neste artigo, discuto os déficits de institucionalização e socionormativo da esfera pública, “ignorados” por Habermas desde Mudança estrutural da esfera pública (1962) e obras imediatamente posteriores, prosseguindo com uma abordagem insatisfatoriamente esclarecedora sobre o tema na Teoria da ação comunicativa (1981). Esses déficits representam um sério problema à institucionalização do “uso público da razão”, o que demanda repensar a articulação entre os conceitos de sociedade civil, esfera pública e aprendizagem social e política em resposta aos déficits de aprendizagem cognitivo-epistêmico, prático-moral e político. Assim, assumo a conjectura de que os déficits de institucionalização e socionormativo da esfera pública respondem pelos déficits de aprendizagem social e política, porque a ausência de instituições sociais com potencial socionormativo dificulta a efetiva participação social da sociedade civil em contextos normativos de resolução de problemas prático-morais e políticos. Na medida em que a institucionalização do “uso público da razão” não deve ficar limitada ao nível do discurso, especialmente no caso do discurso político, a formulação teórico-estrutural e o teor institucional-normativo da esfera pública deveriam ser compatíveis com a pretensão epistêmica dos processos de aprendizagem social esboçados na Teoria da Ação Comunicativa, um dos blind spots do “programa político” da obra de 1981.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"16 2 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75550849","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Raça e a partilha colonial do sensível na obra de Achille Mbembe","authors":"Victor Galdino Alves De Souza","doi":"10.31977/grirfi.v23i2.3329","DOIUrl":"https://doi.org/10.31977/grirfi.v23i2.3329","url":null,"abstract":"O objetivo deste ensaio é analisar as condições de possibilidade da escravidão e da violência antinegra, assim como da produção de significações raciais – do ser-negro – e das fantasias coloniais. Para isso, buscarei, majoritariamente, recursos conceituais na obra de Achille Mbembe, com auxílio de alguns conceitos de Jacques Rancière, de forma a tratar o que chamo de partilha colonial do sensível, analisando a relação entre a raça enquanto construção imaginária, significações raciais e a organização social da percepção e da sensibilidade que herdamos do colonialismo europeu. Assim, pretendo elaborar o sentido da ausência de enlutabilidade – nos termos de Judith Butler – e de crises éticas – nos termos de Denise Ferreira da Silva – na esteira da violência racial desde o tempo da escravidão, mostrando, também, como o tempo da liberdade não se constitui como ruptura profunda, pois não interditou a reorganização da linguagem e da imaginação sobre um mesmo fundo de negatividade inaugurado com o exercício soberano do poder colonial como um poder de não-ver e não-ouvir a humanidade negra.","PeriodicalId":55907,"journal":{"name":"Griot-Revista de Filosofia","volume":"52 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79402906","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}