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O projeto de uma filosofia da imanência e a questão da subjetividade em Deleuze
O conceito tardio de plano de imanência na filosofia de Gilles Deleuze diz respeito não apenas à recusa de um segundo mundo transcendente, mas também de um campo transcendental organizado sob a determinação recíproca entre sujeito universal e forma geral de objeto. A construção desse conceito passa, portanto, pela crítica do fundamento transcendental kantiano desenvolvida por Deleuze através de um resgate original do empirismo de Hume. A discussão gira em torno do estatuto da subjetividade: segundo a crítica empírica, o sujeito não pode ser entendido como um pressuposto a priori, mas deve, sim, ser compreendido como um produto a posteriori cuja emergência remete, em última instância, a um princípio de repetição. Assim, buscando compreender a amplitude da noção de imanência na filosofia deleuziana, analisamos a leitura do filósofo francês a respeito do problema do fundamento transcendental, sobretudo em Empirismo e Subjetividade. Por fim, indicamos brevemente de que maneira o conjunto dessa problemática reaparece em Diferença e Repetição.