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Mundo-sem-nós e Nós-sem-mundo 没有我们的世界和没有世界的我们
Revista Enunciação Pub Date : 2024-06-14 DOI: 10.61378/yeqm7v88
S. Stettler
{"title":"Mundo-sem-nós e Nós-sem-mundo","authors":"S. Stettler","doi":"10.61378/yeqm7v88","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/yeqm7v88","url":null,"abstract":"The concepts of \"world-without-us\" and \"us-without-world,\" coined by Eduardo Viveiros de Castro and Déborah Danowski in the work \"Há mundo por vir?\" (2017), when related to cinematic zombies – creatures challenging Cartesian differentiation between res cogitans and res extensa due to their lack of consciousness, i.e., the inability to recognize the world – prompt the question: what would it be like, borrowing Giorgio Agamben's formulation (2006), if there were neither a world nor humans, without ecosystem and species ceasing to exist? Is it possible to have a world-without-us or us-without-world without the differentiation between Nature and Culture? The hypothesis I intend to explore throughout this text is that, upon investigating the proposed concepts, it may be concluded that contemporary cinematic figures of zombies exist because they mobilize the same dualistic concepts used to differentiate and hierarchize beings that influenced their genesis in the post-colonial folklore of Haiti. To provide an answer to these questions, I propose an investigation into the concepts of \"us,\" \"world,\" and \"recognition.\"","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"20 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-06-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141342036","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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El ANTROPOCENO: DESAFÍOS A LAS CONCEPCIONES TRADICIONALES DEL CONOCIMIENTO Y EL PROGRESO 新生代：对传统知识和进步观念的挑战
Revista Enunciação Pub Date : 2024-06-14 DOI: 10.61378/hypz6h49
Juliana Paola Díaz Quintero
{"title":"El ANTROPOCENO: DESAFÍOS A LAS CONCEPCIONES TRADICIONALES DEL CONOCIMIENTO Y EL PROGRESO","authors":"Juliana Paola Díaz Quintero","doi":"10.61378/hypz6h49","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/hypz6h49","url":null,"abstract":"This work traces a journey through the history of traditional conceptions of knowledge to demonstrate how these rationalities have contributed to practices that reify and instrumentalize nature, resulting in the emergence of this new geological era called Anthropocene. In that sense, understanding the causes of the current ecological and civilizational crisis, as well as the possible solutions, implies not only understanding the material conditions that gave rise to it, but also the ideological structures and cultural dynamics that have allowed its continuity. Eventually, this brief exposition will be key to establishing a comparison between Eurocentric Western rationalities and their understanding of nature and the relational ontologies of indigenous peoples, placing special emphasis on how these rationalities suggest an ethics of care towards nature and in that sense , practical solutions to the current ecological crisis that threatens us.","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"23 21","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-06-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141341086","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Anthropophagy, time and debt 食人、时间和债务
Revista Enunciação Pub Date : 2024-06-14 DOI: 10.61378/ktyf9m47
Ana Paula Gorni Bittencourt
{"title":"Anthropophagy, time and debt","authors":"Ana Paula Gorni Bittencourt","doi":"10.61378/ktyf9m47","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/ktyf9m47","url":null,"abstract":"Este artigo aborda a relação entre a dívida e a temporalidade no pensamento de Oswald de Andrade a partir da interlocução do pensamento do autor com a obra de Nietzsche, especialmente a Segunda Dissertação da Genealogia da Moral. Para isso, serão discutidos alguns aspectos do papel da relação credor-devedor na ascensão da má-consciência na perspectiva nietzscheana, processo que possui convergências com o que Oswald de Andrade denominou de “queda”, ou passagem do Matriarcado ao Patriarcado. Um dos objetivos deste trabalho é, portanto, elucidar a relação espaço-temporal como critério da classificação cultural oswaldiana entre matriarcado e patriarcado, considerando que o modo como essa relação é estabelecida passa pela relação credor-devedor. O patriarcado, que é caracterizado pela cultura messiânica e individualista, é definido como expressão social do ser humano em seu estado de negatividade. A negatividade do ser humano é, para Oswald de Andrade, a quarta dimensão do cosmos: o próprio tempo.  Também corresponde à quarta dimensão uma propriedade devorativa restritiva que se opõe à propriedade devorativa da dimensão positiva, que é a dimensão espacial. Ao contrário da devoração negativa, a antropofagia (ou devoração positiva) teria a propriedade de transformar permanentemente o tabu em totem- o negativo em positivo.  Como contraponto ao desvio do sentido da dívida que configura o patriarcado, é possível identificar o ócio, a arte e o vínculo com a terra.","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"34 29","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-06-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141340588","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Gineceu: segregação ou integração femininas? 妇科：女性隔离还是融合？
Revista Enunciação Pub Date : 2024-01-24 DOI: 10.61378/enun.v8i2.165
Fábio De Souza Lessa
{"title":"Gineceu: segregação ou integração femininas?","authors":"Fábio De Souza Lessa","doi":"10.61378/enun.v8i2.165","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/enun.v8i2.165","url":null,"abstract":"Propomos, no presente artigo, pensar o gineceu, ambiente tradicionalmente feminino no oîkos, não exclusivamente na sua dimensão física, mas como um espaço sociocultural de convívio especificamente feminino na Atenas clássica (séculos V e IV a.C.). Nos distanciaremos das interpretações que tratam o gineceu como uma esfera ideológica de segregação social e de gênero das esposas e filhas dos cidadãos. Defenderemos esse espaço como marcadamente de integração social dos grupos femininos. As imagens áticas pintadas em suporte cerâmico serão a documentação essencial para o presente estudo. É importante ressaltar que os textos imagéticos dialogarão com os literários de diferentes gêneros.","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"40 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140497838","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Helena, Tétis e Cassandra em Alceu (Frs. 42, 283, 298 Voigt): (re)elaborações das figuras femininas míticas 阿尔塞（Frs. 42, 283, 298 Voigt）中的海伦娜、忒提斯和卡珊德拉：神话中女性形象的（再）阐释
Revista Enunciação Pub Date : 2024-01-24 DOI: 10.61378/enun.v8i2.188
Giuliana Ragusa
{"title":"Helena, Tétis e Cassandra em Alceu (Frs. 42, 283, 298 Voigt): (re)elaborações das figuras femininas míticas","authors":"Giuliana Ragusa","doi":"10.61378/enun.v8i2.188","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/enun.v8i2.188","url":null,"abstract":"O artigo dedica-se a três canções da mélica de Alceu – Fragmentos 42, 283 e 298 Voigt –, em cujos relatos míticos emergem Helena, Tétis e Cassandra, no quadro do ciclo troiano. O objetivo é analisar como o poeta (re)trabalha as representações dessas personagens em suas canções em que o mito, de modo mais ou menos apreensível para nós, tem função de exemplum. \u0000 ","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"34 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140497593","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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manutenção do sofrimento de Io em Prometeu Acorrentado de Ésquilo 维持伊奥在埃斯库罗斯的《被枷锁的普罗米修斯》中的痛苦
Revista Enunciação Pub Date : 2024-01-24 DOI: 10.61378/enun.v8i2.170
Edinaura Linhares Ferreira Lima, Mellyssa Coêlho de Moura
{"title":"manutenção do sofrimento de Io em Prometeu Acorrentado de Ésquilo","authors":"Edinaura Linhares Ferreira Lima, Mellyssa Coêlho de Moura","doi":"10.61378/enun.v8i2.170","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/enun.v8i2.170","url":null,"abstract":"Objetiva-se, nesse artigo, a reflexão dos sofrimentos da personagem Io em Prometeu Acorrentado, de Ésquilo. Para isso, analisa-se a participação de outra figura feminina, Hera, na manutenção do sofrimento contínuo de Io, sendo essa animalizada, silenciada, fadada à exclusão do oikos e condenada à vida errante devido à sua negação às investidas amorosas de Zeus. Constata-se, dessa maneira, o entrecruzamento dos destinos de Io e de Prometeu, bem como a reiteração do poder dos deuses sobre aqueles que, ainda que padecendo de grandes lamúrias, resistem e não se curvam perante a autoridade das entidades dominantes.","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"65 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140497340","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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O riso de Deméter 得墨忒耳的笑声
Revista Enunciação Pub Date : 2024-01-24 DOI: 10.61378/enun.v8i2.169
Felipe Gall, Julia Guerreiro de Castro Zilio Novaes
{"title":"O riso de Deméter","authors":"Felipe Gall, Julia Guerreiro de Castro Zilio Novaes","doi":"10.61378/enun.v8i2.169","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/enun.v8i2.169","url":null,"abstract":"O mito de Deméter, na maioria de suas variadas versões, apresenta um episódio em que a deusa, enlutada pelo rapto de sua filha, ri. Em geral, duas personagens são alternadamente citadas como responsáveis por esse ato que integra a deusa temporariamente no mundo humano: Iambe e Baubo. Seja por palavras, seja por gestos, ambas apelam para o obsceno que choca e deleita a deusa. Assim, o artigo se divide em duas seções. A primeira se dedica a analisar as duas personagens a partir dos principais documentos que as apresentam, o Hino Homérico a Deméter e o fragmento órfico 52 Kern [= 395 F Bernabé]. Em seguida, na segunda seção, será considerada a forma como esse riso mítico se traduziu em diversos festivais dedicados a Deméter na forma do riso ritual.","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"17 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140497497","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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espanto de ver Pandora 惊见潘多拉
Revista Enunciação Pub Date : 2024-01-24 DOI: 10.61378/enun.v8i2.166
Luiz Otávio de Figueiredo Mantovaneli
{"title":"espanto de ver Pandora","authors":"Luiz Otávio de Figueiredo Mantovaneli","doi":"10.61378/enun.v8i2.166","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/enun.v8i2.166","url":null,"abstract":"A expressão “espanto de se ver” ronda a apresentação de Pandora a deuses e homens, ocorrendo por três vezes entre os versos 575-588 da Teogonia de Hesíodo. É desse espanto que quero falar. Vejo aí uma mistura de encantamento e medo e como, segundo o mito, essa foi a reação imediata dos homens à mulher, desconfio que essa mistura de encantamento e medo esteja na base da relação do masculino para com o feminino. Uma vez que a narrativa do mito não fornece elementos suficientes para evidenciar esse espanto, pretendo recorrer a outras personagens femininas da mitologia grega, a algumas passagens da literatura ocidental, bem como ao cinema e à Psicologia contemporânea para defender meu ponto.","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"15 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140497661","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Teano a Eurídice e Nicóstrate Theanus 致欧律狄刻和尼哥斯特拉图斯
Revista Enunciação Pub Date : 2024-01-24 DOI: 10.61378/enun.v8i2.183
Carolina Araújo
{"title":"Teano a Eurídice e Nicóstrate","authors":"Carolina Araújo","doi":"10.61378/enun.v8i2.183","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/enun.v8i2.183","url":null,"abstract":"Este artigo traduz e analisa duas cartas classificadas como pseudepígrafe pitagórica, atribuídas a Teano e dirigidas a Eurídice e Nicóstrate, que têm como tema o adultério do marido da destinatária. Defendo que a primeira é uma breve nota motivacional em uma situação de risco de suicídio e que a segunda é um discurso protréptico que, aliando censura e admoestação, explicita algumas das premissas da primeira carta. Os documentos demonstram a figura de autoridade de Teano como filósofa na antiguidade, cujas ideias consistem na reivindicação da agência feminina para a virtude, entendida como a contribuição pessoal ao desenvolvimento de um ambiente harmônico. Concluo que os seus argumentos devem adequar-se à situação da interlocutora e que eles visam uma redefinição da instituição do casamento.","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"44 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140497830","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Aspásia de Mileto e Górgias de Leontinos 米利都的阿斯帕西娅和莱昂提诺斯的戈尔吉亚斯
Revista Enunciação Pub Date : 2024-01-24 DOI: 10.61378/enun.v8i2.171
Raquel Wachtler Pandolpho
{"title":"Aspásia de Mileto e Górgias de Leontinos","authors":"Raquel Wachtler Pandolpho","doi":"10.61378/enun.v8i2.171","DOIUrl":"https://doi.org/10.61378/enun.v8i2.171","url":null,"abstract":"No presente estudo, aproximo a feitiçaria sofística de Górgias de Leontinos e a magia persuasiva de Aspásia de Mileto, perspicaz hetaira que educou o estadista ateniense Péricles. Segundo relevantes fontes doxográficas, Aspásia floresceu o estilo oratório de suas alunas e alunos, enfeitando seus discursos com tons gorgianos. Esta foi uma impressão deixada, em especial, naqueles que leram o diálogo Aspásia de Ésquines. Sem a materialidade do diálogo, resta investigar porque a doxografia, especulando sobre este Aspásia perdido, atribui ao ensino da sofista jônia marcas estilísticas caracteristicamente gorgianas. Pretendo mostrar a relevância política do poder sofístico e a influência que as técnicas oratórias do leontino, ressoando nos ensinamentos proporcionados pela milésia, desfrutaram nos debates clássicos. Comparando os epitáphioi que possuem autoria aspasiana e o único fragmento sobrevivente da oração fúnebre escrita por Górgias, destaco o fato de que essa produção sofística de orações fúnebres demonstra que, sendo estrangeiros, quando os sofistas desejavam influenciar o campo da política, precisavam exercitar as mais variadas estratégias persuasivas, exercitando a condução psicagógica. Enfatizar que a educação proporcionada pela escola aspasiana foi poderosa, a ponto de florescer um estilo gorgianizado na oratória de Péricles, não somente contribui para uma percepção mais justa da milésia, mas também para modificar a imagem de Péricles. Suponho que o diferencial entre o Péricles antes e depois de Aspásia seja exatamente a sofisticação que a força da sua palavra adquiriu por meio do aperfeiçoamento técnico-persuasivo e o refinamento com a introdução dos discursos de aparato redigidos por sua parceira e logógrafa de confiança. Por fim, a hipótese adicional é afirmar (levando a sério o testemunho de Filóstrato) que “aguçar a língua à maneira de Górgias” foi o diferencial que a educação aspasiana implantou e floresceu na oratória de Péricles. Sofisticando a sobriedade ática do orador ateniense com um estilo gorgianizado, cosmético, ornamental, enfeitado, aparatado, asiático, feminino e efeminado","PeriodicalId":487018,"journal":{"name":"Revista Enunciação","volume":"3 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140497079","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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