{"title":"Critérios classificatórios de gota e doença por depósito de pirofosfato de cálcio (CPPD)","authors":"H. P. Sampaio, Renata Ferreira Rosa","doi":"10.46833/reumatologiasp.2022.21.1.54-61","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2022.21.1.54-61","url":null,"abstract":"As artropatias microcristalinas como a gota e a doença de deposição de cristais de pirofosfato de cálcio (CPPD) estão entre as principais causas de artrite inflamatória no adulto e sua prevalência vem aumentando nos últimos anos. Apresentam manifestações clínicas diversas as quais podem mimetizar outras artropatias, tendo uma variedade de diagnósticos diferenciais. Dessa forma, critérios classificatórios são necessários para homogeneizarmos grupos de pacientes com as mesmas características clínicas e laboratoriais e possibilitarmos melhor abordagem diagnóstica e terapêutica. A visualização dos cristais de monourato de sódio (MSU) e de pirofosfato de cálcio (CPP) por microscópio de luz polarizada em uma articulação afetada ainda é considerada o “padrão-ouro” para o seu diagnóstico. No entanto, a aspiração e visualização dos cristais requerem profissionais capacitados para esta prática, sendo inviável principalmente em ambientes não reumatológicos. Nas últimas décadas, houve uma evolução nos critérios classificatórios de gota, sendo que os últimos critérios desenvolvidos pelo American College of Rheumatology (ACR) e a European League Against Rheumatism (EULAR) com base em exames laboratoriais e de imagem, além de sintomas clínicos e, se disponível, avaliação por microscopia de luz polarizada, apresentaram excelente sensibilidade e especificidade, visando a possibilitar o diagnóstico e tratamento precoces e permitindo a classificação precisa da gota, independentemente da presença de cristais de MSU por análise do líquido sinovial. Até o momento não temos critérios classificatórios validados para as diversas formas de CPPD e, na prática clínica, utilizamos a análise do líquido sinovial em combinação com os achados clínicos e de imagem para chegarmos ao seu diagnóstico.\u0000\u0000Unitermos: Gota. Doença por depósito de pirofosfato de cálcio. Pseudogota. Condrocalcinose. Critérios classificatórios.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"5 3","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132149017","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Comorbidades","authors":"","doi":"10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.5","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.5","url":null,"abstract":"Palavra formada pelo prefixo latino cum (com) e morbus (doença), comorbidade pode ser definida como a associação de duas ou mais doenças, de modo simultâneo, em um mesmo paciente. Durante os dois últimos anos, este tema foi amplamente divulgado, inclusive entre os meios não médicos, mas não discutido com a profundidade merecida.\u0000Praticar bem a reumatologia requer, como nenhuma outra especialidade médica, possuir amplo conhecimento de Medicina Interna. As doenças por nós acompanhadas, por sua etiopatogenia, complexidade e evolução, podem envolver todos os órgãos e sistemas, numa intrincada rede de inter-relações. Não bastando tamanha pluralidade intrínseca, fatores ambientais e hábitos de vida podem levar a uma nova interface com a epigenética, predispondo ao aparecimento de outras condições patológicas.\u0000Visando a atualizar nossos conhecimentos sobre as principais comorbidades que acometem os pacientes reumáticos, convidamos experts de outras especialidades para esta edição da RPR. Esperamos que esta publicação possa ajudá-los em sua prática clínica diária.\u0000\u0000Com grande alegria e orgulho, informamos que foi concluída a implementação dos serviços DOI e Crossmark em todas as edições temáticas da Revista Paulista de Reumatologia [do número RPR 2014;13(1) até a edição atual], totalizando oito anos de RPR, incluindo os Suplementos.\u0000Nossos agradecimentos ao Dr. Marcelo Pinheiro, grande incentivador destas inovações, e à Silvia Souza, da Et Cetera Publicações, pelo valoroso e hercúleo trabalho.\u0000Gratidão à Comissão de Tecnologia da Informação, Site e Mídia da SPR e ao Diego Meneghetti, do Estúdio Teca, pelo suporte técnico que possibilitou o acesso à RPR em nosso site e aplicativo.\u0000Às secretárias Marcia Gerardi e Renata Vendrameli, muito obrigado pelo auxílio em todas as horas.\u0000\u0000Boa leitura!","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131638734","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Tabagismo","authors":"Maria Vera C Oliveira Castellano","doi":"10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.49-53","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.49-53","url":null,"abstract":"Tabagismo é definido como uma doença crônica que tem como principal característica a dependência química da nicotina. No CID 10 é designada como F17. É causa prevenível de altos índices de mortalidade e morbidade, e causa de mais de 50 doenças.\u0000O tabagismo ativo também é denominado de tabagismo primário. Já o tabagismo secundário, ou tabagismo passivo também é conhecido como poluição tabágica ambiental. O tabagismo terciário2 vem sendo muito estudado nos últimos anos e avalia as consequências de os componentes da fumaça impregnarem as superfícies (mobiliários, interior de automóveis, cortinas, pisos, etc.).\u0000Existem diversas formas de apresentação do tabaco para consumo além da mais frequentemente usada: cigarros industrializados, como os palheiros, charutos, cachimbo, rapé, narguilé e, mais recentemente, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF) ou cigarro eletrônico.\u0000Estima-se que no mundo existam 1,3 bilhão de fumantes. O tabagismo é causa de aproximadamente 8 milhões de mortes no mundo, muitas delas resultantes do tabagismo passivo. No Brasil, segundo dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), em 2019 a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo 12,3% no sexo masculino e 7,7% no feminino4.\u0000A ação da nicotina se dá quando ela se liga aos receptores nicotínicos situados no sistema nervoso central (Nucleus accumbens). Logo após, ocorre a liberação de dopamina e de outras serotoninas que caracterizam o “reforço positivo” (sensação gratificante, de prazer). Em torno de 30-45 minutos o nível sérico de nicotina diminui e têm início os sintomas da síndrome de abstinência (“reforço negativo”) que são aplacados quando o indivíduo fuma outro cigarro. O tratamento deve incluir sempre a abordagem comportamental e a farmacoterapia (nicotina – adesivos, goma de mascar e pastilhas; bupropiona e vareniclina).\u0000Observando-se o espectro de doenças relacionadas ao tabagismo, fica evidente a importância de todos os profissionais da área da saúde estarem capacitados para acolherem e tratarem os tabagistas.\u0000\u0000Unitermos\u0000Dependência de nicotina. Abandono do tabagismo. Transtornos relacionados ao uso de substâncias. Dependência física. Dependência psíquica.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122042008","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Hiperglicemia e resistência à insulina – o que precisamos saber para conduzir as doenças reumatológicas","authors":"Rodrigo Lopes de Oliveira, Patrícia Moreira Gomes","doi":"10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.13-19","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.13-19","url":null,"abstract":"Os imunomoduladores usados para tratar as doenças reumatológicas têm diversos efeitos em pacientes com diabetes, podendo piorar ou melhorar o controle glicêmico. A vigilância da glicemia em pacientes que iniciam tratamento com possíveis efeitos no metabolismo da glicose é indispensável, mesmo na ausência de diabetes. Nesta revisão abordaremos como as principais medicações utilizadas no tratamento das doenças reumatológicas podem interferir no metabolismo da glicose, bem como uma sugestão de avaliação e tratamento da hiperglicemia induzida pelos glicocorticoides.\u0000\u0000Unitermos\u0000Hiperglicemia. Diabetes. Imunomoduladores. Glicocorticoides.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122644913","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Distúrbios do sono em doenças reumatológicas","authors":"S. M. Togeiro, S. Roizenblatt","doi":"10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.32-41","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.32-41","url":null,"abstract":"Este artigo aborda brevemente os aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos dos principais distúrbios do sono, bem como sua relação com as doenças reumatológicas. Queixas relacionadas ao sono são frequentes nesses pacientes. A associação entre o sono e as doenças reumáticas é complexa e participam mediadores da inflamação e do sistema neuroendócrino. O sono ruim é considerado como um fator de risco independente para a percepção da dor, intensidade da fadiga e depressão, com impacto negativo sobre a qualidade de vida. A prevalência de apneia do sono e síndrome das pernas inquietas nas doenças reumáticas é maior do que na população em geral, podendo atuar como comorbidades que interferem na evolução da doença reumatológica e resposta ao tratamento.\u0000\u0000Unitermos\u0000Sonolência. Distúrbios do sono. Polissonografia. Dor crônica. Doenças reumáticas.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"67 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129924971","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial sistêmica","authors":"Thiago Midlej","doi":"10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.6-12","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.6-12","url":null,"abstract":"A hipertensão arterial sistêmica (HA) é uma doença crônica, multifatorial, que depende de fatores genéticos, ambientais e sociais. É caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg. A avaliação inicial de um paciente com HA inclui a confirmação do diagnóstico, a suspeita e a identificação de causa secundária, avaliação do risco cardiovascular (CV), investigação de lesões de órgão-alvo e as doenças associadas. A meta deve ser definida individualmente e considerando a idade, a presença de doença cardiovascular ou de seus fatores de risco. De forma geral, deve-se reduzir a PA visando a alcançar valores menores que 140/90 mmHg e não inferiores a 120/70 mmHg. A redução de PA sistólica de 10 mmHg e diastólica de 5 mmHg com fármacos é acompanhada de diminuição significativa do risco relativo de desfechos maiores. A monoterapia pode ser a estratégia anti-hipertensiva inicial para pacientes com HA estágio 1 com risco CV baixo ou pré-hipertenso com risco CV alto ou para indivíduos idosos e/ou frágeis. O uso de combinação de fármacos é a estratégia preferencial para a maioria dos pacientes hipertensos.\u0000\u0000Unitermos\u0000Hipertensão arterial sistêmica. HAS. Tratamento de HAS. Pressão alta","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"145 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122646364","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Abordagem atual das dislipidemias","authors":"Fabiana Cordeiro Juliani, Viviane Z. Rocha","doi":"10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.20-31","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.20-31","url":null,"abstract":"As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, respondendo por cerca de 17,9 milhões de óbitos anuais. O controle das dislipidemias representa um importante passo para a prevenção da doença cardiovascular aterosclerótica. As diversas diretrizes preconizam a redução do LDL-c de acordo com o risco cardiovascular calculado, com reduções maiores sugeridas para pacientes de maior risco. Evidências atuais mostram que o LDL-c e os triglicérides elevados e/ou o HDL-c baixo são preditores de risco cardiovascular. Enquanto a literatura revela redução de eventos cardiovasculares de forma proporcional à redução de LDL-c, ainda não existe consenso sobre o benefício da redução dos TG e seu impacto em desfechos cardiovasculares. Já estratégias farmacológicas desenvolvidas até o momento para o aumento do HDL-c foram abandonadas. O tratamento do LDL-c se baseia, na maioria das diretrizes, na estimativa de risco para o paciente, com recomendação de redução de LDL-c para aqueles de risco alto ou muito alto (em geral ≥ 50%), ou em indivíduos de risco intermediário com agravantes. Além das estatinas, tratamento de primeira linha para redução do LDL-c, e de medicações adicionais como o ezetimibe e os inibidores de PCSK9, novas terapias capazes de reduzir o LDL-c, os triglicérides, e a Lp(a) estão sendo testadas, e se aprovadas poderão contribuir adicionalmente com a redução do risco cardiovascular. Finalmente, deve-se destacar a importância de medidas não farmacológicas de controle dos fatores de risco, que devem ser sempre recomendadas a todo e qualquer paciente.\u0000\u0000Unitermos\u0000Doenças cardiovasculares. Aterosclerose. Dislipidemias. Medicamentos hipolipemiantes. Estatinas.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"118 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134112054","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Atualização sobre doenças da tiroide","authors":"Débora Moroto, João Roberto Deroco Martins","doi":"10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.42-48","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2021.20.4.42-48","url":null,"abstract":"Doenças tiroidianas são eventos muito prevalentes e que podem comprometer a saúde de toda a população. O objetivo desta revisão é fornecer uma atualização das principais doenças tiroidianas no tocante à sua etiopatogenia, diagnóstico e tratamento. Dentre as disfunções, o hipotireoidismo é a principal causa de deficiência hormonal, tendo prevalência de 1-7% em regiões onde não há deficiência de iodo. Sua principal etiologia é a tireoidite de Hashimoto, porém outras tireoidites, tais como a pós-parto, medicamentosa, pós-irradiação, aguda e subaguda, podem cursar com hipotireoidismo. Mais raramente, doenças hipotalâmicas/hipofisárias podem ser causas secundárias de hipotireoidismo. Como os sintomas podem ser inespecíficos, o diagnóstico deve ser confirmado com a dosagem de TSH e hormônios tiroidianos (HT) e o tratamento feito com levotiroxina. Já o hipertiroidismo pode ocorrer em 0,5-1,3% da população geral. Em regiões com suficiência de iodo, a doença de Graves é a principal causa de hipertiroidismo, seguida dos nódulos tóxicos. Nos quadros típicos os sinais/sintomas são evidentes. Laboratorialmente se manifesta com TSH reduzido e HT elevados. Cintilografia pode ser necessária na diferenciação da etiopatogenia. De forma geral, o tratamento do hipertiroidismo pode ser feito com drogas antitiroidianas, radioiodo ou cirurgia. Nódulos tiroidianos também são muito prevalentes, podendo ser palpáveis em 4-7% da população. Se ultrassonografia cervical for feita de forma sistemática, essa prevalência chega a até 68%. Feito o diagnóstico, o principal objetivo é afastar uma neoplasia maligna e o principal método para isso é a punção aspirativa por agulha fina.\u0000\u0000Unitermos\u0000Tiroide. Disfunções tiroidianas. Hipotiroidismo. Hipertiroidismo. Nódulos tiroidianos.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"63 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133095742","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Reabilitação nas síndromes dolorosas crônicas","authors":"E. P. Magalhães","doi":"10.46833/reumatologiasp.2021.20.2.69-73","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2021.20.2.69-73","url":null,"abstract":"A dor crônica é uma condição comum que, a despeito dos avanços terapêuticos, ainda é de difícil condução. Envolve aspectos físicos, psicológicos e sociais. A reabilitação em dor crônica tem o objetivo de reduzir a dor e melhorar o desempenho funcional e a qualidade de vida dos pacientes. A reabilitação envolve uma equipe de profissionais de diversas especialidades visando a atender todas as dimensões da dor crônica. O paciente deve entender e participar ativamente do programa incorporando os conceitos e intervenções propostas em sua rotina diária. Este artigo analisa alguns dos princípios básicos na prática da reabilitação em dor crônica, como a equipe multidisciplinar e os exercícios.\u0000\u0000Unitermos: Dor crônica. Reabilitação. Exercícios físicos.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133576287","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Dor neuropática – investigação e tratamento específico","authors":"G. Kubota, D. C. Andrade","doi":"10.46833/reumatologiasp.2021.20.2.17-27","DOIUrl":"https://doi.org/10.46833/reumatologiasp.2021.20.2.17-27","url":null,"abstract":"A dor neuropática é uma condição clinicamente definida e provocada por uma lesão ou doença de vias neurológicas somatossensitivas. Ela ocorre em aproximadamente 7% a 10% da população mundial, e resulta em grande impacto econômico e sobre a qualidade de vida dos doentes. Os seus critérios diagnósticos levam em consideração: a história compatível com dor neuropática por uma lesão e/ou doença relevante; distribuição neuroanatomicamente plausível da dor, e testes diagnósticos que confirmem a presença da lesão e/ou doença em questão. Instrumentos de rastreio, como o Douleur Neuropathique en 4 Questions (DN-4) podem auxiliar em sua identificação, especialmente por não especialistas. Cuidados multidisciplinares são parte importante do tratamento destes doentes, porém a farmacoterapia é ainda hoje o seu elemento fundamental. As diretrizes da NeuPSIG (Neuropathic Pain – Special Interest Group) recomendam ligantes da subunidade α2δ de canais de cálcio sensíveis a voltagem (gabapentina e pregabalina), inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina (duloxetina e venlataxina) e antidepressivos tricíclicos como primeira linha terapêutica; emplastros de lidocaína 5% e de capsaicina 8%, e tramadol como segunda linha; e onabotulinumtoxina A e opioides fortes (morfina e oxicodona) como terceira linha. A escolha da melhor estratégia terapêutica, no entanto, deve ser individualizada e levar em consideração o tipo de dor neuropática (periférica vs. central), extensão da área acometida, comorbidades e preferências do paciente, riscos de interações farmacológicas e de efeitos colaterais. Casos refratários devem ser conduzidos preferencialmente por médico especialista em dor, e para eles modalidades terapêuticas invasivas e neuromodulação podem ser considerados.\u0000\u0000Unitermos: Dor crônica. Dor neuropática. Analgesia, diagnóstico, tratamento.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"65 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133587286","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}