{"title":"焦磷酸钙沉积(CPPD)痛风和疾病分类标准","authors":"H. P. Sampaio, Renata Ferreira Rosa","doi":"10.46833/reumatologiasp.2022.21.1.54-61","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"As artropatias microcristalinas como a gota e a doença de deposição de cristais de pirofosfato de cálcio (CPPD) estão entre as principais causas de artrite inflamatória no adulto e sua prevalência vem aumentando nos últimos anos. Apresentam manifestações clínicas diversas as quais podem mimetizar outras artropatias, tendo uma variedade de diagnósticos diferenciais. Dessa forma, critérios classificatórios são necessários para homogeneizarmos grupos de pacientes com as mesmas características clínicas e laboratoriais e possibilitarmos melhor abordagem diagnóstica e terapêutica. A visualização dos cristais de monourato de sódio (MSU) e de pirofosfato de cálcio (CPP) por microscópio de luz polarizada em uma articulação afetada ainda é considerada o “padrão-ouro” para o seu diagnóstico. No entanto, a aspiração e visualização dos cristais requerem profissionais capacitados para esta prática, sendo inviável principalmente em ambientes não reumatológicos. Nas últimas décadas, houve uma evolução nos critérios classificatórios de gota, sendo que os últimos critérios desenvolvidos pelo American College of Rheumatology (ACR) e a European League Against Rheumatism (EULAR) com base em exames laboratoriais e de imagem, além de sintomas clínicos e, se disponível, avaliação por microscopia de luz polarizada, apresentaram excelente sensibilidade e especificidade, visando a possibilitar o diagnóstico e tratamento precoces e permitindo a classificação precisa da gota, independentemente da presença de cristais de MSU por análise do líquido sinovial. Até o momento não temos critérios classificatórios validados para as diversas formas de CPPD e, na prática clínica, utilizamos a análise do líquido sinovial em combinação com os achados clínicos e de imagem para chegarmos ao seu diagnóstico.\n\nUnitermos: Gota. Doença por depósito de pirofosfato de cálcio. Pseudogota. Condrocalcinose. Critérios classificatórios.","PeriodicalId":328776,"journal":{"name":"Revista Paulista de Reumatologia","volume":"5 3","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Critérios classificatórios de gota e doença por depósito de pirofosfato de cálcio (CPPD)\",\"authors\":\"H. P. 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Critérios classificatórios de gota e doença por depósito de pirofosfato de cálcio (CPPD)
As artropatias microcristalinas como a gota e a doença de deposição de cristais de pirofosfato de cálcio (CPPD) estão entre as principais causas de artrite inflamatória no adulto e sua prevalência vem aumentando nos últimos anos. Apresentam manifestações clínicas diversas as quais podem mimetizar outras artropatias, tendo uma variedade de diagnósticos diferenciais. Dessa forma, critérios classificatórios são necessários para homogeneizarmos grupos de pacientes com as mesmas características clínicas e laboratoriais e possibilitarmos melhor abordagem diagnóstica e terapêutica. A visualização dos cristais de monourato de sódio (MSU) e de pirofosfato de cálcio (CPP) por microscópio de luz polarizada em uma articulação afetada ainda é considerada o “padrão-ouro” para o seu diagnóstico. No entanto, a aspiração e visualização dos cristais requerem profissionais capacitados para esta prática, sendo inviável principalmente em ambientes não reumatológicos. Nas últimas décadas, houve uma evolução nos critérios classificatórios de gota, sendo que os últimos critérios desenvolvidos pelo American College of Rheumatology (ACR) e a European League Against Rheumatism (EULAR) com base em exames laboratoriais e de imagem, além de sintomas clínicos e, se disponível, avaliação por microscopia de luz polarizada, apresentaram excelente sensibilidade e especificidade, visando a possibilitar o diagnóstico e tratamento precoces e permitindo a classificação precisa da gota, independentemente da presença de cristais de MSU por análise do líquido sinovial. Até o momento não temos critérios classificatórios validados para as diversas formas de CPPD e, na prática clínica, utilizamos a análise do líquido sinovial em combinação com os achados clínicos e de imagem para chegarmos ao seu diagnóstico.
Unitermos: Gota. Doença por depósito de pirofosfato de cálcio. Pseudogota. Condrocalcinose. Critérios classificatórios.