{"title":"O EFEITO DE EXPOSIÇÃO ÀS ONDAS SOBRE A DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DE PERACARIDA ASSOCIADA À COMUNIDADE BOSTRYCHIETUM EM PRAIA DO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO","authors":"P. Moretti, A. P. Ferreira, F. Leite","doi":"10.21826/2178-7581X2018064","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018064","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127577629","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
R. G. Nascimento, E. Santos-Silva, R. C. Mendes, L.J.O. Geraldes-Primeiro, H. Soares
{"title":"FORMAS DE RESISTÊNCIA: IMPLICAÇÕES PARA A AQUICULTURA","authors":"R. G. Nascimento, E. Santos-Silva, R. C. Mendes, L.J.O. Geraldes-Primeiro, H. Soares","doi":"10.21826/2178-7581x2018235","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018235","url":null,"abstract":"A produção de zooplâncton em tanques escavados, para a alimentação de larvas de algumas espécies de peixes, é uma alternativa bem difundida entre os piscicultores na Amazônia. Neste contexto, entender o papel das formas de resistência desses zooplâncton nesses ambientes é de grande relevância para o manejo e sucesso dessa atividade. O objetivo geral desse estudo foi investigar a dinâmica da recolonização e produção de cladóceros nesses tanques e o papel das suas formas dormentes nesse processo. Para isto foi realizado um experimento em um tanque de alvenaria de 46m2 por 1m de profundidade e uma camada de sedimento (10cm). As coletas, medidas e observações foram diárias (30 dias). Inicialmente estimou-se a densidade das formas de resistência presentes no sedimento através de amostras coletadas com um aparato tipo “corer”, confeccionado com tubo de PVC de 50 mm. Para estimar as taxas diárias de eclosão e produção das formas de resistência foram utilizadas armadilhas especiais, tanto para capturar organismos eclodidos das formas de resistência presentes no sedimento, quanto formas de resistência produzidas e liberadas pelos organismos adultos presentes no tanque. Foi estimada uma densidade de 3.293,6/m2 formas dormentes de cladóceros no sedimento do tanque. As primeiras eclosões ocorreram a partir do terceiro dia, com maior número entre o décimo e décimo quinto dia. Somente Moina micrura eclodiu, com uma média de 21 eclosões por dia. Os primeiros dias são essenciais para que a população se restabeleça, não sendo indicado então, a realização de qualquer atividade no tanque como, coleta de organismos, introdução de alevinos ou qualquer outro organismo. Isto permitirá que, nesse período, o fitoplâncton se estabeleça e que os organismos eclodam, cresçam e comecem a se reproduzir. A produção de formas dormentes foi contínua a partir do quinto dia, com taxa média de 742 ovos.m-2.Dia-1. A densidade das formas dormentes encontradas no sedimento foi considerada alta, comparada a ambientes naturais. Portanto, a prática usual da retirada da camada superficial do sedimento é inadequada, pois comprometerá o processo de recolonização e produção dos organismos. Coletas exaustivas de cladóceros produzidos nos tanques são desaconselháveis porque prejudicarão a produção de novas formas dormentes que reporiam o estoque de formas dormentes no sedimento, garantindo assim, que novos ciclos de produção possam ser realizados sem necessidade de inoculação de organismos nos tanques.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"61 5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127627395","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
D. R. Alencar, G.S.G.N. Pitombeira, D. B. Correia, W. M. Nascimento, L. S. Lima, I. C. D. Lucena, R. S. Macedo, J. G. Araújo, Allysson P. Pinheiro
{"title":"CRESCIMENTO RELATIVO DO CAMARÃO MACROBRACHIUM AMAZONICUM (HELLER, 1862) (DECAPODA, PALAEMONIDAE) NA SUB-BACIA DO SALGADO, CEARÁ, BRASIL","authors":"D. R. Alencar, G.S.G.N. Pitombeira, D. B. Correia, W. M. Nascimento, L. S. Lima, I. C. D. Lucena, R. S. Macedo, J. G. Araújo, Allysson P. Pinheiro","doi":"10.21826/2178-7581X2018016","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018016","url":null,"abstract":"O camarão de água doce Macrobrachium amazonicum é considerado uma espécie modelo para estudos ecológicos, devido a sua plasticidade fenotípica. A espécie foi amplamente estudada recentemente em ambientes controlados e ecossistemas costeiros da região Norte do Brasil. Contudo estudos ecológicos para regiões pouco exploradas como o semiárido nordestino podem nos revelar informações importantes acerca do desenvolvimento da espécie. Estudos de crescimento são crusciais para o conhecimento de aspectos biológicos, ecológicos, reprodutivos e evolutivos em crustáceos. Recentemente, M. amazonicum ganhou destaque ao serem classificados quatro morfotipos na estrutura social de machos, de acordo com as características morfológicas externas. Cada morfotipo representa um estágio diferente do crescimento e varia de acordo com a cor e o comprimento do quelípodo. Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar o crescimento relativo de machos de M. amazonicum provenientes de populações do semiárido nordestino. Foram analisados 120 espécimes provenientes de expedições na sub-bacia do rio Salgado referentes ao projeto “Crustáceos do Semiárido”,. Os camarões foram considerados morfologicamente adultos pela presença do apêndice masculino no segundo par de pleópodes. Para a análise de crescimento relativo, a regressão alométrica (log y = log a + b*log x) foi utilizada como variável dependente (y) o comprimento do quelípodo, em resposta à variável independente (x), comprimento da carapaça. Os machos apresentaram correlação significativa das variáveis morfométricas analisadas (r2=0,6679; p<0,001) e crescimento alométrico negativo do própodo em resposta ao crescimento da carapaça (b = 87192; p<0,001). A menor taxa de crescimento do própodo em relação a carapaça provavelmente resulta da disponibilidade de recursos, que pode restringir a biologia de machos M. amazonicum no semiárido nordestino. Dessa forma, as maiores taxas de temperatura relativa dos ecossistemas aquáticos podem acelerar o metabolismo dos machos de M. amazonicum e fazer com que os mesmos atinjam a maturidade sexual om menor tamanho morfométrico, relatando novas características morfológicas para a espécie no semiárido brasileiro. Por fim, espera-se com esse trabalho ampliar os conhecimentos sobre as interações da espécie com o ecossistema semiárido.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133726792","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
C. Araújo-Silva, J. F. Souza-Filho, E. Guedes-Silva
{"title":"DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E DIVERSIDADE DE TANAIDACEA (PERACARIDA) EM UMA PLATAFORMA CONTINENTAL TROPICAL","authors":"C. Araújo-Silva, J. F. Souza-Filho, E. Guedes-Silva","doi":"10.21826/2178-7581X2018072","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018072","url":null,"abstract":"A macrofauna bentônica desempenha importantes funções ecológicas que influenciam o ambiente e, este por sua vez, também agem sobre sua abundância e distribuição. As plataformas continentais possuem diversos tipos de habitats bentônicos consolidados e inconsolidados que dão suporte a uma diversificada fauna. A plataforma continental (PC) de Tamandaré (litoral sul de Pernambuco) é caracterizada pela presença de estuários, beachrocks e fanerógamas, além de abrigar a primeira área de proteção para conservação de habitats marinhos no Brasil (APA Costa dos Corais). O objetivo deste trabalho foi investigar a distribuição espacial da comunidade de Tanaidacea na PC de Tamandaré. Três tipos de amostradores de campo foram utilizados: Van Veen de 1 L (3 amostras) e dragas (24 amostras). O sedimento foi analisado quanto ao fator granulometria. Foram coletadas um total de 27 amostras ao longo da PC interna (0 – 20 m; 9 amostras) e externa (>20 m; 18 amostras) em dois momentos diferentes (maio/jun/2016 e jun/ago/2017). Um total de 1228 espécimes foram contabilizados e classificados em 11 famílias, 22 gêneros e 38 espécies, dentre estas, novas ocorrências e potenciais espécies novas foram encontradas. Os indíces de riqueza de Margalef, abundância e diversidades de Simpson e Shannon espécies demonstraram um aumento expressivo para áreas de maior profundidade (PC externa) quando comparados à PC interna. Os tipos de sedimento que influenciaram na distribuição das espécies foram grânulo e areia grossa. O resultado da PERMANOVA apresentou diferenças significativas para profundidade (p<0.05), mas não para sedimento. A análise SIMPER apresentou elevada dissimilaridade entre a PC interna e externa (96,23%), sendo Chondrochelia dubia, Apseudomorpha sp. e Calozodion bacescui as espécies que mais contribuíram para essas diferenças. Este estudo demonstrou que a distribuição espacial e diversidade da comunidade de Tanaidacea da PC de Tamandaré foi fortemente influenciada pelo fator profundidade comparado ao fator granulometria. Também foi observado que a diversidade de Tanaidacea é subestimada para região Nordeste, uma vez que, na literatura, das 43 espécies registradas para o litoral brasileiro, apenas 17 são reportadas para esta região.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114308261","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
V.P.N. Cordeiro, L.E.A. Bezerra, R. Cruz, C. Teixeira
{"title":"ANÁLISE DA DISPERSÃO LARVAL DE PANULIRUS SP. POR MODELAGEM NUMÉRICA: A INFLUÊNCIA DA PLUMA DO AMAZONAS E DAS CORRENTES NA CONECTIVIDADE ECOLÓGICA ENTRE A MARGEM EQUATORIAL BRASILEIRA E O CARIBE","authors":"V.P.N. Cordeiro, L.E.A. Bezerra, R. Cruz, C. Teixeira","doi":"10.21826/2178-7581x2018301","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018301","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"7 5","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114107858","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
B. P. Camillo, I. Miranda, F. L. Mantelatto, F. Zara
{"title":"ULTRAESTRUTURA COMPARATIVA DOS ESPERMATOZÓIDES DE PORCELLANIDAE (ANOMURA, GALATHEOIDEA: PETROLISTHES E PISIDIA)","authors":"B. P. Camillo, I. Miranda, F. L. Mantelatto, F. Zara","doi":"10.21826/2178-7581X2018178","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018178","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117300541","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"TAXONOMIA DA FAUNA DE PERACARIDA (CRUSTACEA) DO MÉDIOLITORAL E INFRALITORAL RASO DE UMA PRAIA ARENOSA DO URUGUAI","authors":"T. Ramos, O. Defeo","doi":"10.21826/2178-7581x2018305","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018305","url":null,"abstract":"Em ecologia de praias arenosas no Uruguai existem poucos antecedentes relacionados com estudos taxonômicos da superordem Peracarida, em particular nas zonas inferiores do médiolitoral e infralitoral raso. Os peracáridas são componentes importantes no ecossistema em questão uma vez que apresentam uma alta diversidade e abundancia nas zonas mencionadas. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi de realizar um estudo taxonômico da fauna de Peracarida no entremarés e infralitoral raso da praia Barra del Chuy, Uruguai. Também, foram avaliados padrões de zonação das espécies e suas variações sazonais (verão – inverno). Este estudo foi realizado em Barra del Chuy uma praia arenosa dissipativa onde foi realizada duas coletas uma no verão e outra no inverno de 2015. Foram realizadas amostras qualitativas utilizando-se um trenó e quantitativas a partir do uso de um corer, que incluíram os níveis superior e inferior do médiolitoral e o infralitoral raso entre 0.25m e 0.50m de profundidade. A partir dessas amostras foram encontrados 6156 exemplares de Peracaridas que pertencem a 4 ordens, 14 famílias e 16 espécies, onde 12 são registradas pela primeira vez para a costa uruguaia. As ordens melhor representadas foram Amphipoda (62%), Isopoda (25%), Mysida (6.25%) e Cumacea (6.25%). Ademais, as analises de ordenação dos transectos baseado na composição das espécies mostrou grupos diferentes entre verão e inverno assim como do entremarés com o infralitoral raso. Os táxons Puelche orensanzi (Barnard & Clark, 1982), Metamysidopsis elongata atlântica (Bacescu, 1968), Cheus annae (Thurston, 1982) e Phoxocephalopsis sp. foram as espécies que diferenciaram as comunidades do verão e inverno apresentando certa sazonalidade, além disso Puelche orensanzi (Barnard & Clark, 1982) e Cheus annae (Thurston, 1982) também foram as espécies que tipificaram os dois níveis de praia trabalhados devido ao seus diferentes padrões de abundancia. Os resultados encontrados mostraram um numero significativo de novos registros para a macrofauna de Peracarida que habitam a praia Barra del Chuy. Em consequência estes resultados, aportam valiosa informação sobre um componente faunístico importante e subestimado pela literatura cientifica relacionado com a ecologia de praias arenosas.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124464403","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
E. Santos-Silva, R. G. Nascimento, R. C. Mendes, M.G.S. Bandeira, L.J.O. Geraldes-Primeiro
{"title":"DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE FORMAS DE RESISTÊNCIA DE CLADOCERA (CRUSTACEA, BRANCHIOPODA) NO SEDIMENTO DE UM LAGO AMAZÔNICO","authors":"E. Santos-Silva, R. G. Nascimento, R. C. Mendes, M.G.S. Bandeira, L.J.O. Geraldes-Primeiro","doi":"10.21826/2178-7581x2018200","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018200","url":null,"abstract":"Um grande número de cladóceros produzem formas de resistência que são liberadas na água, como estratégia para se manter em ambientes instáveis e adversos. Algumas delas se depositarão no sedimento, formarão um banco de ovos e eclodirão para recolonizar os ambientes quando em condições propícias. Em ambientes com grande variação do nível da água, grandes áreas ficam expostas e ressecam, no período de águas baixas. No lago Tupé, das 96 espécies de Cladocera, 2/3 não são encontradas durante as águas baixas e reaparecem quando estes ambientes terrestres voltam a ser aquáticos. Para entender este fenômeno, verificou-se quais espécies de cladóceros da comunidade ativa produziram formas dormentes, a distribuição dessas formas no ambiente e se haveria diferença no número de eclosões das formas dormentes coletadas em sedimento com água e sem água. As coletas de sedimento foram realizadas no período de águas baixas (em setembro e novembro de 2011), em 32 pontos homogeneamente distribuídos em dois hábitats deste ambiente: (i) canal (lago e igarapés) e (ii) praia (ambiente periodicamente inundado=ATTZ). As amostragens no canal foram realizadas com um corer (60 mm de diâmetro) e na praia com um tubo de PVC (50 mm de diâmetro). No laboratório as formas dormentes foram extraídas do sedimento e colocadas em incubadoras para eclosão. Eclodiram indivíduos de oito espécies da comunidade ativa do lago: Ilyocryptus spinifer Herrick, 1882, Ephemeroporus barroisi (Richard, 1894), Diaphanosoma Fischer, 1854, Holopedium amazonicum Stingelin,1904, Ceriodaphnia cornuta Sars, 1886, Moina minuta Hansen, 1899, Bosmina longirostris (O.F.Müeller, 1785) e Bosminopsis deitersi Richard, 1895. O maior número de eclosões foi do sedimento das praias e o maior número de espécies de sedimentos coletados próximo à desembocadura do maior igarapé da bacia do lago. Das espécies identificadas, seis (6) são planctônicas. Os estímulos imediatos que desencadeiam a produção de formas dormentes nas espécies planctônicas e litorâneas são diferentes. A dessecação não influencia negativamente a viabilidade das formas dormentes. As formas dormentes não são homogeneamente distribuídas no sedimento do lago. A produção de formas dormentes é um mecanismo adaptativo importante no sucesso dos cladóceros que vivem em ambientes com sazonalidade marcante, variando de aquático para terrestre. Os igapós são importantes para a manutenção da diversidade de cladóceros desses ambientes sazonalmente inundados.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122988365","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Alice Garcia Bento, Laura S. López Greco, F. Zara
{"title":"COMPORTAMENTO DE CÓPULA E ARMAZENAMENTO ESPERMÁTICO NO CARANGUEJO HYPOCONCHA PARASITICA (PODOTREMATA: DROMIIDAE)","authors":"Maria Alice Garcia Bento, Laura S. López Greco, F. Zara","doi":"10.21826/2178-7581x2018184","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018184","url":null,"abstract":"1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, laboratório de Morfologia de Invertebrados (IML), Departamento de Biologia Aplicada, UNESP/14881-900, Jaboticabal, SP. 2 Universidad de Buenos Aires. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Instituto de Biodiversidad y Biología Experimental y Aplicada (IBBEA, CONICET-UBA). Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. DBBE. Buenos Aires, Argentina. *Autor correspondente: malice.unesp@gmail.com","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123044564","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
P. Paixão, Patrícia de Souza Santos, Guidomar Oliveira Soledade, A. O. Almeida
{"title":"EXTENSÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE CAMARÕES DO GÊNERO SYNALPHEUS SPENCE BATE, 1888 (DECAPODA: ALPHEIDAE) NO ATLÂNTICO SUL OCIDENTAL","authors":"P. Paixão, Patrícia de Souza Santos, Guidomar Oliveira Soledade, A. O. Almeida","doi":"10.21826/2178-7581X2018280","DOIUrl":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018280","url":null,"abstract":"Synalpheus é o segundo gênero mais diverso da família Alpheidae, apresentando 169 espécies distribuídas pelo mundo, sendo muitas encontradas em associação com esponjas. No Atlântico Ocidental, a maioria dos estudos envolvendo estes camarões foi conduzida em sua porção norte, no Mar do Caribe, enquanto que, no Brasil, poucos estudos foram realizados, incluindo novos relatos de ocorrência. O objetivo deste trabalho foi registrar três novas ocorrências do gênero no litoral pernambucano que aumentam a distribuição conhecida para as espécies. Foram efetuadas dragagens na plataforma continental ao largo de Recife em fevereiro de 2018, em profundidades de 50 a 65 m. As esponjas coletadas foram cuidadosamente fragmentadas e os alfeídeos obtidos foram separados, preservados em álcool 70%, devidamente etiquetados e identificados com base em chaves de identificação e descrições originais. Foi registrada a ocorrência de Synalpheus yano (n = 1, em 8°13’52.1” S 34°37’41.2” W), presente, no extremo norte, no Golfo do México e previamente relatado, no Brasil, apenas para o estado do Ceará, aumentando assim sua distribuição meridional. Esta espécie havia sido previamente observada em associação com esponjas em profundidades de 10 a 15 m. Esta distribuição batimétrica é agora estendida para 51,8 metros. Duas outras espécies, ambas simbiontes de esponjas, eram previamente conhecidas apenas de suas localidades-tipo e constituem novas ocorrências para a costa brasileira e para o Atlântico Sul Ocidental. Synalpheus cf. brevidactylus (n = 1, em 8°13’52.1” S 34°37’42.7” W), localidade-tipo Isla Grande e Bocas del Toro, Panamá, era conhecida em profundidades de 1 a 3 m, tendo sido coletada em 50 m no presente estudo. Synalpheus corallinus (n = 2, em 8°13’33.0” S 34°37›40.3» W), localidade-tipo Discovery Bay, Jamaica, não possuía dados a respeito da profundidade onde vive, e foi encontrada a 51,8 metros no presente estudo.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122098603","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}