P. Paixão, Patrícia de Souza Santos, Guidomar Oliveira Soledade, A. O. Almeida
{"title":"EXTENSÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE CAMARÕES DO GÊNERO SYNALPHEUS SPENCE BATE, 1888 (DECAPODA: ALPHEIDAE) NO ATLÂNTICO SUL OCIDENTAL","authors":"P. Paixão, Patrícia de Souza Santos, Guidomar Oliveira Soledade, A. O. Almeida","doi":"10.21826/2178-7581X2018280","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Synalpheus é o segundo gênero mais diverso da família Alpheidae, apresentando 169 espécies distribuídas pelo mundo, sendo muitas encontradas em associação com esponjas. No Atlântico Ocidental, a maioria dos estudos envolvendo estes camarões foi conduzida em sua porção norte, no Mar do Caribe, enquanto que, no Brasil, poucos estudos foram realizados, incluindo novos relatos de ocorrência. O objetivo deste trabalho foi registrar três novas ocorrências do gênero no litoral pernambucano que aumentam a distribuição conhecida para as espécies. Foram efetuadas dragagens na plataforma continental ao largo de Recife em fevereiro de 2018, em profundidades de 50 a 65 m. As esponjas coletadas foram cuidadosamente fragmentadas e os alfeídeos obtidos foram separados, preservados em álcool 70%, devidamente etiquetados e identificados com base em chaves de identificação e descrições originais. Foi registrada a ocorrência de Synalpheus yano (n = 1, em 8°13’52.1” S 34°37’41.2” W), presente, no extremo norte, no Golfo do México e previamente relatado, no Brasil, apenas para o estado do Ceará, aumentando assim sua distribuição meridional. Esta espécie havia sido previamente observada em associação com esponjas em profundidades de 10 a 15 m. Esta distribuição batimétrica é agora estendida para 51,8 metros. Duas outras espécies, ambas simbiontes de esponjas, eram previamente conhecidas apenas de suas localidades-tipo e constituem novas ocorrências para a costa brasileira e para o Atlântico Sul Ocidental. Synalpheus cf. brevidactylus (n = 1, em 8°13’52.1” S 34°37’42.7” W), localidade-tipo Isla Grande e Bocas del Toro, Panamá, era conhecida em profundidades de 1 a 3 m, tendo sido coletada em 50 m no presente estudo. Synalpheus corallinus (n = 2, em 8°13’33.0” S 34°37›40.3» W), localidade-tipo Discovery Bay, Jamaica, não possuía dados a respeito da profundidade onde vive, e foi encontrada a 51,8 metros no presente estudo.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21826/2178-7581X2018280","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Synalpheus é o segundo gênero mais diverso da família Alpheidae, apresentando 169 espécies distribuídas pelo mundo, sendo muitas encontradas em associação com esponjas. No Atlântico Ocidental, a maioria dos estudos envolvendo estes camarões foi conduzida em sua porção norte, no Mar do Caribe, enquanto que, no Brasil, poucos estudos foram realizados, incluindo novos relatos de ocorrência. O objetivo deste trabalho foi registrar três novas ocorrências do gênero no litoral pernambucano que aumentam a distribuição conhecida para as espécies. Foram efetuadas dragagens na plataforma continental ao largo de Recife em fevereiro de 2018, em profundidades de 50 a 65 m. As esponjas coletadas foram cuidadosamente fragmentadas e os alfeídeos obtidos foram separados, preservados em álcool 70%, devidamente etiquetados e identificados com base em chaves de identificação e descrições originais. Foi registrada a ocorrência de Synalpheus yano (n = 1, em 8°13’52.1” S 34°37’41.2” W), presente, no extremo norte, no Golfo do México e previamente relatado, no Brasil, apenas para o estado do Ceará, aumentando assim sua distribuição meridional. Esta espécie havia sido previamente observada em associação com esponjas em profundidades de 10 a 15 m. Esta distribuição batimétrica é agora estendida para 51,8 metros. Duas outras espécies, ambas simbiontes de esponjas, eram previamente conhecidas apenas de suas localidades-tipo e constituem novas ocorrências para a costa brasileira e para o Atlântico Sul Ocidental. Synalpheus cf. brevidactylus (n = 1, em 8°13’52.1” S 34°37’42.7” W), localidade-tipo Isla Grande e Bocas del Toro, Panamá, era conhecida em profundidades de 1 a 3 m, tendo sido coletada em 50 m no presente estudo. Synalpheus corallinus (n = 2, em 8°13’33.0” S 34°37›40.3» W), localidade-tipo Discovery Bay, Jamaica, não possuía dados a respeito da profundidade onde vive, e foi encontrada a 51,8 metros no presente estudo.