{"title":"Proposta de Jürgen Habermas em “O Futuro da Natureza Humana”","authors":"K. Efken, Aleph Cedrim Barbalho","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p05-37","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p05-37","url":null,"abstract":"Este artigo é uma investigação bibliográfica a respeito da proposta filosófica de Jürgen Habermas em “O futuro da natureza humana”. Tem como objetivos apresentar um panorama do pensamento de Habermas e como se relaciona ao exposto nessa obra. Apresentamos um aprofundamento sobre pressupostos que Habermas ergue como dados. É o caso da teoria da justiça kantiana e da ética do ser si mesmo kierkegaardiana, pensamentos relacionados à construção da filosofia habermasiana e seu pensamento pós-metafísico. Partindo da conferência “Moderação justificada”, Habermas expõe propostas de soluções a problemas derivados de situações, em breve possíveis, graças a avanços da biotecnologia. Culmina em debate sobre técnicas genéticas aplicadas à vida humana pré-pessoal como eugenia liberal, pela “criação de humanos”. É um problema hipotético, desenvolvido em pensamento preventivo para o futuro, o que justifica a necessidade de esclarecimento a respeito de como Habermas delineia sua reflexão. Como resultado da pesquisa, encontramos a proposta habermasiana no estreitamento dos limites dentro dos quais intervenções biotécnicas seriam normativamente válidas e responsáveis. Exclusivamente as com efeitos previsíveis e que pudessem, necessariamente, pressupor consentimento das futuras pessoas concernidas, que teriam sofrido intervenções genéticas.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"76 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116760502","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Potenciação Sombria, Invenção do Eu e (In)Determinação Desviante","authors":"Cássio Roberto Borges da Silva","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p61-116","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p61-116","url":null,"abstract":"No corpo deste artigo, Kierkegaard e Cioran nos ajudam a entender de que modo o demoníaco, como relação do indivíduo consigo mesmo, apresenta-se como força producente no centro das antinomias. A potência máxima dessa criação emana da imaginação subjetiva. Por sua vez, o sentimento de si na autocompreensão é indeterminado, pois o conteúdo criado é apenas intuído no ser do homem como angústia e desespero da própria tarefa de determinar-se. Nessa busca, o eu flutua como sombras, que nada mais são do que realidades possíveis de um si mesmo perdido na plenitude divinizante de sua indeterminação.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115369824","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Linguagem e Paradoxo nos Pseudônimos de Kierkegaard","authors":"Franklin Roosevelt Martins de Castro","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p117-137","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p117-137","url":null,"abstract":"O escopo deste artigo é argumentar que a linguagem em Kierkegaard é perpassada pelo paradoxo, que a sua constituição se dá na compreensão da “queda”, dos limites da razão e no devir histórico. Podemos afirmar que a linguagem humana é o modo como o paradoxo se apresenta, ao mesmo tempo em que seria impossível apreendê-lo fora daquela. A partir da leitura dos pseudônimos Johannes de Silentio, Johannes Climacus e Johannes Anti-Climacus, o escritor Soren Kierkegaard apre-senta os modos como a linguagem do para-doxo se efetiva em nossa existência, seja, como sinal de contradição, ironia e humor. A verdade é comunicável? Esta é a indagação que norteia este folheto.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133704726","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Estético Em Ou-Ou De Kierkegaard E Sua Dinâmica Paradoxal","authors":"Paulo Abe","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p138-156","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p138-156","url":null,"abstract":"No presente artigo, procuramos analisar como o pseudônimo de Kierke-gaard, o esteta A, define o estágio estético sem e com reflexão. Neste percurso, procuraremos fazer isso, dando importância também a como o paradoxo se apresenta neste modo de viver e não apenas no religioso, com a fé e Cristo, como geral-mente entendido. Dividimos o artigo em quatro etapas: 1) Alegria x Felicidade; 2) Ou-ou; 3) O desejo; 4) O estético masculino.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123943881","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A Angústia Diante do Tornar-se si Mesmo no Pensamento de Søren Kierkegaard","authors":"T. Silva","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p38-60","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p38-60","url":null,"abstract":"Este artigo tem como seu objetivo trabalhar sobre a ideia da angústia na relação com o processo de busca, de devir. Sabe-se que o filósofo dinamarquês é bem conhecido por colocar o significado da angústia como uma “realidade da liberdade frente a possibilidade ante a possibilidade”. E esta realidade da liberdade é que constitui o existente na busca do seu tornar-se ou da singularidade. Em outras palavras, este presente artigo deseja favorecer o entendimento da importância da angústia para o Indivíduo, como também entender como é fundamental compreender a angústia como um caminho para a singularidade. Para isso, o Indivíduo precisa se apropriar de si mesmo, voltando-se para o seu próprio eu para, assim, curar-se da doença mortal que é a fuga da sua própria possibilidade, a não vivência da angústia, que leva o desespero. Por fim, será dividido este artigo em dois pontos centrais: (i) a noção da angústia do pensamento de Kierkegaard e (ii) a compreensão de como a angústia salva pela fé.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132979724","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Trabalho que não Dignifica o Homem","authors":"C. Lisboa, Vladimir de Oliva Mota","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p157-176","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n3.p157-176","url":null,"abstract":"A presente pesquisa tem como objetivo a análise do direito como uma das vertentes primordiais para a caracterização da instituciona-lização do trabalho tendo como base a análise do pensamento de Michel Foucault em sua teoria do poder. Com o advento da era industrial o direi-to trabalhista surge simultaneamente como a ferra-menta não só de proteção ao trabalhador como também de legitimação da exploração laboral, que de acordo com Foucault, é um dos mecanismos que garante o exercício do poder e, consequentemente, do crescimento econômico da classe dominante em toda a história do capitalismo. A história do capitalismo no Brasil está moldada nos mecanismos de poder tendo como alicerce as questões de gênero, classe e raça representando um padrão do perfil das classes marginalizadas no mercado profissional. Para mais, não só Michel Foucault analisou a fundo a função social do trabalho, como antes dele, o próprio Karl Marx que já havia demonstrado que tal função está diretamen-te ligada à capacidade ou não do indiví-duo de submeter-se, por sua vez, aos mecanismos institucionais do labor. Portanto, o estudo visa analisar a relação entre as institucionalizações jurídicas que regulam as relações de trabalhis-tas sob o prisma do pensamento de Michel Foucault tendo como base a lei que legitima as Desigual-dades sociais na sociedade capitalista.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132997123","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Teoria Crítica e Reificação","authors":"Dalmo Cavalcante De Moura","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n2.p115-136","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n2.p115-136","url":null,"abstract":"A Reificação começa a ser problematizada na Teoria Crítica na década de 1930. Na atualidade Axel Honneth vem problematizando-a através da Teoria do Reconhecimento. Assim, a relação agora passa a ser pelos critérios da possibilidade de promover os direitos dos vários grupos sociais e sua formação identitária. Por outro lado, Paulo Freire também trata da Reificação, enquanto impossibilidade do oprimido de pronunciar o mundo. Portanto, nosso texto está delimitado por uma pesquisa bibliográfica e procura buscar as semelhanças entre os autores, o que sugere o potencial de diálogo entre Honneth e Freire acerca da Reificação. o artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica a partir do desenvolvimento do doutorado. Nessa discussão, podemos afirmar que a Reificação em Honneth e Freire tem uma relação aproximada e que é preciso um aprofundamento da temática em discussão.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114745716","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Luis Henrique Saute Zago, A. A. Ferreira, N. Silva, R. Nunes
{"title":"Materialismo Histórico Dialético","authors":"Luis Henrique Saute Zago, A. A. Ferreira, N. Silva, R. Nunes","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n2.p68-87","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n2.p68-87","url":null,"abstract":"O presente trabalho aborda o método materialista histórico dialético, que é base para o desenvolvimento da teoria histórico-cultural. O objetivo é refletir sobre o método para ter clareza dos caminhos que percorreremos ao pesquisar. Para tanto, realizamos uma revisão de literatura para construir os entrelaçamentos necessários quanto a compreensão deste método. Conside-ramos que mesmo que não seja determinante, o método influenciará nas escolhas dos procedimentos de pesquisa. O elemento constituinte por excelência é a história, entendida não como simples sucessão de fatos em uma relação de causa e efeito, mas como a própria vida em movimento. Assim, postulamos que as pessoas não possuem história, elas são a própria história vivida em relação com os outros. O texto apresenta o materialismo histórico dialético como caminho para se alcançar conhecimentos que estejam para além do aparente.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131590298","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gerson Francisco Arruda Júnior, Marcone Felipe Bezerra de Lima
{"title":"Realidade dos Dois Mundos e Dois Cidadãos em Agostinho","authors":"Gerson Francisco Arruda Júnior, Marcone Felipe Bezerra de Lima","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n2.p150-186","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n2.p150-186","url":null,"abstract":"O conceito de livre-arbítrio e liberdade a partir de Agostinho tornou-se imo desde a Antiguidade Tardia e o Período Medieval, tornando-se um alvitre na contemporaneidade. A estrutura lógico-argumentativa do pensamento agostiniano acerca do arbitrium fundamenta-se na ontologia do homem, especificamente na sua constituinte metafísica – a alma (animus). Em sua argumentação, o Hiponense considera a liberdade humana como elemento vinculado à razão, o que diferencia o homem dos demais seres, para os animais, anima e para aquele, animus. Portanto, considerando esse conceito ontológico, foram analisados os dois estados metafísicos do homem e assim seus dois mundos. Dessa forma, Agostinho conceitua o livre-arbítrio como elemento necessário que direciona a vontade para os bens superiores (eternos) ou para os inferiores (temporais), o que permite classificar os dois mundos e seus respectivos cidadãos.","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116615545","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Racionalidade e retórica em Aristóteles","authors":"T. Penna","doi":"10.25247/p1982-999x.2021.v21n2.p88-114","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2021.v21n2.p88-114","url":null,"abstract":"Ao admitirmos que aquilo a que cunhamos racionalidade se identifica com os gêneros de discursividade (lógos), tal racionalidade pode ser re-conhecida através de análise formal dos elementos constitutivos próprios a cada esfera de racionalidade discursiva (lógos). No caso da arte retórica (rethorikê), a matéria do discurso, isto é, as palavras (lógoi), são ordenadas em vista da produção (poiésis) de um “efeito” (érgon), que se identifica com a persuasão (peithós), estritamente ligada a contextos particulares ou casos concretos. Neste sentido, é crucial a compreensão e a prática das “provas” (písteis), de acordo com uma forma (êidos) adequada, que consistirá no (i) raciocínio (lógos) inerente ao discurso; bem como deverá exprimir o (ii) “caráter” (éthos) ou “boa reputação” do orador – considerado como causa motora (ou eficiente) do discurso retórico; e (3) o páthos, isto é, as paixões ou emoções suscitadas através do discurso. Assim, as “provas de persuasão” (písteis) podem ser classificadas como provas lógicas, éticas ou emocionais (patéticas). Aristóteles distingue entre provas artísticas, isto é, intrínsecas (ou técnicas), e as não-artísticas, extrínsecas (ou não-técnicas), isto é, obtidas de modo alheio à arte retórica (rethorikê); enquanto as provas “artísticas” ou técnicas dizem respeito àquelas provas obtidas por meio das regras ou “caminhos” (méthodoi) próprios da retórica (rethorikê), compreendida como arte (techné) de produção (poiésis) de discursos (lógoi) que visam à persuasão (peithós). Portanto, a retórica (rethorikê) aponta para um gênero específico de arte, que – por sua vez – incide em um gênero específico de racionalidade discursiva (lógos), de modo que a mesma se apresenta como espécie de “saber” (epistême). Assim, resta-nos analisar se tal racionalidade inerente a esta espécie de discursividade (lógos) se assemelha com o método (méthodos) próprio da retórica, re-conhecida como espécie de conhecimento (epistême).","PeriodicalId":145419,"journal":{"name":"Revista Ágora Filosófica","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121507137","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}