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Patologia do trato genital: relato de caso 生殖道病理学:病例报告
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1120
Naiana da Silva Castro Rodrigues, Julia Lemos Leboreiro, Bruna Obeica Vasconcellos, Jacqueline Assumção Silveira Montuori, Marcos Paulo Cardoso Marques, Vanessa Rodrigues Apfel
{"title":"Patologia do trato genital: relato de caso","authors":"Naiana da Silva Castro Rodrigues, Julia Lemos Leboreiro, Bruna Obeica Vasconcellos, Jacqueline Assumção Silveira Montuori, Marcos Paulo Cardoso Marques, Vanessa Rodrigues Apfel","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1120","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1120","url":null,"abstract":"Introdução: O câncer de colo de útero é a terceira neoplasia mais incidente no Brasil e responsável por um número elevado de mortes entre a população feminina. Iniciar relações sexuais precocemente, ter múltiplos parceiros, histórico de infecções sexualmente transmissíveis e ter tido múltiplos partos são fatores de risco para o desenvolvimento dessa neoplasia. O exame de Papanicolaou é a principal estratégia para a detecção precoce de lesões precursoras em mulheres de 25 a 64 anos, e, se os dois primeiros exames apresentarem resultados normais, a repetição só será necessária após três anos. No entanto, em mulheres jovens com sintomas, pode ser necessário realizar o exame se houver sangramento vaginal anormal, dispareunia ou dor pélvica com edema de membros inferiores. Quanto ao rastreamento do câncer de colo de útero, o exame de Papanicolaou é o principal, visando identificar anormalidades celulares. Em relação à idade de início do rastreamento, é importante ressaltar que em pacientes menores de 21 anos com risco moderado, é sugerida a realização da colpocitologia. No caso em questão, apesar de a paciente não estar na faixa etária recomendada para a coleta do exame, ela apresentava sinais e sintomas sugestivos de câncer de colo de útero, o que levou a adotar uma conduta individualizada. Assim como a realização do exame citológico é imprescindível, é importante destacar a importância da anamnese e do exame físico no diagnóstico dessa patologia. Nessa paciente, foi possível observar sinais sugestivos de possível gravidade, como o sangramento vaginal. Durante a anamnese, é importante investigar as queixas da paciente, a presença de fatores de risco, a data da última coleta do citopatológico e seu resultado. O exame físico irá auxiliar no diagnóstico, permitindo observar sinais sugestivos de câncer de colo, como a lesão vegetante apresentada pela paciente. Relato de caso: Paciente de 24 anos, G1P1A0, sem comorbidades, compareceu à unidade queixando-se de sangramento transvaginal intermitente há mais de 1 ano, com o último citopatológico realizado há 2 anos. Durante o exame especular, foi observado colo róseo com presença de lesão vegetante em toda a extensão do lábio posterior e se estendendo para a parede vaginal lateral direita. A paciente foi encaminhada para colposcopia, na qual foi identificada uma lesão vegetante no lábio anterior, que se mostrou friável à manipulação. Foi realizada a biópsia, que diagnosticou carcinoma moderadamente escamoso. Conclusão: Neste relato, apesar de a paciente não estar dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde para o rastreamento do câncer de colo de útero, constatou-se que em casos selecionados, excepcionalmente, os sinais e sintomas apresentados indicaram a necessidade de uma investigação mais aprofundada e uma conduta individualizada para a queixa inicial. Não se pode abrir mão de uma anamnese e exame físico adequados para esclarecer as possíveis hipóteses diagnósticas em cada caso. Devemos ter","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"56 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135650702","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Manejo obstétrico de gestante portadora de linfoma de Hodgkin e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida secundária à cardiotoxicidade por quimioterapia: relato de caso 化疗引起心脏毒性的霍奇金淋巴瘤和射血分数降低的心力衰竭孕妇的产科管理:病例报告
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1086
Isabela Carmona Castro Rodriguez, Gabriela Oliveira de Menezes, Aline Silva Izzo
{"title":"Manejo obstétrico de gestante portadora de linfoma de Hodgkin e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida secundária à cardiotoxicidade por quimioterapia: relato de caso","authors":"Isabela Carmona Castro Rodriguez, Gabriela Oliveira de Menezes, Aline Silva Izzo","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1086","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1086","url":null,"abstract":"Introdução: O linfoma de Hodgkin (LH) clássico é um dos principais tipos de linfoma diagnosticados durante a gestação, especialmente devido ao seu pico de incidência na faixa etária em que as mulheres estão em idade reprodutiva. No entanto, os sintomas decorrentes dessa doença muitas vezes se confundem com as alterações fisiológicas normais da gestação, o que torna o diagnóstico e o acompanhamento um desafio. O manejo do LH durante a gestação requer um equilíbrio delicado entre maximizar as chances de cura da mãe e minimizar os riscos potenciais para o desenvolvimento fetal. O tratamento de primeira linha consiste na quimioterapia (QT) com o protocolo ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina), considerado seguro durante a gestação, especialmente quando administrado nos segundo e terceiro trimestres. No entanto, as pacientes ainda podem enfrentar possíveis desfechos desfavoráveis. A doxorrubicina, uma antraciclina utilizada nesse protocolo, pode causar cardiotoxicidade como um efeito adverso. O dano miocárdico inclui a possibilidade de insuficiência cardíaca aguda, com comprometimento do ventrículo esquerdo. O risco de desenvolvimento de cardiomiopatia está relacionado à exposição cumulativa ao medicamento, portanto, as pacientes submetidas a esse tratamento devem ter sua função cardíaca avaliada periodicamente. Relato de caso: Foi atendida uma primigesta de 18 anos, com 36 semanas e 5 dias de gestação, portadora de pré-eclâmpsia (PE) sem sinais de gravidade, diagnosticada com LH do subtipo esclerose nodular (estágio IIB) e com histórico de 5 ciclos de QT utilizando-se o protocolo ABVD. A paciente não apresentava sinais de cardiomiopatia no início do tratamento. Ela procurou uma unidade hospitalar com relato de dispneia aos mínimos esforços, que se iniciou de forma súbita. Foi realizado um ecocardiograma transtorácico (ECOTT) que revelou disfunção sistólica grave do ventrículo esquerdo, com fração de ejeção (FE) de 28%. Em avaliação conjunta com um cardiologista, foi decidido que seria realizada uma cesariana. A cirurgia ocorreu sem intercorrências e resultou no nascimento de um recém-nascido com índice de Apgar de 9/9, sem necessidade de manobras de reanimação. A paciente foi mantida em observação em uma unidade fechada, evoluindo com um puerpério fisiológico. Ela recebeu alta hospitalar com medicações para o manejo da insuficiência cardíaca, e foram agendados retornos ambulatoriais para acompanhamento. O tratamento de quimioterapia foi ajustado pelo hematologista responsável. Comentário: A gestação de alto risco representa um desafio para o obstetra, especialmente devido à sua natureza imprevisível. É essencial garantir que a gestante tenha fácil acesso a serviços de saúde e receber suporte multiprofissional para lidar com as adversidades que possam surgir. O caso relatado acima ressalta a importância do treinamento clínico do obstetra para identificar alterações patológicas durante a gestação e intervir com segurança para gara","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"117 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135650763","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Óbito por sífilis congênita em município de Região Metropolitana do Rio de Janeiro em 2023: relato de caso 2023年里约热内卢里约热内卢市因先天性梅毒死亡:病例报告
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1095
Adriana Camara Colombo, Claudia Cristina de Oliveira, Cecília Turque dos Santos, Carolina Varella Leal Passos, Paula Varella Leal Passos, Christina Thereza Machado Bittar, Mauro Romero Leal Passos
{"title":"Óbito por sífilis congênita em município de Região Metropolitana do Rio de Janeiro em 2023: relato de caso","authors":"Adriana Camara Colombo, Claudia Cristina de Oliveira, Cecília Turque dos Santos, Carolina Varella Leal Passos, Paula Varella Leal Passos, Christina Thereza Machado Bittar, Mauro Romero Leal Passos","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1095","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1095","url":null,"abstract":"Introdução: A sífilis congênita (SC) continua sendo um problema frequente no Brasil, e o estado do Rio de Janeiro apresenta o maior número de óbitos relacionados à SC em comparação com outros estados, registrando 188 óbitos em 2021. Relato de caso: Uma primigesta com idade entre 25 e 29 anos iniciou o pré-natal em agosto de 2022, e o teste rápido (TR) inicial para sífilis foi não reagente. No entanto, em janeiro de 2023, um novo TR foi realizado e apresentou resultado reagente. O tratamento foi administrado somente no dia seguinte, com uma única dose de 2,4 milhões de penicilina benzatina (PB). O exame VDRL foi coletado apenas em fevereiro de 2023, dias após o tratamento com a dose única de PB, e o resultado foi de 1:512. Em março de 2023, a gestante foi admitida em uma maternidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro após ter sido recusada em dois hospitais de outros municípios, com diagnóstico de óbito fetal. Foi iniciada a vigilância epidemiológica durante a internação, e a paciente negou ter apresentado manifestações clínicas de lesões recentes de sífilis em si mesma ou em seus parceiros sexuais. Quando questionada sobre o que pensava sobre o quadro que estava vivenciando, a gestante respondeu imediatamente: \"me sinto culpada\". Dez dias após a internação, foi realizada uma visita à unidade de saúde onde o pré-natal foi realizado, a fim de conversar com o profissional responsável pelo atendimento da gestante. O profissional relatou que \"classificou como sífilis primária, pois era a primeira vez que a mulher apresentava teste positivo\", justificando assim a administração de apenas uma dose de PB para o tratamento. Além disso, na unidade de saúde não há médico para acompanhar o pré-natal, e os exames são solicitados, agendados e coletados em dias diferentes, o que resulta em frequentes atrasos na obtenção dos resultados, como demonstrado na caderneta de pré-natal. O tratamento não é realizado no dia do diagnóstico, pois somente após a notificação do caso para a secretaria de saúde, mesmo no caso de gestantes, o posto recebe o antibiótico. Após a chegada da medicação, a gestante é convocada para receber a administração da penicilina. Fragmentos da placenta foram encaminhados para análise histopatológica, que revelou vilite crônica associada a alterações vasculares fetais, compatíveis com SC. Comentários: A SC e o óbito decorrente da SC refletem, na maioria dos casos, a inadequação do pré-natal, seja na forma como a gestante é atendida, seja na gestão dos fluxos de atendimento na rede básica de saúde. O caso descrito é mais um exemplo infeliz dessa situação.","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"83 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135650893","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Perfil das pacientes com pré-eclâmpsia em um hospital universitário 某大学医院子痫前期患者概况
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1097
Isabelle Gamberoni Assumpção, Ana Paula V. S. Esteves
{"title":"Perfil das pacientes com pré-eclâmpsia em um hospital universitário","authors":"Isabelle Gamberoni Assumpção, Ana Paula V. S. Esteves","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1097","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1097","url":null,"abstract":"Introdução: Os distúrbios hipertensivos são a maior causa de mortalidade materna. Estes estão associados a graves morbidades e ao maior desenvolvimento e morte por doença cardiovascular, além de complicações fetais. Um grupo de fatores de médio e alto risco está intimamente relacionado; identificando-os, a profilaxia e o diagnóstico precoce podem ser mais efetivos e gerar melhores desfechos. Objetivo: Analisar a população de grávidas diagnosticadas com hipertensão no hospital universitário. Métodos: Pesquisa quantitativa, retrospectiva, descritiva e analítica. Analisaram-se todas as internações obstétricas em 2019 e selecionaram-se casos de hipertensão. Em uma amostra de 1.485 internações, totalizaram 154 (10,4%) com tal diagnóstico. O projeto atendeu às Resoluções nº 466/12 e nº 530/19, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob CAAE nº 30255320.0.0000.5247. Resultados: A faixa etária média esteve em 28,6 anos. São brancas 50,6% (78); pardas 33% (51) e pretas 11% (17). A respeito da classificação, 60% (91) é referente à pré-eclâmpsia (PE) e 26% (39) dos diagnósticos foram de PE sobreposta, sendo 2,6% (4) HELLP. Quanto aos antecedentes obstétricos, 22,7% (35) têm história de perda, sendo 19% (29) aborto prévio e 4,5% (7) natimortos; 0,65% (1) tem história de trombofilia; 0,65% (1) tem antecedente de descolamento prematuro de placenta. Ademais, 9,7% (15) tem PE prévia e 0,65% (1) história familiar positiva para tal. Sobre a gravidez atual, 28,5% (44) eram primíparas, têm hipertensão crônica 28,5% (44); nefropatia 0,65% (1); 0,65% (1) tem trombofilia; 0,65% (1) possuíram gravidez múltipla; 1,95% (3) eram diabéticas prévias; 16,8% (26) desenvolveram na gestação; 5,8% (9) eram obesas; 20,1% (31) tinham mais de 35 anos e 7,8% (12) menos de 19. A via de parto mais prevalente foi a cesárea, totalizando 62,33% (96). Foram identificadas 4,5% (7) puérperas. Conclusão: O estudo permitiu caracterizar a incidência e o perfil das gestantes, relacionando-os com as características sociodemográficas, obstétricas, complicações, desfecho fetal e materno. Dentro da população amostral estudada, 75% (116) apresentou, pelo menos, um fator de risco na história epidemiológica, patológica ou obstétrica. Em relação à saúde pública, ressalta-se a necessidade de maior atenção às doenças não transmissíveis, bem como deve-se lançar mão de iniciativas que aumentem a conscientização para que o pré-natal tenha início precoce. Destaca-se a importância da capacitação dos profissionais da atenção primária sobre avaliação de risco, precisa medição da pressão, aconselhamento e garantia de disponibilidade de aspirina, bem como sua adesão. Enfatiza-se que o near miss deve ter cada vez mais destaque para que sejam detectados de forma precoce. Do mesmo modo, deve-se valorizar o aconselhamento sobre gestações futuras, uma vez que em caso de HELLP, o risco de recorrência é de até 27%, e se a gestação terminou antes de 32 semanas, o risco na gestação subsequente é de até 61%.","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135649097","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Manejo de uma gestante coinfectada por sífilis, HIV e HTLV: uma experiência multidisciplinar 梅毒、艾滋病毒和HTLV合并感染孕妇的管理:多学科经验
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1085
Sarah Queiroz Valença Cassino, Regina Rocco, Andréia Luiz Montenegro da Costa, Mario Vicente Giordano
{"title":"Manejo de uma gestante coinfectada por sífilis, HIV e HTLV: uma experiência multidisciplinar","authors":"Sarah Queiroz Valença Cassino, Regina Rocco, Andréia Luiz Montenegro da Costa, Mario Vicente Giordano","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1085","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1085","url":null,"abstract":"Introdução: O cuidado pré-natal desempenha um papel fundamental na identificação de comorbidades durante a gravidez, permitindo um manejo adequado das situações encontradas. Neste relato de caso, descreveremos a situação de uma gestante em situação de vulnerabilidade social, coinfectada com HIV e HTLV, que apresentou anemia grave, sífilis e paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV. Relato de caso: A paciente é uma mulher de 23 anos, solteira, sem companheiro, e estava vivenciando uma gravidez não planejada. Ela possui baixa escolaridade, nunca trabalhou e não possui renda mensal. A paciente segue a religião evangélica e é GII P0 AI (gravidez de segundo filho, parto vaginal sem intervenções prévias). Foi diagnosticada com HIV há 6 anos, mas não aderiu ao tratamento. Ela suspendeu o uso de cocaína ao descobrir a gravidez, na 20ª semana. Na atenção primária, foi realizado um teste rápido positivo para sífilis, e ela iniciou o tratamento com a primeira dose. O exame físico realizado durante a primeira consulta pré-natal revelou uma gestante lúcida, orientada, com boa coloração, hidratação adequada e sem icterícia. Não foram identificados gânglios palpáveis. A cavidade oral apresentava condições precárias de higiene. O abdome era compatível com a idade gestacional, o fundo uterino media 24 cm e os batimentos cardíacos fetais estavam em 154 bpm. A paciente apresentava edema nos membros inferiores (+2/+4) e dificuldade para deambular. Ela teve episódios de sífilis em 2015 e 2020. O teste VDRL inicial foi de 1/256, mas diminuiu para 1/16 após 2 meses de tratamento. Na primeira consulta, a paciente iniciou o esquema antirretroviral com tenofovir, lamivudina e raltegravir. Após 3 meses, a carga viral do HIV tornou-se indetectável. A dificuldade de locomoção associada ao HIV levantou a suspeita de infecção por HTLV, que foi confirmada por sorologia positiva para HTLV-1/2. Na 39ª semana de gestação, ela foi submetida a um parto cesáreo devido ao sofrimento fetal agudo, caracterizado por taquicardia fetal persistente à cardiotocografia. O parto transcorreu sem complicações, resultando no nascimento de um recém-nascido com índice de Apgar de 9/9 e peso de 3.115 g. Durante a internação, a paciente relatou incontinência urinária, o que levantou a possibilidade de uma bexiga neurogênica associada ao HTLV. A falta de autocuidado com o recém-nascido suscitou a hipótese de comprometimento neurológico pelo HTLV. O exame neurológico revelou uma marcha paretoespástica e diadococinesia comprometida na coordenação. Não foram observadas alterações na postura estática, no tônus muscular, na sensibilidade ou nos sinais meníngeos. Foi identificada hiperreflexia nos membros inferiores, presença de reflexos abdominais superior, medial e inferior, reflexo de Babinski bilateral sem clônus e reflexo de Hoffman bilateral. Realizou-se punção lombar para coleta de líquor, que apresentou aspecto límpido, teste VDRL negativo, baciloscopia para BAAR negativa e teste ","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"158 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135650595","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Gravidez na adolescência e sua relação com a via de parto em um município do Rio de Janeiro 在里约热内卢的一个城市,青少年怀孕及其与分娩方式的关系
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1074
João Alfredo Seixas, Philippe Godefroy Costa de Souza, Ana Luiza Mota Lucindo de Carvalho, Juliana Dias Gondim Sanches, Filomena Aste Silveira
{"title":"Gravidez na adolescência e sua relação com a via de parto em um município do Rio de Janeiro","authors":"João Alfredo Seixas, Philippe Godefroy Costa de Souza, Ana Luiza Mota Lucindo de Carvalho, Juliana Dias Gondim Sanches, Filomena Aste Silveira","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1074","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1074","url":null,"abstract":"Introdução: No Brasil, A gravidez na adolescência está associada à desigualdade étnica, cultural e socioeconômica, afetando, principalmente, mulheres de camadas sociais mais baixas. Essa situação tem consequências desfavoráveis para as perspectivas de estudo e trabalho das jovens, impactando seu crescimento pessoal e profissional. Trata-se de um ciclo vicioso que precisa ser interrompido. Objetivo: Conhecer o número e os tipos de parto em gestantes adolescentes em um município do interior do Rio de Janeiro. Métodos: Coletaram-se dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), disponíveis publicamente na internet. Os autores analisaram os dados referentes aos partos de adolescentes com idades entre 10 e 14 anos e entre 15 e 19 anos, ocorridos no município de Valença (RJ), no período de 2017 a 2021 (último ano disponível para consulta). Resultados: Durante o período estudado, ocorreram 4.080 partos no município de Valença (RJ), dos quais 644 (16,7%) foram em adolescentes. Dentre esses, 616 (15%) foram de adolescentes entre 15 e 19 anos e 28 (0,7%) de adolescentes entre 10 e 14 anos de idade. Observou-se uma redução no número de partos nessa faixa etária ao longo dos anos, com os seguintes números: 155, 159, 125, 108 e 97 partos nos anos de 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021, respectivamente. Em relação ao tipo de parto, 10 foram partos vaginais e 18 foram partos cesáreos para as adolescentes entre 10 e 14 anos, enquanto para as adolescentes entre 15 e 19 anos, houve 327 partos vaginais e 289 partos cesáreos. Ao longo dos anos, a proporção de partos vaginais aumentou de 48%, em 2017, para 82%, em 2021. Conclusão: Com base nos resultados apresentados, é possível concluir que houve uma diminuição no número de partos em adolescentes no município de Valença (RJ) entre os anos de 2017 e 2021, juntamente com um aumento na proporção de partos vaginais em relação aos partos cesáreos. Esses números refletem os esforços realizados no município nos últimos anos, incluindo a realização de palestras, visitas às escolas e capacitação dos profissionais de saúde no atendimento às adolescentes, tanto em nível ambulatorial quanto hospitalar. É importante conhecer a magnitude do problema em cada região para que estratégias possam ser adotadas visando minimizar as repercussões desfavoráveis da gravidez na adolescência.","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"167 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135650682","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Doença renal crônica em estágio terminal e gestação: relato de caso 晚期慢性肾病与妊娠:病例报告
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1068
Giulia de Souza Bianco, Wallace Mendes da Silva, Nina Feital Montezzi, Isabella Vilhena Cerviño, Bianca de Avila Lima
{"title":"Doença renal crônica em estágio terminal e gestação: relato de caso","authors":"Giulia de Souza Bianco, Wallace Mendes da Silva, Nina Feital Montezzi, Isabella Vilhena Cerviño, Bianca de Avila Lima","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1068","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1068","url":null,"abstract":"Introdução: A doença renal crônica (DRC) durante a gestação não é muito frequente, pois as alterações metabólicas da DRC podem afetar a função reprodutiva. A concepção no contexto da DRC aumenta a chance de progressão da doença, pré-eclâmpsia (PE), piora da hipertensão pré-gestacional, anemia, aumento do índice de cesariana e perda gestacional, além do risco de complicações fetais, tais como crescimento intrauterino restrito (CIUR), prematuridade e necessidade de internação em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Relato de caso: Paciente de 37 anos, solteira, parda, G5P1 (natimorto) A3 (precoces), portadora de DRC desde os 18 anos, em hemodiálise, hipertensão arterial sistêmica crônica (HAC), cardiopatia reumática com estenose mitral leve/moderada, iniciou o pré-natal no 1° trimestre e estava em uso de metoprolol, diltiazem, hidralazina, clonidina, sulfato ferroso, eritropoietina, ácido fólico, AAS e enoxaparina. Internou com 13 semanas e 4 dias de gestação por descompensação da HAC e da anemia crônica, recebeu alta hospitalar após hemotransfusão e estabilização clínica. Reinternou com 18 semanas e 3 dias de gestação com sangramento vaginal intermitente e descontrole pressórico. Em avaliação ultrassonográfica, foi identificada imagem sugestiva de implantação marginal da placenta e a gestante foi liberada para acompanhamento ambulatorial após estabilização da pressão arterial e interrupção do sangramento. Reinternou pela terceira vez com 24 semanas de gestação por perda vaginal de líquido escuro, em grande quantidade, com o diagnóstico clínico de rotura prematura das membranas ovulares (RPMO), iniciou antibioticoterapia de latência, feito rastreio infeccioso, administração de betametasona para aceleração da maturidade fetal, além de orientação quanto à gravidade do quadro e risco de prematuridade. Permaneceu internada e, com 25 semanas e 5 dias de gestação, iniciou trabalho de parto espontâneo com evolução rápida para o período expulsivo, dando à luz nativivo do sexo feminino por via vaginal, pesando 595 g, Apgar 0/3/5. A recém-nascida foi acompanhada na UTIN devido à prematuridade e suas complicações, recebendo alta após 6 meses. A paciente não apresentou complicações no puerpério e recebeu alta para seguimento ambulatorial. Comentários: Trata-se de uma gestante com DRC terminal, história de quatro perdas gestacionais e que, na quinta gestação, foi acompanhada em um serviço especializado em alto risco inserido em um hospital geral com diversas especialidades médicas e equipe multidisciplinar. No contexto da gravidade do caso, a paciente conseguiu completar 25 semanas, dando à luz RN nativivo. O acompanhamento durante o pré-natal de casos de tal complexidade deve visar o controle clínico da doença de base, das comorbidades e dos fatores de risco para complicações (hipertensão arterial, anemia, proteinúria, cardiopatia, dislipidemia, diabetes), além do adequado monitoramento do bem-estar fetal, a fim de reduzir a morbimortalidade materno-i","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"143 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135600104","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Uso de métodos contraceptivos reversíveis de longa duração em adolescentes 青少年使用长期可逆避孕方法
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1046
Dandhara Martins Rebello, Kelly Paiva Guimaraes Silveira, Ana Luiza dos Santos, Alice Ramalho Gomes
{"title":"Uso de métodos contraceptivos reversíveis de longa duração em adolescentes","authors":"Dandhara Martins Rebello, Kelly Paiva Guimaraes Silveira, Ana Luiza dos Santos, Alice Ramalho Gomes","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1046","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1046","url":null,"abstract":"Introdução: A adolescência, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), abrange a faixa etária dos 10 aos 19 anos e é um período marcado por grandes transformações psicológicas, sociais e físicas. A gravidez na adolescência é uma questão de saúde pública, uma vez que cada vez mais mulheres engravidam precocemente, principalmente durante a adolescência. Isso acarreta sérios riscos tanto para a mãe quanto para o feto, além de afetar a educação da adolescente, modificar suas perspectivas futuras e resultar em altas taxas de morbidade e mortalidade, bem como altos custos sociais. Objetivo: Apresentar os métodos contraceptivos de longa duração disponíveis no mercado atualmente para adolescentes, a fim de aumentar o conhecimento sobre os LARCs (long-acting reversible contraception) e reduzir os riscos e as taxas de gravidez não planejada nesse grupo de mulheres. Material e métodos: Realizou-se uma revisão sistemática retrospectiva da literatura utilizando-se os principais bancos de dados online. Foram abordados artigos científicos nacionais e internacionais que discutem as repercussões na saúde das adolescentes decorrentes da gravidez precoce e como prevenir essa situação por meio do uso de LARCs. Resultados e conclusão: O uso de métodos contraceptivos de longa duração contribui para prevenir a gravidez indesejada, porém é necessário que sejam utilizados corretamente e que haja ampla divulgação sobre eles. Os LARCs, que incluem dispositivos intrauterinos e implantes subdérmicos, foram desenvolvidos para auxiliar as mulheres no planejamento da gravidez, oferecendo facilidades em relação ao uso diário contínuo, como no caso das pílulas anticoncepcionais. Devido aos riscos maternos e fetais associados à gravidez na adolescência, é importante analisar os métodos de prevenção, a fim de compreender melhor o uso dos LARCs em adolescentes e implementar medidas profiláticas e terapêuticas para reduzir a morbimortalidade materna e fetal nesse grupo de jovens.","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135600478","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Perfil obstétrico, demográfico e socioeconômico de gestantes assistidas por um projeto de extensão no município de São Pedro da Aldeia (RJ) sao Pedro da Aldeia (RJ)市推广项目协助孕妇的产科、人口和社会经济概况
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1099
Millena Duarte de Paula, Yasmim Garcia Ribeiro, Isabella Rodrigues Braga, Inglidy Oliveira de Souza, Bárbara Rodrigues Pereira, Ana Clara de Moraes Duarte, Giovana Secco Alberto Souza, Fernanda Amorim de Morais Nascimento Braga
{"title":"Perfil obstétrico, demográfico e socioeconômico de gestantes assistidas por um projeto de extensão no município de São Pedro da Aldeia (RJ)","authors":"Millena Duarte de Paula, Yasmim Garcia Ribeiro, Isabella Rodrigues Braga, Inglidy Oliveira de Souza, Bárbara Rodrigues Pereira, Ana Clara de Moraes Duarte, Giovana Secco Alberto Souza, Fernanda Amorim de Morais Nascimento Braga","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1099","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1099","url":null,"abstract":"Introdução: O pré-natal obstétrico é fundamental para promover a saúde materna e fetal, proporcionando um ambiente propício para a promoção do aleitamento materno e a identificação de possíveis vulnerabilidades socioeconômicas e doenças preexistentes que possam afetar a saúde da gestante e do feto. Objetivo: Analisar as características gestacionais do pré-natal de mulheres atendidas por um projeto de extensão em uma unidade básica de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado com base nas ações desenvolvidas semanalmente pelo projeto de extensão intitulado \"Grupo de apoio e promoção do aleitamento materno em unidade básica: promovendo uma rede de apoio e cuidados à saúde da mulher e criança\". O projeto foi realizado no período de maio a novembro de 2021 na Unidade Básica de Saúde vinculada ao Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (PAISMCA) em São Pedro da Aldeia (RJ). Os dados foram analisados utilizando-se o software Excel for Windows® 365. As informações coletadas incluíram idade, profissão, estado civil, moradia, acesso à água encanada e rede de esgoto, renda familiar, planejamento familiar, doenças prévias, experiências anteriores com amamentação, além do início do acompanhamento nutricional e do pré-natal. Resultados: Durante os seis meses do projeto, foram acompanhadas 21 gestantes, com idade média de 31 anos. A maioria das gestantes vivia com o companheiro ou era casada, e a profissão declarada mais frequente foi \"do lar\". Todas as gestantes tinham acesso à água encanada em suas residências, e a maioria delas tinha acesso à rede de esgoto. A maioria também possuía casa própria e tinha renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. Todas as gestantes estavam em acompanhamento regular de pré-natal, sendo que a maioria iniciou o acompanhamento até a 9ª semana gestacional. A maioria das gestantes afirmou que a gestação atual não foi planejada. O acompanhamento nutricional foi iniciado após a 17ª semana gestacional para a maioria das gestantes. Além disso, algumas gestantes apresentavam doenças cardiovasculares pré-gestacionais, e a maioria delas teve experiências anteriores de amamentação. Conclusão: As gestantes acompanhadas apresentaram risco de vulnerabilidade social e de saúde, principalmente devido à não adesão ao acompanhamento nutricional desde o início do pré-natal e ao baixo índice de amamentação materna, abaixo das recomendações do Ministério da Saúde.","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135649408","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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Diagnóstico tardio por ressonância magnética de malformação do sistema urogenital: relato de caso 泌尿生殖系统畸形的晚期磁共振诊断:病例报告
Jornal brasileiro de ginecologia Pub Date : 2023-01-01 DOI: 10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1021
Rodrigo Dias da Rocha, Camilla Senise Nunes, Marina Nogueira Toledo, Paloma Boldrini, Tereza Maria Pereira Fontes, Roberto Luiz Carvalhosa dos Santos, Katia Alvim Mendonça, Manoel Marques Torres
{"title":"Diagnóstico tardio por ressonância magnética de malformação do sistema urogenital: relato de caso","authors":"Rodrigo Dias da Rocha, Camilla Senise Nunes, Marina Nogueira Toledo, Paloma Boldrini, Tereza Maria Pereira Fontes, Roberto Luiz Carvalhosa dos Santos, Katia Alvim Mendonça, Manoel Marques Torres","doi":"10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1021","DOIUrl":"https://doi.org/10.5327/jbg-2965-3711-2023133s1021","url":null,"abstract":"Introdução: A maioria das anomalias congênitas do trato genital feminino (ACTGF) afeta o útero. No entanto, o espectro de ACTGF é grande, abrangendo anomalias do colo do útero, vagina, introito vulvar e trompas de falópio, com ou sem malformações associadas do ovário, trato urinário, esqueleto e outros órgãos. Essas anomalias podem ser avaliadas de forma abrangente com ressonância magnética para auxiliar na caracterização da anomalia, avaliação de complicações associadas e planejamento pré-operatório. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 50 anos, gesta I, para I (parto cesáreo aos 18 anos de idade), menstruando regularmente desde os 13 anos de idade, com fluxo sanguíneo normal com duração de 3 dias, procurou o Ambulatório do Serviço de Ginecologia com relato de surgimento de dor pélvica tipo cólica há aproximadamente 1 ano, no período pré e pós-menstrual. Relata dispareunia profunda de longa data. Ao exame físico da primeira consulta, observou-se presença de abaulamento cístico em parede lateral. O colo uterino planificado e útero de tamanho e mobilidades normais ao toque vaginal. Os anexos não foram palpáveis. A ultrassonografia transvaginal mostrou útero septado em AVF, medindo 6,6 × 36 × 47 cm, com 2 ecos endometriais medindo, respectivamente, 8,9 cm o esquerdo e 9,8 cm o direito, eco endometrial não individualizado e ovários normais, medindo, respectivamente, o direito 2,7 × 2,3 cm e o esquerdo 6,0 × 4,2 mm, contendo um cisto de 4,2 cm sem fluxo ao doppler. Foi solicitada uma ressonância nuclear magnética da pelve que evidenciou útero septado parcialmente medindo 8,2 × 3,3 × 55 cm. Os ligamentos uterossacros estavam sem alterações. A vagina apresentava conteúdo hemático na sua porção superior e lateral esquerda, devendo-se considerar hemivagina obstruída. Em região parauterina esquerda, havia presença de formação cística serpinginosa com conteúdo hemático. Deve-se considerar a possibilidade de ureter ectópico com implantação vaginal. O rim direito estava normal, sem sinais de hidronefrose, e o rim esquerdo estava ausente. A paciente optou por não realizar abordagem cirúrgica devido à proximidade da menopausa. Comentários: O caso chama a atenção pelo diagnóstico tardio desta malformação urogenital, provavelmente devido ao fato de o septo uterino não ser completo, permitindo o escoamento do sangue menstrual do hemiútero esquerdo em direção à hemivagina direita, com acúmulo parcial na hemivagina esquerda. Diferentemente da síndrome de Herlyn-Werner-Wunderlich (SHWW), que é uma malformação urogenital caracterizada pela tríade de útero didelfo, hemivagina obstruída e agenesia renal ipsilateral, cujo diagnóstico é feito na puberdade e requer intervenção cirúrgica imediata.","PeriodicalId":84971,"journal":{"name":"Jornal brasileiro de ginecologia","volume":"99 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135550478","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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