Renata Buccheri , Carolina Miranda , Cesar de Almeida-Neto , Thelma Gonçalez , Liliana Preiss , Luiz Amorim , Anna Barbara Carneiro-Proiett , Paula Loureiro , Ester C. Sabino , Brian Custer , Recipient Epidemiology and Donor Evaluation Study (REDS-III) International Component Brazil
{"title":"Perceived levels of social stigma following HIV notification: Insights from Brazilian blood centers","authors":"Renata Buccheri , Carolina Miranda , Cesar de Almeida-Neto , Thelma Gonçalez , Liliana Preiss , Luiz Amorim , Anna Barbara Carneiro-Proiett , Paula Loureiro , Ester C. Sabino , Brian Custer , Recipient Epidemiology and Donor Evaluation Study (REDS-III) International Component Brazil","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104480","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104480","url":null,"abstract":"<div><h3>Background</h3><div>HIV/AIDS remains a highly stigmatizing disease worldwide, preventing people with risk or infection from testing to learn their HIV status, accessing supportive services, or taking antiretroviral therapy. Despite many studies of HIV in blood donors, no studies have evaluated the factors that contribute to stigma surrounding this illness following notification process and counseling provided by blood centers.</div></div><div><h3>Methods</h3><div>A cross-sectional questionnaire-based survey was conducted between 2016 and 2017. Persons with HIV were invited to return to the blood center for an audio computer-assisted interview after participation in an HIV risk factor assessment study conducted from 2007 to 2016. The questionnaire was based on HIV risk interviews developed by the US CDC, with modifications appropriate to the Brazilian setting which aimed to evaluate their follow-up activities, perceptions of HIV stigma and discrimination, and the quality of counseling and notification after the donation that tested positive for HIV. Response frequencies and adjusted odds ratios from multivariable logistic regression analyses are reported.</div></div><div><h3>Results</h3><div>268 HIV-positive blood donors agreed to participate in the study. Almost all participants, 262 (97 %), rated as very important or important the blood center counseling experience in their decision to seek health care. One-hundred-five (39 %) participants reported none to low levels of stigma, and 163 (61 %) participants moderate stigma. Individuals reporting heterosexual orientation (OR=2.13, 95 % CI [1.08‒4.22]) and healthcare-seeking behavior (OR=2.46, 95 % CI [1.10‒5.48]) had significantly increased odds of reporting moderate levels of stigma.</div></div><div><h3>Conclusions</h3><div>Our study provides information about perceived stigma and discrimination in the Brazilian blood donor population and reinforces the importance of the counseling process in linkage to care and reducing HIV-related stigma.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 6","pages":"Article 104480"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142639239","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lessandra Michelin (representando Murdo Ferguson) , Tino F. Schwarz , Sebastián A. Núñez , Juan Rodríguez-García , Marek Mital , Carlos Zala , Bernhard Schmitt , Nicole Toursarkissian , Dolores Ochoa Mazarro , Josef Großkopf , Christine Voors-Pette , Hemalini Mehta , Hiwot Amare Hailemariam , Magali de Heusch , Silvia Damaso , Marie-Pierre David , Dominique Descamps , Judith Hill , Corinne Vandermeulen , Veronica Hulstrøm (representando o grupo de estudo RSV AO=ADJ-018 study group)
{"title":"VACINA DE PREFUSÃO DE PROTEÍNA F DO VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO ADJUVANTADA (RSVPREF3OA) É IMUNOGÊNICA E BEM TOLERADA EM ADULTOS 50-59 ANOS, INCLUINDO ADULTOS COM RISCO AUMENTADO DE DOENÇA POR VSR","authors":"Lessandra Michelin (representando Murdo Ferguson) , Tino F. Schwarz , Sebastián A. Núñez , Juan Rodríguez-García , Marek Mital , Carlos Zala , Bernhard Schmitt , Nicole Toursarkissian , Dolores Ochoa Mazarro , Josef Großkopf , Christine Voors-Pette , Hemalini Mehta , Hiwot Amare Hailemariam , Magali de Heusch , Silvia Damaso , Marie-Pierre David , Dominique Descamps , Judith Hill , Corinne Vandermeulen , Veronica Hulstrøm (representando o grupo de estudo RSV AO=ADJ-018 study group)","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104425","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104425","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução objetivos</h3><div>Adultos de 50 a 59 anos de idade com condições médicas crônicas específicas apresentam risco aumentado de doença grave por vírus sincicial respiratório (VSR). Relatamos dados de imunogenicidade e segurança da vacina RSVPreF3OA em adultos de 50 a 59 anos com/sem condições crônicas que aumentam o risco de doença por VSR.</div></div><div><h3>Materiais métodos</h3><div>Este estudo multinacional de fase 3, cego para observadores e controlado por placebo (NCT05590403) selecionou adultos de 50 a 59 anos de idade, incluindo aqueles com risco aumentado para doença por VSR (RA-VSR) devido a condições crônicas específicas. Os participantes foram randomizados (2:1) para receber vacina RSVPreF3OA (RA-VSR, não-RA-VSR) ou placebo (RA-placebo, não-RA-placebo). Um grupo controle de adultos ≥ 60 anos (OA-RSV) recebeu a vacina RSVPreF3OA. Avaliamos a não inferioridade da resposta imune humoral em pessoas com 50-59 anos versus ≥ 60 anos, além da imunidade celular e segurança.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>1.533 participantes receberam vacina RSVPreF3OA ou placebo. Critérios de não inferioridade foram demonstrados para títulos de neutralização de VSR-A e VSR-B. As frequências medianas de células T CD4+ específicas para RSVPreF3 aumentaram 1 mês após a vacinação comparado a pré-vacinação em todos os grupos com VSR. Alguns eventos adversos (EAs) solicitados foram relatados com incidências mais altas, mas com gravidade e duração semelhantes em 50-59 anos versus ≥ 60 anos. Em todos os grupos, 10,5%-16,3% dos participantes relataram EAs não solicitados dentro de 30 dias após a vacinação, e 0,5%-3,6% dos participantes relataram EAs graves em até 6 meses após a vacinação. Uma potencial doença imunomediada (anemia hemolítica autoimune a frio no grupo OA-RSV) foi considerada relacionada à vacina pelo investigador. Nenhuma morte foi relatada.</div></div><div><h3>Conclusões</h3><div>As respostas imunes à vacina RSVPreF3OA em adultos com 50-59 anos não foram inferiores às respostas imunes em ≥ 60 anos, nos quais a eficácia já está demonstrada. O perfil de segurança global em pacientes 50-59 anos foi consistente com o perfil de segurança favorável nos ≥ 60 anos.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Virus Sincicial Respiratorio, Vacina VSR, Vacinação em adultos.</div></div><div><h3>Conflitos interesse</h3><div>LM, SD, M-PD, DD, HAH, MDH, JH, VH, CV são/foram funcionários da GSK no momento em que o estudo foi realizado/desenvolvido. SD, M-PD, DD, HAH, MDH, JH, VH detêm ações da GSK como parte da remuneração como funcionários. M-PD é co-requerente de uma patente pendente para a GSK. MF recebeu pagamentos relacionados ao estudo para treinamento e condução do estudo da GSK. TFS recebeu honorário da AstraZeneca, Bavarian Nordic, Biogen, CSL-Seqirus, GSK, Janssen-Cilag, Merck-Serono, Moderna, Novavax, MSD, Pfizer, Roche, Sanofi-Aventis, Takeda; e participou de conselhos consultivos da Bavarian Nordic, CSL-Seqirus, BioNTech, GSK, Mo","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104425"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657525","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gabriela Arakaki Faria, Patricia Guttmann, Elizabeth Machado, Luiz Henrique Mattos da Silva, Lara Sales dos Santos, Cristina Hofer
{"title":"GESTANTES VIVENDO COM O HIV - O CUIDADO PRÉ-NATAL COMO UMA BOA OPORTUNIDADE PARA SAÚDE REPRODUTIVA FEMININA","authors":"Gabriela Arakaki Faria, Patricia Guttmann, Elizabeth Machado, Luiz Henrique Mattos da Silva, Lara Sales dos Santos, Cristina Hofer","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104413","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104413","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução/objetivos</h3><div>No Brasil, o programa de prevenção da transmissão vertical do HIV (PPTV) alcançou vários marcos, no entanto, ainda existem várias barreiras para a promoção da saúde reprodutiva. Em um ambulatório de referência estadual para PPTV, objetivamos descrever características relacionadas à saúde reprodutiva de gestantes vivendo com HIV.</div></div><div><h3>Materiais e métodos</h3><div>Estudo de coorte, em que foram incluídas todas as gestantes vivendo com HIV acompanhadas neste centro de referência, entre 2021-2023. Descrevemos a sua saúde reprodutiva e, para avaliar o impacto de possíveis medidas preventivas, comparamos àquelas que nunca usaram preservativo com as demais por meio de uma análise de regressão logística.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Foram acompanhadas um total de 242 mulheres, com idades compreendidas entre os 13 e os 45 anos. Um total de 72 já conheciam o seu estado de HIV e estavam em uso de anti-retrovirais. Entre as 242 gestantes, a carga viral (CV) estava disponível na visita de entrada para 108, e 39 (36%) tinham CV < 20 cópias/mL. Um total de 119 gestantes (55%) relataram nunca ter usado preservativos, embora apenas 74 (32%) quisessem engravidar (em média, estavam na sua segunda gravidez, variando entre a primeira e a décima gestação). Um total de 99 (42%) apresentavam outra doença sexualmente transmissível (DST) na visita de entrada: 70 com sífilis, 10 com lesões de condiloma, 4 com uretrites e 3 com lesões de herpes simples. Elas relataram em média 2 parceiros sexuais por ano (variando entre 1 e 50); 49 (21%) referiram que os seus parceiros viviam com o HIV, 87 parceiros (38%) tinham um teste sorológico de HIV não reagente e 94 (41%) não foram testados. Os fatores associados ao uso do preservativo foram: gravidez desejada (p = 0,01) e parceiro não soroconcordante (p = 0,01), mesmo ajustando para número de parceiros por ano, CV < 20 c/mL, uso de ARVs e presença de outras DSTs.</div></div><div><h3>Conclusões</h3><div>Nesta população de gestantes vivendo com HIV, a adesão ao uso do preservativo é baixa. O uso do preservativo não se relacionou com o CV < 20 c/mL ou DSTs. Aquelas que desejavam engravidar, utilizavam preservativo, possivelmente na intenção de prevenção de outras DSTs no período. O período de cuidado pré-natal deve ser aproveitado para integrar outras medidas educativas e preventivas, como a saúde sexual e reprodutiva dos parceiros e da gestante.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Prevenção do HIV, Populações-alvo, Saúde e direitos sexuais e reprodutivos.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não houve conflitos de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos: Declaração de interesses</h3><div>Nenhum.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104413"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657897","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Nathalia Lopez Duarte , Cristiane Bedran Milito , Ana Paula Silva Bueno , Bárbara Sarni Sanches , Gabriella Alves Ramos , Layanara Albino Batista , Marcelo Gerardin Poirot Land , Thalita Fernandes de Abreu
{"title":"LINFOMA DE BURKITT DE VESÍCULA BILIAR EM UMA CRIANÇA VIVENDO COM HIV: RELATO DE CASO","authors":"Nathalia Lopez Duarte , Cristiane Bedran Milito , Ana Paula Silva Bueno , Bárbara Sarni Sanches , Gabriella Alves Ramos , Layanara Albino Batista , Marcelo Gerardin Poirot Land , Thalita Fernandes de Abreu","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104415","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104415","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução/objetivos</h3><div>Linfomas de vesícula biliar são particularmente incomuns. Apenas três relatos documentaram linfomas de Burkitt (LB) de vesícula biliar. Este é um relato de caso de LB de vesícula biliar em uma criança vivendo com HIV, o primeiro na literatura na população pediátrica e em indivíduos que vivem com HIV.</div></div><div><h3>Materiais e métodos</h3><div>Relato de caso de criança do sexo feminino, cinco anos de idade, com LB de vesícula biliar. Paciente acompanhada em dois importantes hospitais federais do Rio de Janeiro, Brasil. Análise morfológica e estudo imunohistoquímico da biópsia realizados conforme a OMS, 2022.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Paciente previamente hígida e sem história familiar para neoplasias. Nasceu em 03/09/94, parto normal, pré-natal completo. Aleitamento materno exclusivo até os dois anos de idade. Em 16/06/99, iniciou quadro de vômitos, dor abdominal, diarreia, icterícia e prurido, além de sintomas B. Internada no 1° Hospital em 20/06/99, diagnosticada com suboclusão intestinal por Ascaris lumbricoides, e desenvolveu colangite grave dias depois apesar do tratamento com albendazol 400 mg, dose única. Submetida à colecistectomia de emergência em 15/07/99. Exame histopatológico pós-operatório da vesícula em 16/07/99 revelou LB, neoplasia definidora de AIDS. Em 28/07/99, realizada sorologia para HIV (ELISA), positiva, e infecção caracterizada como transmissão vertical. Paciente transferida para o 2° Hospital em 31/07/99 para tratamento oncológico (estágio IVB). Por protocolos do período, não fez uso de profilaxias ou terapia antirretroviral (TARV). Em 23/09/00 encontrava-se em remissão clínica ao término da quimioterapia com m-BACOD e, em 04/10/00, apresentou recidiva em sistema nervoso central. Evoluiu com piora clínica progressiva, falecendo por sepse e progressão da doença em 24/12/00. O bloco de parafina foi reavaliado por hematopatologista em 19/08/22, e o diagnóstico confirmado por análise microscópica e estudo imunohistoquímico conforme a OMS, 2022 (positividade para CD20, CD10, Ki67 99%; EBV + via sonda EBER1).</div></div><div><h3>Conclusões</h3><div>O LB pode ocorrer na vesícula biliar tanto no contexto da infecção pelo HIV como na população pediátrica. O diagnóstico final é obtido através da análise histopatológica da biópsia. Além disso, a TARV deve ser iniciada de forma precoce por estar relacionada à recuperação da contagem de células T CD4+ e, consequentemente, à redução da mortalidade pela imunossupressão pelo HIV – como por infecções oportunistas e neoplasias malignas.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Linfoma de Burkitt, Vesícula Biliar, Soropositividade para HIV, Infecções por Vírus Epstein-Barr, Pediatria.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não houve conflitos de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Não houve conflitos de interesse.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104415"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657299","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Risk of viral failure after simplification therapy without using integrase inhibitors compared with maintenance of triple antiretroviral therapy: A systematic review and meta-analysis","authors":"Mateus Swarovsky Helfer , Eduardo Sprinz","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104463","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104463","url":null,"abstract":"<div><h3>Background</h3><div>Antiretroviral drug simplification is a strategy to reduce drug exposure and improve treatment adherence. Nowadays, dolutegravir plus lamivudine is the most preferred regimen, which might lead in the future with problems related to drug resistance or drug intolerance. This meta-analysis aimed to assess the safety of HAART simplification without integrase inhibitors.</div></div><div><h3>Methods</h3><div>We conducted a systematic review and meta-analysis using the Embase and Medline databases to include clinical trials and observational studies published between 2008 and March 2024. The studies focused on HIV-positive individuals with suppressed viral load who either simplified their treatment to dual therapy without integrase inhibitors or continued triple therapy. The primary outcome of interest was the likelihood of viral failure within 48 weeks.</div></div><div><h3>Results</h3><div>Ten studies were included, with a total of 1,977 patients. Boosted Protease Inhibitors (PI) were the core of antiretroviral simplification therapy. The simplification group did not show an increased risk of virological failure, with a pooled RR in 48 weeks of 1.29 (0.61‒2.73, I² = 51 %) when compared to control group. Boosted protease inhibitors were preferred combined with lamivudine, nevirapine, efavirenz, and maraviroc). Only maraviroc plus boosted PI combination was associated with a higher risk of virological failure with an RR of 4.49 (1.99‒10.11).</div></div><div><h3>Conclusion</h3><div>Simplification therapy with boosted PI plus lamivudine or non-nucleoside transcriptase reverse inhibitors was a safe strategy and not associated with a higher risk of virological failure. This approach might be an alternative to dolutegravir-based simplification regimens if needed.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 6","pages":"Article 104463"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142652686","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
José Moreira, Eolo Morandi Junior, Ana Paula Loch, Fernanda Castro Boulos, Esper Kallas
{"title":"ENSAIO CLÍNICO PARA AVALIAR A SEGURANÇA E A IMUNOGENICIDADE DA VACINA CHIKUNGUNYA (VLA1553) EM DOSE ÚNICA EM ADOLESCENTES DE 12-17 ANOS: RESULTADOS DE 28 DIAS APÓS IMUNIZAÇÃO NO BRASIL","authors":"José Moreira, Eolo Morandi Junior, Ana Paula Loch, Fernanda Castro Boulos, Esper Kallas","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104394","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104394","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><div>A VLA1553 é uma vacina candidata viva atenuada contra o vírus Chikungunya (CHIKV) concebida para imunização ativa para a prevenção da doença causada por CHIKV. Em um estudo pivotal conduzido em adultos num cenário não endêmico nos EUA, a vacina induziu níveis de anticorpos neutralizantes soroprotetores contra o vírus Chikungunya em 98·9% dos participantes 28 dias pós-vacinação, apresentando bons níveis de tolerância. Aqui, procuramos avaliar a imunogenicidade e a segurança da VLA1553 em um cenário brasileiro endêmico em população de adolescentes de 12-17 anos, após uma imunização de dose única intramuscular.</div></div><div><h3>Objetivo</h3><div>Avaliar a imunogenicidade e a segurança da dose de adultos da VLA1553 contra CHIKV 28 dias após a vacinação em adolescentes</div></div><div><h3>Método</h3><div>Este é um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, avaliando a administração da VLA1553 no Dia 1 em comparação com o placebo. Os indivíduos foram randomizados em uma proporção de 2:1 para VLA1553 (n = 500) ou placebo (n = 250). 750 indivíduos do sexo masculino e feminino com idades entre 12 e 17 anos foram incluídos no estudo, estratificados por ELISA CHIKV inicial: 20% soropositivo e 80% soronegativo para CHIKV.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>A média (DP) de idade da população foi de 14.5 (1.68) anos, predomínio do sexo feminino (53.8%), etnia branca (32.5%), e 18.4% eram sabidamente expostos a CHIKV. Em participantes soronegativos na linha de base, a VLA1553 induziu níveis soroprotetores de anticorpos neutralizantes do vírus chikungunya em 247/250 (98,8%, IC 95%: 96,5-99,8) 28 dias após a vacinação. Não houveram diferenças significativas na taxa de soroproteção contra CHIKV de acordo com a exposição prévia ao vírus (98.88% no grupo soronegativo vs. 100% no grupo soropositivo). O titulo médio geométrico de anticorpos neutralizantes contra CHIKV 28 dias após imunização foi de 3889.7 na população soronegativa vacinada e semelhante aos títulos induzidos pela infecção natural no braço placebo previamente exposto a infecção (3339.2). A maioria dos eventos adversos foram considerados de intensidade leve-moderada, e com resolução até 3 dias da administração da vacina.</div></div><div><h3>Conclusões</h3><div>Uma dose única da VLA1553 foi bem tolerada, segura e induziu títulos soroprotetores em quase todos os adolescentes vacinados entre 12-17 anos, independente da exposição prévia a CHIKV. A melhor estratégia de implementação e incorporação no SUS deverá ser avaliada em estudos futuros.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Chikungunya, Brasil, Vacina, VLA1553.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Todos os autores são empregados do Instituto Butantan.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Este trabalho foi financiado pelo CEPI.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104394"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657688","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Julianna Giordano Botelho Olivella, Lincoln de Oliveira Sant'Anna, Guilherme Goulart Cabral de Oliveira, Louisy Sanches dos Santos, Ana Luíza de Mattos-Guaraldi, Paula Marcele Afonso Pereira-Ribeiro
{"title":"FORMAÇÃO DE BIOFILME, SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA E ENSAIO DE LETALIDADE USANDO MODELO IN VIVO GALLERIA MELLONELLA, DE STAPHYLOCOCCUS HOMINIS ISOLADOS DE HEMOCULTURA DE PACIENTES HOSPITALIZADOS","authors":"Julianna Giordano Botelho Olivella, Lincoln de Oliveira Sant'Anna, Guilherme Goulart Cabral de Oliveira, Louisy Sanches dos Santos, Ana Luíza de Mattos-Guaraldi, Paula Marcele Afonso Pereira-Ribeiro","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104439","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104439","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução/objetivo</h3><div>Staphylococcus hominis faz parte constituinte da microbiota natural da pele humana, pertencente ao grupo dos Staphylococcus coagulase negativos. Quando são isolados de hemoculturas, relacionados principalmente ao rompimento da barreira cutânea por uso de dispositivos médicos, podem ser considerados potenciais patógenos oportunistas, frequentemente associados a infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS). Aspectos como resistência a agentes antimicrobianos e a expressão de diversos fatores de virulência garantem a patogenicidade desta espécie. O estudo teve como objetivo investigar os mecanismos de interação com superfícies biótica e abiótica, interação com Galleria mellonella e analisar a resistência aos agentes antimicrobianos de amostras de S. hominis provenientes de hemoculturas.</div></div><div><h3>Metodologia</h3><div>Foram utilizadas neste estudo seis amostras de S. hominis isoladas de hemoculturas de pacientes hospitalizados no Rio de Janeiro, previamente identificado por espectrometria de massas MALDI-TOF MS. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi determinado de acordo com o BrCAST (2024). A capacidade da formação de biofilme foi analisada em superfícies abióticas e biótica. Ensaios de PCR foram realizados para detecção dos genes mecA (resistência) e icaA (biofilme). Como modelo in vivo para infecção e letalidade foi utilizado larvas de Galleria mellonella. Resultados: Das 6 amostras de S. hominis, 5 apresentaram perfis de multirresistência. Todas as amostras foram sensíveis a vancomicina, teicoplanina e linezolida, enquanto 4 amostras apresentaram resistência a cefoxitina, 5 clindamicina e todas as amostras a ciprofloxacino. A maioria das amostras (n = 5) expressaram o gene mecA, e a única amostra que não expressou o gene era sensível a cefoxitina. A maioria das amostras foram capazes de produzir biofilme em intensidades diferentes nas superfícies do aço cirúrgico e membrana de pericárdio bovino, pois a expressão do gene icaA foi detectada em 4 amostras. A capacidade de letalidade no modelo in vivo por G. mellonella foi considerada variável. Conclusão: O aumento no número de infecções por S. hominis e a disseminação da multirresistência no ambiente hospitalar, tem se tornado um desafio crescente para saúde pública. Vários aspectos multifatoriais favorecem a patogenicidade de S. hominis e devem continuar sendo investigados, uma vez que a capacidade invasiva e mecanismos de formação de biofilme nesta espécie não tem sido elucidados.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Staphylococcus hominis, Biofilme, Galleria mellonella, Resistência Antimicrobiana.</div></div><div><h3>Conflito de interesse</h3><div>Não há conflito de interesse.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Declarações de interesse: nenhum.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104439"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657801","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rita Armitano , Gisela Martinez , Pablo Borras , Sofia Echazarreta , Tomas Orduna , Monica Prieto
{"title":"LYME'S DISEASE, AN IMPORTED ZOONOSIS. CRITICAL ANALYSIS OF PRESENCE IN ARGENTINA","authors":"Rita Armitano , Gisela Martinez , Pablo Borras , Sofia Echazarreta , Tomas Orduna , Monica Prieto","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104421","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104421","url":null,"abstract":"<div><h3>Introduction</h3><div>Lyme disease (LD) is caused by bacteria of the Borrelia burgdorferi sensu lato complex and transmitted by the bite of ticks of the Ixodes ricinus complex. To date, no autochthonous cases have been reported in Argentina. Its diagnosis involves serological tests included in a two-step algorithm. The study proposes to report the results of laboratory tests, describe the clinical-epidemiological characteristics of consultations received due to suspected LD, and critically evaluate the scientific evidence on alleged autochthonous cases of Lyme in Argentina.</div></div><div><h3>Materials and methods</h3><div>From 09/2014-05/2022, a study was carried out that included 53 individuals who consulted due to suspected LD at a reference laboratory. Serum samples were obtained and referred to the Centers for Disease Control and Prevention (CDC) for determination of IgM and IgG antibodies. The samples met one or both inclusion criteria: -Travel to an area where the transmitting vector circulates; -Positive diagnostic tests reported by national and international laboratories.</div></div><div><h3>Results</h3><div>According to the data collected from the epidemiological form, it was evident: 36% of the patients presented non-specific neurological symptoms and 64% reported rheumatological symptoms; 57% of the patients did not report traveling to the area of circulation of the transmitting vector; 46% reported having suffered multiple bites. According to the aforementioned selection criteria, 43% (n = 23) of the patients met both criteria, which would suggest 23 possible imported cases of LD. The remaining 57% only showed positive results in at least one diagnostic technique for EL, which represented 30 “autochthonous” cases. Only 5 cases (9%), with positive results issued by national and international laboratories, were confirmed as positive by the CDC. These individuals had an epidemiological history of traveling to the tick vector circulation area. The remainder of the cases were reported as negative by the CDC and were ruled out as possible indigenous Lyme cases. The comparison of the results sent by private laboratories and those obtained by the CDC showed 91% (n = 48) false positives.</div></div><div><h3>Conclusions</h3><div>The diagnosis of LD should only be considered based on the presence of typical symptoms of infection in patients with a history of exposure to the vector. Always use FDA-approved assays and recommended interpretation criteria.</div></div><div><h3>Keywords</h3><div>Argentina, Lyme, Diagnostico.</div></div><div><h3>Conflicts of interest</h3><div>There was no conflicts of interest.</div></div><div><h3>Ethics and financing</h3><div>Declarations of interest: None.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104421"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657305","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Marília Saint-Martin da Cunha, David Vidal Silva Carraro, José Ferreira dos Santos Filho, Lucas Bresciani Padilha, Milena Rossi Motta, Rafaelly Reis dos Santos, Victoria Marques Rodriguez, Felippe Felix
{"title":"MANIFESTAÇÕES DA SÍFILIS CONGÊNITA EM CASOS DE SURDEZ INFANTIL","authors":"Marília Saint-Martin da Cunha, David Vidal Silva Carraro, José Ferreira dos Santos Filho, Lucas Bresciani Padilha, Milena Rossi Motta, Rafaelly Reis dos Santos, Victoria Marques Rodriguez, Felippe Felix","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104428","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104428","url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução e objetivos</h3><div>A sífilis congênita (SC) é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum que pode ser transmitida pela placenta ou no momento do parto, caso a mãe não tenha sido diagnosticada ou tratada de forma adequada durante a gestação. Essa doença é dividida em estágio latente recente ou tardio, a depender se os sintomas são iniciados antes ou depois dos dois anos de idade. Nos dois casos, é necessária a atenção para as diversas implicações que a SC pode causar, como ser um fator de risco para a perda auditiva (PA).</div></div><div><h3>Métodos</h3><div>Foi realizada, em maio de 2024, uma busca na base de dados PubMed e Scielo, utilizando as palavras chaves: “Congenital syphilis; Risk indicator; Newborn; Hearing loss and Neonatal screening”.</div></div><div><h3>Resultados</h3><div>Diante do cenário de PA por SC, nota-se uma apreensão acerca da manutenção ou aumento do número de casos por uma carência de informação e de falhas na triagem neonatal, afetando o desenvolvimento das crianças. Observa-se em mães mais jovens maior prevalência de falha da triagem devido a não realização do pré-natal, sem a detecção dos indicadores de risco para PA. Ademais, há menor adesão aos retestes, não havendo conclusão da triagem. A qualidade do programa também é vital, dependendo da execução dos testes e necessidade de remarcá-los, devido à possibilidade de desenvolver alterações tardias. Percebe-se, também, maior prevalência e prematuridade em neonatos com SC, elevando as chances de internação e uso de medicações ototóxicas, fatores relativos à PA. Com isso, a organização das redes de saúde é vital para proporcionar uma triagem correta, incentivar a realização da mesma e capacitar profissionais para a realização de um exame, reabilitação e tratamento apropriados.</div></div><div><h3>Conclusão</h3><div>Os resultados indicam que a persistência e o possível aumento dos casos de SC são decorrentes da falta de informação entre gestantes e das falhas na triagem neonatal. Portanto, é crucial garantir uma assistência pré-natal eficaz e a difusão do conhecimento para reduzir a incidência da SC e suas complicações auditivas no Brasil.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Sífilis congênita, Perda auditiva, Triagem neonatal.</div></div><div><h3>Conflitos de interesse</h3><div>Não houve conflitos de interesse por parte de qualquer autor presente na formulação do trabalho.</div></div><div><h3>Ética e financiamentos</h3><div>Os autores não possuem envolvimento financeiro com qualquer organização que tenha interesses econômicos relacionados ao tema, incluindo empregos, posse de ações, honorários, participação acionária, testemunhos de especialistas pagos, concessões, patentes, subsídios ou qualquer outra forma de financiamento. Não há também qualquer tipo de violação da ética médica ao longo da produção do trabalho.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104428"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657476","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Eduarda Raunheitti Giesteira, Sofia Leite Quintão, Davi Shunji Yahiro, Julia Sales, Joana Calvão Torres, Sandra Costa Fonseca, Laura da Cunha Ferreira
{"title":"COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE DENGUE NO RIO DE JANEIRO E NITERÓI, 2008 A 2023","authors":"Eduarda Raunheitti Giesteira, Sofia Leite Quintão, Davi Shunji Yahiro, Julia Sales, Joana Calvão Torres, Sandra Costa Fonseca, Laura da Cunha Ferreira","doi":"10.1016/j.bjid.2024.104393","DOIUrl":"10.1016/j.bjid.2024.104393","url":null,"abstract":"<div><div>Considerando o caráter hiperendêmico e epidêmico da dengue no Brasil, o presente estudo tem como objetivo comparar a incidência da arbovirose de 2008 a 2023 nos municípios do Rio de Janeiro e Niterói. Exploramos fatores associados, buscando explicar o comportamento nas duas cidades. Estudo ecológico retrospectivo que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do IBGE e do Banco de Dados Meteorológicos do INMET. Foram analisados os casos de dengue de acordo com o ano de notificação e município de residência, de 2008 a 2023, no Rio de Janeiro e Niterói e foram calculadas as incidências por 100.000 habitantes. Foram analisados IDH e cobertura do saneamento básico e calculadas as precipitações mensal máxima, mínima e a média, na estação A652 do Forte de Copacabana no Rio de Janeiro e A627 em Niterói, de julho de 2018 a dezembro de 2023, pela limitação da estação meteorológica de Niterói. Em relação aos indicadores socioeconômicos, o Rio de Janeiro tem densidade demográfica, IDH e cobertura de saneamento básico de 5174,60 hab./km², 0,799, e 94,4%, respectivamente e, Niterói, 3601,67 hab./km² e 0,837 e 91,1%, respectivamente. As precipitações no Rio de Janeiro variaram de 0 mm a 396 mm, com uma média de 100 mm mensais. Em Niterói, a variação foi de 0mm a 332mm, com uma média de 89 mm mensais. O maior pico de incidência de dengue no Rio de Janeiro ocorreu em 2012, com 2.817,4 /100 mil habitantes. Em Niterói, o ano de maior incidência foi 2013, com 2.549,2/100 mil habitantes. A partir de 2019, Niterói assumiu incidência inferior a 100/100 mil habitantes e se manteve assim até o final do período analisado, inclusive durante a epidemia de 2023, quando o Rio de Janeiro contou com 704,3/100 mil habitantes, e Niterói com 65,4/100 mil habitantes. Desde 2015, Niterói faz parte da World Mosquito Program (WMP), iniciativa que explora a relação simbiótica entre a bactéria Wolbachia e o Aedes aegypti, reduzindo a capacidade do mosquito em transmitir a dengue. Em 2016, o projeto foi expandido para a cidade do Rio de Janeiro, no entanto, apenas para a Ilha do Governador. A diferença das incidências nas duas cidades, com indicadores socioeconômicos e ambientais comparáveis, a partir de 2021, sugere a efetividade da estratégia World Mosquito Program na prevenção da dengue em Niterói.</div></div><div><h3>Palavras-chave</h3><div>Dengue, Epidemiologia, Determinantes. <strong>Conflitos de interesse:</strong> Não houve conflito de interesse. <strong>Ética e financiamentos: Declarações de interesse:</strong> Nenhum.</div></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"28 ","pages":"Article 104393"},"PeriodicalIF":3.0,"publicationDate":"2024-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"142657800","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"OA","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}