{"title":"Conexões Amefricanas no “Clube de Leitura Virtual João Anzanello Carrascoza”","authors":"Luciana Ferreira Leal, Franciele Ruiz Pasquim","doi":"10.48075/rlhm.v19i34.31616","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i34.31616","url":null,"abstract":"Com o objetivo de compreender a importância dos clubes de leitura no Brasil como lugares privilegiados de formação leitora, destaca-se a recepção das obras O olho mais azul (1970) de Toni Morrison, Úrsula (1856) de Maria Firmina dos Reis e Niketche (2001) de Paulina Chiziane. Essas obras foram escritas por autoras negras comprometidas com a luta por direitos e foram lidas pelos integrantes do projeto de extensão “Clube de Leitura Virtual João Anzanello Carrascoza” e discutidas durante as reuniões ocorridas, respectivamente, em maio, julho e novembro de 2022. Esse clube de leitura é resultante de projeto de extensão, que tem como público alvo alunos do curso de Letras da UNESPAR, bem como a comunidade de Paranavaí (PR) e região, além dos estudantes do curso de Pedagogia da FACCAT, e comunidade de Tupã (SP) e região. Por meio dos relatos de leitura dos integrantes, respostas do formulário de presença on-line e comentários escritos no chat, foi possível compreender como os temas e a estética presentes nos livros foram recebidos por cada integrante, com diferentes perfis e experiências de leituras. A partir da análise das respostas e da interação dos membros do clube, foi possível constatar que as três obras tiveram recepção muito positiva, permitindo que os leitores tivessem acesso direto a culturas e espaços distintos, colocando em pauta questões urgentes sobre desigualdades sociais e racismo. Por fim, ressalta-a a importância dos clubes de leitura para visibilidade e fortalecimento da produção de mulheres negras, contribuindo também para as reflexões de caráter multirracial e pluricultural no território latino-americano.","PeriodicalId":498052,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":"117 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140381656","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Nadejdas, Vânias e Marias","authors":"Paula Márcia Lázaro da Silva, A. P. Rabelo","doi":"10.48075/rlhm.v19i34.30852","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i34.30852","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo refletir sobre a trajetória de três mulheres e suas relações com a arte e a resistência ao silenciamento que, historicamente assombra o protagonismo feminino, sufocando anseios e buscas por uma existência plena e legítima. Nadejda, esposa do poeta Russo Óssip Mandelstam, acompanhou o exílio do marido na Rússia stalinista enquanto memorizava seus poemas na tentativa de garantir que a obra de Óssip sobrevivesse ao tempo e se tornasse conhecida das futuras gerações. Maria Vânia, cantora e cofundadora do grupo mineiro “Trem das Gerais”, que, ao lado do marido e dos dois filhos, se dedica a propagar canções autorais, de domínio público e de compositores regionais, cuja arte insiste em manter vivas as tradições populares das “Gerais”. Sua voz de mulher “Cantadeira”, como se autodenomina, ressoa da região do Triângulo Mineiro para o mundo. E como Minas são muitas, Maria Lira Marques fecha esse trio feminino com a força e a arte que brotam do barro e das canções de trabalho das mulheres do Vale do Jequitinhonha. \u0000PALAVRAS-CHAVE: Memória. Vozes Femininas. Arte. Cultura.","PeriodicalId":498052,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":"4 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140382103","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Nome Próprio e suas Implicações na Poesia de Juana de Ibarbourou e Carolina Maria de Jesus","authors":"Daniela Campos Atienzo","doi":"10.48075/rlhm.v19i34.31968","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i34.31968","url":null,"abstract":"As mulheres escritoras da América Latina do século XX compartilham arestas na sua produção poética justamente porque inscrevem sua experiência de ser mulher no continente. No caso da poesia de Juana de Ibarbourou (Uruguai, 1892-1979) e de Carolina Maria de Jesus (Brasil, 1914-1977), essas experiências se distanciam por seus lugares de fala, ou seja, sua experiência como mulher e mulher negra. Um fio condutor muito forte entre as duas é a incorporação do nome próprio nos textos e como isso funciono-lhes como mecanismo de afirmação autoral. O artigo, visa aprofundar essa temática com Derrida (2014), Arfuch (2010) e Conceição Evaristo (2020), principalmente, além de abrir o leque da “colagem invisível” (PIZARRO, 2004) e pensar as conexões entre mulheres de diversos países e lugares de fala. ","PeriodicalId":498052,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":" 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140383955","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Multicultural e o Multi-afetivo","authors":"Letícia Romariz","doi":"10.48075/rlhm.v19i34.31767","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i34.31767","url":null,"abstract":"Os estudos pós-coloniais analisam, também, a confluência de pessoas e os encontros que ocorrem nas grandes cidades do mundo. Além do choque de culturas, há também um histórico de colonização e exploração que gerou ideias e preconceitos até hoje existentes. A autora caribenha Grace Nichols discute em seu The Fat Black Woman’s Poems (1984) a (sobre)vivência de uma mulher preta, gorda e caribenha na metrópole Londrina discutindo noções de casa, pertencimento e, principalmente, questões afetivas. Ao estudar sua obra, este artigo propõe uma análise pós-colonial que engloba os afetos que as cidades multiculturais carregam e como eles são parte fundamental das transformações mundiais contemporâneas.","PeriodicalId":498052,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":" 964","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140382496","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Ressignificação da Casa-Grande & Senzala","authors":"Fernanda De Andrade, Weslei Roberto Candido","doi":"10.48075/rlhm.v19i34.31478","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i34.31478","url":null,"abstract":"Tutelado por um substrato teórico multidisciplinar, com a contribuição fundamental de Edward Said (2003) e de Marc Augé (2008), este trabalho tem o objetivo de analisar as experiências de exílio da africana escravizada, a narradora autodiegética Kehinde, por meio de suas negociações subjetivas e identitárias com os espaços transitados, no romance Um defeito de cor (2006) da autoria de Ana Maria Gonçalves. Metodologicamente, faz-se um recorte até o período de sua vivência na casa-grande e na senzala, de modo a acompanhar a jornada da protagonista entre esses opressores lugares, dos quais o seu olhar híbrido reelabora mediações e subversões. Em resultado, entende-se que a narrativa problematiza a expropriação das heranças culturais, além se subverter os discursos estereotípicos, ao trazer a perspectiva e a voz da exilada, acerca da sua resistência e do drama do não pertencimento sob a égide do racismo e do patriarcalismo escravocratas, reelaborando a visão histórica.","PeriodicalId":498052,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":" 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140383674","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Pero Gândavo e as memórias portuguesas","authors":"Bianca Dorothéa Batista","doi":"10.48075/rlhm.v19i34.30883","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i34.30883","url":null,"abstract":" O objetivo deste artigo é analisar a construção discursiva do Brasil na crônica de Pero de Magahães Gândavo História da Província Santa Cruz que vulgarmente chamamos Brasil (1576) e na coletânea de viagem de Lancelot Voisi de la Popelinière Trois Mondes (1582). O gramático-cronista português defende o direito de posse português sobre o Brasil e projeta as nações concorrentes, em especial os franceses, como corsários. O huguenote Popelinière, por sua vez, defende o direito de posse e de exploração francesa sobre a região. Os embates políticos entre estas nações que ocorriam no cenário político também se faziam presente no cenário editorial.","PeriodicalId":498052,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":" 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140384098","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Leticia Zago de Oliveira, Pedro Pedro Leites Junior
{"title":"Sobre Memórias Individuais e Coletivas Espanholas e Argentinas","authors":"Leticia Zago de Oliveira, Pedro Pedro Leites Junior","doi":"10.48075/rlhm.v19i34.30813","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i34.30813","url":null,"abstract":"O presente artigo insere-se no campo de estudo das relações entre literatura, história e memórias coletiva e individual. propõe-se o estudo da representação feminina republicana e das relações entre mulheres nos romances Historia de una maestra (1990), Mujeres de negro (1994), La Fuerza del destino (1997), da escritora Josefina Aldecoa, e Mulheres que mordem (2015) de Beatriz Leal, obras da literatura espanhola e hispano-americana que tematizam a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Mundial e o período ditatorial tanto na Espanha quanto na Argentina, a partir de um protagonismo feminino. O Corpus literário é abordado com base em reflexões teóricas que partem do conceito de memória; trata-se de pensar como as rememorações das personagens surgem na fratura do discurso histórico e como influenciam no transcorrer dos romances. Assim, pretende-se refletir de forma crítica e analítica sobre tais narrativas, junto de argumentações embasadas em autores que trabalham nos campos, em confluência, da memória e da história, tais como Le Goff (2003), Halbwachs (1990), dentre outros. O trabalho possui o intuito de contribuir para as discussões sobre a memória coletiva e individual e a resistência feminina em contextos de opressão social espanhóis e argentinos, em especial durante o contexto da guerra e pós-guerra. \u0000 \u0000Palavras-chave: Memória; Representação feminine; História.","PeriodicalId":498052,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":"114 34","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140381301","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Violência Racial em Ambiente Escolar e a Crise Identitária das Personagens de Geni Guimarães e Ana Maria Gonçalves","authors":"Jéssica França de Oliveira","doi":"10.48075/rlhm.v19i34.32023","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i34.32023","url":null,"abstract":"A escrita, enquanto ato político, assume um poderoso papel como símbolo de denúncia, resistência e existência. Nesse contexto, as criações das mulheres negras têm desempenhado um papel crucial na evolução da Literatura Brasileira, conferindo-lhe novos e pertinentes contornos. Assim, esta pesquisa objetiva analisar os contos Metamorfose, de Geni Guimarães e Negrinha! Negrinha! Negrinha!, de Ana Maria Gonçalves, ressaltando os efeitos do discurso racista na construção identitária das protagonistas infantis em ambiente escolar. O aporte teórico é composto por autores como: Abdias do Nascimento (2016), bell hooks (2019), Chimamanda Adichie (2019), Djamila Ribeiro (2019), Frantz Fanon (2008), Grada Kilomba (2020), Lélia Gonzalez (2020), Lilia Schwarcz (2013), Luisa Lobo (2007), Luiz Silva Cuti (2010), Neuza Santos Souza (1983), Nilma Lino Gomes (2002) e Regina Dalcastagnè (2005; 2019). Conclui-se que o racismo, ao atravessar esses corpos, acarreta em sentimentos de autonegação, auto-ódio e baixa autoestima. Somente por meio de um doloroso processo de ressignificação e reafirmação de sua identidade é que se torna possível para essas personagens abraçar plenamente sua negritude e se enxergarem como indivíduos.","PeriodicalId":498052,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":" July","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140383549","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Desconstrução da Maternidade como Destino","authors":"Larissa Lopes Flois","doi":"10.48075/rlhm.v19i34.31155","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v19i34.31155","url":null,"abstract":"O presente trabalho busca compreender, passando por exemplos da literatura de autoria feminina com uma visão decolonial, como a maternidade é vista na vida de uma mulher. Por muitos anos, as personagens mulheres da literatura mundial foram descritas apenas em relação aos protagonistas homens de suas narrativas, e as mulheres mães ainda mais estereotipadas e silenciadas. Todavia, com a notoriedade da literatura escrita por mulheres, é possível perceber que essas personagens podem ter seus próprios arcos longe dos olhos masculinos e podem desejar ser mais do que apenas cuidadoras. É por esse viés que se pretende investigar como a categoria ‘mãe’ é descrita nos textos escritos por autoras mulheres. Com o aporte de teóricas e teóricos do Pós-Colonialismo e do Decolonialismo, será analisada a posição da mulher na sociedade e seu papel em um mundo dicotômico. Os textos mostram como é possível compreender as mulheres como seres próprios, e como as amarras impostas pela sociedade são realmente aprisionantes.","PeriodicalId":498052,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":" 829","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140382695","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}