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Abstract
Tutelado por um substrato teórico multidisciplinar, com a contribuição fundamental de Edward Said (2003) e de Marc Augé (2008), este trabalho tem o objetivo de analisar as experiências de exílio da africana escravizada, a narradora autodiegética Kehinde, por meio de suas negociações subjetivas e identitárias com os espaços transitados, no romance Um defeito de cor (2006) da autoria de Ana Maria Gonçalves. Metodologicamente, faz-se um recorte até o período de sua vivência na casa-grande e na senzala, de modo a acompanhar a jornada da protagonista entre esses opressores lugares, dos quais o seu olhar híbrido reelabora mediações e subversões. Em resultado, entende-se que a narrativa problematiza a expropriação das heranças culturais, além se subverter os discursos estereotípicos, ao trazer a perspectiva e a voz da exilada, acerca da sua resistência e do drama do não pertencimento sob a égide do racismo e do patriarcalismo escravocratas, reelaborando a visão histórica.