{"title":"How can i give this pain to someone else?","authors":"Agustina Craviotto-Corbellini","doi":"10.20396/cel.v63i00.8665202","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8665202","url":null,"abstract":"No início era a dor. Com este sintagma propomos revisar a dor no luto, da sua versão freudiana à aposta de Lacan, para passar do fenômeno ao problema estrutural. Nos interessa particularmente indicar algumas coordenadas psicanalíticas para pensar a dor, uma vez que se apresenta como afeto intransmissível, incomunicável e próprio, e seu paradoxo: é possível de interpretar-se e provocar empatia. Com uma breve análise de duas partes do filme, Land (2021) e Pieces of a woman (2020), introduziremos o problema da alteridade e do Outro, para sublinhar e ao mesmo tempo questionar o seguinte argumento: certas ambiguidades do luto freudiano o apresentaria como solidário ao discurso neoliberal. Uma leitura estrutural da dor se apresenta como chave para convocar os falantes, onde os laços parecem desvanecer-se.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48427755","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A dimensão do horror no luto em \"O que ficou para trás”","authors":"Giulia Mendes Gambassi","doi":"10.20396/cel.v63i00.8665212","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8665212","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é apresentar uma interpretação do filme O que ficou para trás (2020), do diretor Remi Weekes, partindo não apenas da narrativa, mas também do contexto cultural e de migração forçada dos personagens principais, Bol e Rial Majur. Nessa história dramática de perda e solicitação de refúgio, mobilizaremos a psicanálise transcultural (MORO, 2015, BINKOWSKI; BERRIEL, 2018) para nos voltarmos ao que entendemos como trabalho de luto a partir da língua-cultura dinka. Enquadrado no gênero horror, o filme nos apresenta não só a trajetória de Bol e Rial no novo país e o (não) acolhimento da Inglaterra, como também suas lutas internas com o que parece ter ficado para trás, como a tradução do título nos aponta, mas que os acompanha e se reapresenta durante toda a trama. Trabalhamos a dimensão do horror no luto via o Unheimlich freudiano e a dessubjetivação daqueles que, como Bol e Rial, arriscam-se a sobreviverem inscritos em novas dimensões de alteridade e de laço social.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46311152","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Shoah, de Claude Lanzmann","authors":"Fábio Ávila Arcanjo","doi":"10.20396/cel.v63i00.8665158","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8665158","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva mobilizar algumas categorias importantes para analisar o documentário Shoah, dirigido por Claude Lanzmann e lançado nos cinemas em 1985. A estruturação do filme se dá por meio das interações realizadas entre o documentarista e os atores sociais, que integram a relação tripartite – vítimas, perpetradores e testemunhas oculares – discutida pelo historiador americano Raul Hilberg. Embora o filme convoque entrevistados que participam das três categorias, nosso artigo privilegiará aqueles que pertencem à condição de vítimas. O que iremos observar é a relação existente entre a enunciação fílmica pautada pela rememoração do trauma, junto às categorias da melancolia e do luto. Discutiremos se os sobreviventes dos campos de extermínio, que participam do documentário, podem ser pensados como sujeitos melancólicos, acionando uma categoria subjetiva trabalhada por Giorgio Agamben (2008), a saber, o muçulmano. Além disso, problematizaremos o equacionamento existente entre o trabalho de luto e a perlaboração do passado, tomando como ponto de partida o acionamento do dever de transmissão dos retornantes.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41940931","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A tradução, avesso da relutância","authors":"Paulo Sérgio Souza Junior","doi":"10.20396/cel.v63i00.8665206","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8665206","url":null,"abstract":"No ensaio “Luto e melancolia”, Sigmund Freud não tematiza diretamente a linguagem. Entretanto, o seu célebre texto reverbera formulações desenvolvidas pelo autor em obras anteriores, fundamentais para pensar não apenas o passado e a perda no sentido corrente, mas a própria dimensão da linguagem enquanto perda e o que nela tem a ver com desdobramentos possíveis ao falante. Dito isso, a partir da tradução como chave de leitura, o presente artigo tem como objetivo investigar o fenômeno do luto, da perspectiva da psicanálise freudiana, sob o efeito das elaborações de Ferdinand de Saussure no âmbito das línguas; e por meio do que disso reverbera nas formulações de Jacques Lacan, oferecer uma contribuição para pensar o luto, no universo do sentido, como condição humana capital à viabilidade do futuro.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47003291","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"O luto como funcionamento de linguagem","authors":"Eduardo Alves Rodrigues, Cármen Agustini, Luiza Castello Branco","doi":"10.20396/cel.v63i00.8665210","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8665210","url":null,"abstract":"Neste artigo, tomamos luto como discurso, configurando-se como efeito de sentido produzido no e pelo funcionamento da linguagem. Assim procedendo, questionamos como a significação de luto se movimenta, ganha direções ao materializar relações com outro(s) sentido(s), o que torna visível, discursivamente, o sentido de luto como não-um, ponto de possíveis articulações discursivas – relações de sustentação no/do fio discursivo – e latitudes discursivas – relações de distensão-(re)arranjo no/do fio discursivo. É por essas articulações e latitudes que o não-um sentido de luto constitui-se como metáfora e, dessa maneira, estrutura a e se estrutura pela produção de discursividades que significam diferentes formações sociais em direções diversas. Para lermos como a metáfora luto produz derivas, expomo-la, metodologicamente, a outras, como a do espelho – \"uma imagem (que é) perturbad(or)a\" – e a do sufocamento – \"não é possível respirar\". Compreendemos, assim, como o não-um sentido de luto funciona convocando relações que historicizam diferentes modos de \"estar em luto\", isto é, diferentes modos de (re)produzir o jogo da presença-ausência na e pela linguagem que determinam certos movimentos de identificação simbólica no e para o sujeito.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42008798","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Denunciar, elaborar, (en)lutar","authors":"Cícero Villela, Wedencley Alves","doi":"10.20396/cel.v63i00.8665070","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8665070","url":null,"abstract":"O trabalho tem como objetivo analisar a hashtag “Marielle Presente” a partir das relações entre discurso, luto e memória. Parte-se da questão de como as vítimas da violência estatal constroem suas memórias. Tomando por base as considerações de Mbembe (2017) e Butler (2014) sobre a distribuição social das vulnerabilidades sociais, debatemos o processo discursivo que se instaura entre o gesto de denúncia, a elaboração e a formulação do luto desses sujeitos e sua luta pela memória. Tomamos a tag como paradigma de análise e nos debruçamos sobre suas condições de produção, bem como na sua formulação. Por fim, pode-se afirmar que o processo de circulação e formulação desses dizeres são marcados pela relação de presença-ausência, que possibilita ao sujeito enunciador, ao evocar um nome, também falar de si mesmo.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49532806","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"A voz enlutada na tragédia grega","authors":"Tiago Sanches Nogueira","doi":"10.20396/cel.v63i00.8665173","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8665173","url":null,"abstract":"O artigo propõe reflexão sobre o modo como a tragédia grega inscreveu em seus textos a presença daquilo que chamamos de “voz enlutada”. Trata-se da materialização, em uma emissão vocal genérica, da dor de uma perda fundamental que rege a vida do sujeito. Para nós, tal perda está associada àquela que a psicanálise descreve como primeira vivência de satisfação experimentada no laço com o Outro. Para sempre perdida, tal vivência é expressada na tragédia sob a forma da interjeição aîaî. Apresentando-se como um desdobramento do advérbio aeí (sempre) derivado de aion (força vital), o grito aîaî parece expressar a dor de um \"para sempre\" perdido que aos poucos se constitui como o próprio ato de perder. A tentativa de reencontro do objeto, a partir desta perda fundamental, será para sempre representado por Outra coisa.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45913750","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Os sentidos do luto na pandemia de Covid-19 no Brasil","authors":"Ilka de Oliveira Mota, Erich Lie Ginach","doi":"10.20396/cel.v63i00.8665222","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8665222","url":null,"abstract":"Tomando um corpus heterogêneo construído com recortes de falas e gestos do Presidente da República, charges e discursos dos e sobre os memoriais que homenageiam vítimas da pandemia, nosso objetivo é compreender como o luto vem sendo significado na e pela sociedade brasileira no contexto da pandemia da COVID-19. Ao mesmo tempo que mata centenas de milhares de brasileiros, a pandemia de COVID-19 impõe restrições aos velórios, que são parte fundamental da necessária significação do luto. No Brasil, a sociedade se posiciona de diferentes formas diante desse quadro. O Presidente Bolsonaro silencia a pandemia e o luto e banaliza a morte. Cartunistas denunciam essa política fascista e negacionista. Outros artistas criam memoriais em forma arquitetônica ou biográfica pelos quais os enlutados podem significar a perda dos entes queridos de modo novo e estético. Essas expressões artísticas constituem formas de resistência à política negacionista, à banalização da morte e à própria morte. O trabalho mobiliza categorias teóricas da Análise Materialista do Discurso e da Psicanálise.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49649610","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Versões do luto para um mundo pandêmico","authors":"A. Bocchi","doi":"10.20396/cel.v63i00.8665203","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8665203","url":null,"abstract":"Face à amplitude das perdas coletivas que envolvem os mortos pela pandemia de SARS-CoV-2, este ensaio busca problematizar versões do luto decorrentes das teorias psicanalíticas, em um trajeto de leitura da obra Luto e melancolia, de Sigmund Freud, trazendo à baila críticas realizadas por Allouch (2004). Sustentado em Lacan ([1958/1959] 2002), percorre-se um trilhamento sobre a problemática do luto subjacente à tragédia de Hamlet como tragédia do desejo, posto que articulada à constituição do sujeito, e enfatiza-se a importância dos ritos fúnebres, na tentativa de lançar alguns elementos que possibilitem compreender a elaboração do luto no horizonte de uma perda seca, perda essa amplificada pela pandemia. Trata-se de recolocar no campo social a função do público no luto, conforme Allouch (2004), e destacar o lugar dos rituais para restituir um campo mínimo de significantes que possam, referidos ao campo do Outro, circular o furo no real, permitindo ao sujeito localizar-se e poder dar valor e sentido à sua experiência de dor, articulando um apelo que o tire do impasse e conceda lugar ao ato sacrificial que ponha fim ao luto.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41560984","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Memória e(m) discurso na pandemia de COVID-19","authors":"Marco Antonio Almeida Ruiz, L. Sousa","doi":"10.20396/cel.v63i00.8664096","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/cel.v63i00.8664096","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo observar os efeitos de sentidos criados com a emergência de memoriais virtuais que ressignificam o acontecimento da pandemia de Covid-19 no Brasil. Assim, tais memoriais, a nosso ver, constituem como acontecimentos discursivos capazes de restaurar e ressignificar novas memórias sobre o morrer, (re)contando-as por meio da arte e da resistência, além de desregular os implícitos e já ditos cristalizados por práticas sociais numa memória social. Para esta nossa reflexão, selecionamos algumas publicações do perfil @Museudoisolamento da rede social Instagram e na página eletrônica com o mesmo nome a fim de analisar a oposição vida versus morte e os efeitos de sentido gerados quando tais discursos se (re)produzem em meio digital.","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43015413","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}